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NA MIRA DA PF

Foragidos, ex-CEO e executivos da Americanas desovaram R$ 287 milhões em ações antes que AMER3 derretesse com descoberta de fraude bilionária

Segundo investigação, os antigos funcionários da varejista venderam milhões em ações antes que o fato relevante sobre o rombo de R$ 25,3 bilhões no balanço fosse enviado ao mercado

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28 de junho de 2024
10:15 - atualizado às 10:46
Fachada da Americana Express localizada na Rua Joaquim Floriano, em São Paulo
Letreiro da Americana Express localizada na Rua Joaquim Floriano, em São Paulo - Imagem: Victor Aguiar

Uma nova descoberta na investigação da crise na Americanas ganhou os holofotes na última quinta-feira (27): a Polícia Federal apontou que o ex-CEO, Miguel Gutierrez, a ex-diretora Anna Christina Ramos Saicali e outros ex-executivos desovaram milhões em ações AMER3 antes da descoberta da fraude contábil na varejista.

Segundo a investigação, os antigos funcionários da Americanas venderam R$ 287 milhões em ações antes do anúncio do rombo de R$ 25,3 bilhões no balanço da empresa devido a "inconsistências contábeis", em janeiro do ano passado.

A descoberta levou ao enquadramento dos ex-executivos por crime de uso de informações privilegiadas, além de outros delitos sob suspeita na Operação Disclosure.

Alvos principais da ofensiva, o antigo CEO da varejista e a ex-diretora estão foragidos.

O juiz da 10.ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro, Márcio Muniz da Silva Carvalho, decretou a prisão preventiva dos dois executivos, que estão fora do país — e a PF incluiu os nomes na Difusão Vermelha da Interpol, a lista dos mais procurados.

Em nota, a defesa de Gutierrez afirmou ao Estadão que ele “jamais participou” de fraudes e que vem colaborando com as investigações. Já a defesa de Saicali não retornou o contato do jornal.

Por sua vez, a Americanas diz que "foi vítima de uma fraude de resultados pela sua antiga diretoria, que manipulou dolosamente os controles internos existentes".

Relembre o caso aqui. 

Ex-executivos da Americanas (AMER3) na mira da PF

Segundo a investigação que resultou na Operação Disclosure, Miguel Gutierrez e Anna Christina Saicali teriam vendido mais de R$ 230 milhões (R$ 171,7 milhões e R$ 59,6 milhões, respectivamente) em ações da Americanas (AMER3).

A operação foi realizada em meio à possibilidade de as fraudes contábeis bilionárias da empresa se tornarem públicas.

O auge das transações ocorreu nos meses de julho e outubro de 2022, apontam a PF e o Ministério Público Federal.

Segundo os investigadores, Gutierrez teve envolvimento direto nas fraudes, uma vez “que participava do fechamento dos resultados”. 

A PF afirma que o antigo CEO tinha a palavra final sobre os números supostamente inflados levados ao Conselho de Administração e ao mercado.

A Procuradoria da República argumenta que há inúmeras provas de que "toda a fraude era comandada" por Gutierrez. 

Segundo a PF, ele “não só tinha conhecimento dos resultados verdadeiros como também sabia dos fraudados, que serviram de base para recebimento de bônus milionários, e principalmente, recebia o suporte e contava com a coautoria dos outros investigados”.

Os investigadores destacam que Anna Christina Saicali também participava do processo de fechamento dos resultados das Americanas, apesar de não ter a mesma posição de Gutierres. 

Para a Procuradoria, ela seria uma das principais articuladoras das supostas fraudes.

Insider trading na varejista

Os documentos da Operação Disclosure apontam que as vendas de ações ocorreram seis meses antes da divulgação do fato relevante sobre o rombo da Americanas.

Segundo as autoridades, o documento enviado à CVM foi "responsável por impactar significativamente" o preço das ações da varejista.

As operações atípicas inclusive chegaram a ser comunicadas para a xerife do mercado de capitais brasileiro.

A PF indica que a "iminente descoberta pelo mercado do rombo nas finanças da empresa", com a troca do CEO da Americanas, em agosto de 2022, levou alguns investigados a fazerem "vendas milionárias de ações, antecipando-se ao fato relevante que geraria o derretimento do preço das ações em janeiro de 2023".

Para o Ministério Público Federal, um exemplo disso é que, quando saiu a notícia de que Gutierrez seria substituído na chefia da Americanas, os investigados ficaram preocupados com a impossibilidade de esconder as fraudes contábeis do novo CEO.

Assim, ainda de acordo com a investigação, o grupo tentou "diminuir as consequências" das fraudes que teriam ocorrido por diversos anos, "discutindo estratégias que pudessem amenizar os danos que deveriam ser comunicados ao novo CEO".

A meta, segundo a Procuradoria, era levantar R$ 15 bilhões "mediante estratagemas falsos".

Quem são os investigados

Os investigadores anotam que Miguel Gutierrez, Anna Christina Saicali e outros nove suspeitos então ligados à estrutura da administração da Americanas participaram "ativamente das supostas fraudes”.

Segundo a investigação, como os executivos sabiam que o fato relevante que seria publicado ao mercado levaria a uma queda substancial no preço das ações, eles “teriam se antecipado e vendido centenas de milhões de reais em ações".

Outros investigados por suposto insider trading são: 

  • José Timotheo de Barros, que vendeu R$ 20,7 milhões em ações; 
  • Márcio Cruz Meirelles (R$ 6,3 milhões); 
  • Fábio da Silva Abrate (R$ 6,4 milhões); 
  • Murilo Santos Corres (R$ 7,7 milhões); 
  • Carlos Eduardo Rosalba Padilha (R$ 4,4 milhões); 
  • João Guerra Duarte Neto (R$ 3,8 milhões); 
  • Jean Pierre Lessa e Santos Ferreira (R$ 1,1 milhão); 
  • Maria Christina Ferreira do Nascimento (R$ 803 mil); e 
  • Raoni Lapagese Franco Fabiano (R$ 5,3 milhões).

O que dizem os investigados e a Americanas (AMER3)

Ao Estadão, a Americanas respondeu com posicionamento em nota. Confira:

"A Americanas reitera sua confiança nas autoridades que investigam o caso e reforça que foi vítima de uma fraude de resultados pela sua antiga diretoria, que manipulou dolosamente os controles internos existentes. A Americanas acredita na Justiça e aguarda a conclusão das investigações para responsabilizar judicialmente todos os envolvidos".

Por sua vez, a defesa de Miguel Gutierrez afirmou que o ex-CEO da Americanas “reitera que jamais participou ou teve conhecimento de qualquer fraude e que vem colaborando com as autoridades, prestando os esclarecimentos devidos nos foros próprios".

Até a publicação deste texto, o jornal buscou contato com a defesa da ex-diretora da Lojas Americanas, mas sem sucesso. 

*Com informações do Estadão Conteúdo.

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