Stuhlberger pessimista com a bolsa. Por que o fundo Verde reduziu exposição a ações brasileiras ao menor nível desde 2016 depois da pernada do Ibovespa em agosto
Para a gestora do lendário fundo, a situação fiscal do Brasil encontra-se na “era da política pública feita fora do Orçamento”
Enquanto muitos investidores se animaram com a “pernada” do Ibovespa em agosto para explorar o otimismo com ativos de risco, o lendário fundo Verde aproveitou o bom momento do mercado para vender parte de suas posições em ações — e reduziu a exposição à bolsa brasileira para o menor nível desde 2016.
A perda de apetite da gestora de Luis Stuhlberger por investimentos no mercado local acompanha a “inevitável consequência” de preocupações com o cenário fiscal e expectativa de novos apertos monetários pelo Banco Central, segundo a carta mensal do fundo.
- Leia mais: entenda por que a alta da Selic em 2024 pode não ser “má notícia” para o mercado brasileiro.
De acordo com a carta de agosto, o Verde se desfez especialmente de papéis de setores domésticos cíclicos — que costumam ser mais sensíveis a mudanças de juros — e iniciou posições de proteção (hedges) para a carteira de investimentos.
Em termos líquidos, o fundo encontra-se zerado em bolsa brasileira, aliás.
Na avaliação da gestora — que hoje administra mais de R$ 21 bilhões em ativos —, existe entre os investidores um certo otimismo que o início dos cortes de juros nos Estados Unidos possa empurrar recursos para os mercados emergentes.
“Não acreditamos que isso supere os fundamentos preocupantes e o ciclo de alta de juros prestes a ser iniciado pelo Banco Central do Brasil”, escreveu a gestora.
Leia Também
A visão do fundo Verde sobre o problema fiscal do Brasil
Para o Verde, o Brasil voltou à “era da política pública feita fora do Orçamento” — e as decisões de política fiscal do governo de Luiz Inácio Lula da Silva mostraram o nascimento de “subterfúgios e criatividade” para a continuidade de gastos inesperados.
Segundo o fundo, atualmente há a “criação de um sem-número de fundos e outras tecnologias parafiscais que pareciam ter ficado num passado nem tão remoto”.
Na avaliação da gestora de Stuhlberger, o incentivo de “Vale Gás” hoje é a política mais preocupante — especialmente por dar largada no “populismo eleitoral” com vistas à eleição presidencial de 2026.
- Leia também: Stuhlberger vê Brasil com ‘muita cautela’ em meio a tendência “explosiva” para o fiscal
Para além da falta de contingenciamento dos gastos públicos, o governo passou ainda a incluir fontes não-tradicionais, como valores esquecidos em contas bancárias, ao cálculo de receitas.
Tudo isso para buscar a meta de resultado primário em 2024, custe o que custar.
No entanto, para o Verde, todos esses incentivos e mudanças contábeis fiscais do governo fizeram com que a métrica de déficit fiscal primário acabasse por se tornar uma “variável pouco relevante para os mercados”.
“A preocupação crescente com o nível e a trajetória da dívida pública brasileira nos parece a consequência inevitável”, escreveu a gestora.
- Quer saber qual é a carteira ideal para você? Ferramenta simula carteira de acordo com seu perfil, objetivo e valor inicial. Confira aqui
O que ainda está na carteira do fundo?
De olho no portfólio do Verde, o fundo iniciou uma pequena posição comprada em “implícita” no Brasil, além de ficar “tomado” na parte mais longa da curva de juros — ou seja, com aposta de alta das taxas em relação à expectativa do mercado.
E se por um lado a bolsa brasileira amargou no paladar do Verde, os mercados internacionais continuaram a atrair o apetite da gestora de Stuhlberger.
De acordo com a carta mensal, a Verde Asset manteve posição comprada em juro real nos EUA e posição relativa entre a inflação americana e a europeia.
“Continuamos a ver um cenário de pouso suave como o mais provável na economia americana”, disse a gestora.
Em meio a esse cenário, o Verde afirma que as principais alocações em TIPs — Treasury Inflation-Protected Securities, isto é, títulos emitidos pelo Tesouro dos EUA que oferecem proteção contra a inflação — e ações ainda fazem sentido.
Ainda em terras norte-americanas, o fundo encontra-se comprado em inflação curta nos EUA.
“Nos próximos meses a dinâmica eleitoral deve voltar a predominar nos mercados.”
Do lado das moedas, a Verde manteve posição comprada em Dólar contra o Real, além de continuar com posição na moeda indiana Rúpia, financiada por posições vendidas no Euro e no Renminbi chinês.
“A pequena alocação em petróleo permanece, assim como os livros de crédito high yield local e global”, afirmou.
“Minha promessa foi de transformar o banco, mas não disse quando”, diz CEO do Bradesco (BBDC4) — e revela o desafio que tem nas mãos daqui para frente
Na agenda de Marcelo Noronha está um objetivo principal: fazer o ROE do bancão voltar a ultrapassar o custo de capital
A arma mais poderosa de Putin (até agora): Rússia cruza linha vermelha contra a Ucrânia e lança míssil com capacidade nuclear
No início da semana, Kiev recebeu autorização dos EUA para o uso de mísseis supersônicos; agora foi a vez de Moscou dar uma resposta
O Google vai ser obrigado a vender o Chrome? Itaú BBA explica por que medida seria difícil — mas ações caem 5% na bolsa mesmo assim
Essa seria a segunda investida contra monopólios ilegais nos EUA, desde a tentativa fracassada de desmembrar a Microsoft, há 20 anos
O pacote de corte de gastos sai ou não sai? Haddad dá previsão sobre anúncio das medidas e Rui Costa conta o que será preservado
As principais medidas já haviam sido apresentadas a Lula, mas a equipe econômica estava esperando finalizar um acordo com o Ministério da Defesa; reuniões continuam na tarde desta quinta-feira (21)
Nvidia (NVDC34) vê lucro mais que dobrar no ano — então, por que as ações caem 5% hoje? Entenda o que investidores viram de ruim no balanço
Ainda que as receitas tenham chegado perto dos 100% de crescimento, este foi o primeiro trimestre com ganhos percentuais abaixo de três dígitos na comparação anual
Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote
Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa
Que crise? Weg (WEGE3) quer investir US$ 62 milhões na China para aumentar capacidade de fábrica
O investimento será realizado nos próximos anos e envolve um plano que inclui a construção de um prédio de 30 mil m², com capacidade para fabricação de motores de alta tensão
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade
De agricultura e tecnologia nuclear à saúde e cultura: Brasil e China assinam 37 acordos bilaterais em várias áreas; confira quais
Acordo assinado hoje por Xi Jinping e Lula abrange 15 áreas estratégicas e fortalece relação comercial entre países
Polícia Federal: general preso imprimiu plano de execução de autoridades no Palácio do Planalto
PF divulgou que o general reformado Mário Fernandes deu o nome de Planejamento ao arquivo impresso
É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025
Em busca de dividendos? Curadoria seleciona os melhores FIIs e ações da bolsa para os ‘amantes’ de proventos (PETR4, BBAS3 e MXRF11 estão fora)
Money Times, portal parceiro do Seu Dinheiro, liberou acesso gratuito à carteira Double Income, que reúne os melhores FIIs, ações e títulos de renda fixa para quem busca “viver de renda”
R$ 4,1 bilhões em concessões renovadas: Copel (CPLE6) garante energia para o Paraná até 2054 — e esse banco explica por que você deve comprar as ações
Companhia paranaense fechou o contrato de 30 anos referente a concessão de geração das usinas hidrelétricas Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias
Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo
O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente
O que se sabe até agora sobre o complô dos ‘Kids Pretos’ para matar Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes — e que teria a participação do vice de Bolsonaro
A ideia de envenenamento, de acordo com o plano do general, considerava a vulnerabilidade de saúde e a ida frequente de Lula a hospitais
É hora de taxar os super-ricos? G20 faz uma proposta vaga, enquanto Lula propõe alíquota que poderia gerar US$ 250 bilhões por ano no mundo
Na Cúpula do G20, presidente Lula reforça as críticas ao sistema tributário e propôs um número exato de alíquota para taxar as pessoas mais ricas do mundo
Equatorial (EQTL3) tem retorno de inflação +20% ao ano desde 2010 – a gigante de energia pode gerar mais frutos após o 3T24?
Ações da Equatorial saltaram na bolsa após resultados fortes do 3º tri; analistas do BTG calculam se papel pode subir mais após disparada nos últimos anos
‘Mãe de todos os ralis’ vem aí para a bolsa brasileira? Veja 3 razões para acreditar na disparada das ações, segundo analista
Analista vê três fatores que podem “mudar o jogo” para o Ibovespa e a bolsa como um todo após um ano negativo até aqui; saiba mais
Acaba logo, pô! Ibovespa aguarda o fim da cúpula do G20 para conhecer detalhes do pacote fiscal do governo
Detalhes do pacote já estão definidos, mas divulgação foi postergada para não rivalizar com as atenções à cúpula do G20 no Rio
A B3 vai abrir no dia da Consciência Negra? Confira o funcionamento da bolsa, bancos e Correios na estreia do novo feriado nacional
É a primeira vez que o Dia da Consciência Negra consta no calendário dos feriados nacionais. Como de costume, as comemorações devem alterar o funcionamento dos principais serviços públicos