Esh não desiste e Gafisa (GFSA3) convoca nova assembleia para votar destituição do conselho; ações disparam na B3
A pauta é parecida com a do último encontro, mas, desta vez, a gestora foca os argumentos em duas alienações feitas pela companhia
Mesmo após quatro derrotas consecutivas em assembleias da Gafisa (GFSA3), a Esh Capital ainda não está disposta a desistir da batalha que trava contra os atuais administradores da companhia. Pouco mais de uma semana após a última AGE, a empresa convocou nesta quinta-feira (15) um novo encontro de acionistas a pedido da gestora.
As ações da companhia reagiram a notícia inicialmente em forte alta na B3, registrando ganhos de até dois dígitos. Mas inverteram o sinal durante a tarde e fecharam em queda de 3,47%, a R$ 5,84.
A pauta da AGE, que será realizada em 26 de abril, é parecida com a do último encontro: a Esh propõe uma ação de responsabilidade contra parte do conselho de administração e da diretoria, a destituição do atual CA e a eleição de novos membros para o colegiado.
Os argumentos, porém, são diferentes. Enquanto que na última AGE a gestora de Vladimir Timerman concentrou-se em tentar suspender os direitos políticos de veículos de investimento supostamente ligados a Nelson Tanure, desta vez o foco está em "atos ilícios e operações irregulares" em duas alienações:
- Venda das cotas do FII Brazil Realty
- Venda da participação societária RK8 SPE Empreendimentos e Participações
O que diz a Esh
De acordo com o pedido de convocação, a Esh diz que a Gafisa era cotista de fundo multimercado chamado Bergamo, que, por sua vez, detinha cotas de outro FIM, o Panarea.
Os dois ativos teriam, em conjunto, alocado R$ 120 milhões no fundo imobiliário Brazil Realty em maio de 2022 e alienado a participação apenas um mês depois.
Leia Também
Após a venda, a Esh afirma que o Panarea FIM foi transformado em um fundo de investimento de direitos creditórios não padronizado e, em seguida, submetido a procedimento de liquidação.
"Essa movimentação, no entendimento da Esh, teria sido estruturada para ocultar o alegado inadimplemento do adquirente das cotas do Brazil Realty FII, o que teria resultado em um suposto prejuízo à companhia de cerca de R$ 100 milhões", explica a proposta de convocação da AGE.
Já a Gafisa afirma que o investimento Bergamo FIM faz parte de sua estratégia de reforço de estrutura de capital, "obedecendo estritamente a uma lógica de mercado e sendo integralmente aderente à gestão de liquidez da companhia".
A administração diz ainda que os investimentos realizados pelo fundo no Panarea tiveram retorno financeiro positivo de cerca de 115,2% do CDI entre julho de 2019 e janeiro de 2023, quando a posição foi encerrada.
PODCAST TOUROS E URSOS - O ano das guerras, Trump rumo à Casa Branca e China mais fraca: o impacto nos mercados
Esh mira em venda de imóvel a Tanure
Além das operações entre FIMs e FIIs, a gestora de Vladimir Timerman mira ainda em outra venda: a da participação societária detida pela Gafisa na RK8 SPE para um FIP — ou fundo de investimento em participações —, o Altamura.
Segundo a Esh, o real beneficiário do FIP é Nelson Tanure e, portanto, a companhia deixou de divulgar ao mercado que a transação teria sido realizada entre partes relacionadas.
A SPE em questão comprou um imóvel em Ipanema, no Rio de Janeiro, por R$ 180 milhões. Poucos meses depois, a participação da Gafisa na RK8 foi alienada por R$ 280 milhões, resultando na transferência indireta desse ativo ao Altamura FIP e, para a Esh, "em prejuízo à companhia".
Vale destacar que o fundo declarou, em formulário enviado ao Conselho de Defesa Econômica (Cade), ter como beneficiário um investidor chamado "One Hill Trustee DTVM”. A gestora relembra ainda que Nelson Tanure, que é acionista da Gafisa, teria informado possuir uma companhia denominada "One Hill LLC" em 2016.
Apesar de reconhecer que as duas instituições não tem o mesmo CNPJ, a Esh diz que "a similaridade entre os nomes seria suficiente para presumir que Tanure seria o beneficiário final do Altamura FIP e, assim, a alienação da RK8 seria uma transação entre partes relacionadas, alegadamente ocultada pela companhia para mascarar a transferência do imóvel".
A Gafisa rebate, porém, esse argumento com base em critérios fixados pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis e diz que a venda foi benéfica para a empresa.
"A companhia possuía obrigações no valor de R$ 225 milhões, além de todos os investimentos futuros que seriam necessários à implementação do empreendimento, e o alienou por R$ 280 milhões. Além disso, a Gafisa condicionou a celebração do negócio à manutenção como prestadora de serviços, constituindo uma oportunidade de geração de negócios e receitas."
Gafisa (GFSA3) rebate acusações
Para a administração da Gafisa, o novo pedido de convocação de AGE da Esh é "mais uma medida descabida, despropositada e vil".
Segundo afirmam os conselheiros na proposta divulgada hoje, a gestora está atuando "novamente, de maneira irresponsável, em absoluto desprezo ao patrimônio da companhia, gerando vultosos custos e prejuízos sob a falsa bandeira de ativismo societário".
Os administradores alegam que a nova AGE é a quinta tentativa da Esh de forçar a substituição do CA por "meios tranversos, viabilizando uma tomada de controle sem que possua participação acionária suficiente para tal".
O documento relembra ainda que a última investida da gestora provocou volatilidade nos ativos, gerando "perdas relevantes" para uma série de investidores pessoas físicas que teriam sido induzidos a adquirem ações da Gafisa — os papéis recuam 58% no mês e mais de 31% neste ano.
Vale destacar que, além da convocação da assembleia, a companhia divulgou também o resultado de um procedimento pré-arbitral ajuizado pela Esh no mês passado.
A gestora buscava, entre outras matérias, impedir que os acionistas alvo da última AGE, incluindo Nelson Tanure, participassem das deliberações. O juízo da 1ª Vara de Empresarial e Conflitos de Arbitragem do Tribunal de Justiça de São Paulo, porém, indeferiu todos os pedidos.
Mas o tribunal solicitou que os votos da última assembleia fossem segregados para que seja posível conferir qual é o resultado com todos os votos computados e qual teria sido o desfecho com a possível exclusão dos acionistas que a gestoria queria impugnar. Os dados podem ser utilizados em um eventual procedimento arbitral.
“Minha promessa foi de transformar o banco, mas não disse quando”, diz CEO do Bradesco (BBDC4) — e revela o desafio que tem nas mãos daqui para frente
Na agenda de Marcelo Noronha está um objetivo principal: fazer o ROE do bancão voltar a ultrapassar o custo de capital
A arma mais poderosa de Putin (até agora): Rússia cruza linha vermelha contra a Ucrânia e lança míssil com capacidade nuclear
No início da semana, Kiev recebeu autorização dos EUA para o uso de mísseis supersônicos; agora foi a vez de Moscou dar uma resposta
O Google vai ser obrigado a vender o Chrome? Itaú BBA explica por que medida seria difícil — mas ações caem 5% na bolsa mesmo assim
Essa seria a segunda investida contra monopólios ilegais nos EUA, desde a tentativa fracassada de desmembrar a Microsoft, há 20 anos
Nvidia (NVDC34) vê lucro mais que dobrar no ano — então, por que as ações caem 5% hoje? Entenda o que investidores viram de ruim no balanço
Ainda que as receitas tenham chegado perto dos 100% de crescimento, este foi o primeiro trimestre com ganhos percentuais abaixo de três dígitos na comparação anual
Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote
Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa
Que crise? Weg (WEGE3) quer investir US$ 62 milhões na China para aumentar capacidade de fábrica
O investimento será realizado nos próximos anos e envolve um plano que inclui a construção de um prédio de 30 mil m², com capacidade para fabricação de motores de alta tensão
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade
É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025
Em busca de dividendos? Curadoria seleciona os melhores FIIs e ações da bolsa para os ‘amantes’ de proventos (PETR4, BBAS3 e MXRF11 estão fora)
Money Times, portal parceiro do Seu Dinheiro, liberou acesso gratuito à carteira Double Income, que reúne os melhores FIIs, ações e títulos de renda fixa para quem busca “viver de renda”
R$ 4,1 bilhões em concessões renovadas: Copel (CPLE6) garante energia para o Paraná até 2054 — e esse banco explica por que você deve comprar as ações
Companhia paranaense fechou o contrato de 30 anos referente a concessão de geração das usinas hidrelétricas Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias
Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo
O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente
Equatorial (EQTL3) tem retorno de inflação +20% ao ano desde 2010 – a gigante de energia pode gerar mais frutos após o 3T24?
Ações da Equatorial saltaram na bolsa após resultados fortes do 3º tri; analistas do BTG calculam se papel pode subir mais após disparada nos últimos anos
‘Mãe de todos os ralis’ vem aí para a bolsa brasileira? Veja 3 razões para acreditar na disparada das ações, segundo analista
Analista vê três fatores que podem “mudar o jogo” para o Ibovespa e a bolsa como um todo após um ano negativo até aqui; saiba mais
Grupo Mateus: Santander estabelece novo preço-alvo para GMAT3 e prevê valorização de 33% para as ações em 2025; saiba se é hora de comprar
O banco reduziu o preço-alvo para os papéis da varejista de alimentos em relação à 2024, mas mantém otimismo com crescimento e parceria estratégica
Rali do Trump Trade acabou? Bitcoin (BTC) se estabiliza, mas analistas apontam eventos-chave para maior criptomoeda do mundo chegar aos US$ 200 mil
Mercado de criptomoedas se aproxima de uma encruzilhada: rumo ao topo ou a resultados medianos? Governo Trump pode ter a chave para o desfecho.
Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação
Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa
Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial
O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada
Cemig (CMIG4) e Copasa (CSMG3) voltam a ficar no radar das privatizações e analistas dizem qual das duas tem mais chance de brilhar
Ambas as empresas já possuem capital aberto na bolsa, mas o governo mineiro é quem detém o controle das empresas como acionista majoritário
O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil
Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias
Lucro dos bancos avança no 3T24, mas Selic alta traz desafios para os próximos resultados; veja quem brilhou e decepcionou na temporada de balanços
Itaú mais uma vez foi o destaque entre os resultados; Bradesco avança em reestruturação e Nubank ameaça desacelerar, segundo analistas