🔴 ONDE INVESTIR EM JULHO? CONFIRA +20 INDICAÇÕES – DE GRAÇA!

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril.
Após balanço

Quando o Nubank (ROXO34) vai pagar dividendos? CFO diz o que o banco digital pretende fazer com os lucros

Nubank teve lucro líquido de US$ 379 milhões no 1T24, e diretor financeiro falou sobre os planos do roxinho para o seu resultado positivo

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
15 de maio de 2024
15:50 - atualizado às 15:54
Guilherme Lago, diretor financeiro (CFO), do Nubank
Guilherme Lago, diretor financeiro (CFO), do Nubank, durante evento com jornalistas na sede do Nu. - Imagem: Divulgação/Nubank

Depois de operar por anos no vermelho, o Nubank (ROXO34) confirmou que a trajetória lucrativa veio para ficar, com um lucro líquido de US$ 378,8 milhões no primeiro trimestre de 2024, segundo o balanço divulgado ontem (14). Depois de se provar viável, agora a questão para o banco digital é outra: o que fazer com esse resultado.

Pelo menos por enquanto, destinar parte do lucro para pagar dividendos aos acionistas ou recomprar ações ainda não está nos planos da companhia. Foi o que afirmou Guilherme Lago, diretor financeiro (CFO) do Nubank, em evento na sede do Nu nesta quarta-feira (15), onde estavam presentes executivos do banco digital e jornalistas brasileiros, mexicanos e colombianos.

Além de Lago, também falaram com o público os cofundadores David Vélez (CEO), Cristina Junqueira, (diretora de crescimento - CGO) e Edward Wible, que foi o primeiro engenheiro de software do Nubank, bem como o atual diretor de tecnologia (CTO), Vitor Olivier e a CEO da operação brasileira, Livia Chanes.

Segundo o diretor financeiro, 100% dos resultados positivos do roxinho serão reinvestidos no próprio Nubank, destinados à “aceleração da roda de crescimento da empresa”, o que envolve lançar novos produtos, atingir maior escala, reunir mais dados e reduzir custos, para crescer mais em número de clientes.

O banco divulgou, na semana passada, ter atingido 100 milhões de clientes em todas as suas operações na América Latina, sendo cerca de 92 milhões no Brasil. A operação mexicana totaliza quase 7 milhões de clientes, e a colombiana acaba de bater 1 milhão, conforme anunciado por Cristina Junqueira durante o evento.

O investimento na expansão internacional, aliás, será outro destino para os lucros do Nubank, disse Lago durante sua apresentação.

“Historicamente há poucos exemplos de sucesso de bancos que se deram bem na expansão internacional. Mas isso era no modelo antigo, de agências”, observa o CFO, acrescentando que o modelo de negócios digital do Nubank provou ser escalável e possível de exportar, com sucesso, como a atuação no México vem mostrando.

Operação do Nubank no México e na Colômbia vem surpreendendo

Nos seus resultados do primeiro trimestre de 2024, o Nubank destacou seu rápido crescimento no México, com uma adição de 1,5 milhão de clientes no período, totalizando 6,6 milhões, o que corresponde a uma participação de mercado local de 5,1%.

Com o mesmo tempo de atuação no Brasil, no início das suas operações, o Nubank havia atingido 6 milhões de clientes e um market share de apenas 3,0%. Várias outras métricas mexicanas superaram suas equivalentes brasileiras, como o número de NuContas ativas (3,1 milhões no México vs. 1,0 milhão no Brasil no mesmo prazo), depósitos (US$ 2,3 bilhões vs. US$ 600 milhões) e receitas (US$ 149 milhões vs. US$ 99 milhões).

Atualmente, as operações internacionais do Nubank ainda são deficitárias, pois o foco é investir em crescimento, como ocorreu no Brasil. Mas, para Cristina Junqueira, atingir o breakeven [ponto de equilíbrio, momento a partir do qual a empresa “se paga”], será “uma consequência natural do crescimento das operações”, ocorrendo de forma similar ao que aconteceu no Brasil e sem demandar uma mudança grande no modelo de negócio.

Mas, dado o fato de que México e Colômbia estão se saindo até melhor do que o banco esperava, os executivos do Nubank acreditam que essas operações se tornem lucrativas em prazo menor que a operação brasileira, que levou cerca de oito anos para começar a dar lucro.

E a internacionalização do Nubank não deve parar por aí: “Em três a cinco anos já pode haver outros países nessa nossa geografia”, disse David Vélez.

ONDE INVESTIR EM MAIO: VEJA OS MELHORES INVESTIMENTOS - AÇÕES, FIIs, BDRS E ALOCAÇÃO DE ATIVOS

Balanço do Nubank agradou o mercado…

O resultado do primeiro trimestre do Nubank agradou ao mercado, principalmente pelo lado do lucro líquido e da rentabilidade, medida pelo ROE (retorno sobre o patrimônio líquido), que se manteve em 23%, acima dos demais grandes bancos (27% no critério ajustado). Segundo Guilherme Lago, se considerar apenas o Brasil, o ROE já está em mais de 40%.

“O Nubank hoje é a uma das únicas, se não a única, fintech global que consegue combinar crescimento forte, lucratividade e resiliência financeira”, disse o CFO, ressaltando que a receita praticamente triplicou nos últimos dois anos e que o rating do Nubank, conferido pelas agências de classificação de risco, se equipara ao dos grandes bancos.

Nesta quarta, as ações NU, negociadas na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) sobem mais de 3%, e o BDR ROXO34, negociado na B3, avança quase 5%. No acumulado do ano, a ação NU sobe cerca de 47%, e o BDR ROXO34 já avança mais de 50%.

Ao explicar o “segredo” para o lucro no Nubank, Lago destacou a fórmula que combina foco na expansão da base de clientes ativos – principalmente aqueles que terão o roxinho como seu banco principal –, aumento da receita média por cliente (ARPAC), que no 1T24 atingiu US$ 11,40, e manutenção de um baixo custo de servir, que se mantém inferior a US$ 1,00, 85% menor que o custo dos bancos tradicionais.

O Nubank se considera banco principal quando o cliente transfere para a sua conta, todos os meses, mais da metade da sua renda média mensal. Hoje, 83% dos clientes do Nubank são clientes ativos e, destes, 59% têm o roxinho como seu banco principal.

“Safras mais maduras dos nossos clientes ativos têm receita média de US$ 26. Nos bancos incumbentes, este valor chega a US$ 45, US$ 46. Ou seja, tem muito espaço para aumentar esse número”, diz Lago.

…mas inadimplência e qualidade dos ativos ainda preocupa

Apesar de os números do Nubank no primeiro trimestre terem sido bem recebidos por analistas, a inadimplência continua chamando a atenção. O índice de 15 a 90 dias, que havia desacelerado nos últimos trimestres, voltou a subir, de 4,1% no 4T23 para 5,0% no 1T24. Já a inadimplência superior a 90 dias subiu de 6,1% no 4T23 para 6,3% no 1T24.

Segundo Guilherme Lago, esse aumento no primeiro trimestre se deve à sazonalidade e está dentro do esperado pela empresa. “Não fomos surpreendidos e não foi um sinal amarelo para retroagir na concessão de crédito. Nossos produtos têm prazo médio curto. Conseguimos navegar a qualquer ‘micro sinal’ de fragilidade”, disse.

Em relatório a clientes, tanto o Santander quanto o Itaú BBA destacaram a “deterioração da qualidade do crédito” como ponto negativo do balanço do Nubank no primeiro trimestre, tanto pela alta da inadimplência (que superou a estimativa do Itaú) quanto pelo aumento de 40% nas provisões em comparação ao trimestre anterior (ficando 36% acima da estimativa do Santander).

No entanto, ambos os bancos, que têm recomendações opostas para as ações do Nubank, consideraram o balanço forte de uma maneira geral.

No caso do Santander, que tem recomendação underperform (equivalente a venda) para a ação NU, o lucro líquido veio acima da expectativa. “O Nubank apresentou outro trimestre de crescimento no lucro, combinado com tendências positivas de expansão do negócio. No entanto, a qualidade dos ativos foi um ponto fraco, na nossa visão, e isso pode levantar preocupações em relação à deterioração da qualidade do crédito nos próximos trimestres”, dizem os analistas.

Já no caso do Itaú BBA, que tem recomendação outperform (equivalente a compra) para as ações, com preço-alvo de US$ 13, o lucro líquido veio abaixo do esperado, mas isso se deu possivelmente pela alta concentração de compensação baseada em opções de ações ou uma alíquota de imposto acima do esperado, uma vez que a performance do negócio e as tendências operacionais foram sólidas.

Compartilhe

TENHA NO CARRINHO

BofA recomenda compra destas três ações do ramo de energia elétrica e lista motivos para elas (ainda) estarem baratas

6 de julho de 2024 - 9:33

As indicadas são Eletrobras (ELET3), Eneva (ENEV3) e Copel (CPLE6), que ainda não reagiram à retomada dos preços da energia

TRANSIÇÃO ENERGÉTICA

É hora de comprar a ação da Raízen? Santander inicia cobertura de RAIZ4 e vê potencial de 33% de valorização até 2026

5 de julho de 2024 - 17:24

Parte da visão otimista dos analistas está baseada nas perspectivas construtivas para o futuro do etanol de segunda geração (E2G)

VEM CASAMENTO?

Ação da Gol (GOLL4) sobe forte na bolsa com expectativa de fusão com a Azul; saiba o que esperar das aéreas

5 de julho de 2024 - 12:56

Segundo o Valor Econômico, a Azul teria sinalizado que deve apresentar uma proposta de combinação de negócios dentro dos próximos três meses

ATENÇÃO, INVESTIDOR

Ação da Vibra sobe na B3 com anúncio de recompra de até R$ 1,2 bilhão em papéis VVBR3; veja os motivos por trás da aquisição

5 de julho de 2024 - 8:50

O objetivo da companhia é adquirir até 98,69 milhões de ações, equivalente a 10% do total de papéis atualmente em circulação no mercado

UMA MÃOZINHA DA IA

Ações do SoftBank vão à máxima histórica; entenda por que os papéis dispararam em Tóquio

4 de julho de 2024 - 14:44

O recorde dos papéis supera os registros de 2021 e dos anos 2000, quando a empresa surfou o boom das startups de tecnologia e da internet

Conteúdo Empiricus

‘Melhor momento para comprar’: enquanto a renda fixa paga IPCA +6%, a bolsa brasileira tem prêmio 5% superior

4 de julho de 2024 - 10:00

Larissa Quaresma aponta que prêmio da bolsa é superior ao da NTN-B e 3 gatilhos podem fazer as ações andarem no segundo semestre

EM INVESTIMENTOS

Oi (OIBR3): acordo com Anatel que vai custar ao menos R$ 5,8 bilhões para a companhia é aprovado pelo TCU, mas conta final pode ultrapassar os R$ 10 bilhões

3 de julho de 2024 - 19:11

Para mudar o regime de concessão, a companhia precisará manter o sistema de telefonia fixo em locais onde é a única provedora e investir na construção de uma redede fibra ótima nas regiões Sul, Norte e Nordeste

SEMANA EM ALTA

Fim da crise? Ação da Tesla (TSLA) sobe pelo terceiro dia consecutivo após montadora superar expectativas

3 de julho de 2024 - 18:33

Papéis fecharam em alta após a companhia divulgar que entregou 443.956 veículos no segundo trimestre de 2024

VAI DECOLAR?

Por que o BTG continua otimista com a Embraer (EMBR3) — mesmo após ação da Eve cair mais de 20% na Bolsa de Nova York

2 de julho de 2024 - 17:53

Queda nos papéis da subsidiária fabricante do ‘carro voador’ aconteceu após o anúncio do aumento de capital de US$ 94 milhões de diversos investidores

VIOLOU A LEI?

Governo proíbe dona do Facebook de usar dados de usuários brasileiros para treinamento de inteligência artificial

2 de julho de 2024 - 15:02

Investigação da ANPD sobre nova diretriz da Meta nas redes sociais, como Facebook e Instagram, apresenta indícios de violação da Lei Geral de Proteção de Dados

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar