Rio Tinto adquire Arcadium Lithium por US$ 6,7 bilhões e entra de cabeça no ramo do “petróleo branco”
O valor de mercado da Arcadium Lithium está em US$ 5,9 bilhões após o preço das ações saltar mais de 30% no pregão desta quarta-feira (9)
Não é de hoje que as empresas de mineração buscam outras formas de rentabilizar os negócios, e a Rio Tinto, uma das maiores do ramo, acaba de fazer uma aquisição de peso. Por US$ 6,7 bilhões, a companhia anglo-australiana adquiriu a Arcadium Lithium.
Como o próprio nome diz, a empresa é focada na extração de lítio, também chamado de “petróleo branco”, metal essencial para a fabricação de baterias utilizadas em celulares e carros elétricos.
Assim, a Rio Tinto afirmou que o acordo será uma transação totalmente em dinheiro e que pagará US$ 5,85 por ação. Isso representa um prêmio de 90% em relação ao preço de fechamento da Arcadium na última sexta-feira (4), quando os papéis encerraram o pregão regular cotados a US$ 3,08.
O valor de mercado da Arcadium Lithium está em US$ 5,9 bilhões após o preço das ações saltar mais de 30% no pregão desta quarta-feira (9).
Em relação aos últimos cinco pregões, os papéis viveram uma escalada e quase dobraram de preço com rumores sobre a potencial aquisição pela Rio Tinto.
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Rio Tinto e a extração de lítio
O acordo ainda está sujeito às tradicionais tramitações legais para a aquisição formal das duas empresas.
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Se concluído, a Rio Tinto se tornará um dos maiores fornecedores de lítio, ficando atrás apenas da chilena Albemarle e da Sociedade Química e Mineira do Chile (SQM). Vale dizer que o país latinoamericano é um dos maiores exportadores de lítio do planeta.
A aquisição da Rio Tinto ocorre em um momento especial para a mineração. Isso porque o mundo carece da extração de minerais para a transição energética de combustíveis fósseis para fontes renováveis.
Porém, os preços do lítio têm estado sob pressão devido ao excesso de oferta chinês. Os preços do carbonato de lítio a 99,2%, utilizado como referência internacional, caíram mais de 20% no ano até o momento para US$ 10,8 mil por tonelada métrica, mostram dados da FactSet.
No mesmo ramo, mas em maio, a megafusão entre o BHP Group e a Anglo American virou pó, após sucessivas negativas desta última. Se, por um lado, o acordo frustrou o mercado, por outro, quem se saiu bem foi a Vale (VALE3), que estava na briga pelos ativos da Anglo.
*Com informações da CNBC
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