No 1º balanço após a privatização, lucro da Sabesp (SBSP3) sobe 63%
Resultados ainda são relativos ao período como estatal; lucro de mais de R$ 1 bilhão supera projeção anualizada do BTG Pactual
Em seu balanço de estreia após a privatização, a Sabesp (SBSP3) reportou lucro de R$ 1,2 bilhão no 2T24, alta de 63% em relação ao mesmo período do ano passado e de 47% em relação ao primeiro trimestre.
É importante destacar que o balanço corresponde aos meses de abril e junho e, portanto, ainda refere-se totalmente ao desempenho da empresa antes da privatização, finalizada em julho.
Já o Ebitda ajustado ficou em R$ 2,97 bilhões, alta de 35,5% na base anual. A receita chegou a R$ 6,75 bilhões, aumentando 9,7% em relação ao ano anterior.
O que preocupou foi o aumento das despesas financeiras, que passaram de R$ 14 milhões para R$ 462 milhões, decorrente de novas dívidas contraídas.
Resultado veio acima do projetado pelo BTG para o ano
Por conta da privatização recente, as instituições financeiras não apostaram em prévias do resultado da companhia de abastecimento.
O BTG Pactual, por exemplo, projetou valores anuais (2024) para o lucro e o Ebtida - e a parcial do segundo trimestre ficou acima do ritmo ideal para atingimento dos valores.
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Com 50% do ano apurado, o lucro da Sabesp chegou a R$ 2,033 bilhões, pouco acima da metade dos R$ 4,012 bilhões previstos para 2024 pelo banco de investimento.
O mesmo ocorreu com o Ebtida: já são R$ 5,56 bilhões em geração de caixa no ano e, se o resultado se mantiver na segunda metade, ultrapassaria os R$ 10,8 bilhões previstos pelo BTG.
Relembre a privatização da Sabesp
O processo de desestatização da Sabesp, aguardado ansiosamente pelo mercado, foi completado em julho.
A oferta, totalmente secundária, envolvia 32,3% das ações da companhia, pelas quais o governo de SP arrecadou R$ 14,8 bilhões e reduziu sua fatia de 50,3% para 18% do capital.
O processo ocorreu em duas fases: a primeira para buscar um investidor de referência, tanto para balizar os preços como para traçar responsabilidades, e a outra via bookbuilding.
A Equatorial adquiriu 15% da companhia, pagando R$ 67 por ação — e ajudou a impulsionar os preços antes da segunda fase da oferta, o que criou uma enorme oportunidade para os investidores em geral.
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