Carne com tomate no forno elétrico: o que levou o IPCA estourar a meta de inflação às vésperas da saída de Campos Neto
Inflação acelera tanto na leitura mensal quanto no acumulado em 12 meses até outubro e mantém pressão sobre o BC por mais juros
Carne com tomate no forno elétrico — ou até mesmo no microondas — tornou-se uma opção de cardápio impeditiva. É o que indica o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro. Os preços das carnes, do tomate e da energia elétrica residencial foram os principais vilões da inflação oficial no mês passado.
O trio figurou entre os principais responsáveis pelo fato de a inflação ter acelerado de +0,12% para +0,56% na leitura mensal e de +4,42% para +4,76% no acumulado em 12 meses.
Os números de outubro vieram ligeiramente acima das projeções de altas de 0,54% no mês e de 4,74% no ano.
Desse modo, os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) colocam o IPCA pela primeira vez acima do teto da banda de tolerância da meta de inflação de 4,50% para 2024.
O que puxou a inflação de outubro
A inflação de outubro foi influenciada principalmente pelos grupos habitação e alimentação.
Os preços de habitação foram puxados pela alta de 4,74% da energia elétrica residencial. Isso decorreu da vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 2 sobre a conta de luz. Ela adiciona R$ 7,877 a cada 100 kWh consumidos.
Leia Também
Já os preços de alimentação tiveram como vilões os preços das carnes, com alta de 5,81% na média dos cortes, e do tomate, que subiu 9,92% no mês passado.
Se você quiser um cafezinho depois dessa refeição, saiba que o preço do café moído aumentou 4,01% em outubro.
O resultado do IPCA de outubro surpreendeu Lucas Barbosa, economista da AZ Quest. Ele esperava uma aceleração menor do índice. A surpresa veio principalmente da alta dos preços dos alimentos, principalmente das carnes.
Alguma coisa está fora da meta
Simultaneamente, a aceleração da inflação de serviços acende um sinal de alerta para o Banco Central (BC), afirma Barbosa.
O IPCA de outubro vem à tona na reta final do mandato de Roberto Campos Neto como presidente do BC e em meio a um novo ciclo de alta de juros por parte do Comitê de Política Monetária (Copom).
Na última quarta-feira, o colegiado aumentou a taxa Selic em meio ponto porcentual, elevando-a a 11,25%.
O Copom deixou o próximo passo em aberto. No entanto, o resultado do IPCA indica que o Banco Central continuará elevando os juros, avalia Marcelo Bolzan, estrategista de investimentos e sócio da The Hill Capital.
Para André Valério, economista sênior do Inter, o IPCA de outubro manteve uma tendência de deterioração já observada no IPCA-15.
De acordo com ele, porém, o Copom já se antecipou a essa deterioração, acelerando o ritmo de alta da Selic em novembro.
O economista do Inter acredita que o Copom elevará os juros a 11,75% na última reunião de 2024.
Felipe Miranda: O Brasil (ainda não) voltou — mas isso vai acontecer
Depois de anos alijados do interesse da comunidade internacional, voltamos a ser destaque na imprensa especializada. Para o lado negativo, claro
O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil
Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias
Agenda econômica: balanço da Nvidia (NVDC34) e reunião do CMN são destaques em semana com feriado no Brasil
A agenda econômica também conta com divulgação da balança comercial na Zona do Euro e no Japão; confira o que mexe com os mercados nos próximos dias
Nova York naufragou: ações que navegavam na vitória de Trump afundam e bolsas terminam com fortes perdas — Tesla (TSLA34) se salva
Europa também fechou a sexta-feira (15) com perdas, enquanto as bolsas na Ásia terminaram a última sessão da semana sem uma direção comum, com dados da China e do Japão no radar dos investidores
Azeite a peso de ouro: maior produtora do mundo diz que preços vão cair; saiba quando isso vai acontecer e quanto pode custar
A escassez de azeite de oliva, um alimento básico da dieta mediterrânea, empurrou o setor para o modo de crise, alimentou temores de insegurança alimentar e até mesmo provocou um aumento da criminalidade em supermercados na Europa
A arte de negociar: Ação desta microcap pode subir na B3 após balanço forte no 3T24 — e a maior parte dos investidores não tem ela na mira
Há uma empresa fora do radar do mercado com potencial de proporcionar uma boa valorização para as ações
Está com pressa por quê? O recado do chefão do BC dos EUA sobre os juros que desanimou o mercado
As bolsas em Nova York aceleraram as perdas e, por aqui, o Ibovespa chegou a inverter o sinal e operar no vermelho depois das declarações de Jerome Powell; veja o que ele disse
A escalada sem fim da Selic: Campos Neto deixa pulga atrás da orelha sobre patamar dos juros; saiba tudo o que pensa o presidente do BC sobre esse e outros temas
As primeiras declarações públicas de RCN depois da divulgação da ata do Copom, na última terça-feira (12), dialogam com o teor do comunicado e do próprio resumo da reunião
Um passeio no Hotel California: Ibovespa tenta escapar do pesadelo após notícia sobre tamanho do pacote fiscal de Haddad
Mercado repercute pacote fiscal maior que o esperado enquanto mundo político reage a atentado suicida em Brasília
Você precisa fazer alguma coisa? Ibovespa acumula queda de 1,5% em novembro enquanto mercado aguarda números da inflação nos EUA
Enquanto Ibovespa tenta sair do vermelho, Banco Central programa leilão de linha para segurar a alta do dólar
Voltado para a aposentadoria, Tesouro RendA+ chega a cair 30% em 2024; investidor deve fazer algo a respeito?
Quem comprou esses títulos públicos no Tesouro Direto pode até estar pensando no longo prazo, mas deve estar incomodado com o desempenho vermelho da carteira
A Argentina dos sonhos está (ainda) mais perto? Dólar dá uma trégua e inflação de outubro é a menor em três anos
Por lá, a taxa seguiu em desaceleração em outubro, chegando a 2,7% em base mensal — essa não é apenas a variação mais baixa até agora em 2024, mas também é o menor patamar desde novembro de 2021
Quantidade ou qualidade? Ibovespa repercute ata do Copom e mais balanços enquanto aguarda pacote fiscal
Além da expectativa em relação ao pacote fiscal, investidores estão de olho na pausa do rali do Trump trade
Pacote fiscal do governo vira novela mexicana e ameaça provocar um efeito colateral indesejado
Uma alta ainda maior dos juros seria um efeito colateral da demora para a divulgação dos detalhes do pacote fiscal pelo governo
Stuhlberger compra bitcoin (BTC) na véspera da eleição de Trump enquanto o lendário fundo Verde segue zerado na bolsa brasileira
O Verde se antecipou ao retorno do republicano à Casa Branca e construiu uma “pequena posição comprada” na maior criptomoeda do mundo antes das eleições norte-americanas
Em ritmo de festa: Ibovespa começa semana à espera da prévia do PIB; Wall Street amanhece em alta
Bolsas internacionais operam em alta e dão o tom dos mercados nesta segunda-feira; investidores nacionais calibram expectativas sobre um possível rali do Ibovespa
Agenda econômica: Prévia do PIB é destaque em semana com feriado no Brasil e inflação nos EUA
A agenda econômica da semana ainda conta com divulgação da ata da última reunião do Copom e do relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP)
Renda fixa apimentada: “Têm nomes que nem pagando CDI + 15% a gente quer”; gestora da Ibiuna comenta sobre risco de bolha em debêntures
No episódio da semana do podcast Touros e Ursos, Vivian Lee comenta sobre o mercado de crédito e onde estão os principais riscos e oportunidades
7% ao ano acima da inflação: 2 títulos públicos e 10 papéis isentos de IR para aproveitar o retorno gordo da renda fixa
Com a alta dos juros, taxas da renda fixa indexada à inflação estão em níveis historicamente elevados, e em títulos privados isentos de IR já chegam a ultrapassar os 7% ao ano + IPCA
Selic sobe para 11,25% ao ano e analista aponta 8 ações para buscar lucros de até 87,5% ‘sem bancar o herói’
Analista aponta ações de qualidade, com resultados robustos e baixo nível de endividamento que ainda podem surpreender investidores com valorizações de até 87,5% mais dividendos