O que esperar dos resultados do 3T24? Analista revela quais empresas devem decepcionar e quais vão agradar o investidor
Larissa Quaresma, da Empiricus Research, mantém otimismo com a economia, mas alerta para algumas empresas que devem entregar números ruins; veja na íntegra no podcast Touros e Ursos

Mais uma temporada de resultados se inicia na semana que vem para as empresas da bolsa brasileira. Estratégicos, os balanços do terceiro trimestre de 2024 (3T24) podem dar uma prévia do que esperar para 2025, em um cenário de nova escalada da Selic. Para a analista Larissa Quaresma, da Empiricus Research, enquanto algumas empresas devem entregar bons números, outras provavelmente confirmarão o pessimismo do mercado.
Convidada da semana do podcast Touros e Ursos, Quaresma está otimista com a economia no geral, mas explica que a base de comparação para as empresas está mais difícil.
No mesmo período no ano passado, o Banco Central começou a baixar a taxa Selic e aquelas empresas que tinham feito seu “dever de casa” entregaram balanços bem robustos. Agora, o cenário é o inverso: os juros estão aumentando novamente.
Diante disso, quem vai “sobreviver” e quem vai “perecer” no 3T24?
- Acesso aos programas e podcasts do Seu Dinheiro em primeira mão? Confira esta a outras vantagens de fazer parte do Clube de Investidores SD Select
As estrelas e as decepções do 3T24
Em cenário de alta dos juros, Quaresma reforçou sua preocupação com as empresas que estão mais alavancadas.
Um outro grupo também pode ficar na “lanterna” nesta próxima temporada de resultados: o das empresas de commodities metálicas. O rali agora no final de setembro, causado pela expectativa de um pacote de medidas de estímulo na China, é um “voo de galinha”, na visão da analista.
Leia Também
Por outro lado, empresas de energia, financeiras e uma varejista em especial devem se destacar na divulgação dos balanços.
Quais são elas exatamente? A analista da Empiricus Research citou os nomes durante o podcast. Dê o play para descobrir:
Afinal, vale a pena ter bolsa hoje?
A resposta de Quaresma é simples e caberia em um tuíte: “é hora ir às compras”.
Com o Ibovespa negociando a 9 vezes Preço/Lucro, há empresas maravilhosas em um ótimo ponto de entrada, diz a analista. Uma delas é a Prio (PRIO3), que conseguiu gerar muita rentabilidade, mesmo com o petróleo abaixo dos US$ 70.
“O melhor que a gente consegue fazer agora é comprar boas empresas a preços atrativos”, diz a convidada do Touros e Ursos.
Comprar barato é, na visão da analista, o melhor que o investidor pode fazer agora, aproveitando o sentimento de aversão a risco grande que está rondando o mercado.
Para ela, o que está causando esse mau humor, que fez o Ibovespa perder os 130 mil pontos recentemente, é um rompimento da confiança entre o governo e o mercado.
Quaresma acredita que momentos como esse podem representar uma oportunidade de compra muito grande, desde que não sejam prolongados. “Se o mau humor dos mercados continuar por muito tempo, ele se torna um mau humor na economia real”, comenta.
Outros temas também fizeram parte do Touros e Ursos nesta semana: o fracasso de bilheteria de Coringa 2, o cancelamento do IPO da Moove e as prévias das incorporadoras.
O Touros e Ursos é um podcast semanal do Seu Dinheiro, apresentado pela nossa equipe de repórteres. Toda semana, convidamos nomes importantes do mercado financeiro e do cenário político para discutir temas relevantes para o investidor pessoa física.
Como fica a bolsa no feriado? Confira o que abre e fecha na Sexta-feira Santa e no Dia de Tiradentes
Fim de semana se une à data religiosa e ao feriado em homenagem ao herói da Inconfidência Mineira para desacelerar o ritmo intenso que tem marcado o mercado financeiro nos últimos dias
É hora de aproveitar a sangria dos mercados para investir na China? Guerra tarifária contra os EUA é um risco, mas torneira de estímulos de Xi pode ir longe
Parceria entre a B3 e bolsas da China pode estreitar o laço entre os investidores do dois países e permitir uma exposição direta às empresas chinesas que nem os EUA conseguem oferecer; veja quais são as opções para os investidores brasileiros investirem hoje no Gigante Asiático
Fim da linha para a Vale (VALE3)? Por que o BB BI deixou de recomendar a compra das ações e cortou o preço-alvo
O braço de investimentos do Banco do Brasil vai na contramão da maioria das indicações para o papel da mineradora
Por essa nem o Fed esperava: Powell diz pela primeira vez o que pode acontecer com os EUA após tarifas de Trump
O presidente do banco central norte-americano reconheceu que foi pego de surpresa com o tarifaço do republicano e admitiu que ninguém sabe lidar com uma guerra comercial desse calibre
Nas entrelinhas: por que a tarifa de 245% dos EUA sobre a China não assustou o mercado dessa vez
Ainda assim, as bolsas tanto em Nova York como por aqui operaram em baixa — com destaque para o Nasdaq, que recuou mais de 3% pressionado pela Nvidia
Ações da Brava Energia (BRAV3) sobem forte e lideram altas do Ibovespa — desta vez, o petróleo não é o único “culpado”
O desempenho forte acontece em uma sessão positiva para o setor de petróleo, mas a valorização da commodity no exterior não é o principal catalisador das ações BRAV3 hoje
Correr da Vale ou para a Vale? VALE3 surge entre as maiores baixas do Ibovespa após dado de produção do 1T25; saiba o que fazer com a ação agora
A mineradora divulgou queda na produção de minério de ferro entre janeiro e março deste ano e o mercado reage mal nesta quarta-feira (16); bancos e corretoras reavaliam recomendação para o papel antes do balanço
Acionistas da Petrobras (PETR4) votam hoje a eleição de novos conselheiros e pagamento de dividendos bilionários. Saiba o que está em jogo
No centro da disputa pelas oito cadeiras disponíveis no conselho de administração está o governo federal, que tenta manter as posições do chairman Pietro Mendes e da CEO, Magda Chambriard
Até tu, Nvidia? “Queridinha” do mercado tomba sob Trump; o que esperar do mercado nesta quarta
Bolsas continuam de olho nas tarifas dos EUA e avaliam dados do PIB da China; por aqui, investidores reagem a relatório da Vale
Tarifaço de Trump pode não resultar em mais inflação, diz CIO da Empiricus Gestão; queda de preços e desaceleração global são mais prováveis
No episódio do podcast Touros e Ursos desta semana, João Piccioni, CIO da Empiricus Gestão, fala sobre política do caos de Trump e de como os mercados globais devem reagir à sua guerra tarifária
Mais de 55% em dividendos: veja as empresas que pagaram mais que a Petrobras (PETR4) em 12 meses e saiba se elas podem repetir a dose
Ranking da Quantum Finance destaca empresas que não aparecem tanto no noticiário financeiro, mas que pagaram bons proventos entre abril de 2024 e março de 2025
Península de saída do Atacadão: Família Diniz deixa quadro de acionistas do Carrefour (CRFB3) dias antes de votação sobre OPA
Após reduzir a fatia que detinha na varejista alimentar ao longo dos últimos meses, a Península decidiu vender de vez toda a participação restante no Atacadão
Respira, mas não larga o salva-vidas: Trump continua mexendo com os humores do mercado nesta terça
Além da guerra comercial, investidores também acompanham balanços nos EUA, PIB da China e, por aqui, relatório de produção da Vale (VALE3) no 1T25
Temporada de balanços 1T25: Confira as datas e horários das divulgações e das teleconferências
De volta ao seu ritmo acelerado, a temporada de balanços do 1T25 começa em abril e revela como as empresas brasileiras têm desempenhado na nova era de Donald Trump
Trump vai recuar e mesmo assim cantar vitória?
Existe um cenário onde essa bagunça inicial pode evoluir para algo mais racional. Caso a Casa Branca decida abandonar o tarifaço indiscriminado e concentrar esforços em setores estratégicos surgirão oportunidades reais de investimento.
Bolsas perdem US$ 4 trilhões com Trump — e ninguém está a salvo
Presidente norte-americano insiste em dizer que não concedeu exceções na sexta-feira (11), quando “colocou em um balde diferente” as tarifas sobre produtos tecnológicos
Alívio na guerra comercial injeta ânimo em Wall Street e ações da Apple disparam; Ibovespa acompanha a alta
Bolsas globais reagem ao anúncio de isenção de tarifas recíprocas para smartphones, computadores e outros eletrônicos
Azul (AZUL4) busca até R$ 4 bilhões em oferta de ações e oferece “presente” para acionistas que entrarem no follow-on; ações sobem forte na B3
Com potencial de superar os R$ 4 bilhões com a oferta, a companhia aérea pretende usar recursos para melhorar estrutura de capital e quitar dívidas com credores
Smartphones e chips na berlinda de Trump: o que esperar dos mercados para hoje
Com indefinição sobre tarifas para smartphones, chips e eletrônicos, bolsas esboçam reação positiva nesta segunda-feira; veja outros destaques
JP Morgan reduz projeção para o PIB brasileiro e vê leve recessão no segundo semestre; cortes de juros devem começar no fim do ano
Diante dos riscos externos com a guerra tarifária de Trump, economia brasileira deve retrair na segunda metade do ano; JP agora vê Selic em 1 dígito no fim de 2026