Além do Ozempic: Novo Nordisk tem lucro acima do esperado no 3T24 graças às vendas de outra ‘injeção de emagrecimento’
Novo Nordisk deu um respiro para o mercado de drogas de emagrecimento, que é encarado com certo ceticismo após altas expressivas

Apesar de ter ficado conhecida mundialmente por causa do Ozempic – remédio originalmente feito para diabetes, mas que ajuda também no emagrecimento –, a Novo Nordisk tem outro medicamento para agradecer pelos seus resultados do terceiro trimestre de 2024: o Wegovy.
As vendas do medicamento foram 79% maiores em comparação com o mesmo período do ano passado, totalizando 17,3 bilhões de coroas dinamarquesas (R$ 14,3 bilhões).
A produção da droga triplicou nos últimos três anos para poder atender a demanda. E deve continuar aumentando, segundo o que o CEO Lars Fruergaard Jorgensen disse à Reuters.
“Ainda temos uma situação em que há muito mais pacientes que desejam o tratamento do que nós e a Eli Lilly podemos fornecer”, afirmou.
- LEIA TAMBÉM: Amazon supera as expectativas no 3T24 e é uma das indicações de analista para investir nos EUA; saiba mais
O lucro líquido da Novo Nordisk foi de 27,3 bilhões de coroas dinamarquesas (R$ 22,6 bilhões), número também acima do esperado.
A ação reage bem hoje na bolsa de valores de Londres (LSEG), com alta de aproximadamente 3%, por volta das 11h.
Leia Também
Vale lembrar que a dinamarquesa é uma das empresas mais valiosas da Europa, com US$ 488 bilhões (R$ 2,9 trilhões) de valor de mercado.
Os desafios para a Novo Nordisk
No entanto, a empresa ainda tem que lidar com o desafio de conseguir atender à demanda crescente.
Levando em consideração eventuais restrições de fornecimento e escassez de vários medicamentos em diferentes localidades, a Novo Nordisk reduziu a projeção de crescimento de vendas para o ano fiscal de 2024. O guidance agora considera aumento nas vendas de até 27%, contra os 28% anteriormente esperados.
A companhia anunciou que está fazendo esforços para aumentar a oferta no curto e longo prazo.
Nesse contexto, um dos mercados mais prósperos para a dinamarquesa é o dos Estados Unidos. No 3T24, as vendas no país cresceram 21%, em comparação com o mesmo período do ano passado.
- A Novo Nordisk é líder de mercado nas terras do Tio Sam: tomando como base as prescrições mensais, ela representa 53,9%.
Nesta semana, a principal concorrente, Eli Lilly, também divulgou os resultados do 3T24, mostrando desaceleração nas vendas nos dois principais medicamentos: Mounjaro e Zepbound. Ambos venderam menos do que o esperado pelo mercado, o que fez as ações caírem aproximadamente 10% após a divulgação do balanço.
Todo mundo quer um ‘pedacinho’ desse bolo
Em uma esfera global, as empresas já consolidadas neste setor de injeções de emagrecimento enfrentam uma “ameaça”: as novas entrantes que querem capturar uma parte deste mercado altamente lucrativo.
Entre elas, as novatas Structure Therapeutics, a Viking e a Zealand Pharma. Além disso, empresas da “big pharma” como AstraZeneca, Roche e Pfizer também podem fazer movimentos em um futuro próximo.
Vale lembrar que as patentes do Ozempic e do Wegovy vencerão em 2026, o que impulsionará a criação de genéricos.
A alternativa para que o mercado mantenha-se tão lucrativo, portanto, é mais uma vez inovar na fabricação de drogas ainda mais eficientes e potentes para obesidade, diabetes e emagrecimento.
Em outubro, estudos mostraram que o Ozempic poderia reduzir os riscos de Alzheimer – uma doença ainda sem cura, que afeta 50 milhões de pessoas ao redor do mundo.
* Com informações de CNBC e Reuters.
Qual o remédio para superar a concorrência? Ações da Novo Nordisk despencam 8% com enxurrada de más notícias — inclusive, vindas do Brasil
A concorrente Eli Lilly obteve sucesso no primeiro teste avançado de suas pílulas para perda de peso, enquanto a Novo Nordisk acumula resultados decepcionantes
Van Gogh: 8 museus e destinos para conferir as obras do artista
Pintor holandês não teve notoriedade em vida; atualmente, é um dos artistas mais consagrados da história, com obras espalhadas por todo o mundo
Que telefone vai tocar primeiro: de Xi ou de Trump? Expectativa mexe com os mercados globais; veja o que esperar desta quinta
Depois do toma lá dá cá tarifário entre EUA e China, começam a crescer as expectativas de que Xi Jinping e Donald Trump possam iniciar negociações. Resta saber qual telefone irá tocar primeiro.
