Louis Vuitton, Gucci, Dior: como a China pode destruir o mercado de luxo — e não é só com réplicas mais baratas
As ações das grandes marcas de luxo estão passando por uma montanha-russa este ano e a segunda maior economia do mundo tem muito a ver com isso

A temperatura da China após os estímulos do governo poderá ser medida no próximo dia 11 de novembro, quando os chineses comemoram o Dia do Solteiro — uma data com pouco apelo romântico, mas recheada de grandes promoções que costumam movimentar o varejo por lá. Este ano, marcas de luxo estão especialmente de olho no período — e elas têm um motivo para isso.
As vendas globais de produtos pessoais de alto padrão — que vão desde roupas e acessórios até produtos de beleza — vem desacelerando no mundo todo, mas, na China, essa tendência é acentuada: a incerteza econômica pesa sobre os consumidores que ainda podem pagar por artigos de luxo.
Não à toa, as ações da LVMH — donas de marcas como Möet et Chandon, Louis Vuitton, Christian Dior, Fendi, Bulgari, Tiffany e Sephora — juntamente com as de pares como Kering — proprietária da Gucci — Hermès e Richemont — dona da Cartier — enfrentam uma verdadeira montanha-russa este ano.
"O consumidor de luxo está esgotado", disseram analistas do Bank of America, citando especialmente uma deterioração nas vendas para a China, que foi a principal impulsionadora do crescimento no primeiro semestre do ano.
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Um terceiro trimestre sem glamour
As apostas das marcas de luxo no Dia do Solteiro também têm outra razão: o desempenho do terceiro trimestre não teve glamour algum.
Na terça-feira (15), a LVMH apresenta os resultados financeiros entre julho e setembro e a previsão não é muito animadora.
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O Bank of America estima que o terceiro trimestre será o pior para o setor de luxo em quatro anos, com um declínio de 1% nas vendas orgânicas ano a ano. O banco também cortou as estimativas de lucro por ação para o próximo ano em 17% em média.
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Guerra com a China: o luxo vai ser retaliado?
Além da desaceleração da economia, que levou o governo de Xi Jinping a lançar uma série de medidas de estímulo, a China ainda está no meio de uma guerra comercial com EUA e Europa.
O motivo das disputas não é o mercado de luxo e sim os carros elétricos, que estão passando por cima de gigantes como Tesla, Ford e Volkswagen — mas será que as bolsas de centenas de dólares vão passar ilesas nessa?
Segundo a Trajectry, é improvável que os itens de luxo sejam o próximo alvo de retaliação comercial entre a China e a Europa. Mas a consultoria projeta queda de 10% nas vendas na China este ano contra estimativas de baixa de 5% a 6% anteriormente.
"O problema do crescimento está em todos os lugares, os consumidores de ponta, a classe média, a Geração Z, o varejo de viagem — há muitos problemas para as marcas resolverem", disse a consultoria.
*Com informações da Reuters
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