Inovar é preciso. Como essa microcap transformou dificuldade em oportunidade
Essa empresa tem conseguido abocanhar mercado de algumas gigantes e a melhor parte é que ela ainda tem muito espaço para crescer
Hoje em dia não tem jeito, basta pesquisar um produto no celular e alguns minutos depois você será bombardeado por propagandas das empresas nos mais variados lugares.
Na rede social, no YouTube ou no navegador vão chover anúncios de itens iguais ou similares àqueles que você pesquisou.
Apesar de às vezes encher um pouco o saco, não temos muito o que fazer, essa é a forma como as plataformas conseguem monetizar o tráfego. Na verdade, as propagandas podem até nos ajudar em alguns casos. O que me incomoda na verdade é continuar recebendo propaganda de produtos que já não preciso mais.
Por exemplo, dois meses atrás pesquisei um par de botas para poder andar de moto com mais segurança. Depois de um ou dois dias procurando nas lojas online eu finalmente encontrei e comprei. Horas depois, botas recebidas, testadas e aprovadas.
Mas quem disse que a loja ficou satisfeita? Até hoje eu recebo propaganda da mesma bota. Eu já comprei bendita, não preciso mais disso – toda vez que a loja colocar esse anúncio na minha tela ela vai perder dinheiro, porque será uma tentativa inútil.
- Elétrica “mais barata entre os seus pares” é uma das recomendações da carteira de dividendos do analista Ruy Hungria; veja o portfólio completo gratuitamente
Em toda dificuldade existe uma oportunidade
Pode parecer besteira, mas em um ambiente corporativo cada vez mais competitivo, qualquer despesa desnecessária faz muita diferença. E o que aconteceu comigo se repete com várias outras pessoas e produtos por aí.
Uma coisa é você bombardear o sujeito com anúncios de um produto que ele consome com certa frequência – a Ambev sabe que se eu, Ruy, não comprar uma cerveja dela nesta semana, ela ainda terá mais 28 semanas para me conquistar em 2024.
Outra bem mais difícil é para produtos que têm uma recorrência menor, porque a empresa corre o risco de o cliente já ter comprado e nunca mais precisar do produto, e mesmo assim ela vai continuar gastando rios dinheiro de marketing com aquele consumidor improvável.
Mas as dificuldades existem para que empresas eficientes construam soluções, não é? Por exemplo, uma das empresas que cobrimos fabrica um tipo de produto de construção civil que as pessoas costumam comprar somente a cada 5 anos.
- Leia também: Chegou a hora de comprar ações? Para quem não tem pressa, a bolsa tem boas oportunidades
Ela poderia colocar milhões de reais em anúncios atrás de clientes que pesquisassem o tal produto quando precisassem.
Mas fazendo isso ela correria o risco de mandar propaganda para clientes que já compraram e nem precisam mais dele. Pior, quando eles precisarem do item de novo, provavelmente já nem vão lembrar dos anúncios e da marca vistos 5 anos antes.
A solução foi a seguinte: e se, ao invés de aporrinhar os clientes que provavelmente já nem precisam mais do produto, a gente focar os esforços de marketing nos profissionais de construção?
Para começar, eles usam o material quase todos os dias, e não existe o risco de a propaganda "perder a validade" neste caso. Além disso, eles são formadores de opinião, e se estiverem convencidos de que o produto contribui para a qualidade do seu serviço, eles vão recomendá-lo ao cliente final que desejar "dar um tapa" em sua casa.
- Quer receber mais recomendações do Ruy Hungria? Libere agora seu acesso a mais de 100 relatórios gratuitos da Empiricus Research
Inovar é preciso para qualquer empresa
Com decisões como essa e um produto de qualidade que vem conquistando os profissionais, a Eucatex (EUCA4) tem conseguido abocanhar mercado de algumas gigantes no segmento, e a melhor parte é que ela ainda tem muito espaço para crescer.
Mas o que eu realmente aprecio nessa história é que ela mostra que para conseguir vencer no acirrado mundo corporativo, muitas vezes é preciso buscar soluções fora da caixa.
E essa capacidade é o que normalmente diferencia as empresas que ficam pelo caminho daquelas poucas que se adaptam, sobrevivem e eventualmente viram gigantes. A Eucatex parece estar no caminho certo.
Um grande abraço e até a semana que vem.
Ruy
Ex-diretora da Americanas (AMER3) deve se apresentar às autoridades em Lisboa; ex-CEO Miguel Gutierrez é solto
Anna Saicali teve ordem de prisão preventiva substituída por medida cautelar; ela retornará ao Brasil e deverá entregar seu passaporte à PF
Iguatemi (IGTI11) conclui venda de participações nos seus shoppings de São Carlos e Alphaville por R$ 205 milhões
Companhia se desfez de toda a sua participação no shopping de São Carlos, que correspondia à metade do ativo, mas ainda manteve 60% da fatia no ativo de Alphaville
Dividendos: BTG Pactual (BPAC11) anuncia distribuição de juros sobre capital próprio (JCP) aos acionistas; veja quanto cada um vai receber
Pagamento dos proventos será feito em 15 de agosto, e data de corte para receber é 3 de julho
Ex-CEO da Americanas (AMER3) pedia balanços fraudados em pen drive para não ser descoberto
Ministério Público Federal diz ter provas da participação de Miguel Gutierrez no esquema que causou rombo bilionário na varejista
Privatização da Sabesp (SBSP3) pode movimentar R$ 12,8 bilhões com oferta de R$ 67 por ação feita pela Equatorial (EQTL3)
Se for considerando o lote suplementar, a oferta poderia chegar a movimentar R$ 14,77 bilhões e se tornar a maior do País neste ano
Méliuz (CASH3) aprova nova redução de capital e vai depositar R$ 220 milhões na conta dos acionistas
Em abril, a companhia já havia distribuído R$ 210 milhões por excesso de capital após venda do Bankly
Petróleo e derivados: Petrobras para Refinaria de Cubatão para manutenção
Companhia irá investir R$ 500 milhões na manutenção da refinaria da Baixada Santista
Onda de elevações: Depois do BTG, outro banco elevou a ação Fleury (FLRY3) para compra: saiba os motivos por trás da recomendação
Em meio à volatilidade da bolsa brasileira, empresa de medicina diagnóstica vive semana positiva na visão de mercado
SoftBank anuncia emissão de títulos para pagar dívida bilionária – empresa quer entrar na corrida da inteligência artificial (IA); ações disparam em NY
O SoftBank opera com cautela no mercado de tecnologia após quedas nas receitas. Mas a empresa japonesa parece estar pronta para entrar na corrida da inteligência artificial
Mesmo após subir mais de 10% em um dia, Suzano (SUZB3) está barata para Itaú BBA e BTG: potencial de ganho chega a 40%
Os preços da celulose devem permanecer pressionados no segundo semestre de 2024, mas tendem a apresentar melhora no terceiro trimestre deste ano