Gasolina mais barata está fora do radar: Petrobras (PETR4) descarta reduzir preço dos combustíveis mesmo com queda do petróleo
‘Estamos confortáveis com o nível dos preços’, afirmou a presidente da estatal
A queda na cotação do petróleo no mercado internacional não deve influenciar nenhuma redução nos preços dos combustíveis produzidos pela Petrobras (PETR4). Foi o que afirmou a presidente da estatal, Magda Chambriard, nesta quarta-feira (4) após evento em Brasília.
"Não vamos fazer nada com isso. Estamos confortáveis com o nível dos preços", afirmou a executiva.
Na véspera, a notícia de um possível acordo para restaurar a produção e exportação de petróleo na Líbia, enquanto a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) estuda a oferta em outubro, pressionou forte queda nas cotações do óleo no mercado internacional.
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A presidente da Petrobras enfatizou que, apesar desse movimento na cotação do óleo bruto, os preços dos combustíveis produzidos pela estatal estão abaixo do que era praticado 20 meses atrás.
“A população não percebe isso. Não é um assunto direto, por conta das margens que são agregadas, com distribuição e revenda", disse Magda Chambriard.
Faz quase um ano que a Petrobras reduziu o preço da gasolina pela última vez. O último corte foi anunciado pela petroleira em outubro do ano passado - uma redução de R$ 0,12 por litro repassado às distribuidoras.
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Novo reajuste no preço do combustível foi praticado pela Petrobras em julho deste ano, um aumento de R$ 0,15 por litro.
QAV sem nova queda
Nova redução do preço do querosene de aviação (QAV) também está descartada no curto prazo, conforme afirmou a presidente da Petrobras.
"Neste momento, nós não estamos mexendo com isso", disse Magda Chambriard ao ser questionada por um jornalista.
A Petrobras anunciou redução de 8,8% do QAV vendido às refinarias no dia 1º de setembro.
O setor de companhias aéreas recupera o preço do combustível, que, apesar das baixas registradas desde janeiro de 2023, ainda é vendido a custos elevados na comparação com os níveis anteriores à pandemia, período de acúmulo de altas.
Conforme base de dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), dos valores praticados por produtores e importadores, o QAV é, na comparação com a gasolina e o diesel, o combustível que mais encareceu entre a média de 2019, antes da pandemia, e a média de 2023.
Nesse recorte, o QAV acumula alta de 88%, contra 51% na gasolina e no diesel.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, que defende encontrar caminho para redução do preço para colaborar com a saúde financeira do setor aéreo, afirma que está em diálogo com a Petrobras.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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