🔴 VOCÊ PODE RECEBER R$ 200 PARA INVESTIR EM ATIVOS DIGITAIS – ENTENDA COMO

Larissa Vitória
Larissa Vitória
É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo portal SpaceMoney e pelo departamento de imprensa do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).
O VEREDITO DO COPOM

Copom eleva a Selic pela primeira vez em mais de dois anos, para 10,75%; Campos Neto e diretores do BC indicam que podem acelerar o aperto nos juros

A alta ocorre a despeito da deflação registrada pelo IPCA de agosto, mas já era antecipada pelo mercado após a deterioração das expectativas para a inflação

Larissa Vitória
Larissa Vitória
18 de setembro de 2024
18:43 - atualizado às 22:15
campos neto selic taxa de juros ações
Imagem: Freepik/Agência Brasil

Dois meses após encerrar o ciclo de cortes nos juros, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) fez o oposto nesta quarta-feira (18) e deu início a um movimento de aperto na taxa Selic.

Em decisão unânime, Roberto Campos Netos, presidente do BC, e seus diretores elevaram os juros em 0,25 ponto percentual, para 10,75% ao ano.

Essa é a primeira vez que o Copom sobe a Selic em mais de dois anos — o último ajuste para cima foi em agosto de 2022. A alta ocorre a despeito da deflação registrada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto, mas já era antecipada pelo mercado após a deterioração das projeções inflacionárias.

Vale relembrar que o Ministério da Fazenda atualizou na semana passada a estimativa para o IPCA em 2024, que passou para 4,25%, e para 3,4% em 2025. Já as projeções do Boletim Focus encontram-se em torno de 4,4% e 4%, respectivamente

Os percentuais ficam acima do centro da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), mas ainda dentro da faixa de tolerância, e consideram, entre outros fatores, os impactos do câmbio mais depreciado nos preços e as tarifas de energia elétrica mais cara com a volta da bandeira vermelha.

Os "vilões" da inflação, na visão do Copom

No comunicado divulgado junto à decisão, o Copom avaliou que há uma "assimetria altista" no balanço do cenário inflacionário e listou três riscos principais:

Leia Também

  • a desancoragem das expectativas por um período mais prolongado;
  • uma resiliência maior do que a projetada na inflação de serviços;
  • e uma conjunção de políticas econômicas externa e interna que tenham impacto nos preços por meio, por exemplo, de uma "taxa de câmbio persistentemente mais depreciada"

O comitê também citou que há riscos de baixa para a inflação, mas apenas dois: uma desaceleração da economia global maior que a esperada e os impactos do aperto monetário sobre os preços. Portanto, para os dirigentes, o quadro atual demanda uma "política monetária mais contracionista".

O tamanho do aperto na Selic

Com esse cenário já traçado desde antes da reunião do Copom, a elevação da Selic hoje não surpreende. A verdadeira dúvida do mercado estava na magnitude do aumento da taxa.

Enquanto boa parte dos analistas apostava em 0,25 ponto percentual, uma parte do mercado defendia um ajuste mais agressivo, de 0,5 ponto percentual.

Na visão de Felipe Guerra, sócio-fundador da Legacy Capital, por exemplo, se o BC adotar uma postura de subir gradualmente a Selic, a inflação vai “explodir” e pode passar dos 7%.

Em entrevista ao Seu Dinheiro, Guerra afirma que subir os juros em um ritmo de 0,25 ponto percentual por reunião será como “enxugar gelo”. Assim, o ciclo de alta de juros pode se estender por até um ano e meio e levar a Selic de volta aos 13,50% ao ano.

No comunicado de hoje, o Copom não deu pistas sobre qual será o ritmo adotado nas próximas reuniões. Mas reiterou o "firme compromisso" com a convergência da inflação à meta e deixou a porta aberta para novos apertos e uma subida mais acelerada dos juros, se necessário.

Os dirigentes indicaram que a magnitude dos ajustes e do final do ciclo dependerá da evolução da dinâmica da inflação, "em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos".

Fed iniciou ciclo de cortes nos EUA

Vale destacar que o início de um novo ciclo de alta da Selic no Brasil ocorre no mesmo dia em que os Estados Unidos cortaram os juros pela primeira vez em quatro anos.

O movimento de corte vinha sendo antecipado pelos participantes do mercado financeiro desde o fim do ano passado.

No entanto, pressões inflacionárias acompanhadas de um mercado de trabalho aquecido levaram o Federal Reserve, o BC dos EUA, a manter ao máximo as taxas nos níveis mais restritivos em mais de duas décadas.

Mas isso mudou hoje, quando o Fed anunciou mais cedo uma redução de 0,50 ponto porcentual na taxa de referência usada para conduzir a política monetária norte-americana.

  • Veja mais: corte de juros nos EUA pode ser ‘gatilho’ para a valorização de um grupo específico de ações; saiba quais

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
ALÍVIO

Fed inicia primeiro ciclo de alívio monetário em 4 anos nos EUA com corte de 0,50 ponto porcentual nos juros

18 de setembro de 2024 - 15:02

O início de um ciclo de corte de juros em 2024 nos EUA vinha sendo antecipado pelos participantes do mercado desde o fim do ano passado

Conteúdo BTG

‘Gatilho’ a ser acionado nesta quarta-feira (18) pode beneficiar este grupo de ações, aponta o BTG Pactual

18 de setembro de 2024 - 14:00

Nos últimos 26 anos, este grupo de ações apresentou valorização superior ao de seus pares em 5 dos 6 ciclos de corte de juros, segundo o BTG

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Qual é a exata distância entre 25 e 50 bps?

18 de setembro de 2024 - 12:18

Em mais uma Super Quarta, os bancos centrais do Brasil e dos EUA anunciam hoje o futuro das taxas básicas de juros

SD Select

Às vésperas do Copom, mercado projeta Selic a 11,25% em 2024; veja como investir nesse cenário

18 de setembro de 2024 - 10:00

Analistas acreditam que alta dos juros pode ser positivo para a Bolsa, mas investidor precisa estar preparado; confira dossiê com recomendações e análises de onde investir

CRIPTOS HOJE

Aqui está o motivo por que os investidores de bitcoin (BTC) esperam pelo melhor no quarto trimestre de 2024

18 de setembro de 2024 - 9:30

A maior criptomoeda do mundo se aproxima do seu melhor trimestre histórico, com uma “tempestade perfeita” se formando à frente

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Dia de uma super decisão: bolsas amanhecem voláteis em meio à espera das decisões sobre juros no Brasil e EUA

18 de setembro de 2024 - 8:17

Enquanto as apostas de um corte maior crescem nos Estados Unidos, por aqui o Banco Central está dividido entre manter ou elevar a Selic

VISÃO DO GESTOR

Inflação vai “explodir” e Selic voltar a 13,50% se Banco Central optar por ajuste gradual, diz Felipe Guerra, da Legacy

18 de setembro de 2024 - 6:13

Responsável pela gestão de R$ 20 bilhões, sócio-fundador da Legacy defende ajuste maior da Selic, mas espera alta de 0,25 ponto pelo Copom hoje

CRYPTO INSIGHTS

Como a decisão de juros do Fed nos EUA pode tirar o bitcoin (BTC) da faixa do “zero a zero” após o halving — e ainda iniciar novo rali das criptomoedas

17 de setembro de 2024 - 17:48

As decisões do Fed sobre os juros impactam diretamente o cenário macroeconômico, que influencia o desempenho dos ativos de risco

SD Select

‘O mundo pode mudar’ a partir da decisão do Fed, afirma estrategista: saiba se o seu patrimônio está preparado para a decisão de juro mais importante dos últimos anos

17 de setembro de 2024 - 14:54

Federal Reserve deve cortar juro depois de 4 anos e definir “um novo paradigma para os mercados”, afirma estrategista-chefe da Empiricus; entenda o que pode mudar

Conteúdo Money Times

Fed, Copom e o ‘cavalo de pau na neblina’: ‘Hiper Quarta’ marca momento de inflexão para o investidor; saiba como agir

17 de setembro de 2024 - 14:00

Money Times, portal parceiro do Seu Dinheiro, prepara dossiê com reportagens, análises e curadoria de conteúdo para auxiliar o investidor após as decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos

CRIPTOS HOJE

Bitcoin (BTC) atinge os US$ 60 mil antes da esperada decisão de juros nos Estados Unidos e lançamento de token de Trump

17 de setembro de 2024 - 11:55

Os juros são entendidos pelo mercado como o “preço do dinheiro”: se estão altos, fica mais difícil captar recursos — e o contrário também vale

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A véspera do dia mais importante do ano: investidores se preparam para a Super Quarta dos bancos centrais

17 de setembro de 2024 - 8:01

Em meio a expectativa de corte de juros nos EUA e alta no Brasil, tubarões do mercado local andam pessimistas com o Ibovespa

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Fed corta os juros? Copom eleva a Selic? Saiba o que esperar de mais uma Super Quarta dos bancos centrais

17 de setembro de 2024 - 7:01

Enquanto o Fed se prepara para iniciar um processo de alívio monetário, Brasil flerta com juros ainda mais altos nos próximos meses

REPORTAGEM ESPECIAL

O que pensam os “tubarões” do mercado que estão pessimistas com a bolsa — e o que pode abrir uma nova janela de alta para o Ibovespa 

17 de setembro de 2024 - 6:04

Após o rali em agosto, grandes gestoras do mercado aproveitaram para mexer nas posições de seus portfólios — e o sentimento negativo com a bolsa brasileira domina novas apostas dos economistas

ESTADOS UNIDOS

BTG eleva projeção para o S&P 500 em 2024 e elege as 20 melhores ações americanas para investir em setembro

16 de setembro de 2024 - 19:50

Apesar das expectativas para o cenário de juros e as eleições nos EUA, o cenário macro para as ações continua forte e com oportunidades

AUMENTA A FACA

Corte de 0,25 p.p. ou 0,50 p.p.? Nada disso: senadores democratas pedem diretamente para o chefe do BC dos EUA que Fed corte juros em 0,75 p.p.

16 de setembro de 2024 - 16:28

As autoridades dos EUA acrescentam que “claramente” chegou a hora de reduzir as taxas, diante da desaceleração dos preços e de dados indicando o arrefecimento do emprego

MERCADOS HOJE

Dólar cai e se aproxima dos R$ 5,50 mesmo com ‘puxadinho’ de Flávio Dino no Orçamento — e a ‘culpa’ é dos EUA

16 de setembro de 2024 - 15:01

Real tira proveito da queda do dólar nos mercados internacionais diante da expectativa de corte de juros pelo Fed

A PREÇO DE…

Ouro nas máximas históricas: tem espaço para mais? Goldman Sachs dá a resposta e diz até onde metal deve ir

16 de setembro de 2024 - 12:20

“Nossos analistas veem uma alta potencial de cerca de 15% nos preços do ouro com o aumento das sanções norte-americanas, igual àquele visto desde 2021”, destaca o relatório

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Não tem como fugir da Super Quarta: bolsas internacionais sentem baixa liquidez com feriados na Ásia e perspectiva de juros em grandes economias

16 de setembro de 2024 - 8:09

Enquanto as decisões monetárias da semana não saem, as bolsas internacionais operam sem um único sinal

ANOTE NO CALENDÁRIO

Agenda econômica: Decisões de juros no Brasil e nos EUA são destaque em “Super Semana” de decisões de política monetária

16 de setembro de 2024 - 6:37

Além das decisões dos juros das principais economias globais, a agenda econômica também aguarda índices de inflação no Reino Unido, Zona do Euro e Japão

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar