O que a Opep prevê para o PIB e a produção de petróleo no Brasil
Opep mantém projeções otimistas para o país, mas alerta para alguns gatilhos negativos, como inflação e aumento nos custos da produção offshore
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) está otimista com o Brasil e com o potencial de produção de combustíveis do país. É isto que revela o relatório mensal publicado pela organização nesta segunda (14).
Apesar de ter reduzido as projeções de produção de petróleo no país, o cartel acredita que o Brasil será um dos grandes impulsionadores da oferta global da commodity, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, Canadá e China.
- Lembrando que os países que compõem a Opep são: Arábia Saudita, Irã, Kuwait, Venezuela, Iraque, Argélia, Equador, Gabão, Indonésia, Líbia, Nigéria, Catar e Emirados Árabes Unidos.
VEJA MAIS: SD Select e Market Makers reúnem especialistas em economia para evento gratuito sobre eleições americanas; garanta sua vaga clicando aqui
Opep está otimista com o PIB do Brasil
A organização ainda fez projeções otimistas para o PIB brasileiro, elevando-o de 2,2% para 2,5% para 2024.
Como propulsor desse crescimento, o relatório cita a "força contínua da economia doméstica brasileira", com sinais positivos de demanda do consumidor e robustez do setor de serviços.
Por outro lado, a Opep nota que há volatilidade no setor industrial e que o declínio nas taxas de desemprego e aumento salarial devem criar pressão inflacionária sobre a economia.
Leia Também
Neste cenário, o cartel alerta que as incertezas sobre a inflação devem se estender até o próximo ano e que possibilidade de novas altas de juros são esperadas pelo Banco Central, com o aperto monetário contrabalançando a força do crescimento econômico.
Dado esse cenário, a Opep decidiu manter a projeção para o PIB brasileiro em 2025 em 1,5%, inalterada em relação ao relatório anterior.
"Uma potencial transição na liderança do BCB em janeiro de 2025 pode influenciar a coordenação política, mas a efetividade dessas mudanças ainda será observada", pondera o relatório.
Quanto ao PIB global, a organização manteve a previsão de 3% para 2024 e 2,9% para 2025.
O cartel elevou sua previsão de crescimento econômico este ano para os EUA, de 2,4% a 2,5%, mas manteve as da zona do euro, em 0,8%, e da China, em 4,9%.
Oferta de combustíveis deve ser menor, mas Brasil continua sendo player importante no setor de petróleo
O cartel cortou as expectativas para a oferta de combustíveis líquidos do Brasil nos próximos dois anos, mas manteve o país como um dos quatro países de fora da Opep que mais deverão impulsionar o avanço da oferta global em 2024.
A Opep espera que a oferta de combustíveis líquidos do Brasil suba cerca de 60 mil barris por dia (bpd) neste ano, para uma média de 4,2 milhões de bpd. Segundo o relatório, o corte de 50 mil bpd deve-se à produção brasileira aquém do previsto nos últimos meses.
O cartel espera um aumento na produção em alguns campos de petróleo - como Búzios, Tupi e Itapu - e início da operação de outros projetos petrolíferos em 2024, mas reconhece que "problemas técnicos e operacionais podem atrasar o calendário de produção das plataformas".
No próximo ano, a Opep ainda prevê atrasos provocados por aumento nos custos de produção offshore e da inflação, além de um arrefecimento do crescimento econômico de curto prazo.
Para 2025, a projeção da Opep é de alta de 200 mil bpd, a 4,4 milhões de bpd. O número também representa um corte em relação aos 4,5 milhões de bpd estimados no relatório anterior.
- LEIA TAMBÉM: Um ano após o atentado: o mercado de petróleo volta a mostrar sinais de alerta e “kit geopolítico” pode proteger o investidor
- Guerra no Oriente Médio: o que está em jogo agora pode mudar de vez o mercado de petróleo. Como fica a ação da Petrobras (PETR4)? A resposta não é óbvia
O mundo está precisando de menos petróleo?
A organização cortou a previsão para o crescimento da demanda global pela commodity este ano em 106 mil bpd, para 1,9 milhão de bpd.
Para 2025, o cartel também reduziu a projeção para o aumento na demanda mundial por petróleo, em 102 mil bpd, para 1,6 milhão de bpd.
Apenas a demanda em países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) deve registrar aumento neste ano e no próximo, segundo projeções.
- Vale lembrar que a OCDE possui 38 países membros, majoritariamente europeus. O Brasil não é um deles.
Fora da OCDE, a expectativa é de alta de 1,8 milhão de bpd em 2024 e de 1,5 milhão de bpd em 2025.
*Com informações do Estadão Conteúdo.
UBS rebaixa recomendação para Vale (VALE3) e corta preço-alvo dos ADRs em NY; o que está por trás do pessimismo com a mineradora?
Papéis da mineradora nas bolsas americana e brasileira operam em queda nesta segunda-feira (11), pressionando o Ibovespa
Não é a PetroReconcavo (RECV3): petroleira divulga ‘bolada’ em dividendos, mas analista prefere outra ação que pode saltar até 51%
Mesmo com dividendos de R$ 1,29 por ação da PetroReconcavo, analista prefere ficar de fora – veja outra ação que está barata, tem espaço para crescimento e pagamento de proventos
Agenda econômica: Prévia do PIB é destaque em semana com feriado no Brasil e inflação nos EUA
A agenda econômica da semana ainda conta com divulgação da ata da última reunião do Copom e do relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP)
Petrobras (PETR4) diz o que falta para pagar bilhões em dividendos extraordinários aos acionistas. O que fazer com as ações da estatal até lá?
A petroleira apresentou lucro maior do que o esperado pelo mercado, em uma reversão do prejuízo no trimestre anterior; ações sobem na B3 na contramão da queda do petróleo no exterior
Petrobras (PETR4) além das previsões e do prejuízo: lucro sobe 22,3% no 3T24 e dividendo extraordinário não vem — mas estatal ainda vai distribuir mais de R$ 17 bilhões aos acionistas
A petroleira deve divulgar no próximo dia 22 o plano estratégico 2025-2029 e a expectativa do mercado é de aumento dos dividendos extraordinários e redução de investimentos
Alívios e aflições: o que a vitória de Trump pode significar para 5 setores da economia brasileira
A eleição de Donald Trump nos Estados Unidos provoca expectativas variadas para diferentes setores da economia brasileira; veja como eles podem nos afetar
É a economia, estúpido? Como Trump venceu Kamala mesmo com o PIB dos EUA bombando e o desemprego baixo
Percepção dos eleitores norte-americanos é de que a economia dos EUA não vai tão bem quanto alguns indicadores sugerem
Caminhos opostos: Fed se prepara para cortar juros nos EUA depois das eleições; no Brasil, a alta da taxa Selic continua
Eleições americanas e reuniões de política monetária do Fed e do Copom movimentam a semana mais importante do ano nos mercados
Começa a semana mais importante do ano: Investidores se preparam para eleições nos EUA com Fed e Copom no radar
Eleitores norte-americanos irão às urnas na terça-feira para escolher entre Kamala Harris e Donald Trump, mas resultado pode demorar
Dubai já era? Arábia Saudita faz investimentos bilionários para se tornar a nova capital do luxo do mundo e se livrar da dependência do petróleo
Edifícios colossais e experiências turísticas de primeira linha fazem parte da Visão 2030 do país
Nem Petrobras (PETR4), nem Brava (BRAV3): outra petroleira é ‘a grande compra que o mercado está oferecendo no momento’, aponta analista
Queda recente do petróleo abriu oportunidades no setor – principalmente em uma empresa que, além de estar barata, têm um gatilho importante para valorização, segundo analista
Braskem: vendas crescem no 3T24, mas analistas mantêm o pé no freio e reduzem o preço-alvo para BRKM5; ainda vale a pena comprar a ação?
BB-BI revisou o potencial de valorização dos papéis da petroquímica de R$ 27 para R$ 24, equivalente a uma alta de 34%
Ações da Petrobras (PETR4) caem com produção menor no 3T24 — e analistas dizem o que esperar do próximo anúncio de dividendos da estatal
Com base nos dados operacionais divulgados, os grandes bancos e corretoras dizem o que pode vir por aí no dia 7 de novembro, quando a estatal apresenta o resultado financeiro do terceiro trimestre
Fortes emoções à vista nos mercados: Investidores se preparam para possível vitória de Trump às vésperas de decisão do Fed sobre juros
Eventual vitória de Trump pode levar a desaceleração de ciclo de cortes de juros que se inicia em grande parte do mundo desenvolvido
Petrobras (PETR4) produz 8,2% menos petróleo no 3T24 e também vende menos gasolina na comparação com o 3T23; confira os números da estatal
No pré-sal, a companhia também registrou uma queda na extração entre julho e setembro em base anual
Guerra no Oriente Médio: por que o petróleo despenca 5% hoje e arrasta a Petrobras (PETR4) e outras ações do setor
O setor de petróleo e gás protagoniza o campo negativo da bolsa brasileira nesta segunda-feira (28), com os mais diversos tons de vermelho tingindo as ações das petroleiras locais pela manhã. A Prio (PRIO3) é quem lidera as perdas no Ibovespa, com recuo de 3,24% por volta das 11h45. Por sua vez, a Petrobras (PETR4) […]
Campos Neto vai estourar a meta de inflação? Projeções para o IPCA ficam acima do teto pela primeira vez em 2024; veja os números da Focus
Se as projeções se confirmarem, Gabriel Galípolo herdará de Campos Neto a missão de explicar ao CMN os motivos da inflação fora da meta
O saldão da eleição: Passado o segundo turno, Ibovespa se prepara para balanços dos bancões
Bolsas internacionais repercutem alívio geopolítico, resultado eleitoral no Japão e expectativa com eleições nos Estados Unidos
Agenda econômica: Payroll e PCE nos EUA dominam a semana em meio a temporada de balanços e dados Caged no Brasil
Os próximos dias ainda contam com a divulgação de vários relatórios de emprego nos EUA, PIB da zona do euro e decisão da política monetária do Japão
Braskem (BRKM5): maior volume de vendas no mercado nacional e exportações mais fracas; veja os principais números do relatório de produção
Venda de resinas caiu 2% na comparação anual; exportações dos principais produtos químicos da Braskem caíram