Como fica a bolsa no feriado? Confira o que abre e fecha na Sexta-feira Santa e no Dia de Tiradentes
Fim de semana se une à data religiosa e ao feriado em homenagem ao herói da Inconfidência Mineira para desacelerar o ritmo intenso que tem marcado o mercado financeiro nos últimos dias
É hora de aproveitar a sangria dos mercados para investir na China? Guerra tarifária contra os EUA é um risco, mas torneira de estímulos de Xi pode ir longe
Parceria entre a B3 e bolsas da China pode estreitar o laço entre os investidores do dois países e permitir uma exposição direta às empresas chinesas que nem os EUA conseguem oferecer; veja quais são as opções para os investidores brasileiros investirem hoje no Gigante Asiático
Fim da linha para a Vale (VALE3)? Por que o BB BI deixou de recomendar a compra das ações e cortou o preço-alvo
O braço de investimentos do Banco do Brasil vai na contramão da maioria das indicações para o papel da mineradora
Nas entrelinhas: por que a tarifa de 245% dos EUA sobre a China não assustou o mercado dessa vez
Ainda assim, as bolsas tanto em Nova York como por aqui operaram em baixa — com destaque para o Nasdaq, que recuou mais de 3% pressionado pela Nvidia
Ações da Brava Energia (BRAV3) sobem forte e lideram altas do Ibovespa — desta vez, o petróleo não é o único “culpado”
O desempenho forte acontece em uma sessão positiva para o setor de petróleo, mas a valorização da commodity no exterior não é o principal catalisador das ações BRAV3 hoje
Correr da Vale ou para a Vale? VALE3 surge entre as maiores baixas do Ibovespa após dado de produção do 1T25; saiba o que fazer com a ação agora
A mineradora divulgou queda na produção de minério de ferro entre janeiro e março deste ano e o mercado reage mal nesta quarta-feira (16); bancos e corretoras reavaliam recomendação para o papel antes do balanço
O destino mais desejado da Europa é a cidade mais cara do mundo em 2025; quanto custa a viagem?
Seleção do European Best Destinations consultou mais de 1,2 milhão de viajantes em 158 países para elencar os 20 melhores destinos europeus para o ano
Acionistas da Petrobras (PETR4) votam hoje a eleição de novos conselheiros e pagamento de dividendos bilionários. Saiba o que está em jogo
No centro da disputa pelas oito cadeiras disponíveis no conselho de administração está o governo federal, que tenta manter as posições do chairman Pietro Mendes e da CEO, Magda Chambriard
Até tu, Nvidia? “Queridinha” do mercado tomba sob Trump; o que esperar do mercado nesta quarta
Bolsas continuam de olho nas tarifas dos EUA e avaliam dados do PIB da China; por aqui, investidores reagem a relatório da Vale
Península de saída do Atacadão: Família Diniz deixa quadro de acionistas do Carrefour (CRFB3) dias antes de votação sobre OPA
Após reduzir a fatia que detinha na varejista alimentar ao longo dos últimos meses, a Península decidiu vender de vez toda a participação restante no Atacadão
Respira, mas não larga o salva-vidas: Trump continua mexendo com os humores do mercado nesta terça
Além da guerra comercial, investidores também acompanham balanços nos EUA, PIB da China e, por aqui, relatório de produção da Vale (VALE3) no 1T25
Temporada de balanços 1T25: Confira as datas e horários das divulgações e das teleconferências
De volta ao seu ritmo acelerado, a temporada de balanços do 1T25 começa em abril e revela como as empresas brasileiras têm desempenhado na nova era de Donald Trump
Felipe Miranda: Do excepcionalismo ao repúdio
Citando Michael Hartnett, o excepcionalismo norte-americano se transformou em repúdio. O antagonismo nos vocábulos tem sido uma constante: a Goldman Sachs já havia rebatizado as Magníficas Sete, chamando-as de Malévolas Sete
Bolsas perdem US$ 4 trilhões com Trump — e ninguém está a salvo
Presidente norte-americano insiste em dizer que não concedeu exceções na sexta-feira (11), quando “colocou em um balde diferente” as tarifas sobre produtos tecnológicos
Alívio na guerra comercial injeta ânimo em Wall Street e ações da Apple disparam; Ibovespa acompanha a alta
Bolsas globais reagem ao anúncio de isenção de tarifas recíprocas para smartphones, computadores e outros eletrônicos
Azul (AZUL4) busca até R$ 4 bilhões em oferta de ações e oferece “presente” para acionistas que entrarem no follow-on; ações sobem forte na B3
Com potencial de superar os R$ 4 bilhões com a oferta, a companhia aérea pretende usar recursos para melhorar estrutura de capital e quitar dívidas com credores
Smartphones e chips na berlinda de Trump: o que esperar dos mercados para hoje
Com indefinição sobre tarifas para smartphones, chips e eletrônicos, bolsas esboçam reação positiva nesta segunda-feira; veja outros destaques