Americanas (AMER3) busca compradores para Shoptime, Submarino e Ame e anuncia nova estratégia para serviços financeiros; ações saltam 18% na B3
Além das possíveis alienações, a varejista informou também que iniciará a execução de uma nova estratégia de negócios para a plataforma de pagamentos digitais
A Americanas (AMER3) acaba de colocar em ação um movimento antecipado durante a teleconferência do segundo semestre e que contempla mais uma das etapas de seu plano de recuperação judicial.
A companhia anunciou nesta segunda-feira (2) que contratou um assessor financeiro para buscar interessados na aquisição da Ame Digital.
De acordo com comunicado enviado ao mercado há pouco, a Centria Capital Partners, consultoria escolhida pela varejista, fará a prospecção de oportunidades para venda do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) da plataforma de pagamentos digitais e cashback da companhia.
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O possível negócio incluirá também a licença de instituição de pagamento e outros ativos detidos pela Ame. As exceções são as operações que serão transferidas para a própria Americanas, em um processo de reorganização dos serviços financeiros.
A Centria também conduzirá o processo de busca por interessados pela Shoptime e pelo Submarino. A companhia já havia revelado ter recebido "propostas não solicitadas" pelas marcas após anunciar que encerraria os dois sites para incorporá-los à plataforma principal.
O anúncio da contratação da consultoria ocorre no mesmo dia em que as ações da Americanas registram um salto na bolsa de valores. Os papéis, que chegaram a subir 19% mais cedo, avançavam 18,54%, cotados em R$ 6,85, por volta das 15h.
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Reorganização de serviços financeiros na Americanas (AMER3)
Além das possíveis alienações, a Americanas informou também que iniciará a execução de uma nova estratégia de negócios para Ame Digital.
Os serviços de conta de pagamento, credenciadora e participante indireta de Pix não serão mais oferecidos. Com isso, a Ame deixará de ser uma plataforma autônoma de produtos e serviços financeiros.
Além disso, a parte da operação que não está ligada à instituição de pagamento será transferida para a própria Americanas e passará a fazer parte da equipe da varejista.
Segundo a companhia, o objetivo da reorganização é "concentrar esforços em um novo programa de fidelidade e na oferta de produtos e serviços para clientes e parceiros".
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Venda de ativos pode impulsionar pagamento de dívidas, mas ainda não há perspectivas de M&As
Vale relembrar que, em teleconferência realizada no mês passado, a diretora financeira da companhia, Camille Faria, destacou que as vendas de ativos estão previstas no plano de RJ da varejista e, se concretizadas, devem ajudar a abater a dívida bruta.
Porém, para os dois principais ativos no portfólio da Americanas, o Hortifruti Natural da Terra e a Uni.Co, dona das marcas Imaginarium e Puket, não há novidades em relação às perspectivas de M&A.
No caso do Hortifruti, Camille destaca que a companhia trouxe um novo CEO e focou em otimizar a operação, mas "não há planos de retomada do processo de venda no momento".
Já na Uni.Co, a CFO afirma que a operação segue ampliando a geração de resultados, enquanto a Americanas monitora o mercado para avaliar o melhor momento para voltar a buscar propostas.
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