Ações da Dasa (DASA3) podem subir até 30%. BB Invest cita 4 pontos positivos, mas destaca 2 motivos para cautela
O banco de investimentos iniciou a cobertura do papel com preço-alvo de R$ 3,20 para o final de 2025, o que representa um potencial de valorização de 30%; saiba se vale a pena comprar ou vender
Na mesma semana em que a Dasa (DASA3) aprovou um aumento de capital no valor de R$ 1,593 bilhão, o BB Invest — segmento de análise do Banco do Brasil (BBSA3) — iniciou a cobertura da empresa que é uma das maiores redes de saúde integrada do Brasil.
O primeiro relatório sobre a companhia de saúde destaca que a Dasa tem realizado mudanças na estrutura de governança e implementando iniciativas para se concentrar em suas atividades principais.
O aumento de capital, por exemplo, será feito por meio da emissão de 502.206.800 novas ações, a um preço de R$ 3,17 por papel. Com isso, o capital social da empresa passará de R$ 18,032 bilhões para R$ 19,625 bilhões a partir da próxima quinta-feira (28).
Além disso, a venda da Dasa Empresas — divisão de corretagem e consultoria de seguros — por R$ 255 milhões, faz parte da estratégia de focar nas atividades mais rentáveis da companhia.
Assim, os analistas do BB Invest estipulam um preço-alvo de R$ 3,20 para o final de 2025, o que representa um potencial de valorização de 30% em relação ao preço de fechamento dos negócios na terça-feira (26).
Por volta das 12h10, as ações DASA3 operavam em queda de 1,63%, negociadas a R$ 2,42. No mesmo horário, o Ibovespa recuava 0,20%, aos 129.629 pontos.
Leia Também
Então, porque os analistas iniciaram a cobertura com recomendação neutra para as ações DASA3? Entenda a seguir.
Conheça a carteira que já rendeu +200% do Ibovespa e participe da comunidade no Telegram para receber análises e relatórios exclusivos sem custos
Dasa (DASA3): os negócios da empresa
Antes de mais nada, é preciso entender o que é a Dasa hoje e os negócios nos quais ela está envolvida.
Um dos anúncios mais importantes do ano aconteceu em junho, quando a Dasa firmou um acordo de associação com a Amil por meio da Ímpar Serviços Hospitalares.
A operação deu origem a uma joint venture com a Amil, cada uma com 50% de participação e controle compartilhado — inclusive, com rumores de uma possível fusão.
Assim a Ímpar se tornará uma rede com um total de 25 hospitais e 4,4 mil leitos, majoritariamente localizados na região Sudeste e no Distrito Federal, porém com uma dívida líquida de R$ 3,85 bilhões.
Na visão dos analistas, a empresa deve continuar os movimentos positivos deste ano, como:
- Foco em rentabilidade e eficiência operacional: direcionamento de investimentos para projetos de maior retorno, concentrando-se na rentabilidade de seus ativos e negócios principais;
- Expansão da rede hospitalar e oncológica: A exemplo do acordo com a Amil, expandir sua rede com ativos de qualidade e potencial de aumentar as margens;
- Consolidação no mercado de diagnósticos: A Dasa tem como ponto forte uma ampla cobertura geográfica, operando em quase todas as regiões do país — à exceção é a região Norte e alguns estados do Nordeste —, além de uma variedade de marcas, que permitem o acesso a diferentes classes sociais e perfis de consumidores;
- Crescimento do setor de saúde suplementar no Brasil: O setor de saúde suplementar no Brasil está se expandindo devido ao envelhecimento da população e ao aumento da demanda por serviços médicos mais especializados.
Jogando contra a Dasa (DASA3)
No entanto, existem dois pontos de preocupação que os analistas do BB Invest destacam como preocupantes para os negócios da Dasa.
O primeiro ponto diz respeito à alavancagem operacional. Na manhã desta quarta-feira (27), a empresa atualizou a projeção de alavancagem para o fim de 2025 para até 2,5 vezes.
De acordo com a Dasa, a mudança “considera o estágio atual de evolução de frentes operacionais e estratégicas e tem como premissa a conclusão destes movimentos.”
Seja como for, o aumento da alavancagem expõe a empresa a um potencial descontrole da dívida, em especial em casos de problemas macroeconômicos.
O segundo ponto diz respeito aos fatores regulatórios e legais do Brasil — e aqui cabe uma análise mais demorada sobre o setor de saúde como um todo.
Problemas do setor de saúde
O setor de saúde é altamente regulado e necessita de capital constante para manter os negócios de pé.
“Qualquer mudança nas regulamentações, seja em termos de exigências operacionais, segurança sanitária ou controle de preços, pode impactar diretamente na operação”, escrevem os analistas.
Além disso, parte significativa da receita da companhia está atrelada aos planos de saúde, o que a expõe a riscos de renegociação de contratos, inadimplência ou mudanças no comportamento das operadoras, podendo afetar negativamente a receita e as margens da Dasa.
Vale destacar ainda que o sistema de saúde no Brasil é composto por dois subsistemas: público, na figura do Sistema Único de Saúde (SUS), e privado, regulado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e que atende hoje cerca de 51 milhões de brasileiros (cerca de 24% da população).
Acontece que esse número tem se mantido estável nos últimos anos, ou seja, a saúde privada não tem conseguido espaço para crescer no país — os motivos variam de problemas de captação de recursos à perda do poder de compra da população.
Por último, as condições econômicas do país também são um ponto de atenção para os analistas do BB Invest.
Em períodos de recessão ou aumento do desemprego, o número de beneficiários de planos de saúde pode cair, reduzindo a demanda por serviços médicos e diagnósticos.
Da mesma forma, uma deterioração no cenário econômico pode impactar o acesso ao crédito e aumentar os custos de financiamento para a empresa.
Por que as ações da Brava Energia (BRAV3) saltam mais de 10% e lideram as altas do Ibovespa hoje?
Desempenho positivo dos papéis vem na esteira do investimento milionário em novos campos de petróleo
A ‘rainha dos dividendos’ está de volta? Petrobras (PETR4) ‘parece criar espaço para proventos mais elevados’, diz BTG – veja se vale investir
Petrobras animou investidores com dividendos extraordinários de R$ 20 bilhões e a divulgação do plano de negócios – entenda o que esperar das ações nos próximos 5 anos
Copel (CPLE6) sobe forte na B3 com recompra, JCP milionário e desinvestimentos — e aqui estão mais motivos para comprar as ações, segundo o Itaú BBA
Companhia paranaense de energia elétrica também anunciou novas metas de investimento durante o Copel Day
Small cap que rendeu 12 vezes o Ibovespa em um ano tem potencial lucrativo ‘óbvio e gritante’, diz analista
Esta ação já disparou 30% em 2024, mas ainda é extremamente fora do radar e pode conquistar investidores com “momento operacional fantástico”, na visão de analista
Dividendos: Totvs (TOTS3) aprova R$ 129 milhões em juros sobre capital próprio (JCP); veja quem tem direito
Proventos serão imputados aos dividendos obrigatórios do exercício e serão pagos aos acionistas em 27 de dezembro deste ano
A carne é forte: Carrefour publica pedido de desculpas após CEO afirmar que lojas na França não venderiam mais carnes do Mercosul
O Carrefour Brasil defendeu que a medida anunciada por Bompard só teria validade para as unidades francesas da rede, mas lojas locais chegaram a registrar desabastecimento
Conselho da Braskem (BRKM5) aprova eleição de Roberto Prisco Ramos para a presidência. Saiba quando o novo CEO assumirá o cargo
Prisco Ramos foi indicado pela Novonor, acionista controladora da Braskem, como substituto de Roberto Bischoff ao cargo de diretor presidente
CVC (CVCB3) decola mais de 9% e lidera os ganhos do Ibovespa após proposta de pílula de veneno. O que isso significa para o investidor?
O desempenho positivo vem na esteira de uma série de anúncios corporativos na última semana, com uma proposta de mudanças relevantes no estatuto social da companhia
Questão fiscal não é o único problema: esses são os 6 motivos que inibem retorno dos investidores gringos para o Brasil, segundo o BTG Pactual
Nos últimos meses, o cenário internacional continuou a se deteriorar para a América Latina, o que prejudica o panorama para investir na região, de acordo com os analistas
Alto risco, alto retorno: BTG diz que ações desta construtora podem subir até 88% nos próximos meses e recomenda compra para os papéis
A companhia em questão negocia em um patamar de valor de mercado tão depreciado que, segundo o banco, mal reflete o valor de seu portfólio
O pacote (fiscal) saiu para entrega: investidores podem sentir alívio com anúncio entre hoje e amanhã; bolsas tentam alta no exterior
Lá fora, a Europa opera em alta enquanto os índices futuros de Nova York sobem à espera dos dados de inflação da semana
Agenda econômica: IPCA-15 e dados do Caged são destaques no Brasil; no exterior, PIB e PCE dos EUA dominam semana com feriado
Feriado do Dia de Ações de Graças nos EUA deve afetar liquidez dos mercados, mas agenda econômica conta com dados de peso no exterior e no Brasil
Com lucro em alta, dividendos mais do que triplicam no 3T24. Confira quem foram as vencedoras e perdedoras da safra de resultados na B3
Os proventos consolidados de empresas da bolsa brasileira chegaram a R$ 148,5 bilhões em setembro, um salto de 228% comparado ao 3T23, de acordo a Elos Ayta Consultoria
Dividendos da Vale (VALE3), guinada da Embraer (EMBR3) e disparada da Oi (OIBR3): as mais lidas da semana no Seu Dinheiro
Matérias sobre empresas abertas em bolsa e suas ações foram as preferidas dos leitores do SD entre as publicadas na semana que passou
Nem BBDC4, nem SANB11: ‘para investir bem na bolsa você não precisa correr grandes riscos’, diz analista ao recomendar bancão ‘em promoção’
Analista explica por que vê a ação do Itaú (ITUB4) como a melhor dentre os “bancões” da bolsa brasileira
Dividendos e JCP: Banco do Brasil (BBAS3) vai depositar mais R$ 1 bilhão aos acionistas; BB já havia anunciado mais de R$ 2,7 bilhões neste mês
A bolada, que corresponde a R$ 0,17649109403 por ação ordinária, será paga a título de remuneração antecipada relativa ao quarto trimestre de 2024
Ação da CBA ganha fôlego na bolsa e sobe quase 6% após venda de participação da Alunorte; chegou a hora de incluir CBAV3 na carteira?
A siderúrgica se desfez da participação acionária na companhia, de 3,03%, por R$ 236,8 milhões para a Glencore
Ações da Petrobras (PETR4) saltam até 6% na bolsa e lideram altas do Ibovespa; analistas enxergam espaço para dividendos ainda maiores em novo plano estratégico
O detalhamento do plano estratégico 2025-2029 e um anúncio complementar de R$ 20 bilhões em dividendos extraordinários impulsionam os papéis da petroleira hoje
Por que a JBS (JBSS3) anunciou um plano de investimento de US$ 2,5 bilhões em acordo com a Nigéria — e o que esperar das ações
O objetivo é desenvolver um plano de investimento de pouco mais de R$ 14,5 bilhões em cinco anos para a construção de seis fábricas no país africano
Vitória da Eletronuclear: Angra 1 recebe sinal verde para operar por mais 20 anos e bilhões em investimentos
O investimento total será de R$ 3,2 bilhões, com pagamentos de quatro parcelas de R$ 720 milhões nos primeiros quatro anos e um depósito de R$ 320 milhões em 2027