Azul (AZUL4) tem ‘dilema de diluição’ na negociação de dívidas com credores – XP calcula qual pode ser a perda para o acionista
Ações da aérea têm alta volatilidade nos últimos meses com rumores sobre recuperação judicial e recente acordo com credores; como fica o investidor?
Em meio a um ano turbulento para as ações da Azul (AZUL4), a empresa de aviação tem conseguido animar os investidores nesta semana após rumores de um novo acordo com credores para quitar uma dívida de US$ 600 milhões – equivalente a R$ 3,27 bilhões no câmbio atual.
A companhia segue em negociação com os arrendadores e este pagamento seria feito por meio de ações AZUL4, segundo informações da Reuters.
Mas essa não seria a primeira tentativa de acordo de dívidas da companhia.
Em 2023, a Azul fechou uma operação extrajudicial com arrendadores e fabricantes de equipamentos que daria US$ 570 milhões em ações preferenciais para o pagamento de dívidas.
Na época, os papéis eram avaliados em R$ 36. No entanto, com um cenário extremamente conturbado para as ações neste ano – pressionado por dólar nas alturas e enchentes no Rio Grande do Sul, por exemplo –, a cotação atual é de R$ 5,58.
Na visão dos analistas Pedro Bruno e Matheus Sant’Anna, da XP, esse acordo de 2023 somado à despencada das ações nos últimos meses pode gerar um “dilema da diluição” para a Azul.
Leia Também
Embora considerem o acordo extrajudicial de 2023 bem-sucedido, os analistas calculam que a conversão da dívida em ações no preço atual implica uma diluição severa de 56% para os acionistas de AZUL4.
- Kamala ou Trump? Entenda como as eleições americanas podem afetar seus investimentos em evento gratuito; veja como se cadastrar.
Novo acordo pode ser a ‘salvação’ dos investidores
Desde os rumores sobre o novo acordo com credores no valor de US$ 600 milhões, publicados pela Reuters na última sexta-feira (13), as ações da Azul saltaram 12,7% na bolsa.
Essa nova operação poderia limitar a diluição dos acionistas em 20%, o que, na visão de Bruno e Sant’Anna, seria uma boa notícia para os investidores.
“Se confirmado [o acordo], isso seria um grande ponto positivo, pois implicaria R$ 1,8 bilhão em corte de dívida (120% do valor de mercado da Azul antes da notícia da renegociação)”, afirmaram em relatório.
Os analistas definiram o preço-alvo dos papéis para 2025 em R$ 6,60, o que abre espaço para uma valorização de 18%, considerando o preço atual de R$ 5,58.
Mesmo com o potencial de alta das ações, os analistas da XP mantêm recomendação neutra para a companhia de aviação devido ao “cenário de diluição altamente incerto e um perfil de alavancagem atualmente alto”.
Ações da Azul sofrem volatilidade intensa nos últimos meses – o que está acontecendo?
Os investidores das ações da Azul acumulam meses de pânico com a performance dos papéis na bolsa.
O setor aéreo é sensível a cenários macroeconômicos mais conturbados e, em períodos de renda pressionada, as companhias do segmento tendem a ter uma diminuição da demanda por passagens aéreas.
Outro fator prejudicial para as empresas de aviação foi a forte oscilação cambial neste ano. Por terem parte dos custos em dólar, períodos de alta da moeda americana podem impactar as companhias.
Além disso, com a tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul entre abril e maio, a Azul foi afetada operacionalmente e sofreu perdas de R$ 200 milhões.
Mas o que gerou a grande despencada de AZUL4 recentemente foi o receio do mercado sobre um possível pedido de recuperação judicial da companhia, considerando as dívidas da aérea.
Os ânimos foram amenizados pela empresa no fim de agosto, quando informou à Reuters que não estava considerando entrar com o pedido de RJ nos Estados Unidos – processo chamado de Chapter 11 e que foi feito pela Gol (GOLL4) no início de 2024.
O atual acordo com credores ainda está em andamento pela empresa e aguarda confirmação. Após dias de forte volatilidade, as ações têm tímida alta de 0,8% nesta sexta-feira (20).
Que crise? Weg (WEGE3) quer investir US$ 62 milhões na China para aumentar capacidade de fábrica
O investimento será realizado nos próximos anos e envolve um plano que inclui a construção de um prédio de 30 mil m², com capacidade para fabricação de motores de alta tensão
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade
É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025
Em busca de dividendos? Curadoria seleciona os melhores FIIs e ações da bolsa para os ‘amantes’ de proventos (PETR4, BBAS3 e MXRF11 estão fora)
Money Times, portal parceiro do Seu Dinheiro, liberou acesso gratuito à carteira Double Income, que reúne os melhores FIIs, ações e títulos de renda fixa para quem busca “viver de renda”
R$ 4,1 bilhões em concessões renovadas: Copel (CPLE6) garante energia para o Paraná até 2054 — e esse banco explica por que você deve comprar as ações
Companhia paranaense fechou o contrato de 30 anos referente a concessão de geração das usinas hidrelétricas Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias
Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo
O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente
Equatorial (EQTL3) tem retorno de inflação +20% ao ano desde 2010 – a gigante de energia pode gerar mais frutos após o 3T24?
Ações da Equatorial saltaram na bolsa após resultados fortes do 3º tri; analistas do BTG calculam se papel pode subir mais após disparada nos últimos anos
‘Mãe de todos os ralis’ vem aí para a bolsa brasileira? Veja 3 razões para acreditar na disparada das ações, segundo analista
Analista vê três fatores que podem “mudar o jogo” para o Ibovespa e a bolsa como um todo após um ano negativo até aqui; saiba mais
A B3 vai abrir no dia da Consciência Negra? Confira o funcionamento da bolsa, bancos e Correios na estreia do novo feriado nacional
É a primeira vez que o Dia da Consciência Negra consta no calendário dos feriados nacionais. Como de costume, as comemorações devem alterar o funcionamento dos principais serviços públicos
Grupo Mateus: Santander estabelece novo preço-alvo para GMAT3 e prevê valorização de 33% para as ações em 2025; saiba se é hora de comprar
O banco reduziu o preço-alvo para os papéis da varejista de alimentos em relação à 2024, mas mantém otimismo com crescimento e parceria estratégica
Rali do Trump Trade acabou? Bitcoin (BTC) se estabiliza, mas analistas apontam eventos-chave para maior criptomoeda do mundo chegar aos US$ 200 mil
Mercado de criptomoedas se aproxima de uma encruzilhada: rumo ao topo ou a resultados medianos? Governo Trump pode ter a chave para o desfecho.
Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação
Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa
Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial
O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada
Cemig (CMIG4) e Copasa (CSMG3) voltam a ficar no radar das privatizações e analistas dizem qual das duas tem mais chance de brilhar
Ambas as empresas já possuem capital aberto na bolsa, mas o governo mineiro é quem detém o controle das empresas como acionista majoritário
O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil
Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias
Lucro dos bancos avança no 3T24, mas Selic alta traz desafios para os próximos resultados; veja quem brilhou e decepcionou na temporada de balanços
Itaú mais uma vez foi o destaque entre os resultados; Bradesco avança em reestruturação e Nubank ameaça desacelerar, segundo analistas
Aposentadoria por invalidez garante o perdão de dívidas? Minha esposa está inadimplente e quero resolver a situação
Leitor quer saber se benefício previdenciário pode livrar a esposa de dívidas que ela fez antes do casamento
No G20 Social, Lula defende que governos rompam “dissonância” entre as vozes do mercado e das ruas e pede a países ricos que financiem preservação ambiental
Comentários de Lula foram feitos no encerramento do G20 Social, derivação do evento criada pelo governo brasileiro e que antecede reunião de cúpula
Nova York naufragou: ações que navegavam na vitória de Trump afundam e bolsas terminam com fortes perdas — Tesla (TSLA34) se salva
Europa também fechou a sexta-feira (15) com perdas, enquanto as bolsas na Ásia terminaram a última sessão da semana sem uma direção comum, com dados da China e do Japão no radar dos investidores
Warren Buffett não quer o Nubank? Megainvestidor corta aposta no banco digital em quase 20% — ação cai 8% em Wall Street
O desempenho negativo do banco digital nesta sexta-feira pode ser explicado por três fatores principais — e um deles está diretamente ligado ao bilionário