O IRB Re ainda vale a pena? Ações IRBR3 surgem entre as maiores quedas do Ibovespa após balanço, mas tem bancão dizendo que o melhor está por vir
Apesar do desempenho acima do esperado entre julho e setembro, os papéis da resseguradora inverteram o sinal positivo da abertura e passaram a operar no vermelho

O IRB Re (IRBR3) pegou os investidores de mau humor nesta quarta-feira (13). A resseguradora reportou um lucro líquido de R$ 115,9 milhões entre julho e setembro, uma alta de 142,8% em base anual e de 77,8% em termos trimestrais, mas mesmo assim as ações da companhia estão entre as maiores baixas do Ibovespa.
Os papéis até começaram o dia no positivo, saltando mais de 5% na abertura das negociações, mas logo inverteram o sinal e, por volta de 12h35, cediam 4,46%, cotadas a R$ 41,54 — a segunda maior baixa do principal índice da bolsa brasileira.
No ano, as ações do IRB também têm desempenho negativo: acumulam queda de mais de 6%. Mas nem tudo está perdido para a resseguradora — tem bancão por aí dizendo que o melhor está por vir em 2025.
- LEIA MAIS: Mesmo com dividendos milionários da PetroReconcavo, analista recomenda outra petroleira que pode saltar até 51% – veja qual é
IRB: melhorando trimestre após trimestre
Os resultados do IRB no terceiro trimestre foram sólidos, segundo o Citi. O lucro líquido veio 42% acima da expectativa do banco, impulsionado pela menor taxa de comissão e pelo ganho pontual da venda de ativos.
Na visão dos analistas, a resseguradora está "melhorando trimestre após trimestre" e 2025 pode ser um ano ainda melhor, à medida que intensifica o crescimento e começa a gerar mais capital.
Para eles, o custo de aquisição foi o principal destaque operacional, resultando em uma taxa de comissão de apenas 19%, abaixo da projeção de 27% do Citi.
Leia Também
Assim como o Citi, o BTG Pactual reforça que o IRB continua a trilhar um longo processo de turnaround (virada), com uma melhoria contínua nos resultados trimestre após trimestre.
Apesar da recente recuperação da receita líquida, a administração continua priorizando a rentabilidade em detrimento ao crescimento — com a receita líquida crescendo abaixo da faixa alvo de 10-15% —, garantindo renovações de contratos a bons preços — com a sinistralidade combinada em torno de 100% em 12 meses mesmo com o impacto no Rio Grande do Sul.
O JP Morgan vê uma melhora na dinâmica de receita com prêmios emitidos crescendo 10% ano a ano e prêmios retidos em um ritmo ainda mais forte de 26% anualmente.
Para o Goldman Sachs, os prêmios emitidos e ganhos desaceleraram em relação ao segundo trimestre, enquanto os prêmios no exterior aumentaram na base trimestral. Ainda assim, os resultados operacionais se beneficiaram de menores custos de aquisição relacionados ao fim de um contrato específico de risco de vida.
O banco diz que, agora, os resultados operacionais estão mais próximos do ponto de equilíbrio, enquanto os resultados financeiros permaneceram em território positivo.
No geral, o IRB registrou uma expansão gradual na lucratividade, com o ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) atingindo 10,4% ante 6,1% no segundo trimestre e 4,6% no terceiro trimestre de 2023.
DÓLAR subindo, INFLAÇÃO e SELIC em ALTA: Como PROTEGER seu DINHEIRO neste cenário?
Comprar IRB agora é uma boa opção?
Embora os grandes bancos sejam unânimes em indicar que o pior do IRB ficou para trás e que a resseguradora vem melhorando trimestre após trimestre, as recomendações para as ações da companhia não seguem o mesmo caminho.
O Citi, por exemplo, tem recomendação de compra para os papéis do IRB, com preço-alvo de R$ 56 — o que representa um potencial de valorização de 28,8% sobre o último fechamento.
O Goldman Sachs, por sua vez, tem uma visão neutra mais neutra para a ação, com preço-alvo de R$ 50, o que representa um potencial de alta de 15%.
Já a indicação do JPMorgan é underweight ou desempenho abaixo da média do mercado, equivalente à venda das ações do IRB.
- Taesa (TAEE11) no 3T24: companhia divulga resultados abaixo das expectativas e analista afirma que ação não está em bom ponto de entrada; saiba qual é a melhor elétrica para investir
Os resultados do 3T24
Antes de decidir o que fazer com as ações do IRB, vale a pena dar uma olhada mais de perto no desempenho da resseguradora no terceiro trimestre de 2024.
O lucro líquido de R$ 115,9 milhões no período é explicado por um aumento nos prêmios emitidos pelo IRB, que diluíram os pedidos de indenização e levaram a uma queda na sinistralidade da companhia.
Com esse conjunto de fatores, o resultado de subscrição subiu 990,5%, para R$ 117,9 milhões no terceiro trimestre.
O prêmio emitido pelo IRB teve alta de 10,1%, para R$ 2,166 bilhões, com crescimento tanto no Brasil quanto no exterior — no mercado doméstico, os prêmios subiram 7,1%, para R$ 1,973 bilhão, enquanto no internacional, houve avanço de 27,1%, para R$ 372,9 milhões.
"Neste trimestre, o lucro líquido foi influenciado pelo bom resultado de subscrição. Também registramos o efeito não recorrente da venda de um terreno no Rio de Janeiro", disse em nota o presidente do IRB, Marcos Falcão.
A venda do terreno levou a um impacto positivo no resultado patrimonial de R$ 37 milhões, de acordo com o balanço.
A sinistralidade do IRB caiu 6,1 pontos porcentuais em um ano, para 67,9%. A tragédia no Rio Grande do Sul teve impacto pequeno, de R$ 5 milhões no trimestre.
O resultado financeiro do IRB caiu 13,5%, para R$ 145,9 milhões. Somado ao resultado patrimonial, o número teve alta de 7,4%, para R$ 196,4 milhões.
Trump preocupa mais do que fiscal no Brasil: Rodolfo Amstalden, sócio da Empiricus, escolhe suas ações vitoriosas em meio aos riscos
No episódio do podcast Touros e Ursos desta semana, o sócio-fundador da Empiricus, Rodolfo Amstalden, fala sobre a alta surpreendente do Ibovespa no primeiro trimestre e quais são os riscos que podem frear a bolsa brasileira
Michael Klein de volta ao conselho da Casas Bahia (BHIA3): Empresário quer assumir o comando do colegiado da varejista; ações sobem forte na B3
Além de sua volta ao conselho, Klein também propõe a destituição de dois membros atuais do colegiado da varejista
Ex-CEO da Americanas (AMER3) na mira do MPF: Procuradoria denuncia 13 antigos executivos da varejista após fraude multibilionária
Miguel Gutierrez é descrito como o principal responsável pelo rombo na varejista, denunciado por crimes como insider trading, manipulação e organização criminosa
Em busca de proteção: Ibovespa tenta aproveitar melhora das bolsas internacionais na véspera do ‘Dia D’ de Donald Trump
Depois de terminar março entre os melhores investimentos do mês, Ibovespa se prepara para nova rodada da guerra comercial de Trump
Trump Media estreia na NYSE Texas, mas nova bolsa ainda deve enfrentar desafios para se consolidar no estado
Analistas da Bloomberg veem o movimento da empresa de mídia de Donald Trump mais como simbólico do que prático, já que ela vai seguir com sua listagem primária na Nasdaq
Mais valor ao acionista: Oncoclínicas (ONCO3) dispara quase 20% na B3 em meio a recompra de ações
O programa de aquisição de papéis ONCO3 foi anunciado dias após um balanço aquém das expectativas no quarto trimestre de 2024
Ainda dá para ganhar com as ações do Banco do Brasil (BBAS3) e BTG Pactual (BPAC11)? Não o suficiente para animar o JP Morgan
O banco norte-americano rebaixou a recomendação para os papéis BBAS3 e BPAC11, de “outperform” (equivalente à compra) para a atual classificação neutra
Casas Bahia (BHIA3) quer pílula de veneno para bloquear ofertas hostis de tomada de controle; ação quadruplica de valor em março
A varejista propôs uma alteração do estatuto para incluir disposições sobre uma poison pill dias após Rafael Ferri atingir uma participação de cerca de 5%
Tanure vai virar o alto escalão do Pão de Açúcar de ponta cabeça? Trustee propõe mudanças no conselho; ações PCAR3 disparam na B3
A gestora quer propor mudanças na administração em busca de uma “maior eficiência e redução de custos” — a começar pela destituição dos atuais conselheiros
Vale tudo na bolsa? Ibovespa chega ao último pregão de março com forte valorização no mês, mas de olho na guerra comercial de Trump
O presidente dos Estados Unidos pretende anunciar na quarta-feira a imposição do que chama de tarifas “recíprocas”
Agenda econômica: Payroll, balança comercial e PMIs globais marcam a semana de despedida da temporada de balanços
Com o fim de março, a temporada de balanços se despede, e o início de abril chama atenção do mercado brasileiro para o relatório de emprego dos EUA, além do IGP-DI, do IPC-Fipe e de diversos outros indicadores
O e-commerce das brasileiras começou a fraquejar? Mercado Livre ofusca rivais no 4T24, enquanto Americanas, Magazine Luiza e Casas Bahia apanham no digital
O setor de varejo doméstico divulgou resultados mistos no trimestre, com players brasileiros deixando a desejar quando o assunto são as vendas online
Nova York em queda livre: o dado que provoca estrago nas bolsas e faz o dólar valer mais antes das temidas tarifas de Trump
Por aqui, o Ibovespa operou com queda superior a 1% no início da tarde desta sexta-feira (28), enquanto o dólar teve valorização moderada em relação ao real
Não é a Vale (VALE3): BTG recomenda compra de ação de mineradora que pode subir quase 70% na B3 e está fora do radar do mercado
Para o BTG Pactual, essa mineradora conseguiu virar o jogo em suas finanças e agora oferece um retorno potencial atraente para os investidores; veja qual é o papel
TIM (TIMS3) anuncia pagamento de mais de R$ 2 bilhões em dividendos; veja quem tem direito e quando a bolada cai na conta
Além dos proventos, empresa anunciou também grupamento, seguido de desdobramento das suas ações
Nem tudo é verdade: Ibovespa reage a balanços e dados de emprego em dia de PCE nos EUA
O PCE, como é conhecido o índice de gastos com consumo pessoal nos EUA, é o dado de inflação preferido do Fed para pautar sua política monetária
Não existe almoço grátis no mercado financeiro: verdades e mentiras que te contam sobre diversificação
A diversificação é uma arma importante para qualquer investidor: ajuda a diluir os riscos e aumenta as chances de você ter na carteira um ativo vencedor, mas essa estratégia não é gratuita
Após virar pó na bolsa, Dotz (DOTZ3) tem balanço positivo com aposta em outra frente — e CEO quer convencer o mercado de que a virada chegou
Criada em 2000 e com capital aberto desde 2021, empresa que começou com programa de fidelidade vem apostando em produtos financeiros para se levantar, após tombo de 97% no valuation
Tarifas de Trump derrubam montadoras mundo afora — Tesla se dá bem e ações sobem mais de 3%
O presidente norte-americano anunciou taxas de 25% sobre todos os carros importados pelos EUA; entenda os motivos que fazem os papéis de companhias na América do Norte, na Europa e na Ásia recuarem hoje
JBS (JBSS3) pode subir 40% na bolsa, na visão de Santander e BofA; bancos elevam preço-alvo para ação
Companhia surpreendeu o mercado com balanço positivo e alegrou acionistas com anúncio de dividendos bilionários e possível dupla listagem em NY