🔴 TEMPORADA DE RESULTADOS DO 4T24 ESTÁ CHEGANDO ACOMPANHE A COBERTURA COMPLETA

Seu Dinheiro
Seu Dinheiro
No Seu Dinheiro você encontra as melhores dicas, notícias e análises de investimentos para a pessoa física. Nossos jornalistas mergulham nos fatos e dizem o que acham que você deve (e não deve) fazer para multiplicar seu patrimônio. E claro, sem nada daquele economês que ninguém mais aguenta.
CONTAS PÚBLICAS

Governo descongela R$ 1,7 bi do Orçamento e projeção de déficit primário fica dentro da margem de tolerância de 2024; veja as projeções

Contenção do orçamento cai de R$ 15 bi para R$ 13,3 bi, e estimativa de déficit primário recua de R$ 32,6 bilhões para R$ 28,3 bilhões

Seu Dinheiro
Seu Dinheiro
21 de setembro de 2024
13:08
Simone Tebet, ministra do Planejamento, e Fernando Haddad, ministro da Fazenda
Simone Tebet, ministra do Planejamento, e Fernando Haddad, ministro da Fazenda. - Imagem: Diogo Zacarias / MF

Beneficiado pela reoneração gradual da folha de pagamento, o governo descongelou R$ 1,7 bilhão do Orçamento de 2024, anunciaram na noite de sexta-feira (20) os ministérios do Planejamento e Orçamento e da Fazenda. O volume de recursos congelados caiu de R$ 15 bilhões para R$ 13,3 bilhões.

Os números constam da nova edição do Relatório Bimestral de Receitas e Despesas, documento que orienta a execução do Orçamento, enviado ontem ao Congresso Nacional.

Segundo o relatório, o volume de despesas bloqueadas subiu R$ 2,1 bilhões, passando de R$ 11,2 bilhões para R$ 13,2 bilhões, mas o contingenciamento de R$ 3,8 bilhões anunciado em julho foi revertido, liberando o total de R$ 1,7 bilhão em gastos.

Tanto o contingenciamento como o bloqueio representam cortes temporários de gastos. O novo arcabouço fiscal, no entanto, estabeleceu motivações diferentes. O bloqueio ocorre quando os gastos do governo crescem mais que o limite de 70% do crescimento da receita acima da inflação. O contingenciamento ocorre quando há falta de receitas que comprometem o cumprimento da meta de resultado primário (resultado das contas do governo sem os juros da dívida pública).

Em relação ao bloqueio, os principais aumentos de despesas que justificaram a elevação de R$ 2,1 bilhões foram as altas de R$ 5,3 bilhões nas estimativas de gastos com a Previdência Social e de R$ 300 milhões nos gastos com o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Essas elevações foram parcialmente compensadas pela previsão de queda de R$ 1,9 bilhão da Lei Aldir Blanc de fomento à cultura, de R$ 1 bilhão nas estimativas de gastos com pessoal e de R$ 900 milhões em precatórios de custeio e de investimento.

Leia Também

Estimativa de déficit primário em 2024 recua e fica dentro da margem de tolerância

A reversão do contingenciamento, informaram o Planejamento e a Fazenda, decorre do aumento de R$ 4,4 bilhões da receita líquida (receita que sobra para o governo federal após os repasses para os governos locais).

Essa alta é explicada pelo aumento de R$ 2 bilhões nas receitas brutas (passando de R$ 2,698 trilhões para R$ 2,700 trilhões) e pela queda de R$ 2,4 bilhões nas transferências para estados e municípios. Assim, a estimativa para a receita líquida, livre dessas transferências, passou de R$ 2,168 trilhões para R$ 2,173 trilhões neste ano.

Do lado das despesas primárias, a previsão de gasto total em 2024 saltou de R$ 2,230 trilhões para R$ 2,241 trilhões. Com as revisões deste relatório, o volume de gastos obrigatórios passou de R$ 2,029 trilhões para R$ 2,043 trilhões, enquanto as despesas discricionárias variaram de R$ 200,4 bilhões para R$ 198,354 bilhões neste ano.

O aumento na estimativa de arrecadação fez o governo reduzir de R$ 32,6 bilhões para R$ 28,3 bilhões a estimativa de déficit primário em 2024. O valor é R$ 400 milhões inferior ao limite mínimo da margem de tolerância para o cumprimento da meta.

Para 2024, o novo arcabouço fiscal estabelece meta de déficit zero, com margem de tolerância de R$ 28,75 bilhões para mais ou para menos. O déficit primário é o resultado negativo das contas do governo sem os juros da dívida pública.

