‘Fim do dólar’ ameaçado? Yuan atinge menor nível de 2024, após mudança de aposta do Banco Central da China
Além disso, houve uma queda de quase 20% no investimento estrangeiro direto (IED) no primeiro bimestre de 2024
O yuan (ou renminbi, como é chamada a moeda chinesa) está se enfraquecendo contra o dólar nesta sexta-feira (22) após um movimento recente de estabilidade, e tocou as mínimas de 2024.
A depreciação ocorreu depois que o Banco do Povo da China (PBoC) estabeleceu uma taxa de referência diária menor para o yuan onshore (local).
Esse movimento foi interpretado como um sinal de que o banco central está disposto a permitir que a moeda seja negociada em baixa.
Vale lembrar que a moeda local forte tende a limitar as exportações do país, o que pode não ser tão positivo para a China no momento.
Segundo dados do Trading View, o yuan caiu quase 5% em relação ao dólar nos últimos 12 meses. Desde o começo do ano, a queda acumulada é de 1,64%.
Por que mexer no yuan agora?
Os analistas também acreditam que o yuan está sofrendo com a mudança de apostas em outros lugares, após uma grande semana de movimentos de bancos centrais.
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Só nos últimos dias, o Banco do Japão (BoJ) encerrou sua longa experiência com taxas negativas, e o Federal Reserve (Fed) sinalizou três cortes nas taxas este ano.
O compromisso do Fed com cortes nas taxas deverá enfraquecer o dólar no longo prazo, mas por enquanto depende muito do momento certo.
A desaceleração da economia da China é outro fator que pesa sobre a moeda local. O PBoC cortou algumas taxas no ano passado, ampliando o diferencial de juros entre China e EUA.
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Investimentos na China
A China atraiu 215,1 bilhões de yuans (US$ 29,88 bilhões) em investimento estrangeiro direto (IED) no primeiro bimestre de 2024, valor 19,9% menor do que em igual período do ano passado.
Os dados foram publicados pelo Ministério de Comércio do país nesta sexta-feira (22). Em comunicado, o ministério atribuiu a queda aos níveis recordes de IED de um ano antes.
Apesar do recuo, o resultado do bimestre foi o terceiro melhor dos últimos dez anos, destacou a pasta.
Em 2023, o volume de IED na segunda maior economia do mundo caiu 8% em relação ao ano anterior, quando medido em yuans.
No ano passado, o ministério parou de divulgar números em dólares.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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