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Maria Eduarda Nogueira

Maria Eduarda Nogueira

Jornalista formada pela Universidade de São Paulo (USP), com pós-graduação em Comunicação e Marketing Digital na ESPM. Já trabalhou com comunicação institucional e jornalismo de viagens. Atualmente, é repórter de lifestyle do Seu Dinheiro. Está sempre disponível para falar sobre inovação, livros e cultura pop.

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O que falta para o gringo voltar a investir no Brasil? Só a elevação do rating pela Moody’s não é o suficiente, diz chairman da BlackRock no país

À frente da divisão brasileira da maior gestora de investimentos do mundo, Carlos Takahashi falou sobre investimento estrangeiro, diversificação e ETFs no episódio desta semana do podcast Touros e Ursos

Maria Eduarda Nogueira
Maria Eduarda Nogueira
19 de outubro de 2024
8:01 - atualizado às 17:43
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Imagem: Youtube/Reprodução

A recente elevação do rating do Brasil pela agência de risco Moody’s deu um sopro de vida para o mercado de ações brasileiro. Mas não é este “voto de confiança” no país que será capaz de trazer de volta o investidor estrangeiro para a bolsa. Não sozinho, pelo menos. 

Para Carlos Takahashi, chairman da BlackRock no país e vice-presidente da Anbima (Associação Brasileira Financeira de Mercado de Capitais), existem diversos fatores que influenciam o movimento do capital estrangeiro rumo ao Brasil.

O ambiente macroeconômico global; a inflação; a aversão a riscos e a volta da atratividade da renda fixa nos países desenvolvidos. Juntos, todos esses fatores formam uma equação que, no momento, não resulta na volta do gringo pro Brasil.

“É sempre bom melhorar o rating do país. Mas foi só uma agência que elevou o rating. O que as demais vão fazer?”. Este é o principal questionamento de Takahashi, que avalia a decisão da Moody’s como um “primeiro alento, mas ainda pouco”. 

Na opinião dele, o Brasil precisa chegar ao grau de investimento e também atender outros requisitos para se tornar um país “investível”. Um exemplo citado foram os critérios da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que definem o grau de dificuldade de se fazer negócios em um país. 
No episódio da semana do podcast Touros e Ursos, Takahasi explicou o que está em jogo para que o investimento estrangeiro volte a dar as caras por aqui. Dê o play para assistir ao papo na íntegra:

Reformas intermináveis repelem o gringo 

O primeiro semestre de 2024 marcou a maior saída de capital estrangeiro da bolsa brasileira desde a pandemia, com a cifra atingindo R$ 42 bilhões.

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Essa “fuga” tem um contexto por trás, claro. O ambiente macro global passou por profunda transformação após a pandemia. Da mesma forma, a situação geopolítica se agravou, vide conflitos entre Rússia e Ucrânia e a questão do Oriente Médio.

Isso tudo favoreceu o aumento da inflação ao redor de todo o mundo e deixou os investidores mais avessos à bolsa no geral, na visão do chairman da BlackRock.

Consequentemente, para controlar a inflação, as taxas de juros subiram – não só no Brasil, como também nas economias desenvolvidas. “Aí entra a questão do prêmio de risco. É muito melhor eu ficar numa renda fixa nos Estados Unidos e nos países da Europa”, comenta Takahashi. 

O cenário já é desafiador no mundo, mas é ainda mais desfavorável nas economias emergentes. Aqui no Brasil, as “reformas intermináveis”, citadas pelo convidado do Touros e Ursos, repelem os investidores que buscam “prêmios de risco mais adequados”. 

“Claro que o investidor estrangeiro está vendo as reformas, as questões fiscais. Ele está vendo tudo isso”, diz o chairman da BlackRock. 

O diretor foi ainda mais específico ao dizer que o que está afastando os recursos do Brasil é a falta de uma visão de longo prazo.

Bolsa brasileira precisa se reinventar

Além disso, a bolsa brasileira, extremamente concentrada em setores específicos da economia, acaba perdendo o brilho quando comparada a outros mercados mais pujantes. O investidor tem mais oportunidades lá fora, onde a dinâmica de inovação e nascimento de novos setores é mais intensa.

“Quando você compara a prateleira lá fora com a prateleira daqui, o que você quer é, na verdade, investir seu dinheiro lá”, reflete. “A gente precisa ter alguns avanços no nosso mercado de capitais para efetivamente atrair os investidores.”

Como a BlackRock enxerga o Brasil?

Takahashi também deu um panorama geral de como a BlackRock, a maior gestora de ativos financeiros do mundo, enxerga o país. 

“A gente sempre viu o Brasil de forma muito positiva, tanto é que a empresa está há mais de décadas aqui. E os nossos negócios estão sempre crescendo [no país]”, comentou. 

A BlackRock foi pioneira em introduzir importantes ETFs no mercado nacional, como o BOVA11, que replica o Ibovespa e é o maior ETF da bolsa; e o SMAL11, focado em small caps.

Outros temas também fizeram parte do Touros e Ursos nesta semana: a queda das ações da Sequoia Logística, as falhas de administração da Enel, o prêmio Nobel de Economia e o “foguete de ré” da SpaceX.

O Touros e Ursos é um podcast semanal do Seu Dinheiro, apresentado pela nossa equipe de repórteres. Toda semana, convidamos nomes importantes do mercado financeiro e do cenário político para discutir temas relevantes para o investidor pessoa física. 

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