🔴 SAVE THE DATE – 25/11: MOEDA COM POTENCIAL DE 30.000% DE VALORIZAÇÃO SERÁ REVELADA – VEJA COMO ACESSAR

Estadão Conteúdo
ELES VOLTARAM

O plano dos irmãos Wesley e Joesley Batista para ficar com a Amazonas Energia

Proposta da empresa de energia do grupo J&F, dos irmãos Wesley e Joesley Batista, foi apresentada à Aneel 16 dias após o governo editar medida provisória salvando o caixa da distribuidora

Estadão Conteúdo
13 de julho de 2024
15:49 - atualizado às 13:23
Joesley Batista, dono da JBS
Joesley Batista, dono da JBS - Imagem: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

A Âmbar, empresa de energia do grupo J&F, dos irmãos Wesley e Joesley Batista, fez uma proposta à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para assumir o controle da Amazonas Energia.

O documento foi entregue à Aneel em 28 de junho, 16 dias após o governo editar uma medida provisória salvando o caixa da distribuidora de energia ao transferir suas dívidas com fornecedores de energia para as contas de luz dos consumidores do País.

Dois fundos de investimentos da J&F, o Futura Venture e o Milão, este último administrado pela Reag Investimentos, aparecem como os autores do plano de transferência de controle.

A informação foi publicada inicialmente pelo jornal Folha de S.Paulo e confirmada pelo Estadão.

Empresa dos irmãos Wesley e Joesley Batista já iniciou processo de due diligence

A Âmbar já enviou emissários a Manaus para examinar os números da empresa e avaliar a entrada no negócio, segundo apurou o Estadão.

Também está em curso um processo de "due diligence" (auditoria).

Leia Também

O valor da operação será "simbólico", uma vez que a empresa está virtualmente quebrada e o governo quer trocar o administrador privado responsável pela operação.

  • E-BOOK LIBERADO: o Seu Dinheiro consultou especialistas do mercado financeiro para descobrir onde estão as melhores oportunidades de investimento para o 2º semestre de 2024; baixe aqui.

O que diz a J&F

Procurada, a assessoria da J&F informou que "a submissão do plano de transferência de controle é condição regulatória para qualquer interessado, porém não obriga o interessado a efetivar o negócio".

"Depois de concluir a assinatura da aquisição das usinas com a Eletrobras, em um negócio independente e sem participação estatal, a Âmbar agora analisa em maior profundidade a complexa situação da Amazonas Energia e aguarda a análise do plano pela Aneel para avaliar se as condições finais da transferência de controle garantirão ou não a viabilidade econômica da distribuidora", disse a J&F.

A MP editada em 12 de junho pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva afrouxou obrigações regulatórias e repassou a conta pela compra de energia de termelétricas da distribuidora para a Conta de Energia de Reserva, paga pelos consumidores do mercado regulado (residenciais e pequenos negócios), do mercado livre (grandes) e autoprodutores do País.

Edição da MP e proposta de Wesley e Joesley Batista é 'mera coincidência'

Com isso, a Amazonas Energia, que está em situação deficitária e à beira de uma intervenção federal, fica mais leve para ser repassada para um outro controlador.

As termelétricas fornecedoras da Amazonas Energia foram compradas pela Âmbar, a companhia de energia dos irmãos Wesley e Joesley Batista, apenas dois dias antes da assinatura da medida provisória, em 10 de junho.

Elas pertenciam à Eletrobras, que desde novembro estava sem receber pela energia vendida.

A medida provisória, no entanto, resolveu esse problema, uma vez que repassou o pagamento dessa dívida para todos os consumidores do País.

Dessa forma, a Âmbar adquiriu térmicas que, em dois dias, deixaram de ser um problema e se converteram em bons ativos.

Custos serão repassados aos consumidores

Os custos que serão repassados ao consumidores, pelos cálculos de operadores do mercado de energia, variam de R$ 2 bilhões a R$ 2,7 bilhões por ano, podendo ultrapassar R$ 30 bilhões no final.

O impacto efetivo nas contas de luz vai depender de regras que serão estabelecidas pela Aneel.

Executivos ligados aos irmãos Wesley e Joesley Batista foram recebidos 17 vezes no MME antes da MP

O Estadão também revelou que executivos da Âmbar foram recebidos 17 vezes antes da edição da medida provisória no Ministério de Minas e Energia, sem registro na agenda oficial.

O ministério negou ter agido para beneficiar a companhia e o ministro Alexandre Silveira afirmou que a edição da medida dois dias após a compra das térmicas foi "mera coincidência".

As reuniões ocorreram entre junho de 2023 e maio deste ano.

Os executivos da Âmbar tiveram encontros reservados com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, com o secretário executivo Arthur Cerqueira, com o secretário nacional de Energia Elétrica, Gentil Nogueira, e com o ex-secretário executivo da pasta Efrain Cruz, conforme registros de entradas no ministério enviados em resposta a um pedido do partido Novo via Lei de Acesso à Informação.

A última reunião entre Silveira e o presidente da Âmbar ocorreu em 29 de maio, uma semana antes de o texto da medida provisória ser enviado pelo ministério à Casa Civil.

Silveira também recebeu o executivo no dia 21 de maio.

Nenhum desses encontros aparece na agenda oficial do ministro.

Oferta de Wesley e Joesley Batista já era aguardada

Desde a edição da medida provisória, agentes do mercado já aguardavam a oferta da Âmbar pela Amazonas Energia.

Isso porque, quando comprou as térmicas da Eletrobrás, a empresa dos irmãos Wesley e Joesley Batista se comprometeu em converter dívidas passadas da Amazonas Energia em ações da nova distribuidora.

A Eletrobras, segundo pessoas próximas das negociações, dava esse passivo como perdido e aceitou o negócio - a dívida da Amazonas com a Eletrobras está avaliada em pouco menos de R$ 10 bilhões.

Essa cláusula colocou a Âmbar em vantagem, caso ela decida concluir a compra da distribuidora, uma vez que o passivo restante também poderá ser retirado da sua lista de obrigações.

Conclusão do negócio depende da Aneel

A conclusão do negócio depende agora da aprovação, pela Aneel, do plano apresentado pela J&F, que está sob sigilo comercial.

Outras empresas do setor elétrico ainda podem apresentar ofertas, mas a expectativa é de que o negócio seja concluído durante a vigência da medida provisória a fim de dar garantia jurídica ao investidor das vantagens oferecidas pelo governo.

Ministro nega ter tratado de medida provisória com presidente da Âmbar

Alexandre Silveira confirmou na sexta-feira que recebeu o presidente da Âmbar Energia (empresa do Grupo J&F, dos irmãos Wesley e Joesley Batista), Marcelo Zanatta, apenas duas vezes, e que não haveria motivos para tratar com ele de temas ligados à Medida Provisória 1.232/24, de socorro ao caixa da distribuidora Amazonas Energia.

Em entrevista à GloboNews, Silveira negou qualquer intenção de favorecer o grupo com a edição do normativo que facilita a venda do controle da distribuidora.

O ministério e a Âmbar afirmam que não trataram da medida provisória nas conversas, mas não informam o teor dos encontros.

A Âmbar comprou usinas térmicas da Eletrobras, assumindo os riscos de crédito dos contratos de energia justamente com a Amazonas Energia, que não vinha pagando pela eletricidade fornecida por essas usinas.

Segundo Silveira, embora a operação entre as duas empresas e a edição da MP tenham acontecido em datas próximas, ele não teria como saber o que se passava entre as duas companhias privadas, e afirmou que a publicação da norma ocorreu dentro de um cronograma previamente estipulado pelo ministério.

Silveira afirmou que dialoga com a empresa, assim como faz com o restante das companhias do setor elétrico, e que a controvérsia em relação ao tema tem sido alimentada por grupos que estavam interessados nos ativos e que perderam a concorrência.

Disse ainda que parte do problema estaria ligado ao fato de a Eletrobras ter sido privatizada.

"Se a Eletrobras ainda fosse uma empresa pública, não estaríamos discutindo a venda da Amazonas Energia, estaríamos falando é de uma intervenção da Eletrobras na Amazonas Energia e da responsabilização dos dirigentes."

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
PRÓXIMA ESTAÇÃO: ENERGIA VERDE

Trens movidos a vento? CCR e Neoenergia fecham acordo para usar energia eólica em linhas do Metrô e da CPTM em São Paulo

11 de novembro de 2024 - 11:39

Grupo CCR adquire participação minoritária em parque eólico no Piauí, para otimizar custos e atender demanda elétrica do transporte público paulistano

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Em ritmo de festa: Ibovespa começa semana à espera da prévia do PIB; Wall Street amanhece em alta

11 de novembro de 2024 - 8:01

Bolsas internacionais operam em alta e dão o tom dos mercados nesta segunda-feira; investidores nacionais calibram expectativas sobre um possível rali do Ibovespa

COMPRAR OU VENDER

Dividendos da Eletrobras (ELET3) vêm aí? Lucro da companhia dispara mais de 380% no 3T24 — e aqui estão os motivos para você comprar as ações, segundo analistas 

7 de novembro de 2024 - 14:59

Bancos mantiveram a recomendação de compra para os papéis da empresa após a divulgação do balanço, ressaltando o momento positivo no setor elétrico

FACILITOU OU NÃO?

Acionistas da Isa CTEEP aprovam mudança de nome e empresa passa a se chamar Isa Energia; código das ações também será alterado

7 de novembro de 2024 - 11:48

Com isso, os papéis TRPL3 (ordinária) e TRLP4 (preferencial) passam a se chamar ISAE3 (ordinária) e ISAE4 (preferencial)

REAÇÃO AO BALANÇO

Taesa (TAEE11) sobe na B3 após anunciar R$ 230 milhões em dividendos e JCP e resultado sem surpresas no 3T24

7 de novembro de 2024 - 10:48

O lucro líquido regulatório teve leve contração de 5,9% em relação ao mesmo período de 2023, a R$ 307,3 milhões

DESTAQUES DA BOLSA

Com aumento de mais de 230% no lucro, Vibra (VBBR3) “segue entregando tudo” e ações ficam entre as maiores altas do Ibovespa — vale a pena comprar agora?

6 de novembro de 2024 - 16:01

A Vibra, maior distribuidora de combustíveis do país, apurou um lucro líquido de R$ 4,2 bilhões no 3T24, segundo dados divulgados ontem

ENERGIA SOLAR

Energia renovável: EDP compra mais 16 novas usinas solares por R$ 218 milhões

6 de novembro de 2024 - 13:09

Empreendimentos estão localizados na Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná, e somam 44 MWp de capacidade instalada

ENTRE BALANÇOS E FUSÕES

É oficial: AES Brasil e Auren (AURE3) criam a 3ª maior geradora de energia do país — mas maioria dos acionistas de AESB3 pula fora do negócio

31 de outubro de 2024 - 11:03

Para além da combinação de negócios, as empresas de energia elétrica divulgaram ontem os balanços do terceiro trimestre de 2024; confira os números

LUZ VERDE

Justiça do Reino Unido aprova acordo da Light (LIGT3) para reestruturação de dívidas com credores internacionais

28 de outubro de 2024 - 19:42

Corte inglesa confirmou a proposta aprovada neste mês com 99,4% dos bondholders no âmbito do “scheme of arrangement”

DESTAQUES DA BOLSA

Ações da AES Brasil (AESB3) desabam mais de 20% na B3 antes da incorporação pela Auren. O que está por trás da queda?

28 de outubro de 2024 - 16:46

O tombo das ações acontece na semana de fechamento da combinação de negócios entre a AES e a Auren — que resultará no fim da negociação dos papéis AESB3 na bolsa

TEMPORADA DE RESULTADOS

Luz no balanço da Enel em SP: lucro cresce 58% no terceiro trimestre e companhia cita apagão nos resultados

28 de outubro de 2024 - 10:18

A empresa afirma que até o dia seguinte ao evento climático extremo, a energia já havia sido restabelecida para cerca de 80% dos consumidores afetados

BOLETIM FOCUS

Campos Neto vai estourar a meta de inflação? Projeções para o IPCA ficam acima do teto pela primeira vez em 2024; veja os números da Focus

28 de outubro de 2024 - 9:49

Se as projeções se confirmarem, Gabriel Galípolo herdará de Campos Neto a missão de explicar ao CMN os motivos da inflação fora da meta

TEMPORADA DE BALANÇOS

Qual ação de energia vai brilhar no 3T24? O JP Morgan aponta a Eletrobras (ELET3) como a ‘vencedora’ em meio ao clima seco e bandeira vermelha na tarifa 

21 de outubro de 2024 - 14:15

Para os analistas, as perspectivas ainda são fortes para a distribuição de energia, com uma melhora de cenário para o segmento de geração de eletricidade

ALOCAÇÃO DE CAPITAL

Com caixa reforçado após o follow-on, Eneva (ENEV3) está pronta para aquisições — e BofA agora vê potencial de alta de 24,8% para as ações 

18 de outubro de 2024 - 19:01

O Bank of America manteve recomendação de compra para os papéis e elevou o preço-alvo a R$ 18, o que implica em uma valorização de 24,8% frente ao último fechamento

RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Light (LIGT3) recebe luz verde de credores no Reino Unido para proposta de reestruturação de dívidas; ação sobe mais de 3% na B3

18 de outubro de 2024 - 13:43

Segundo a companhia de energia, 99,4% dos bondholders aprovaram o acordo, que será confirmado pela Corte Inglesa em audiência no dia 28 de outubro

SETOR ELÉTRICO

É hora de preparar o relógio? Governo bate o martelo e ministro anuncia decisão sobre o horário de verão

16 de outubro de 2024 - 15:25

O parecer foi tomado após uma reunião para avaliar a viabilidade da medida e dados complementares de estudo do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS)

MAIS UM PASSO

Chapter 15: Light (LIGT3) pede reconhecimento de processo de recuperação judicial nos Estados Unidos

16 de outubro de 2024 - 14:47

Objetivo é ingressar na lei de falências americana para aplicar nos Estados Unidos as medidas de reestruturação de dívidas aprovadas no Brasil

EM BUSCA DA UNIÃO

Incorporação da AES Brasil (AESB3) pela Auren (AURE3) já tem data para acontecer — e empresa faz ajuste na conversão de ações antes da fusão

15 de outubro de 2024 - 8:18

Assim, na quinta-feira, 31 de outubro, será o último dia de negociação das ações AESB3 na B3, a bolsa brasileira

setor elétrico

Sem risco, sem mudança: horário de verão só volta em 2024 se país previr possibilidade de apagão

11 de outubro de 2024 - 14:30

Em evento na Itália, Alexandre Silveira afirmou que retorno do horário de verão será definido na próxima semana

SEM LOTE SUPLEMENTAR

Eneva (ENEV3) levanta R$ 3,2 bilhões em oferta subsequente de ações na B3; veja os detalhes do follow-on

11 de outubro de 2024 - 7:42

Oferta da Eneva saiu a R$ 14 por ação e foi destinada exclusivamente a investidores profissionais

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar