IPO do ano? Diante de impasse nos EUA, Shein agora quer abrir o capital em Londres em operação bilionária
Após tentativas de um IPO no mercado americano, a varejista de moda chinesa busca uma avaliação de 50 bilhões de libras no Reino Unido
Após semanas de rumores e em meio a um impasse com os EUA, a Shein entrou com um pedido de oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) em Londres, segundo a CNBC.
O pedido confidencial da varejista chinesa das “blusinhas” em terras britânicas marca outra reviravolta no longo caminho da Shein para uma estreia no mercado de capitais.
A empresa havia entrado com um pedido confidencial para um IPO nos Estados Unidos no ano passado.
No entanto, a chinesa mudou o rumo para Londres depois de não conseguir o apoio para a aprovação dos legisladores e da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, a SEC.
- Não é Shein nem AliExpress: estas outras 3 varejistas negociadas na bolsa brasileira podem colocar dinheiro no seu bolso (e não sofrem com a nova taxação do governo)
IPO da Shein nos EUA ainda não está descartado
Embora tenha feito o pedido para abrir capital na Bolsa de Valores de Londres, a Shein ainda não desistiu do IPO em Wall Street.
Até porque, segundo a CNBC, o pedido em Londres ainda não significa que a listagem de ações da chinesa deve, de fato, acontecer no Reino Unido.
A empresa também precisa da aprovação da Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China. Não está claro, porém, se o governo chinês autorizou o pedido de oferta em Londres.
Vale lembrar que, em 2020, a CVM chinesa impediu o IPO de US$ 37 bilhões da Ant Group, afiliada do Alibaba — que seria maior abertura de capital de todos os tempos — dois dias antes da data da operação.
Os primeiros rumores sobre um possível IPO da Shein no Reino Unido surgiram no início deste mês. O pedido seria feito antes de uma potencial mudança de governo no Reino Unido, já que as eleições legislativas acontecem em 4 de julho.
Na operação britânica, a empresa de moda seria avaliada em 50 bilhões de libras (equivalente a R$ 342 bilhões, na cotação atual). Se o IPO da Shein em Londres for bem-sucedido, é improvável que continue a buscar uma oferta nos EUA.
Impasse no mercado americano
Fundada em 2012 na China, a Shein, agora com sede em Cingapura, se popularizou mundialmente durante a pandemia de covid-19, principalmente nos Estados Unidos.
Em novembro de 2023, a empresa, avaliada em US$ 66 bilhões, entrou com pedido confidencial na SEC. O objetivo era obter a autorização para uma listagem na Bolsa de Valores de Nova York.
No entanto, o IPO da Shein nos EUA está cada vez mais longe de acontecer.
Parlamentares do governo norte-americano vêm apelando à autoridade regulatória para analisar ou mesmo bloquear a oferta pública.
A Shein está entre as empresas impactadas pelas crescentes tensões geopolíticas entre Estados Unidos e China.
A empresa também é alvo de polêmicas envolvendo privacidade de dados e denúncias sobre um possível uso de trabalho forçado de grupos étnicos ameaçados.
*Com informações da CNBC
Dividendos e JCP em julho: Confira a lista de empresas que pagam proventos e quem tem direito a receber
Agenda de pagamentos elaborada pela Grana Capital inclui pagamentos bilionários do Bradesco (BBDC4), Lojas Renner (LREN3), TIM (TIMS3) e 3R Petroleum (RRRP3)
Eve Air Mobility: Ação da fabricante do ‘carro voador’ da Embraer cai mais de 20% após anúncio
Valor do papel da subsidiária registrou o nível mais baixo em 52 semanas após aumento milionário de capital
C&A (CEAB3), Lojas Renner (LREN3) e mais: Varejo de moda deve se manter resiliente em 2024, diz BTG; veja os planos das principais empresas
Em meio ao consumo baixo, juros altos e concorrência com plataformas estrangeiras, empresas apostam em novas lojas físicas e estratégias para impulsionar vendas
SLC Agrícola (SLCE3) salta 8% e lidera ganhos do Ibovespa — e ação ainda pode disparar dois dígitos até o fim de 2024, segundo o Santander
Os analistas do Santander elevaram o preço-alvo para o fim de 2024 para R$ 27, implicando em uma valorização potencial de 54% em relação ao último fechamento
Goldman Sachs recomenda compra de Smart Fit (SMFT3) com previsão de que rede fique cada vez mais bombada e cresça quase 50%; entenda
Analistas estimam que a margem Ebitda (medida utilizada pelo mercado para avaliar a geração de caixa de uma empresa) deva crescer cerca de 40% por ano até 2027
Casa do Pão de Queijo pede recuperação judicial; por que estão acontecendo tantas RJs no mercado de franquias?
A entrada de grandes marcas em recuperação judicial afeta até mesmo as redes de franquias. Os impactos atingem cada um dos empreendedores de uma maneira, dependendo do caso.
Quase um ano após privatização, Copel (CPLE6) decide trocar diretor financeiro — veja quem será o novo CFO
Adriano Rudek de Moura, que conduziu o processo de privatização da companhia no ano passado, deixa os cargos de CFO e DRI que ocupava desde maio de 2017
Exclusivo: Dívida de empresas de capital aberto bate recorde em 2024. O que esperar delas daqui para a frente?
As maiores companhias de capital aberto do planeta acumularam o recorde de US$ 8,18 trilhões em empréstimos em 2023/24, segundo levantamento da gestora Janus Henderson
Ex-diretora da Americanas (AMER3) deve se apresentar às autoridades em Lisboa; ex-CEO Miguel Gutierrez é solto
Anna Saicali teve ordem de prisão preventiva substituída por medida cautelar; ela retornará ao Brasil e deverá entregar seu passaporte à PF
Iguatemi (IGTI11) conclui venda de participações nos seus shoppings de São Carlos e Alphaville por R$ 205 milhões
Companhia se desfez de toda a sua participação no shopping de São Carlos, que correspondia à metade do ativo, mas ainda manteve 60% da fatia no ativo de Alphaville