🔴 ONDE INVESTIR EM DEZEMBRO? ACESSE DE GRÇA MAIS DE 20 RECOMENDAÇÕES CLIQUE AQUI

Ricardo Gozzi
PIBÃO

4 pontos que ajudaram o PIB brasileiro a bombar (de novo) no terceiro trimestre, apesar da decepção com o agro

Crescimento do PIB do Brasil atingiu os 4% no terceiro trimestre de 2024, mas juros em alta tendem a provocar desaceleração em um futuro próximo

Ricardo Gozzi
3 de dezembro de 2024
12:17
Imagem: Shutterstock

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro voltou a superar as expectativas no terceiro trimestre de 2024.

A economia nacional cresceu 0,9% na comparação com o segundo trimestre. Já em relação ao mesmo período de 2023, o crescimento do PIB do Brasil atingiu 4,0%.

Os dados foram divulgados na manhã desta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado veio ainda melhor do que se esperava. Analistas de mercado consultados pelo Broadcast projetavam, na mediana, altas de 0,8% no trimestre e de 3,9% na comparação anual.

Trata-se de uma versão melhorada do PIB “Tim Maia” do segundo trimestre, quando a economia brasileira cresceu 1,4% na leitura trimestral e registrou expansão de 3,3% no ano.

A riqueza gerada pelos brasileiros entre julho e setembro totalizou R$ 3 trilhões, valor acima dos R$ 2,888 trilhões do segundo trimestre.

Leia Também

Diante disso, destrinchamos a seguir os quatro pontos que fizeram o PIB brasileiro bombar no terceiro trimestre, além de um que voltou a decepcionar.

1 - Demanda maior por serviço

O setor de serviços puxou o PIB pelo lado da oferta.

Houve alta de 0,9% na passagem do segundo para o terceiro trimestre de 2024.

Na comparação com o mesmo período de 2023, a alta foi de 4,1%.

O destaque coube aos serviços de tecnologia da informação, de acordo com o IBGE.

2 - Indústria volta a crescer

Assim como ocorreu no segundo trimestre, a indústria brasileira voltou a registrar um bom resultado entre julho e setembro.

O setor industrial avançou 0,6% ante os meses de abril a junho e cresceu 3,6% em relação ao terceiro trimestre do ano anterior.

3 - Investimentos em alta

Outra surpresa positiva veio da Formação Bruta de Capital Fixo.

Responsável por identificar o volume de investimentos na economia, a rubrica registrou expansão de 2,1% no trimestre e saltou 10,8% na comparação anual.

A Formação Bruta de Capital Fixo é usada como referência para crescimento futuro.

Para Guilherme Sousa, da Ativa Investimentos, o indicador sugere que “a robustez do PIB aparenta não ser apenas uma surpresa pontual”.

4 - As famílias e o PIB

Se os serviços puxam o PIB pelo lado da oferta, o consumo das famílias executa o mesmo papel sob o ponto de vista da demanda.

No trimestre, o consumo das famílias aumentou 1,5%. No ano, a alta acumulada foi de 5,5%.

Em grande medida, isso se explica pela melhora do mercado de trabalho e pelo crescimento da renda, afirma Rafaela Vitória, economista-chefe do Inter.

Na semana passada, o IBGE reportou taxa de desemprego de 6,2% no trimestre móvel entre agosto e outubro. Trata-se do nível mais baixo da atual série histórica do instituto.

Resultado do agro decepciona

Quem decepcionou no PIB do terceiro trimestre foi o agronegócio.

O setor registrou contração de 0,8% na leitura trimestral e recuou 0,9% na leitura anual.

O desempenho foi afetado pela perda de produtividade da cana-de-açúcar, do milho e da laranja, cujas safras são relevantes para o resultado do terceiro trimestre.

Apesar disso, as safras de algodão, trigo e café registraram melhora no período.

Outras considerações sobre o PIB

  • O consumo do governo no terceiro trimestre cresceu 0,8% em relação aos três meses imediatamente anteriores e 1,3% na leitura anual.
  • A taxa de investimento passou de 16,4% no segundo trimestre para 17,6% no terceiro. Trata-se de uma alta de 1,2 ponto porcentual.
  • O IBGE revisou a alta do PIB de 2023. A economia brasileira acumulou alta de 3,2% ao longo do ano passado. A leitura anterior indicava expansão de 2,9% em 2023.

A alegria com o PIB vai durar pouco?

Apesar da sequência recente de bons resultados do PIB, é provável que ele comece a desacelerar em breve.

O principal motivo é a alta dos juros. O Banco Central iniciou um novo ciclo de aperto monetário no segundo semestre desde ano e ainda não há muita clareza em relação a onde a Selic irá parar.

A taxa básica de juros encontra-se em 11,25% ao ano e um novo aumento é esperado na reunião da semana que vem. A dúvida é se ele será de meio ou de 0,75 ponto porcentual.

No mercado secundário, a curva das taxas projetadas indica a possibilidade de juros na casa dos 14% em um futuro não muito distante.

“Tendo em vista a pressão das expectativas de inflação e o dólar elevado, o Banco Central deve endereçar uma política monetária mais contracionista, com alta expressiva da Selic, propiciando um período de desaceleração da atividade”, afirma Felipe Salto, economista-chefe da Warren Investimentos.

Para ele, o crescimento do PIB de 2024 ainda deve fechar acima dos 3%. No ano que vem, entretanto, a expansão da economia brasileira tende a ficar mais próxima dos 2%.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
SEM APETITE PELO BRASIL

Selic a 15% ao ano, inflação e fantasma fiscal: por que a Kinea está vendida na bolsa brasileira?

2 de dezembro de 2024 - 17:12

Responsável por mais de R$ 132 bilhões em ativos, a gestora afirma que “existem melhores oportunidades no exterior”; veja onde a Kinea investe hoje

BOLETIM FOCUS

Não deu tempo? Focus fica imune à reação do mercado ao pacote fiscal e mantêm projeções para dólar e juros

2 de dezembro de 2024 - 12:09

Enquanto as projeções para a inflação e o PIB subiram, as estimativas para o dólar e os juros permaneceram estáveis

BALANÇOU O BALANÇO

Justiça de Goiás dá aval para que Banco do Brasil (BBAS3) retenha garantias dos empréstimos da AgroGalaxy (AGXY3)

2 de dezembro de 2024 - 11:33

O banco — que é credor de R$ 391,2 milhões — enfrenta a empresa de insumos agrícolas nos tribunais desde setembro deste ano

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Botafogo bota fogo na bolsa: semana cheia começa com investidores acompanhando fôlego do Trump Trade 

2 de dezembro de 2024 - 8:06

Ao longo dos próximos dias, uma série de relatórios de empregos nos Estados Unidos serão publicados, com o destaque para o payroll de sexta-feira

ANOTE NO CALENDÁRIO

Agenda econômica: Payroll, Livro Bege e discurso do presidente do Fed dominam a semana; no Brasil, PIB ganha destaque

2 de dezembro de 2024 - 7:02

Agenda econômica desta semana conta ainda com relatório Jolts nos EUA e PIB na Zona do Euro; no cenário nacional, pacote fiscal e dados da inflação do país ficam no radar

BOM PRA UMAS, RUIM PRA OUTRAS

Como o dólar impacta JBS (JBSS3), BRF (BRFS3), Marfrig (MRFG3) e outras empresas brasileiras do agro e bebidas? Relatório do BTG responde

29 de novembro de 2024 - 16:30

Análise leva em conta um cenário com o câmbio de R$ 5,50 por dólar para 2025, em linha com o que o banco já prevê para o próximo ano

RECALIBRANDO APOSTAS

A Selic vai a 14%? Pacote de corte de gastos considerado insuficiente leva mercado a apostar em juros ainda mais altos

29 de novembro de 2024 - 12:13

Mercado já começa a reajustar as estimativas para a taxa básica de juros e agora espera uma alta de 0,75 ponto percentual na próxima reunião do Copom

MERCADOS HOJE

Dólar atinge R$ 6,10 e juros futuros disparam: nem fala do futuro presidente do Banco Central segurou os mercados hoje

29 de novembro de 2024 - 11:25

Gabriel Galípolo tentou colocar panos quentes nos anúncios mais recentes do governo, afirmando perseguir a meta de inflação e sinalizar a continuidade do aperto da Selic

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Um presente e um almoço: pregão espremido entre feriado e fim de semana deve trazer volatilidade para bolsa brasileira hoje

29 de novembro de 2024 - 8:10

Em dia de pagamento da primeira parcela do décimo terceiro e Black Friday, investidor deve continuar a digerir o pacote apresentado por Haddad

BALANÇO DO TD

Ranking do Tesouro Direto do mês: retorno dos títulos públicos vira para o vermelho na reta final de novembro com pacote de corte de gastos

28 de novembro de 2024 - 18:19

Títulos prefixados e indexados à inflação caminhavam para fechar o mês em alta, mas viraram para queda após anúncio de Haddad

TOUROS E URSOS #199

A economia depende 100% da natureza, mas menos de 1% do PIB global é investido em iniciativas voltadas à conservação – e a Fundação Grupo Boticário quer mudar isso

28 de novembro de 2024 - 13:33

No episódio da semana do Touros e Ursos, o gerente de economia da biodiversidade Guilherme Karam fala sobre os impactos do investimento em sustentabilidade e conservação e o que falta para a agenda ambiental avançar

RENDA FIXA EM ALTA

Tesouro IPCA+ volta a oferecer retorno de 7% acima da inflação em meio à disparada dos juros futuros e do dólar

28 de novembro de 2024 - 11:00

A volatilidade vista no mercado que impulsiona os juros futuros e, consequentemente, as taxas dos títulos do Tesouro Direto, é provocada pela divulgação do aguardado pacote de corte de gastos do governo

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Seu pacote chegou! Haddad confirma corte de R$ 70 bilhões, mas isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil deve pesar na bolsa hoje

28 de novembro de 2024 - 7:52

O feriado do dia de Ação de Graças mantém as bolsas dos Estados Unidos fechadas por hoje e amanhã, o que deve aumentar a volatilidade global

MERCADOS HOJE

Caos nos mercados? Dólar sobe a R$ 5,9135 e Ibovespa fecha na mínima, aos 127.668,61 pontos — o que mexeu com as bolsas aqui e lá fora

27 de novembro de 2024 - 14:54

Nos EUA, uma enxurrada de indicadores refletiram o comportamento das bolsas antes do feriado. No Brasil, rumores sobre o pacote fiscal seguiram ditando o ritmo das negociações.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Nunca é tarde para diversificar: Ibovespa continua à espera de pacote em dia de revisão de PIB e PCE nos EUA

27 de novembro de 2024 - 8:00

Haddad pretende começar hoje a apresentação do pacote fiscal do governo aos líderes do Congresso Nacional

AS PISTAS DO FED

Os juros vão parar de cair de vez? Os sinais do BC dos EUA aos investidores antes da última reunião do ano

26 de novembro de 2024 - 18:11

A ata do encontro do Federal Reserve de novembro dá algumas pistas do que pode acontecer com a taxa referencial na maior economia do mundo antes de Trump chegar

NÚMERO INDIGESTO

Está mais caro comer fora ou em casa? Alimentação faz IPCA-15 estourar o teto da meta de inflação em novembro

26 de novembro de 2024 - 13:04

Alimentação e bebidas representaram quase a metade da alta da inflação na passagem de outubro para novembro, de acordo com os números divulgados hoje pelo IBGE

O ESTRANGEIRO VAI VOLTAR?

Questão fiscal não é o único problema: esses são os 6 motivos que inibem retorno dos investidores gringos para o Brasil, segundo o BTG Pactual

25 de novembro de 2024 - 13:54

Nos últimos meses, o cenário internacional continuou a se deteriorar para a América Latina, o que prejudica o panorama para investir na região, de acordo com os analistas

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O pacote (fiscal) saiu para entrega: investidores podem sentir alívio com anúncio entre hoje e amanhã; bolsas tentam alta no exterior

25 de novembro de 2024 - 8:13

Lá fora, a Europa opera em alta enquanto os índices futuros de Nova York sobem à espera dos dados de inflação da semana

ANOTE NO CALENDÁRIO

Agenda econômica: IPCA-15 e dados do Caged são destaques no Brasil; no exterior, PIB e PCE dos EUA dominam semana com feriado

25 de novembro de 2024 - 7:02

Feriado do Dia de Ações de Graças nos EUA deve afetar liquidez dos mercados, mas agenda econômica conta com dados de peso no exterior e no Brasil

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar