A aposta do Mercado Livre (MELI34) que pode render faturamento de US$ 4 bilhões até 2028, segundo analistas
Na avaliação do Goldman Sachs, o Meli tem potencial para quadruplicar as receitas com publicidade no Mercado Ads; entenda o que está por trás da visão otimista
Considerado o líder absoluto do e-commerce no Brasil nos últimos anos, o Mercado Livre (MELI34) encontra-se em um avanço praticamente peregrino em mais um segmento do varejo online: o de anúncios.
Considerado uma das grandes apostas do comércio digital atualmente, a publicidade no e-commerce, batizada de “retail media”, já registrou gastos de cerca de US$ 1,3 bilhão de varejistas na América Latina só em 2023, segundo a eMarketer.
- Onde investir neste mês? Veja GRATUITAMENTE as recomendações em ações, dividendos, fundos imobiliários e BDRs para setembro.
Na avaliação do Goldman Sachs, o Meli tem potencial para quadruplicar as receitas com anúncios, ampliando o negócio de publicidade de US$ 1 bilhão neste ano para US$ 4 bilhões até 2028.
O banco tem recomendação de compra para as ações do Mercado Livre negociadas em Wall Street, com preço-alvo de US$ 2.670 para os próximos 12 meses — o que implica uma valorização potencial de 26,9% em relação ao último fechamento.
As ações do Mercado Livre já acumulam alta de 34% em Nova York desde o início do ano. A gigante do comércio eletrônico é avaliada em pouco mais de US$ 106 bilhões (R$ 587,32 bilhões no câmbio atual).
O negócio de anúncios do Mercado Livre (MELI34)
Atualmente, o Mercado Livre lidera o segmento de “retail media” com o Mercado Ads, em uma estratégia que permite que marcas e sellers possam anunciar produtos em espaços publicitários ou em canais de vendas das gigantes do varejo.
Leia Também
Até o ano passado, a divisão de publicidade do Meli detinha uma fatia de cerca de 55% do mercado na América Latina. Quando analisado apenas o Brasil, o market share chegava a 65%, segundo o Goldman Sachs.
No entanto, se considerado o mercado total de anúncios da América Latina, o Meli possuía somente uma pequena fatia de cerca de 1,6% em 2023. A título de comparação, a Amazon já responde por uma fatia estimada de 10% do mercado geral de anúncios dos EUA.
Na visão do Goldman Sachs, a participação do Mercado Livre pode chegar a 3,5% do mercado total de anúncios da América Latina até 2026.
“À medida que os gastos com anúncios continuam a se mover para canais digitais e o Mercado Livre alavanca suas vantagens competitivas em termos de alcance, frequência e dados proprietários, esperamos que a participação do Meli aumente ainda mais ao longo do tempo”, projetou o banco.
- Vale a pena apostar na Americanas? Analistas respondem se agora é um bom momento para investir na varejista.
Faturamento bilionário
Em 2023, a divisão de publicidade do Mercado Livre registrou uma penetração de 1,6% do GMV (volume bruto de vendas) da varejista, enquanto a receita de anúncios representou apenas 5% das receitas consolidadas no ano passado.
No entanto, o Goldman Sachs prevê que esses percentuais aumentarão para 5% e 10%, respectivamente, até 2028.
Para outros principais players globais de e-commerce onde o negócio de retail media é mais maduro, a penetração de anúncios já está próxima da faixa de 5% a 7% do GMV.
Nas contas do banco, o Mercado Ads deve registrar receitas de US$ 4 bilhões (R$ 22,1 bilhões, no câmbio atual) e uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 41% em 2028.
“Estimamos que os anúncios já sejam responsáveis por cerca de 30% do Ebit [lucro antes de juros e impostos] consolidado em 2024 e esperamos que isso atinja cerca de 40% até 2028, gerando mais de US$ 2 bilhões em Ebit incremental”, projetaram os analistas.
“Esperamos que o dimensionamento da receita de anúncios e da participação de mercado do Mercado Livre seja um processo gradual, pois levará tempo para construir relacionamentos com anunciantes e, ao longo do tempo, outros editores/fornecedores”, destacaram.
Os catalisadores do Mercado Ads
Para o Goldman Sachs, o Mercado Livre pode ter dificuldade de alcançar patamares como os da Amazon, por exemplo, uma vez que não possui uma penetração tão grande no canal 1P — isto é, de vendas próprias — e não tem nenhuma oferta de streaming proprietária.
“Há algumas diferenças estruturais em relação a certos pares globais que podem limitar o tamanho que esse negócio pode atingir”, escreveram os analistas.
No entanto, os analistas avaliam que a posição de liderança do Meli no e-commerce latino-americano e o estreitamento do relacionamento com os vendedores podem impulsionar o desempenho da varejista no mercado de anúncios.
“Os comerciantes também estarão cada vez mais dispostos a adotar as soluções de anúncios do Meli”, projetaram os analistas.
Na avaliação do banco, os investimentos do Meli em tecnologia, sua alta participação de tráfego orgânico e a “riqueza de dados proprietários em uma ampla base de consumidores” posiciona bem a gigante do varejo digital para oferecer a seus clientes de anúncios um retorno sobre os gastos com anúncios atraente.
“Acreditamos que o pool de receita pode vir em parte de uma mudança nos gastos existentes em outros canais que os comerciantes usam para adquirir tráfego e em parte da mudança de gastos com anúncios online. A capacidade do Mercado Livre de mostrar aos comerciantes que tais investimentos serão acompanhados de retornos fortes será fundamental.”
Outro ponto que deve impulsionar o desempenho do Mercado Livre com publicidade são as plataformas de streaming — tanto a oferta do Mercado Play quanto a parceria com o Disney+.
Recentemente, o Meli e a Disney anunciaram um acordo para que a varejista seja responsável por gerenciar os anúncios de streaming de vídeo no Disney+ para assinantes originados pelo Meli+.
Com a parceria, o Mercado Livre poderá mostrar a anunciantes espaços de publicidade fora de seu próprio ecossistema.
“Embora reconheçamos totalmente que provavelmente haja uma curva de aprendizado para isso em termos de tecnologia e entrada no mercado com marcas/agências/etc., acreditamos que isso marca um passo importante na construção da oportunidade de anúncios pelo Meli.”
R$ 4,1 bilhões em concessões renovadas: Copel (CPLE6) garante energia para o Paraná até 2054 — e esse banco explica por que você deve comprar as ações
Companhia paranaense fechou o contrato de 30 anos referente a concessão de geração das usinas hidrelétricas Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias
Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo
O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente
Equatorial (EQTL3) tem retorno de inflação +20% ao ano desde 2010 – a gigante de energia pode gerar mais frutos após o 3T24?
Ações da Equatorial saltaram na bolsa após resultados fortes do 3º tri; analistas do BTG calculam se papel pode subir mais após disparada nos últimos anos
‘Mãe de todos os ralis’ vem aí para a bolsa brasileira? Veja 3 razões para acreditar na disparada das ações, segundo analista
Analista vê três fatores que podem “mudar o jogo” para o Ibovespa e a bolsa como um todo após um ano negativo até aqui; saiba mais
A B3 vai abrir no dia da Consciência Negra? Confira o funcionamento da bolsa, bancos e Correios na estreia do novo feriado nacional
É a primeira vez que o Dia da Consciência Negra consta no calendário dos feriados nacionais. Como de costume, as comemorações devem alterar o funcionamento dos principais serviços públicos
Grupo Mateus: Santander estabelece novo preço-alvo para GMAT3 e prevê valorização de 33% para as ações em 2025; saiba se é hora de comprar
O banco reduziu o preço-alvo para os papéis da varejista de alimentos em relação à 2024, mas mantém otimismo com crescimento e parceria estratégica
Rali do Trump Trade acabou? Bitcoin (BTC) se estabiliza, mas analistas apontam eventos-chave para maior criptomoeda do mundo chegar aos US$ 200 mil
Mercado de criptomoedas se aproxima de uma encruzilhada: rumo ao topo ou a resultados medianos? Governo Trump pode ter a chave para o desfecho.
Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação
Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa
Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial
O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada
Inscrições para o programa da XP e Copa Energia acabam hoje (18); confira essas e outras vagas para estágio e trainee com bolsa-auxílio de até R$ 7,6 mil
Os aprovados nos programas de estágio e trainee devem começar a atuar a partir do primeiro semestre de 2025; as inscrições ocorrem durante todo o ano
Cemig (CMIG4) e Copasa (CSMG3) voltam a ficar no radar das privatizações e analistas dizem qual das duas tem mais chance de brilhar
Ambas as empresas já possuem capital aberto na bolsa, mas o governo mineiro é quem detém o controle das empresas como acionista majoritário
O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil
Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias
Lucro dos bancos avança no 3T24, mas Selic alta traz desafios para os próximos resultados; veja quem brilhou e decepcionou na temporada de balanços
Itaú mais uma vez foi o destaque entre os resultados; Bradesco avança em reestruturação e Nubank ameaça desacelerar, segundo analistas
No G20 Social, Lula defende que governos rompam “dissonância” entre as vozes do mercado e das ruas e pede a países ricos que financiem preservação ambiental
Comentários de Lula foram feitos no encerramento do G20 Social, derivação do evento criada pelo governo brasileiro e que antecede reunião de cúpula
Nova York naufragou: ações que navegavam na vitória de Trump afundam e bolsas terminam com fortes perdas — Tesla (TSLA34) se salva
Europa também fechou a sexta-feira (15) com perdas, enquanto as bolsas na Ásia terminaram a última sessão da semana sem uma direção comum, com dados da China e do Japão no radar dos investidores
Warren Buffett não quer o Nubank? Megainvestidor corta aposta no banco digital em quase 20% — ação cai 8% em Wall Street
O desempenho negativo do banco digital nesta sexta-feira pode ser explicado por três fatores principais — e um deles está diretamente ligado ao bilionário
Banco do Brasil (BBAS3) de volta ao ataque: banco prevê virada de chave com cartão de crédito em 2025
Após fase ‘pé no chão’ depois da pandemia da covid-19, a instituição financeira quer expandir a carteira de cartão de crédito, que tem crescido pouco nos últimos dois anos
CEO da AgroGalaxy (AGXY3) entra para o conselho após debandada do alto escalão; empresa chama acionistas para assembleia no mês que vem
Além do diretor-presidente, outros dois conselheiros foram nomeados; o trio terá mandato até a AGE marcada para meados de dezembro
Ações do Alibaba caem 2% em Nova York após melhora dos resultados trimestrais. Por que o mercado torce o nariz para a gigante chinesa?
Embora o resultado do grupo tenha crescido em algumas métricas no trimestre encerrado em setembro, ficaram abaixo das projeções do mercado — mas não é só isso que explica a baixa dos ativos
Ação da Americanas (AMER3) dispara 200% e lidera altas fora do Ibovespa na semana, enquanto Oi (OIBR3) desaba 75%. O que está por trás das oscilações?
A varejista e a empresa de telecomunicações foram destaque na B3 na semana mais curto por conta do feriado de 15 de novembro, mas por motivos exatamente opostos