Xi Jinping dá cartada para tentar salvar a China de colapso imobiliário – veja o que dizem os analistas sobre o futuro da segunda maior economia do mundo
Após banco central chinês divulgar pacote de estímulos para a economia, foi a vez de os líderes da China se manifestarem sobre a crise imobiliária
Semana agitada para as tentativas de recuperação da economia da China. Após o banco central chinês divulgar um pacote de estímulos econômicos, foi a vez de o presidente Xi Jinping reunir esforços para “salvar” o mercado imobiliário do país nesta quinta-feira (26).
Em reunião surpresa do Politburo, o comitê de decisões mais importante do Partido Comunista da China, os principais líderes – incluindo Xi Jinping – se comprometeram a deter a queda do mercado imobiliário.
O objetivo dos 24 participantes do Politburo é oferecer apoio fiscal e monetário mais forte ao Gigante Asiático.
Os líderes querem estabilizar o setor imobiliário por meio de limitações sobre novas construções residenciais para conter a oferta, além de ajustes sobre as restrições de compra de imóveis.
Além da crise imobiliária, também discutiram o nível de emprego e o envelhecimento da população no país.
O comunicado de Politburo veio logo após uma série de iniciativas econômicas serem divulgadas pelo Banco Popular da China (PBoC) na última terça (24).
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No pacote planejado pelo banco central chinês, uma das propostas é a redução das taxas de juros das hipotecas existentes e o estímulo para a compra de um segundo imóvel.
Desde então, as bolsas asiáticas comemoram pregões positivos, mas alguns economistas alertam para a necessidade de apoio fiscal do governo chinês. Este foi o caso, por exemplo, do chefe de pesquisas econômicas Julian Evans-Pritchard, da consultoria Capital Economics.
Segundo o economista, se não houver um maior suporte fiscal na China, as medidas do pacote de estímulo propostas pelo banco central serão insuficientes para impulsionar uma reviravolta no crescimento chinês.
Após o comunicado dos líderes chineses, Evans-Pritchard também citou que esta é “a primeira vez desde o início da desaceleração chinesa que o Politburo foca explicitamente em uma recuperação do mercado”.
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Crise do mercado imobiliário tem ligeira melhora, mas ainda é ‘pedra no sapato’
As rachaduras no mercado imobiliário chinês já se estendem há pelo menos três anos, quando houve o calote da Evergrande – empresa gigante do setor de imóveis da China.
As quedas no segmento se sucederam desde então e geraram um grande receio no mercado sobre a saúde econômica do Gigante Asiático.
Embora ainda seja um fator de grande preocupação, a queda do setor imobiliário teve uma tímida “melhora” nos últimos meses.
O valor de novas casas vendidas caiu 23,6% no ano até agosto, uma queda ligeiramente melhor do que a despencada de 24,3% no ano até julho.
Os preços médios das casas caíram 6,8% em agosto em relação ao mês anterior, de acordo com o Goldman Sachs. Isso foi uma modesta melhoria em relação à queda de 7,6% em julho.
Estímulos fiscais já estão no radar do governo chinês para acelerar a economia
Em meio às discussões de recuperação econômica, o Ministério das Finanças da China planeja emitir 2 trilhões de yuans – equivalentes a US$ 284,43 bilhões – em títulos de dívida como parte das iniciativas de estímulo fiscal.
Os valores serão usados para estimular o consumo, dar um auxílio financeiro para famílias que tiverem duas ou mais crianças, além de ajudar os governos locais a resolver seus problemas de dívida.
A iniciativa faz parte dos planos do país para lutar contra as pressões deflacionárias e atingir a meta de crescimento econômico de 2024, que é de cerca de 5%.
Incertezas sobre o futuro da gigante continuam
A reação do mercado asiático sobre a reunião do Politburo foi positiva. O índice Xangai Composto valorizou 3,61% nesta quinta (26), enquanto o índice Hang Seng também avançou 4,16%.
Mesmo com o mercado acionário mais animado, economistas ainda divergem sobre as perspectivas para a economia da China. O banco HSBC tem visão mais positiva diante do comunicado dos líderes e acredita que a “maré virou”.
Já o Goldman Sachs e o Citigroup reduziram recentemente suas expectativas sobre o crescimento da economia neste ano, para 4,7%, e o UBS para 4,6% – abaixo da meta de 5%.
*Com informações de CNBC, Bloomberg e Dow Jones Newswires
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