🔴 RETORNOS REAIS DE ATÉ 8,67% AO ANO, ISENTO DE IR – CONHEÇA A RENDA FIXA ‘TURBINADA’

Camille Lima

Camille Lima

Repórter de empresas no Seu Dinheiro. Formada em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Já passou pela redação do TradeMap.

NEGOCIAÇÃO COM CREDORES

Ação da Azul (AZUL4) sobe com expectativa de receber US$ 500 milhões em financiamento em janeiro; aérea também prevê oferta de ações milionária 

Empresa concluiu discussões sobre o acordo com credores — em etapa que pode garantir o acesso da companhia a mais de R$ 3 bilhões em financiamento já no mês que vem

Camille Lima
Camille Lima
9 de dezembro de 2024
13:30 - atualizado às 15:02
Aeronave branco e azul escuro em pista, com mar ao fundo. O avião é da companhia de aviação Azul
Imagem: Divulgação

Em um pregão positivo para a bolsa brasileira, as ações da Azul (AZUL4) arremetem na B3 após a companhia aérea dar mais um passo na negociação com os credores

A aérea anunciou na manhã desta segunda-feira (9) que concluiu as discussões sobre o acordo com os detentores de títulos de dívida (bonds) — em uma etapa que pode garantir o acesso da companhia a mais de R$ 3 bilhões em financiamento já no mês que vem

A expectativa é que a empresa lance já nos próximos dias as ofertas de permuta ligadas a duas captações de novos recursos junto aos credores anunciadas em outubro.

Uma delas é uma linha de crédito superprioritária no valor de US$ 500 milhões (em torno de R$ 3,02 bilhões, no câmbio atual). O outro é um financiamento sênior de curto prazo de US$ 150 milhões (pouco mais de R$ 908 milhões) em notas garantidas (as chamadas Bridge Notes).

De acordo com a empresa, as operações de reestruturação e recapitalização “fortalecem consideravelmente a liquidez e a posição financeira da Azul”. 

Por volta das 15h, os papéis AZUL4 subiam 4,58% na bolsa, negociados a R$ 4,57, chegando a figurar entre as maiores altas do Ibovespa.

Leia Também

Apesar do tom positivo desta sessão, a aérea ainda marca forte desvalorização na B3 no acumulado do ano. Desde janeiro, as ações já perderam mais de 70% do valor, com a empresa hoje avaliada em cerca de R$ 1,5 bilhão.

Em que pé ficou a negociação da Azul (AZUL4) com credores

Uma das condições para emitir as notas superprioritárias aos credores é que a Azul (AZUL4) precisa lançar ofertas de permuta e solicitações de consentimento com relação aos papéis de primeiro e segundo grau.

Segundo fato relevante enviado à CVM, a empresa pretende lançar as ofertas no início da próxima semana — e, assim que concluídas as operações, emitir as notas superprioritárias em meados de janeiro de 2025. 

Ou seja, se tudo correr dentro do esperado, a Azul conseguiria o acesso total aos US$ 500 milhões em financiamento já no mês que vem. 

Além disso, a companhia precisou negociar os termos das transações com o “grupo ad hoc” — isto é, com o propósito específico de lidar com a negociação — de detentores de títulos de dívida antes do lançamento das ofertas. 

O “term sheet” (um acordo preliminar com credores) definiu questões como os termos das notas a serem emitidas nas ofertas de permuta e os acordos de governança e planos de incentivo à administração.

Os detalhes do acordo com credores da Azul 

Nos termos do novo acordo com credores, aproximadamente 80% das notas superprioritárias serão reservadas para os detentores de “Notas 1L”, que são as notas emitidas pela Azul Secured Finance LLP com vencimento em 2028.

Já os 20% restantes irão para os credores que possuem “Notas 2L”, que incluem notas sêniores 11,500% com vencimento em 2029, emitidas pela Azul Secured Finance LLP, e notas com vencimento em 2030. 

A Azul também determinou os termos das notas garantidas (Bridge Notes) a serem emitidas para os credores do financiamento de US$ 150 milhões.

Pagamento de dívida em ações 

Parte fundamental da negociação da Azul com os credores foi o sinal verde dos arrendadores (lessores) e fabricantes de equipamentos originais (OEMs) para trocar as dívidas que possuem com a aérea por uma participação equivalente em ações AZUL4.

A Azul confirmou que quase metade (47,5%) das dívidas com detentores de notas com vencimento em 2029 e em 2030 serão convertidas em ações preferenciais. Isso corresponde à emissão de até 100 milhões de novos papéis AZUL4.

A aérea prevê levantar pelo menos US$ 200 milhões de recursos líquidos com a nova oferta de ações específica para os credores. 

De acordo com a empresa, a conversão será realizada em três fases, com um desconto de 15% em relação ao preço médio ponderado de 30 dias em ações ou ADRs. 

Na primeira fase, em torno de 10% do montante principal da dívida serão trocados por ações AZUL4 até 30 de abril de 2025. O prazo considera que a companhia já tenha recebido US$ 400 milhões do total de US$ 500 milhões que estão previstos no novo financiamento.

Na segunda etapa, outros 25% serão convertidos se a aérea receber o “saque posterior” de US$ 100 milhões, condicionado ao cumprimento de condições estabelecidas em contrato.

Já a terceira fase contemplará a conversão dos 12,5% restantes, depois que a Azul realizar uma oferta primária de ações de até US$ 200 milhões (ou mais) em papéis preferenciais AZUL4.

Atenção, acionistas da Azul (AZUL4) 

Na negociação sobre a reestruturação de dívidas, a Azul (AZUL4) também estabeleceu acordos de governança que deverão ser votados na próxima assembleia geral ordinária de acionistas, em 2025.

A aérea determinou os direitos de indicação ao conselho de administração, além de um compromisso de migração para uma única classe de ações dentro de um período de tempo especificado. 

Uma das condições de governança é a alteração no estatuto social da Azul para incluir uma nova disposição. O documento deverá determinar que, se até 30 de abril de 2026, a Azul não tiver concluído uma fusão ou o capital social da aérea não tiver sido unificado em uma única classe de ações, os papéis serão automaticamente convertidos para uma única classe de ações com direito a voto.

Além disso, os credores detentores das debêntures conversíveis e das Notas 2L também terão o direito de nomear um conselheiro independente adicional e um observador independente — o que elevaria o número de cadeiras no conselho para 13 membros. 

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
SEXTOU COM O RUY

Não existe almoço grátis no mercado financeiro: verdades e mentiras que te contam sobre diversificação

28 de março de 2025 - 6:11

A diversificação é uma arma importante para qualquer investidor: ajuda a diluir os riscos e aumenta as chances de você ter na carteira um ativo vencedor, mas essa estratégia não é gratuita

ENTREVISTA EXCLUSIVA

Após virar pó na bolsa, Dotz (DOTZ3) tem balanço positivo com aposta em outra frente — e CEO quer convencer o mercado de que a virada chegou

27 de março de 2025 - 21:46

Criada em 2000 e com capital aberto desde 2021, empresa que começou com programa de fidelidade vem apostando em produtos financeiros para se levantar, após tombo de 97% no valuation

EFEITO COLATERAL

Tarifas de Trump derrubam montadoras mundo afora — Tesla se dá bem e ações sobem mais de 3%

27 de março de 2025 - 16:38

O presidente norte-americano anunciou taxas de 25% sobre todos os carros importados pelos EUA; entenda os motivos que fazem os papéis de companhias na América do Norte, na Europa e na Ásia recuarem hoje

GIGANTE DAS CARNES

JBS (JBSS3) pode subir 40% na bolsa, na visão de Santander e BofA; bancos elevam preço-alvo para ação

27 de março de 2025 - 15:58

Companhia surpreendeu o mercado com balanço positivo e alegrou acionistas com anúncio de dividendos bilionários e possível dupla listagem em NY

ENTREVISTA EXCLUSIVA

CEO da Americanas vê mais 5 trimestres de transformação e e-commerce menor, mas sem ‘anabolizantes’; ação AMER3 desaba 25% após balanço

27 de março de 2025 - 14:58

Ao Seu Dinheiro, Leonardo Coelho revelou os planos para tirar a empresa da recuperação e reverter os números do quarto trimestre

ACORDO COMERCIAL

Oncoclínicas (ONCO3) fecha parceria para atendimento oncológico em ambulatórios da rede da Hapvida (HAPV3)

27 de março de 2025 - 10:38

Anunciado a um dia da divulgação do balanço do quarto trimestre, o acordo busca oferecer atendimento ambulatorial em oncologia na região metropolitana de São Paulo

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Esporte radical na bolsa: Ibovespa sobe em dia de IPCA-15, relatório do Banco Central e coletiva de Galípolo

27 de março de 2025 - 8:20

Galípolo concederá entrevista coletiva no fim da manhã, depois da apresentação do Relatório de Política Monetária do BC

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Buy the dip, e leve um hedge de brinde

26 de março de 2025 - 19:58

Para o investidor brasileiro, o “buy the dip” não só sustenta uma razão própria como pode funcionar também como instrumento de diversificação, especialmente quando associado às tecnologias de ponta

DESTAQUES DA BOLSA

Braskem (BRKM5) salta na bolsa com rumores de negociações entre credores e Petrobras (PETR4)

26 de março de 2025 - 14:06

Os bancos credores da Novonor estão negociando com a Petrobras (PETR4) um novo acordo de acionistas para a petroquímica, diz jornal

REAÇÃO AO RESULTADO

JBS (JBSS3): Com lucro em expansão e novos dividendos bilionários, CEO ainda vê espaço para mais. É hora de comprar as ações?

26 de março de 2025 - 11:26

Na visão de Gilberto Tomazoni, os resultados de 2024 confirmaram as perspectivas positivas para este ano e a proposta de dupla listagem das ações deve impulsionar a geração de valor aos acionistas

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Ato falho relevante: Ibovespa tenta manter tom positivo em meio a incertezas com tarifas ‘recíprocas’ de Trump

26 de março de 2025 - 8:22

Na véspera, teor da ata do Copom animou os investidores brasileiros, que fizeram a bolsa subir e o dólar cair

REPORTAGEM ESPECIAL

Azzas cortadas? O que está por trás da disputa que pode separar o maior grupo de moda da América Latina

26 de março de 2025 - 6:28

Apesar da desconfiança sobre o entrosamento entre os líderes, ninguém apostava num conflito sem solução para a Azzas 2154, dona de marcas como Hering e Arezzo

DESTAQUES DA BOLSA

Não é só o short squeeze: Casas Bahia (BHIA3) triplica de valor em 2025. Veja três motivos que impulsionam as ações hoje

25 de março de 2025 - 16:10

Além do movimento técnico, um aumento da pressão compradora na bolsa e o alívio no cenário macroeconômico ajudam a performance da varejista hoje; entenda o movimento

DESTAQUES DA BOLSA

É hora de comprar a líder do Ibovespa hoje: Vamos (VAMO3) dispara mais de 17% após dados do 4T24 e banco diz que ação está barata

25 de março de 2025 - 12:42

A companhia apresentou os primeiros resultados trimestrais após a cisão dos negócios de locação e concessionária e apresenta lucro acima das projeções

GANHANDO POPULARIDADE

Hapvida (HAPV3) salta na B3 com Squadra reforçando o apetite pela ação. É o nascer de uma nova favorita no setor de saúde?

25 de março de 2025 - 12:36

A Squadra Investimentos adquiriu 388.369.181 ações HAPV3, o equivalente a 5,15% da companhia de saúde

TÁ NA ATA

Sem sinal de leniência: Copom de Galípolo mantém tom duro na ata, anima a bolsa e enfraquece o dólar

25 de março de 2025 - 12:10

Copom reitera compromisso com a convergência da inflação para a meta e adverte que os juros podem ficar mais altos por mais tempo

ATENÇÃO, INVESTIDOR

Dividendos e JCP: Magazine Luiza (MGLU3) e TIM (TIMS3) vão depositar mais de R$ 700 milhões na conta dos acionistas

25 de março de 2025 - 10:46

A festa de proventos da bolsa brasileira acaba de receber mais dois nomes de peso; saiba como ter direito às remunerações e quando receber os dividendos

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Cuidado com a cabeça: Ibovespa tenta recuperação enquanto investidores repercutem ata do Copom

25 de março de 2025 - 8:13

Ibovespa caiu 0,77% na segunda-feira, mas acumula alta de quase 7% no que vai de março diante das perspectivas para os juros

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Dedo no gatilho

24 de março de 2025 - 20:00

Não dá pra saber exatamente quando vai se dar o movimento. O que temos de informação neste momento é que há uma enorme demanda reprimida por Brasil. E essa talvez seja uma informação suficiente.

DEPOIS DE UMA DÉCADA

Goldman Sachs de saída da Oncoclínicas? Banco vende maior parte da fatia em ONCO3 para gestora de private equity; operação reacende discussão sobre OPA

24 de março de 2025 - 14:45

O banco norte-americano anunciou a venda de 102.914.808 ações ordinárias ONCO3, representando 15,79% do capital social total da Oncoclínicas

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar