Projeção para Selic volta a subir após bola dividida no Copom a poucos meses da saída de Campos Neto
Estimativa para Selic no fim de 2024 sobe pela segunda semana seguida na Focus depois de Campos Neto ter precisado desempatar votação
A bola dividida da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) continua dando pano para a manga.
A pesquisa semanal Focus trouxe hoje o segundo aumento seguido na mediana da expectativa dos agentes de mercado quanto às projeções para a taxa Selic no fim de 2024.
A estimativa para a taxa básica de juros no Brasil passou de 9,63% ao ano na sondagem anterior para 9,75% agora.
Há um mês, a projeção encontrava-se em 9,13% ao ano.
Na semana passada, o Copom cortou a taxa Selic em 25 pontos-base, para 10,50% ao ano.
O colegiado presidido por Roberto Campos Neto também abandonou o chamado forward guidance, por meio do qual buscou ampliar a previsibilidade de seus passos desde o início do atual ciclo de alívio monetário.
Além disso, o tom do comunicado foi duro, com ênfase para os riscos internos e externos na luta contra o dragão da inflação. Tudo dentro das projeções da ala mais conservadora do mercado.
Principalmente por isso, a expectativa do Copom era de que os investidores entendessem que a decisão ocorreria “sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços”.
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Placar dividido do Copom alarmou investidores
Entretanto, os investidores reagiram negativamente ao placar da votação no Copom.
Cinco dos nove diretores do colegiado votaram pelo corte de 25 pontos-base. Os outros quatro votaram por um alívio maior, de 50 pontos-base.
Além do placar, os observadores mostraram-se incomodados com a forma como cada um dos diretores votou.
A ala mais antiga, ligada a Campos Neto, votou pelo corte menor.
Os quatro votos por um corte maior vieram dos diretores mais novos do BC, indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Campos Neto desempatou votação
Com a votação empatada em quatro votos para cada uma das propostas de corte, Campos Neto emitiu o voto de minerva pelo caminho mais cauteloso.
Com Campos Neto em fim de mandato e mais dois diretores do BC a serem substituídos depois dele, prevalece entre os analistas a interpretação segundo a qual o Copom poderia se tornar leniente na luta contra o dragão da inflação em um futuro próximo.
Apenas posteriormente os investidores passaram a colocar na equação o fato de o comunicado ter sido duro, o que lançou luz sobre uma aparente falha na comunicação da autarquia.
A expectativa é de que as dúvidas sejam esclarecidas amanhã (14) pela manhã, quando o Copom divulgará a ata da reunião da semana passada.
E se a estimativa para 2024 aumentou, a projeção para a Selic no fim de 2025 permaneceu inalterada, em 9,00% ao ano.
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