🔴 SAVE THE DATE – 25/11: MOEDA COM POTENCIAL DE 30.000% DE VALORIZAÇÃO SERÁ REVELADA – VEJA COMO ACESSAR

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril.
Balanço do mês

Ouro e dólar foram os melhores investimentos de abril, que viu queda nas bolsas e títulos públicos; bitcoin recuou no mês do halving

Tensões geopolíticas e alta dos juros futuros, motivada por temores com a política monetária americana, derrubaram maior parte dos ativos de risco

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
2 de maio de 2024
6:54 - atualizado às 15:43
Dólar e ouro
Imagem: Shutterstock

O mês de abril não foi nada fácil para as bolsas, nem no Brasil, nem no resto do mundo. Os ativos de risco sofreram, e mesmo o bitcoin, que vinha numa toada positiva no ano, fechou o mês em baixa. Mas, enquanto uns choram, outros vendem lenços, e os melhores investimentos do mês foram justamente as proteções nos tempos difíceis: o ouro e o dólar.

Em abril, tensões geopolíticas e a alta dos juros futuros com temores em relação à política monetária americana derrubaram ações, fundos imobiliários e títulos públicos.

Tanto que alguns dos piores investimentos do ranking do Seu Dinheiro foram justamente os papéis do Tesouro Direto mais voláteis, os títulos Tesouro IPCA+ de prazos longos.

O Ibovespa fechou o mês em queda de 1,70%, aos 125.924 pontos, acompanhando as baixas nas bolsas americanas e europeias; e mesmo o Índice de Fundos Imobiliários (IFIX), que vinha apresentando um bom desempenho no ano, desta vez fechou em queda de 0,77%.

Os juros futuros mais altos e a força exibida pela economia americana impulsionaram o dólar mesmo ante divisas fortes. Frente ao real, a moeda americana se valorizou 3,53%, fechando a R$ 5,19, na cotação à vista, e R$ 5,17, na PTAX.

Já o ouro continuou sua trajetória de valorização diante de um momentâneo recrudescimento do conflito no Oriente Médio e das compras pelos bancos centrais do mundo, fechando em alta de 6,74% (na cotação do ETF brasileiro GOLD11) e sagrando-se o campeão do mês.

Leia Também

Na lanterna do ranking, porém, não foram nem os títulos públicos nem os ativos de bolsa que levaram o título de pior investimento do mês. Após um primeiro trimestre fortíssimo, este lugar foi ocupado pelo bitcoin, que caiu mais de 10% em reais em pleno mês do tão esperado halving.

Veja a lista completa dos melhores e piores investimentos do mês:

Os melhores investimentos de abril

InvestimentoRentabilidade no mêsRentabilidade no ano
Ouro (GOLD11)6,74%18,24%
Dólar à vista3,53%6,98%
Dólar PTAX3,53%6,84%
Tesouro Selic 20270,89%3,59%
CDI0,89%3,54%
Tesouro Selic 20290,86%3,67%
Poupança antiga**0,61%2,31%
Poupança nova**0,61%2,31%
Índice de Debêntures Anbima Geral (IDA - Geral)*0,17%3,88%
IFIX-0,77%2,12%
Tesouro Prefixado 2027-0,89%-
Tesouro IPCA+ 2029-1,68%-1,45%
Ibovespa-1,70%-6,16%
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035-2,27%-3,24%
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2040-2,80%-4,06%
Tesouro IPCA+ 2035-3,15%-5,48%
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2035-3,43%-
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2055-3,47%-5,95%
Tesouro Prefixado 2031-3,61%-
Tesouro IPCA+ 2045-4,49%-8,31%
Bitcoin-11,86%53,48%
(*) Até dia 29/04. (**) Poupança com aniversário no dia 26.
Todos os desempenhos estão cotados em real. A rentabilidade dos títulos públicos considera o preço de compra na manhã da data inicial e o preço de venda na manhã da data final, conforme cálculo do Tesouro Direto.
Fontes: Banco Central, Anbima, Tesouro Direto, Broadcast e Coinbase, Inc..

Preço do ouro atingiu pico em ataque do Irã, mas reverteu alta

A primeira quinzena de abril foi marcada por uma escalada das tensões no Oriente Médio, que culminaram com um ataque de Irã a Israel.

O envolvimento direto dos iranianos no conflito era algo muito temido pelos mercados e foi um dos fatores que ajudaram no fortalecimento do ouro, um ativo que tende a funcionar como proteção contra o risco geopolítico.

Mas o impacto do ataque nos preços dos ativos de risco foi limitado, pois tratou-se mais de uma demonstração de força, uma ofensiva praticamente sem vítimas e sem escalada posterior.

Tanto que, desde então, os preços do ouro entraram numa trajetória de queda, embora não o suficiente para minar o bom desempenho do metal no mês.

Mas a valorização da commodity neste início de ano não se deve apenas ao risco geopolítico no mundo; um dos grandes motores dos seus preços é a compra movida por bancos centrais, notadamente o da China, que buscam se proteger contra a dominância do dólar nas relações comerciais e financeiras internacionais.

  • Empiricus Educação libera curso gratuito de investimentos em ouro e dólar; acesse as aulas aqui

Juros altos nos EUA penalizaram os ativos de risco

O que realmente impactou negativamente os mercados globais – e a bolsa brasileira – foi um aumento dos temores de juros altos por mais tempo nos Estados Unidos depois que dados de atividade econômica e inflação fortes surpreenderam os investidores em abril.

Com isso, as expectativas de início de corte de juros pelo Federal Reserve foram empurradas ainda mais para frente, e agora se concentram majoritariamente no fim do ano. Há no mercado quem tenha passado a esperar somente um corte de 0,25 ponto percentual neste ano.

Tais temores levaram os juros dos títulos do Tesouro americano (Treasurys) para cima, elevando também os juros futuros por aqui, e derrubando ações, fundos imobiliários e títulos públicos prefixados e indexados à inflação, que se desvalorizam quando as estimativas para as taxas sobem.

Ao mesmo tempo, o dólar se fortaleceu, com a perspectiva de que a remuneração dos Treasurys permanecerá atrativa ainda por um bom tempo.

A alta dos juros futuros no Brasil contou ainda com um empurrãozinho doméstico: o anúncio, por parte do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que a meta fiscal de 2025 não será de superávit, como era esperado, mas sim de déficit zero.

Tal previsão foi mal vista pelo mercado, pois abala a confiança no arcabouço fiscal do governo Lula, elevando o risco-país.

Todos esses fatores de pressão nos juros levaram as instituições financeiras a também revisarem para cima suas perspectivas para a Selic no fim do ano e no final do ciclo de cortes.

Ações com os melhores desempenhos do Ibovespa em abril

EmpresaCódigoDesempenho no mês
Petrobras ONPETR318,66%
Petrobras PNPETR415,60%
IRBIRBR313,73%
JBSJBSS39,02%
PetzPETZ38,28%
ValeVALE34,04%
WegWEGE33,53%
BRFBRFS33,43%
CieloCIEL33,15%
CemigCMIG43,06%
Fonte: B3/Broadcast

Ações com os piores desempenhos do Ibovespa em abril

EmpresaCódigoDesempenho no mês
CVCCVCB3-30,69%
AzulAZUL4-25,23%
Magazine LuizaMGLU3-24,44%
LWSALWSA3-21,23%
Grupo SomaSOMA3-20,24%
BraskemBRKM5-19,39%
ArezzoARZZ3-19,22%
UsiminasUSIM5-18,29%
CarrefourCRFB3-18,05%
YduqsYDUQ3-17,99%
Fonte: B3/Broadcast

Bitcoin reverte movimento brilhante

Até o fim de março, o bitcoin havia acumulado uma valorização de 73% em reais no ano, motivado pelo apetite dos investidores institucionais depois que os ETFs à vista de bitcoin foram liberados nos Estados Unidos. Mas em abril, esse entusiasmo arrefeceu com o aumento da aversão a risco no mundo.

Outro suposto motivo da alta no primeiro trimestre era a perspectiva com o halving, evento que tende a reduzir a oferta de bitcoins no mercado ao diminuir a recompensa dos mineradores da criptomoeda, o que tende a impulsionar seus preços.

Mas, em abril, mês em que ocorreu o halving, o evento em si teve pouco efeito sobre o preço do bitcoin.

VEJA TAMBÉM: O choque de realidade de CAMPOS NETO: como ficam BOLSA e RENDA FIXA? I PODCAST TOUROS E URSOS

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
RELATÓRIO DO BC

Com dólar acima de R$ 5,80, Banco Central se diz preparado para atuar no câmbio, mas defende políticas para o equilíbrio fiscal

21 de novembro de 2024 - 11:10

Ainda segundo o Relatório de Estabilidade Financeira do primeiro semestre, entidades do sistema podem ter de elevar provisões para perdas em 2025

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote

21 de novembro de 2024 - 8:23

Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa

FÁBRICA DE BILIONÁRIOS

Que crise? Weg (WEGE3) quer investir US$ 62 milhões na China para aumentar capacidade de fábrica

21 de novembro de 2024 - 8:22

O investimento será realizado nos próximos anos e envolve um plano que inclui a construção de um prédio de 30 mil m², com capacidade para fabricação de motores de alta tensão

DE COADJUVANTE A PROTAGONISTA

Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente

21 de novembro de 2024 - 6:09

Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade

PAPEL ATRAENTE

É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA

19 de novembro de 2024 - 18:17

O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025

SD Select

Em busca de dividendos? Curadoria seleciona os melhores FIIs e ações da bolsa para os ‘amantes’ de proventos (PETR4, BBAS3 e MXRF11 estão fora)

19 de novembro de 2024 - 15:47

Money Times, portal parceiro do Seu Dinheiro, liberou acesso gratuito à carteira Double Income, que reúne os melhores FIIs, ações e títulos de renda fixa para quem busca “viver de renda”

HIDRELÉTRICAS

R$ 4,1 bilhões em concessões renovadas: Copel (CPLE6) garante energia para o Paraná até 2054 — e esse banco explica por que você deve comprar as ações 

19 de novembro de 2024 - 15:12

Companhia paranaense fechou o contrato de 30 anos referente a concessão de geração das usinas hidrelétricas Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias

EM ROTA DE COLISÃO?

Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo

19 de novembro de 2024 - 14:28

O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente

Conteúdo BTG Pactual

Equatorial (EQTL3) tem retorno de inflação +20% ao ano desde 2010 – a gigante de energia pode gerar mais frutos após o 3T24?

19 de novembro de 2024 - 14:00

Ações da Equatorial saltaram na bolsa após resultados fortes do 3º tri; analistas do BTG calculam se papel pode subir mais após disparada nos últimos anos

SD Select

‘Mãe de todos os ralis’ vem aí para a bolsa brasileira? Veja 3 razões para acreditar na disparada das ações, segundo analista

19 de novembro de 2024 - 10:29

Analista vê três fatores que podem “mudar o jogo” para o Ibovespa e a bolsa como um todo após um ano negativo até aqui; saiba mais

ANOTE NO CALENDÁRIO

A B3 vai abrir no dia da Consciência Negra? Confira o funcionamento da bolsa, bancos e Correios na estreia do novo feriado nacional

19 de novembro de 2024 - 7:02

É a primeira vez que o Dia da Consciência Negra consta no calendário dos feriados nacionais. Como de costume, as comemorações devem alterar o funcionamento dos principais serviços públicos

COMPRAR OU VENDER

Grupo Mateus: Santander estabelece novo preço-alvo para GMAT3 e prevê valorização de 33% para as ações em 2025; saiba se é hora de comprar

18 de novembro de 2024 - 17:42

O banco reduziu o preço-alvo para os papéis da varejista de alimentos em relação à 2024, mas mantém otimismo com crescimento e parceria estratégica

PÉ NO ACELERADOR

Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação

18 de novembro de 2024 - 13:31

Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa

DESTAQUES DA BOLSA

Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial

18 de novembro de 2024 - 12:27

O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada

EM MINAS GERAIS

Cemig (CMIG4) e Copasa (CSMG3) voltam a ficar no radar das privatizações e analistas dizem qual das duas tem mais chance de brilhar

18 de novembro de 2024 - 10:31

Ambas as empresas já possuem capital aberto na bolsa, mas o governo mineiro é quem detém o controle das empresas como acionista majoritário

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil

18 de novembro de 2024 - 8:07

Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias

RESULTADOS FINAIS

Lucro dos bancos avança no 3T24, mas Selic alta traz desafios para os próximos resultados; veja quem brilhou e decepcionou na temporada de balanços 

18 de novembro de 2024 - 6:01

Itaú mais uma vez foi o destaque entre os resultados; Bradesco avança em reestruturação e Nubank ameaça desacelerar, segundo analistas

NÃO TEVE B3, MAS OS GRINGOS OPERARAM

Nova York naufragou: ações que navegavam na vitória de Trump afundam e bolsas terminam com fortes perdas — Tesla (TSLA34) se salva

15 de novembro de 2024 - 18:10

Europa também fechou a sexta-feira (15) com perdas, enquanto as bolsas na Ásia terminaram a última sessão da semana sem uma direção comum, com dados da China e do Japão no radar dos investidores

DO ROXO AO VERMELHO

Warren Buffett não quer o Nubank? Megainvestidor corta aposta no banco digital em quase 20% — ação cai 8% em Wall Street 

15 de novembro de 2024 - 18:01

O desempenho negativo do banco digital nesta sexta-feira pode ser explicado por três fatores principais — e um deles está diretamente ligado ao bilionário

OS PLANOS DO BB

Banco do Brasil (BBAS3) de volta ao ataque: banco prevê virada de chave com cartão de crédito em 2025 

15 de novembro de 2024 - 17:02

Após fase ‘pé no chão’ depois da pandemia da covid-19, a instituição financeira quer expandir a carteira de cartão de crédito, que tem crescido pouco nos últimos dois anos

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar