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Camille Lima

Camille Lima

Repórter de empresas no Seu Dinheiro. Formada em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Já passou pela redação do TradeMap.

SD ENTREVISTA

Copel (CPLE6) quer se tornar ‘benchmark’ do setor de energia nos próximo 5 anos — e ainda pode pagar dividendos extraordinários, diz CEO

A expectativa de Daniel Slaviero é que, com a privatização, a companhia paranaense elimine a maior parte das ineficiências de estatal dentro dos próximos anos

Camille Lima
Camille Lima
30 de janeiro de 2024
14:58 - atualizado às 15:46
Daniel Slaviero, CEO da Copel (CPLE6)
Daniel Slaviero, CEO da Copel (CPLE6) - Imagem: Divulgação

Já se passaram quase seis meses desde a privatização da Copel (CPLE6) — mas as promessas feitas na época da oferta de ações que retirou a companhia das mãos do governo do Paraná ainda dominam a pauta do CEO Daniel Slaviero.

Em entrevista ao Seu Dinheiro realizada durante o “Latin America Investment Conference” (LAIC), evento promovido pelo UBS, o CEO revelou que o principal objetivo da Copel é se tornar “o grande benchmark do setor de energia dentro dos próximos três a cinco anos”.

“Estamos muito confiantes de que a Copel seja um dos grandes benchmarks do setor por ser eficiente e contar com um grande foco em geração de valor”, afirma Slaviero. “Porque a empresa tem características muito únicas, é uma companhia madura e com uma base de ativos muito relevantes.”

Segundo o executivo, a aposta de que a paranaense se torne referência no mercado de energia é baseada ainda em três pilares: a base de ativos da empresa, a situação integrada e a evolução da cultura de pessoas com novas competências.

A expectativa do CEO é que, com a privatização, a Copel elimine a maior parte das ineficiências atribuídas aos tempos de estatal dentro dos próximos anos — e ainda seja impulsionada pela recuperação dos preços de energia.

A agenda da Copel (CPLE6) para 2024

De acordo com o executivo, o ano de 2024 servirá para “arrumar a casa” e direcionar os esforços de alocação de capital para o “coração do negócio”: o segmento de distribuição de energia.

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Uma das maiores estratégias da empresa para este ano é o plano de desinvestimento em ativos considerados não estratégicos, como a Compagás, e a simplificação das participações da companhia em outros negócios.

“Você não vai ter um bom negócio todo ano. Mas quando surgir a oportunidade, você precisa estar preparado para ser competitivo”, me contou Slaviero, após o painel em evento do UBS.

Para o CEO, os maiores desafios da Copel após o follow-on de privatização são justamente as transições de procedimentos internos de estatal para uma empresa privada. 

“Agora, você não precisa mais de licitação para comprar novos ativos e pode atrair novos talentos, então existe toda uma preparação para performar um ambiente totalmente privado.”

Slaviero ressaltou a complexidade da melhoria de eficiência na operação da Copel, especialmente após a fusão de áreas devido ao programa de demissão voluntária (PDV).

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A Copel vai para o Novo Mercado da B3?

Ainda está na agenda da Copel a migração para o Novo Mercado, o nível mais alto de governança corporativa da B3, e na bolsa de valores de Nova York (NYSE) para ampliar a quantidade de investidores estrangeiros na base de acionistas da empresa. 

“Nossa intenção é fazer essa migração tanto na B3 quanto na Nyse. Apesar de dividir a liquidez, a listagem lá fora sinaliza mais transparência para o investidor internacional, e isso é uma grande agenda da empresa para o longo prazo.” 

Afinal, o objetivo do Novo Mercado é aumentar o padrão de governança corporativa das companhias com ações listadas na B3 e reduzir as diferenças entre controladores e acionistas minoritários das empresas.

Entretanto, o executivo não deu previsões de quando as listagens deverão acontecer — porém, a migração na B3 está condicionada aos próximos capítulos do caso da Eletrobras em relação ao direito de voto da União, segundo Slaviero. 

Vale lembrar que o governo questiona no Supremo Tribunal Federal (STF) a decisão da ex-estatal federal de limitar o poder de voto dos acionistas a 10% do capital.

“Isso é uma das nossas agendas estratégicas, e o divisor de águas será o desfecho da Eletrobras. Se o resultado for positivo, isso destrava as nossas discussões com os acionistas, em especial com o BNDES.”

Relembrando, nos “finalmentes” da privatização, o BNDES gerou ruídos no processo de venda da elétrica. Acionista minoritário da Copel, o banco público fez com que a migração da companhia para o Novo Mercado fosse retirada da pauta da privatização.

Vem dividendos pela frente?

Quando questionado sobre as expectativas para dividendos, Daniel Slaviero destacou o objetivo de manter a política de retorno a acionistas em 50% do lucro líquido de 2024 e um nível de alavancagem em torno do múltiplo de 2,5 vezes.

“Ao longo do tempo, com a política de venda de ativos e maior geração de caixa, se não tiver nenhuma oportunidade de novas aquisições no mercado, existirá a possibilidade de pagamento de dividendos extraordinários.”

O CEO ainda afirmou que a Copel (CPLE6) não possui novas grandes aquisições ou fusões em vista — e nem mesmo a participação em potenciais leilões de transmissão em 2024. 

“Crescer por crescer não é a estratégia da empresa. Esse ano será usado para organizar a casa e ficar atento a eventuais oportunidades que apareçam.”

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