O atual marco fiscal exclui da meta os R$ 29 bilhões em créditos extraordinários para reconstruir o Rio Grande do Sul e os R$ 514 milhões para o combate a incêndios florestais anunciados nesta semana.

'Estamos perfomando bem', diz ministro Fernando Haddad

Após palestra na Universidade de São Paulo (USP) na noite de sexta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a redução no congelamento dos recursos do orçamento deste ano se deveu ao melhor desempenho das contas públicas.

Haddad afirmou ainda que o Ministério da Fazenda tem interagido com o Tribunal de Contas da União (TCU) e está acatando as recomendações do órgão. “Estamos fazendo exatamente aquilo que foi recomendado. Estamos performando bem. Essa que é a verdade”, disse.

“Todo mundo esperava, no começo do ano, um descontrole das contas, o que não aconteceu. Apesar da desoneração, apesar dos lobbies, apesar de tudo isso, nós estamos conseguindo repor aquilo que foi retirado do Orçamento com base nas regras fiscais vigentes”, acrescentou.

Como ocorre em todo processo de elaboração do relatório de avaliação bimestral de despesas e receitas, o governo fixa primeiro o valor que deverá ser congelado e, depois, esse montante é repartido entre as áreas.

Os efeitos macro do bloqueio e contingenciamento serão detalhados na entrevista coletiva desta sexta-feira, 20. Já o detalhamento do impacto por pasta deve ocorrer somente no fim do mês, como de praxe, quando um decreto com o congelamento por área é publicado no Diário Oficial.

“Vamos ver na segunda-feira que as notícias são boas”, adiantou o ministro. “A arrecadação continua vindo em compasso com as perspectivas da receita, as despesas estão acomodadas no teto de gasto, como previsto”, disse Haddad.

Reoneração gradual da folha é a principal responsável pelo aumento das previsões de receita

Ao desmembrar as receitas conforme a fonte, o principal fator de aumento decorreu da incorporação às estimativas das medidas de compensação da desoneração da folha de pagamento, aprovada pelo Congresso na semana passada e sancionada na última segunda-feira (16). Essa lei reforçará os cofres federais em R$ 18,3 bilhões até o fim do ano.

Para bancar a reoneração gradual da folha de pagamento para 17 setores da economia e pequenos municípios até 2027 em vez de reonerar tudo de uma vez, a lei prevê medidas de arrecadação de outras fontes de receita.

Dos R$ 18,3 bilhões, a maior parte, R$ 8 bilhões, virá da transferência ao Tesouro Nacional de depósitos judiciais em processos encerrados. Outros R$ 6,3 bilhões virão de depósitos judiciais e extrajudiciais empoçados na Caixa Econômica Federal; e R$ 4 bilhões, da versão do Desenrola para agências reguladoras.

Segundo Haddad, a equipe econômica não colocou na conta alguns programas aprovados pelo Senado, como o recolhimento de impostos de empresas e pessoas físicas que fizerem a atualização de valores de imóveis, além do uso de dinheiro esquecido em bancos para compensar a desoneração da folha de pagamentos. "Não estamos considerando nada disso", declarou o ministro ontem.

Dividendos de estatais e dólar mais alto ajudam a reforçar o caixa

Existem outros recursos não administrados pela Receita Federal que ajudarão a reforçar o caixa do governo. Há R$ 10,1 bilhões adicionais de dividendos de estatais que pagaram ao Tesouro Nacional mais que o inicialmente projetado (totalizando R$ 68,5 bilhões) e R$ 4,9 bilhões de royalties do petróleo, que vieram do aumento do dólar e da revisão das estimativas de preço do barril (totalizando R$ 123,2 bilhões).

Em contrapartida, o relatório reduziu em R$ 3,5 bilhões a projeção de receitas com a concessão de ferrovias, totalizando R$ 20,7 bilhões.

Ao somar os R$ 18,3 bilhões da reoneração gradual da folha e essas receitas, o total de receitas não administradas pela Receita Federal foi revisado para cima em R$ 30,1 bilhões.

Arrecadação com reintrodução do voto de qualidade no Carf frustra expectativas

Esse montante ajudou a compensar a queda de R$ 25,8 bilhões em recursos administrados diretamente pelo Fisco por causa de adiamentos da publicação de acordos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), órgão administrativo da Receita Federal que julga dívidas de grandes contribuintes.

Originalmente, a equipe econômica previa arrecadar R$ 55,6 bilhões em 2024 com a reintrodução do voto de desempate do governo no Carf (voto de qualidade).

No entanto, o atraso nas publicações das sentenças e dos acordos, por causa de embargos de declarações, em que as partes pedem que dúvidas sejam esclarecidas, adiou a entrada de dinheiro. Agora, o governo prevê apenas R$ 847 milhões de setembro a dezembro.

O relatório também diminuiu em R$ 2,3 bilhões estimativa de arrecadação líquida para a Previdência Social. A previsão de gastos com benefícios previdenciários em 2024 subiu R$ 8,3 bilhões, para R$ 931,4 bilhões.

Já a projeção para os pagamentos de pessoal e encargos sociais caiu em R$ 557,6 milhões, para R$ 373,2 bilhões. Os valores estimados para o pagamento de precatórios e sentenças judiciais caíram R$ 3 milhões, chegando a R$ 35,0 bilhões.

Veja também: A Selic voltou a subir! Como ficam seus investimentos? Uma entrevista com Roberto Padovani, economista-chefe do Banco BV

Planejamento revisou projeções para Selic e dólar em 2024

Os ministérios da Fazenda e do Planejamento atualizaram ontem, ainda, suas projeções para a taxa básica de juros e o câmbio neste ano.

A estimativa para a Selic acumulada no ano passou de 10,64% para 10,76%. Na sua última reunião, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) subiu a taxa básica de juros em 0,25 ponto porcentual, para 10,75% ao ano.

A expectativa para a cotação média do dólar passou de R$ 5,20 para R$ 5,29 em 2024. Já a previsão para o preço médio do barril de petróleo no mercado internacional subiu de US$ 84,43 para US$ 79,57. Finalmente, a estimativa para a alta da massa salarial se manteve em 10,95%.

Na semana passada, a equipe econômica divulgou a nova projeção para o crescimento da economia neste ano, que foi de 2,5% para 3,2%. A projeção oficial para a inflação medida pelo IPCA passou de 3,90% para 4,25%, enquanto a estimativa para o INPC – índice de preços utilizado para a correção do salário mínimo – passou de 3,65% para 4,10%.

*Com informações do Estadão Conteúdo e da Agência Brasil

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
AVIAÇÃO

Para colocar a casa em ordem, Gol (GOLL4) faz acordo de R$ 5,5 bilhões com governo para pagar multas e juros de dívidas com desconto

2 de janeiro de 2025 - 15:15

Mesmo com o acerto, a reestruturação financeira da companhia aérea por meio do procedimento de Chapter 11 permanece necessária

PARA SE PROGRAMAR

Vai dar para emendar folgas em 2025? Confira o calendário oficial de feriados do ano

1 de janeiro de 2025 - 9:15

Mesmo com a possibilidade de dar algumas esticadinhas, muitos feriados serão comemorados no fim de semana

LDO

Todos os vetos do presidente: veja os principais pontos barrados por Lula ao sancionar a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025

31 de dezembro de 2024 - 15:31

LDO sancionada por Lula confirma a meta de resultado primário de zero para 2025 e superávits a partir de 2026

ANDOU…

O compromisso de R$ 11 bilhões da Vale (VALE3): mineradora estabelece as bases para a repactuação das concessões das ferrovias

30 de dezembro de 2024 - 19:38

Os termos da transação resultam no aumento de R$ 1,7 bilhão em provisão referente a concessões ferroviárias, segundo a empresa

LEVANTAMENTO

‘Morte política’ de Bolsonaro e Lula forte em 2026? Veja o que a pesquisa Quaest projeta para a próxima eleição presidencial

12 de dezembro de 2024 - 12:31

Da eleição de 2022 para cá, 84% dos entrevistados não se arrependem do voto, mostrando que a polarização segue forte no país

ESPECIALISTAS CALCULAM

Isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil pode dobrar número de beneficiados, mas correção pela inflação teria impacto ainda maior

8 de dezembro de 2024 - 14:33

Com a proposta atual do governo serão adicionadas mais 10 milhões de pessoas dispensadas da tributação

VAI FICAR MAIS CARO

Mais taxas sobre as blusinhas? Alíquota do ICMS sobe de 17% para 20% em compras internacionais a partir de abril de 2025

6 de dezembro de 2024 - 18:47

A mudança visa ajustar a tributação sobre compras internacionais e equilibrar as condições entre produtos importados e nacionais no cenário do e-commerce

MERCADOS HOJE

Dólar e bolsa na panela de pressão: moeda americana bate R$ 6 na máxima histórica e Ibovespa fecha na casa dos 124 mil pontos com pacote do governo

28 de novembro de 2024 - 12:18

Sem Nova York, investidores brasileiros reagem negativamente à coletiva de Haddad e, em especial, à proposta do governo de ampliar a faixa de isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil

RENDA FIXA EM ALTA

Tesouro IPCA+ volta a oferecer retorno de 7% acima da inflação em meio à disparada dos juros futuros e do dólar

28 de novembro de 2024 - 11:00

A volatilidade vista no mercado que impulsiona os juros futuros e, consequentemente, as taxas dos títulos do Tesouro Direto, é provocada pela divulgação do aguardado pacote de corte de gastos do governo

REUNIÃO GLOBAL

COP29 terminou com saldo bem pior que o esperado; e metas para COP30 no Brasil devem ser ainda mais ambiciosas

25 de novembro de 2024 - 9:02

As medidas adotadas durante a Conferência foram criticadas por entidades que defendem um financiamento público e robusto para combater a emergência climática

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O pacote (fiscal) saiu para entrega: investidores podem sentir alívio com anúncio entre hoje e amanhã; bolsas tentam alta no exterior

25 de novembro de 2024 - 8:13

Lá fora, a Europa opera em alta enquanto os índices futuros de Nova York sobem à espera dos dados de inflação da semana

EM BUSCA DO EQUILÍBRIO FISCAL

Governo bloqueia mais R$ 6 bi do Orçamento e passa a prever déficit maior em 2024, mostra relatório de receitas e despesas

23 de novembro de 2024 - 10:45

Recursos congelados subiram de R$ 13,3 bi para R$ 19,3 bi com aumento da previsão de despesas previdenciárias; veja os destaques do relatório bimestral de receitas e despesas do 5º bimestre

A MARCA DOS 100

ETFs de bitcoin (BTC) ultrapassam US$ 100 bilhões em ativos enquanto criptomoeda flerta com os US$ 100 mil

22 de novembro de 2024 - 18:49

Movimento vem após as opções sobre o popular ETF iShares Bitcoin Trust (IBIT), da BlackRock, começarem a ser negociadas na Nasdaq na terça-feira (19)

SEXTOU COM O RUY

Bolsa caindo à espera do pacote fiscal que nunca chega? Vale a pena manter ações na carteira, mas não qualquer uma

22 de novembro de 2024 - 5:59

As ações brasileiras estão negociando por múltiplos que não víamos há anos. Isso significa que elas estão baratas, e qualquer anúncio de corte de gastos minimamente satisfatório, que reduza um pouco os riscos, os juros e o dólar, deveria fazer a bolsa engatar um forte rali de fim de ano.

PROPINA CRIPTOGRAFADA

Governo da China expulsa ex-chefe do projeto do yuan digital sob alegações de corrupção

21 de novembro de 2024 - 16:15

Yao Qian é acusado de receber subornos em criptomoedas, bens de luxo e propriedades, além de realizar empréstimos ilegais enquanto ocupava cargo público

SUECOS VÃO ÀS COMPRAS

Como um acordo entre o Brasil e a Suécia deve impulsionar as vendas da Embraer (EMBR3)

10 de novembro de 2024 - 14:02

De acordo com a carta de intenções, a FAB irá comprar caças suecos Gripen, enquanto os europeus irão adquirir as aeronaves C-390 Millennium da Embraer

MERCADOS HOJE

Ibovespa segue com a roda presa no fiscal e cai 0,51%, dólar fecha estável a R$ 5,6753; Wall Street comemora pelo 2° dia

7 de novembro de 2024 - 18:15

Por lá, o presidente do BC dos EUA alimenta incertezas sobre a continuidade do ciclo de corte de juros em dezembro. Por aqui, as notícias de um pacote de corte de gastos mais modesto desanima os investidores.

MARATONA DE LEILÕES

Ganhou (n)a Loteria: por R$ 600 milhões e valorização de 130%, governo de São Paulo leiloa loteria estadual

1 de novembro de 2024 - 16:33

Segundo o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), o valor será convertido para a construção de dois novos hospitais, em Birigui e em Itapetininga

DE OLHO NAS REDES

“A esquerda morreu”: o que Lula precisa fazer para se reeleger em 2026 e onde o discurso se perdeu, segundo Felipe Miranda

28 de outubro de 2024 - 14:08

O segundo turno das eleições municipais consolidou o que já vinha sendo desenhado desde antes do primeiro turno: a força da centro-direita no país.  Não dá para esquecer que o resultado das urnas em 2024 é um indicativo de como deve ser a corrida para a presidência em 2026 — e as notícias não são […]

ELEIÇÕES MUNICIPAIS

Eleições Goiânia 2024: Sandro Mabel (União) confirma favoritismo e vence Fred Rodrigues (PL); veja o resultado

27 de outubro de 2024 - 16:54

Apoiado por Ronaldo Caiado, Mabel venceu candidato de Jair Bolsonaro em eleição bem dividida na capital de Goiás

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar