🔴 CLUBE DOS CRIPTOMILIONÁRIOS: VEJA COMO PARTICIPAR PARA BUSCAR ATÉ R$ 1 MILHÃO – ACESSE AQUI

Camille Lima

Camille Lima

Repórter de empresas no Seu Dinheiro. Formada em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Já passou pela redação do TradeMap.

QUEM APAGOU A LUZ?

Ação da AES Brasil (AESB3) cai forte na B3 após rebaixamento por um bancão. Por que os analistas recomendam a venda do papel?

Segundo o UBS BB, existem dois principais motivos para a visão mais pessimista para os papéis: o desempenho mais fraco e o nível de endividamento atual da companhia

Camille Lima
Camille Lima
1 de abril de 2024
18:37 - atualizado às 17:24
AES Brasil (AESB3)
AES Brasil (AESB3) - Imagem: Divulgação

As luzes do estádio começaram a se apagar para a AES Brasil: as ações AESB3 acabam de ser rebaixadas no campeonato financeiro das empresas de energia por um bancão de investimentos. 

O UBS BB revisou para “venda” a recomendação para os papéis e cortou o preço-alvo de R$ 12 para R$ 9, implicando em um potencial de desvalorização de 5,7% em relação ao fechamento de hoje.

Segundo os analistas, existem dois principais motivos para visão mais pessimista para a empresa de geração de energias renováveis: o desempenho mais fraco e o nível de endividamento atual da companhia.

As ações reagiram em forte queda à notícia no pregão desta segunda-feira (1). Os papéis terminaram o dia em queda de  6,37, negociados a R$ 9,55. No acumulado de 2024, a desvalorização chega a 22%. 

Por que a AES Brasil (AESB3) foi rebaixada

Na visão do UBS BB, a AES Brasil (AESB3) saiu do “olho da tempestade”, mas as perspectivas para o futuro da companhia de energia renovável não são tranquilas — especialmente do lado financeiro.

Os analistas até têm visão positiva para os preços da energia — que devem levar a melhores preços de contratos de compra e venda de energia — e para o crescimento operacional da empresa, mas os riscos negativos se sobrepõem, segundo o UBS.

Leia Também

Uma dessas questões que deve pesar nos resultados da companhia é o desempenho dos ativos da AES Brasil. Os complexos eólicos registraram queda de 10% na geração em relação à garantia física — indicador que determina a quantidade de energia que um equipamento de geração consegue suprir — em 2023.

Ainda estão no radar as reduções involuntárias na produção de energia das usinas (curtailment). Na projeção do banco, cada curtailment de 5% deve gerar uma queda de aproximadamente R$ 65 milhões por ano no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 2024 a 2028.

Os analistas também afirmam que a empresa continua “altamente alavancada”, o que pode prejudicar a geração de caixa devido à dimensão das despesas financeiras da companhia. Relembrando, a empresa terminou o quarto trimestre de 2023 com uma alavancagem de 5,31 vezes a relação dívida líquida sobre Ebitda.

Outra pressão negativa à operação da AES Brasil é a baixa vida útil da concessão da companhia e a volatilidade impulsionada pelas notícias sobre venda de ativos, segundo o banco.

“O baixo prazo de concessão da empresa coloca a AES em um cronômetro para executar fusões e aquisições ou começar a construir novos projetos, a fim de preservar suas finanças”, escreveu o UBS BB, em relatório.

O banco vê a AES negociando a uma taxa interna de retorno (TIR) real de 8,1%, abaixo do patamar médio de outras empresas do setor, de 10,5%.

Riscos e oportunidades 

Segundo os analistas, a AES Brasil surge como uma “titã de vulnerabilidade” ao curtailment, uma vez que a empresa tem a maior exposição ao efeito dos cortes na produção de energia das usinas dentro da cobertura do UBS BB no setor.

Isso porque, a partir de 2032, a empresa de energia pretende ter 100% de sua geração proveniente de renováveis. 

“Em nossa opinião, isso representa um risco significativo para a tese de investimento da AES, uma vez que os efeitos do corte representam riscos significativos para a geração de caixa da AES. Para cada corte de 5%, estimamos um impacto no valor patrimonial de 13%”, disse o banco.

Já do lado das oportunidades, o UBS BB avalia duas principais sinergias em potenciais fusões e aquisições (M&As) que a companhia venha a fazer: redução de custos e amortização de ágio. 

Na análise do banco, a redução do custo de holding é a maior sinergia potencial em um potencial processo de M&A, já que a empresa poderá ser incorporada a outra companhia. 

Atualmente, a AES tem um custo de aproximadamente R$ 190 milhões por ano, alinhado ao patamar de pares como a Auren (R$ 150 milhões) e a Copel (R$ 220 milhões). 

AES Brasil (AESB3): Ainda tem chance de recuperação?

Para o UBS BB, existem dois pontos que podem fazer a recomendação de “venda” do banco para as ações da AES Brasil (AESB3) darem errado.

De acordo com o banco, uma das questões que pode ajudar a empresa a se recuperar é a ocorrência de menor ineficiência de geração de energia e efeito de corte de produção.

“Caso a AES não seja afetada pela redução tanto quanto pensamos e proporcione uma geração de energia mais forte, isso poderá significar um aumento potencial significativo para os nossos números”, escreveram os analistas. 

Já em relação ao endividamento, a tese pessimista do UBS BB pode ruir caso a empresa passe por uma desalavancagem mais rápida que o esperado.

Além disso, uma queda nas taxas de juros e uma redução das despesas financeiras também podem fazer a empresa entregar um fluxo de caixa maior em um ritmo mais rápido do que o estimado pelos analistas, o que poderia destravar valor para a empresa.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Vale tudo na bolsa? Ibovespa chega ao último pregão de março com forte valorização no mês, mas de olho na guerra comercial de Trump

31 de março de 2025 - 8:18

O presidente dos Estados Unidos pretende anunciar na quarta-feira a imposição do que chama de tarifas “recíprocas”

BALANÇO DOS BALANÇOS

O e-commerce das brasileiras começou a fraquejar? Mercado Livre ofusca rivais no 4T24, enquanto Americanas, Magazine Luiza e Casas Bahia apanham no digital

28 de março de 2025 - 16:02

O setor de varejo doméstico divulgou resultados mistos no trimestre, com players brasileiros deixando a desejar quando o assunto são as vendas online

MERCADOS HOJE

Nova York em queda livre: o dado que provoca estrago nas bolsas e faz o dólar valer mais antes das temidas tarifas de Trump

28 de março de 2025 - 14:15

Por aqui, o Ibovespa operou com queda superior a 1% no início da tarde desta sexta-feira (28), enquanto o dólar teve valorização moderada em relação ao real

JANELA DE OPORTUNIDADE

Não é a Vale (VALE3): BTG recomenda compra de ação de mineradora que pode subir quase 70% na B3 e está fora do radar do mercado

28 de março de 2025 - 11:51

Para o BTG Pactual, essa mineradora conseguiu virar o jogo em suas finanças e agora oferece um retorno potencial atraente para os investidores; veja qual é o papel

CHUVA DE PROVENTOS

TIM (TIMS3) anuncia pagamento de mais de R$ 2 bilhões em dividendos; veja quem tem direito e quando a bolada cai na conta

28 de março de 2025 - 11:33

Além dos proventos, empresa anunciou também grupamento, seguido de desdobramento das suas ações

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Nem tudo é verdade: Ibovespa reage a balanços e dados de emprego em dia de PCE nos EUA

28 de março de 2025 - 8:04

O PCE, como é conhecido o índice de gastos com consumo pessoal nos EUA, é o dado de inflação preferido do Fed para pautar sua política monetária

SEXTOU COM O RUY

Não existe almoço grátis no mercado financeiro: verdades e mentiras que te contam sobre diversificação

28 de março de 2025 - 6:11

A diversificação é uma arma importante para qualquer investidor: ajuda a diluir os riscos e aumenta as chances de você ter na carteira um ativo vencedor, mas essa estratégia não é gratuita

ENTREVISTA EXCLUSIVA

Após virar pó na bolsa, Dotz (DOTZ3) tem balanço positivo com aposta em outra frente — e CEO quer convencer o mercado de que a virada chegou

27 de março de 2025 - 21:46

Criada em 2000 e com capital aberto desde 2021, empresa que começou com programa de fidelidade vem apostando em produtos financeiros para se levantar, após tombo de 97% no valuation

EFEITO COLATERAL

Tarifas de Trump derrubam montadoras mundo afora — Tesla se dá bem e ações sobem mais de 3%

27 de março de 2025 - 16:38

O presidente norte-americano anunciou taxas de 25% sobre todos os carros importados pelos EUA; entenda os motivos que fazem os papéis de companhias na América do Norte, na Europa e na Ásia recuarem hoje

GIGANTE DAS CARNES

JBS (JBSS3) pode subir 40% na bolsa, na visão de Santander e BofA; bancos elevam preço-alvo para ação

27 de março de 2025 - 15:58

Companhia surpreendeu o mercado com balanço positivo e alegrou acionistas com anúncio de dividendos bilionários e possível dupla listagem em NY

ENTREVISTA EXCLUSIVA

CEO da Americanas vê mais 5 trimestres de transformação e e-commerce menor, mas sem ‘anabolizantes’; ação AMER3 desaba 25% após balanço

27 de março de 2025 - 14:58

Ao Seu Dinheiro, Leonardo Coelho revelou os planos para tirar a empresa da recuperação e reverter os números do quarto trimestre

ACORDO COMERCIAL

Oncoclínicas (ONCO3) fecha parceria para atendimento oncológico em ambulatórios da rede da Hapvida (HAPV3)

27 de março de 2025 - 10:38

Anunciado a um dia da divulgação do balanço do quarto trimestre, o acordo busca oferecer atendimento ambulatorial em oncologia na região metropolitana de São Paulo

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Esporte radical na bolsa: Ibovespa sobe em dia de IPCA-15, relatório do Banco Central e coletiva de Galípolo

27 de março de 2025 - 8:20

Galípolo concederá entrevista coletiva no fim da manhã, depois da apresentação do Relatório de Política Monetária do BC

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Buy the dip, e leve um hedge de brinde

26 de março de 2025 - 19:58

Para o investidor brasileiro, o “buy the dip” não só sustenta uma razão própria como pode funcionar também como instrumento de diversificação, especialmente quando associado às tecnologias de ponta

DESTAQUES DA BOLSA

Braskem (BRKM5) salta na bolsa com rumores de negociações entre credores e Petrobras (PETR4)

26 de março de 2025 - 14:06

Os bancos credores da Novonor estão negociando com a Petrobras (PETR4) um novo acordo de acionistas para a petroquímica, diz jornal

REAÇÃO AO RESULTADO

JBS (JBSS3): Com lucro em expansão e novos dividendos bilionários, CEO ainda vê espaço para mais. É hora de comprar as ações?

26 de março de 2025 - 11:26

Na visão de Gilberto Tomazoni, os resultados de 2024 confirmaram as perspectivas positivas para este ano e a proposta de dupla listagem das ações deve impulsionar a geração de valor aos acionistas

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Ato falho relevante: Ibovespa tenta manter tom positivo em meio a incertezas com tarifas ‘recíprocas’ de Trump

26 de março de 2025 - 8:22

Na véspera, teor da ata do Copom animou os investidores brasileiros, que fizeram a bolsa subir e o dólar cair

REPORTAGEM ESPECIAL

Azzas cortadas? O que está por trás da disputa que pode separar o maior grupo de moda da América Latina

26 de março de 2025 - 6:28

Apesar da desconfiança sobre o entrosamento entre os líderes, ninguém apostava num conflito sem solução para a Azzas 2154, dona de marcas como Hering e Arezzo

DESTAQUES DA BOLSA

Não é só o short squeeze: Casas Bahia (BHIA3) triplica de valor em 2025. Veja três motivos que impulsionam as ações hoje

25 de março de 2025 - 16:10

Além do movimento técnico, um aumento da pressão compradora na bolsa e o alívio no cenário macroeconômico ajudam a performance da varejista hoje; entenda o movimento

DESTAQUES DA BOLSA

É hora de comprar a líder do Ibovespa hoje: Vamos (VAMO3) dispara mais de 17% após dados do 4T24 e banco diz que ação está barata

25 de março de 2025 - 12:42

A companhia apresentou os primeiros resultados trimestrais após a cisão dos negócios de locação e concessionária e apresenta lucro acima das projeções

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar