O Brasil está arriscado demais até para quem é grande? Por que a Cosan (CSAN3) desistiu do IPO da Moove, mantendo a seca de ofertas de ações na B3
Na época da divulgação da operação, a unidade de negócios de lubrificantes informou que mirava uma cotação entre US$ 14,50 e US$ 17,50 na oferta, que seria precificada nesta quarta-feira (09)
Estava tudo certo: a Moove divulgaria nesta quarta-feira (09) a precificação de sua oferta inicial e ações (IPO) na Bolsa de Valores de Nova York, mas, ao invés disso, o que os investidores receberam hoje foi um comunicado Cosan (CSAN3) avisando que sua unidade de negócios de lubrificantes permaneceria com o capital fechado nos EUA.
E a empresa não deu muitos detalhes sobre a desistência. “Em função das condições adversas de mercado, decidiu não prosseguir, nesse momento, com a oferta inicial de ações de sua subsidiária Moove Lubricants Holdings perante a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA”, diz o comunicado à CVM.
E assim, o jejum dos IPOs continua — já fazem três anos que uma oferta inicial de ações não é lançada por aqui. O Seu Dinheiro conversou com o CEO da B3 e você pode relembrar o que ele disse sobre a seca de IPOs aqui.
O balde de água fria da Cosan
A desistência do IPO da Moove é um verdadeiro balde de água fria para o mercado, que calculava que a estreia em Nova York faria a empresa de lubrificantes que produz a marca Mobil no Brasil valer até US$ 1,945 bilhão (R$ 10,8 bilhões no câmbio atual).
Dona de 70% da companhia, a ideia da Cosan era aproveitar o IPO para vender uma parte das ações. Na época da divulgação da operação, a Moove informou que mirava uma cotação entre US$ 14,50 e US$ 17,50 na oferta — o que poderia render à Cosan até US$ 164 milhões (R$ 914 milhões no câmbio de hoje).
A oferta seria coordenada pelos bancos J.P. Morgan, Bank of America, Citi, BTG Pactual, Itaú BBA e Santander.
Leia Também
O BRASIL poderia ter APROVEITADO MAIS a onda do CORTE de JUROS dos EUA?
Os bastidores da desistência
Nos bastidores, a desistência do IPO da Moove é justificada pelo risco-Brasil.
Fundos long only — que ajudam a criar uma base de acionistas de qualidade, permitindo que a ação negocie para cima — acabaram entrando com ordens menores para reduzir a exposição ao Brasil.
Embora mais da metade da receita da Moove venha da Europa e da América do Norte, mais de 60% do Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) vêm da América Latina, especialmente do Brasil.
Para a Moove, não era uma necessidade de capital: a empresa levantaria US$ 100 milhões na primeira tranche e outros US$ 300 milhões viriam de uma oferta secundária — A CVC Capital Partners venderia outros US$ 200 milhões, reduzindo a participação atual de 30%, e a Cosan ficaria com US$ 100 milhões, o que ajudaria na redução do endividamento.
Não está claro, pelo menos por enquanto, se a oferta vai voltar ao mercado.
*Com informações do Brazil Journal e do Pipeline
Naufrágio na bolsa: Ibovespa perde os 130 mil pontos e o dólar encosta nos R$ 5,60; saiba o que mexeu com os mercados aqui e lá fora
Em Nova York, as bolsas operaram em alta — com o S&P 500 renovando máxima intradia logo depois da abertura
MRV (MRVE3) e Cyrela (CYRE3) recuam após as prévias, mas analistas elogiam números e veem espaço para alta de até 100% das ações
As ações de ambas as companhias chegaram a abrir o dia em alta, com acionistas reagindo a números considerados sólidos pelos especialistas do setor
Oi (OIBR3): Credores aprovam venda para empresa de internet V.tal — em mais um passo rumo ao fim da recuperação judicial
No entanto, diante da “complexidade dos termos e condições descritos na proposta”, alguns desses credores pediram mais informações sobre determinados pontos do acordo
Efeito borboleta: Investidores monitoram ata do Fed, falas de dirigentes e IPCA de setembro para antecipar rumos do Ibovespa e dos juros
Participantes do mercado esperam aceleração da inflação oficial no Brasil em meio a temores de ciclo de alta de juros ainda maior
Vale (VALE3) faz primeira grande movimentação com novo CEO e troca diretor ‘herdeiro’ de Bartolomeu
O vice-presidente executivo de soluções de minério de ferro, Marcello Magistrini Spinelli, foi retirado de sua posição
Reality show do Tesouro Direto colocará 100 mulheres para aprender a investir e a lidar melhor com suas emoções e finanças
Participantes da competição “Garota do Tesouro” serão testadas em suas habilidades de criação de riqueza e deverão compartilhar conhecimentos financeiros com seus seguidores
É hora de comprar Cogna (COGN3)? Ação sobe forte na B3 após se tornar favorita do Bradesco BBI no setor de educação
O banco elevou a recomendação dos papéis COGN3 para “outperform” — equivalente a compra — e fixou um preço-alvo de R$ 2,40 para o fim de 2025
Prio (PRIO3) eleva expectativas com aquisição do Campo de Peregrino e BTG Pactual reajusta preço-alvo. É hora de comprar ou vender a ação?
Apesar dos números fracos na produção de setembro, os analistas BTG veem uma valorização de 74% para os papéis da petroleira no ano que vem
UBS BB lista as ações mais “quentes” do momento na América Latina, com a B3 (B3SA3) no topo; veja o ranking
A dona da bolsa brasileira não é a única a aparecer na lista; confira quais são os outros papéis que mais foram comprados por fundos qualificados em setembro
Yduqs (YDUQ3) se torna a ação favorita dos analistas do Santander no setor de educação após a “nota vermelha” recente na B3. O que está por trás do otimismo?
Para o Santander, as ações YDUQ3 poderiam mais do que dobrar em relação ao último fechamento, com uma valorização potencial implícita de 116% até o fim de 2025
China prometeu muito e entregou pouco? Pacote de medidas de estímulo à economia decepciona o mercado
Anúncio do governo frustrou os investidores, que esperavam medidas na casa dos trilhões de yuans
Preocupado com a “crise no agro”? BB Investimentos revela uma ação que pode subir quase 70% até 2025 mesmo com o momento difícil para o setor
Na avaliação do banco, a companhia representa uma “oportunidade interessante” em uma empresa bem posicionada para manter um crescimento sustentável e rentável
Sabatinando Galípolo: Senado vota hoje indicado de Lula para suceder Campos Neto no Banco Central, mas Ibovespa tem outras preocupações
Além da sabatina de Galípolo, Ibovespa terá que remar contra a queda do petróleo e do minério de ferro nos mercados internacionais
Azul (AZUL4) salta 14% após abertura depois de acordo para trocar quase R$ 3 bilhões em dívidas com arrendadores e fabricantes por ações da aérea
Os lessores e OEMs receberão até 100 milhões de novas ações AZUL4 — isto representa um preço de R$ 30 por ação, seis vezes maior do que o valor de tela da Azul atualmente
China muda abordagem e concentra estímulos na bolsa para restaurar confiança na economia, diz Gavekal
Quem quiser lucrar com o pacote estímulos da China provavelmente terá de investir diretamente na bolsa do país, na visão do cofundador da Gavekal
Maratona de Vagas CIEE começa nesta terça-feira (8); confira essas e outras oportunidades de estágio e trainee com bolsa-auxílio de até R$ 9 mil
Os aprovados nos programas de estágio e trainee devem começar a atuar a partir do primeiro semestre de 2025; as inscrições ocorrem durante todo o ano
Um ano depois dos ataques do Hamas contra Israel, temores de uma guerra regional pressionam os preços do petróleo
Analistas temem que Israel ataque instalações iranianas de produção de petróleo em retaliação a enxame de mísseis
S&P 500 a 6.000 pontos até o final de 2024? Para o Goldman Sachs, este cenário é bem possível
Expansão das margens das empresas estadunidenses justifica o otimismo da instituição
Terra valiosa: SLC (SLCE3) vai pagar mais de R$ 500 milhões por participação de fundo inglês em empresa controlada
A companhia vai desembolsar R$ 524,8 milhões para se tornar a única acionista da SLC LandCo, uma joint venture criada em 2012 com o fundo de private equity Valiance
Problemas para a Vale (VALE3)? Mineradora anuncia mais uma interrupção em Onça Puma — e desta vez, não tem nada a ver com a briga com o Estado do Pará
A atual paralisação na mina de níquel acontece devido a danos na rede de transmissão de energia da companhia elétrica local depois de um “forte vendaval” no fim de semana