🔴 DOSSIÊ DA SUPER QUARTA: ONDE INVESTIR APÓS AS DECISÕES DO COPOM E FED? SAIBA GRATUITAMENTE

Seu Dinheiro
Seu Dinheiro
No Seu Dinheiro você encontra as melhores dicas, notícias e análises de investimentos para a pessoa física. Nossos jornalistas mergulham nos fatos e dizem o que acham que você deve (e não deve) fazer para multiplicar seu patrimônio. E claro, sem nada daquele economês que ninguém mais aguenta.
TEM RESERVA PARA CHUCHU

Campos Neto vai intervir no dólar? O que o presidente do BC disse sobre o câmbio após disparada da moeda a R$ 5,86 — e sobre um novo corte de juros

RCN afirmou que a autoridade monetária trabalha com a expectativa de desaceleração da economia dos Estados Unidos; saiba o que pode vir por aí

Seu Dinheiro
Seu Dinheiro
13 de agosto de 2024
18:15 - atualizado às 15:30
Dia de decisão sobre a Selic renda fixa campos neto
Roberto Campos Neto. presidente do Banco Central - Imagem: Agência Brasil

Os investidores tomaram um susto na semana passada: o temor de recessão nos EUA derrubou as bolsas ao redor do mundo e fez o dólar disparar por aqui — na máxima daquela segunda-feira (5) caótica, a moeda norte-americana bateu em R$ 5,8656

De olho nesse cenário, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta terça-feira (13) que a autoridade monetária tem muitas reservas em dólares e intervirá no mercado de câmbio, se necessário. 

"O Banco Central tem muita reserva, vai fazer a intervenção se precisar", afirmou Campos Neto, respondendo a indagações de um deputado petista durante uma audiência da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara. "Inclusive, o diretor da área de câmbio, Gabriel Galípolo, foi nomeado pelo governo."

Os números mais recentes, do dia 2 de agosto, mostram que o BC dispõe de US$ 366,356 bilhões em reservas internacionais. No fim de 2023, eram US$ 355,034 bilhões.

Campos Neto lembrou que o BC só intervém no mercado de câmbio quando identifica alguma disfuncionalidade, já que o câmbio flutuante serve para absorver choques

Na recente desvalorização aguda do real, ele disse, os diretores debateram e chegaram à conclusão de que não havia razão para interferir, já que a mudança na cotação do real teria sido causada por uma piora na percepção de risco.

Leia Também

Ele lembrou que uma intervenção equivocada no câmbio poderia levar a uma piora de outras variáveis, como a taxa longa de juros.

Depois da disparada do dólar, vem recessão nos EUA, RCN?

Ao falar do dólar, o presidente do Banco Central afirmou também que a autoridade monetária trabalha com a expectativa de desaceleração da economia dos EUA.

Segundo ele, o panorama mudou nos EUA da preocupação com inflação para a desaceleração forte no crescimento. 

"Nós entendemos que é uma preocupação, vamos dizer assim, uma angústia um pouco antecipada e um pouco equivocada. A gente trabalha com o cenário mais provável de desaceleração nos Estados Unidos, de uma forma mais organizada, mas, sim, reconhecendo os riscos que isso pode causar", disse.

Ele acredita que há novos desafios globais, que impactam na volatilidade dos mercados, a começar pela eleição norte-americana

"Quando a gente olha a eleição norte-americana, as campanhas e o que está sendo dito pelos candidatos, a gente tem basicamente um conjunto de políticas que leva a crer que a inflação americana vai ser mais alta", disse.

Campos Neto também lembrou que, hoje, a expectativa dos EUA é de queda de juros.

"A gente vê que tem uma sincronia grande entre países, geralmente quando os EUA começam a ter uma precificação de maior queda, os outros também. No mundo emergente a gente tem o caso do Brasil e da Rússia, uma exceção, onde o mercado precifica alta de juros, e não queda de juros. Então, aqui é uma exceção", disse.

Para ele, se houver uma desaceleração lenta e organizada nos EUA, a desorganização temida pelo mercado não deve ocorrer.

E os juros no Brasil, como ficam?

Sobre a política monetária no Brasil, Campos Neto, avaliou que, se a autoridade monetária baixar a taxa sem condições adequadas, haverá reflexos nos juros futuros e na relação entre o dólar e o real, que ficará mais desvalorizado.

"Quando os juros futuros começam a subir, você começa a gerar um desequilíbrio. No final das contas, o que você tem é um juros futuro mais alto, um câmbio mais valorizado e vai gerando uma situação na qual você começa a ter uma inflação maior também", disse.

Ele ponderou que a inflação cria uma falsa sensação de melhora fiscal, porque a arrecadação é nominal, mas o custo danoso é de longo prazo.

Campos Neto ainda reiterou que reformas que passam a percepção de melhora fiscal abrem espaço para juros menores e repetiu que a impressão de contas públicas desorganizadas dificulta a convergência da inflação.

OS ÚLTIMOS PASSOS DE CAMPOS NETO: SELIC VAI VOLTAR A SUBIR? O QUE ESPERAR AGORA

Inflação: a meta — do governo — a ser perseguida

Campos Neto lembrou ainda que é o governo quem define a meta de inflação e cabe ao BC persegui-la. 

"É importante entender que a gente tenta ter a taxa de juros mais baixa possível, fazendo a inflação convergir para a meta. E, de novo, a meta da inflação não é o Banco Central que decide, é o governo que decide. O governo decide que a meta é 3%, o governo decide a banda, o governo decide que passou a ser contínua. Não é um trabalho do Banco Central. O Banco Central é minoria no CMN. A gente tem uma meta e o que a gente tem é liberdade operacional para atingir a meta. É o que a gente tem feito", defendeu.

Ele ponderou que se o País tivesse uma taxa de juro neutra menor, a Selic sempre seria mais baixa e observou que, ao longo do tempo, o País fez reformas estruturais que se refletiram em juros menores.

"A gente não pode confundir causa e efeito. Se a gente tivesse uma dívida muito baixa, tínhamos juros muito baixos. Como a dívida é alta, e é igual para todos nós, se a nossa dívida é alta, a gente vai no banco e o banco vai cobrar mais juros. A gente não pode inverter a causa e o efeito. Em todos os momentos onde teve planos fiscais críveis, foi exatamente quando o Banco Central foi capaz de derrubar a taxa de juros", disse Campos Neto.

Ele voltou a afirmar que a PEC 65, que amplia a autonomia da autoridade monetária, auxiliaria o BC neste trabalho.

O presidente do BC também fez questão de reiterar que as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) têm sido unânimes, inclusive no entendimento de que não há harmonia monetária sem fiscal: a ancoragem tem de ser dupla. 

"Esse é o primeiro grande teste da autonomia, que tem se mostrado com grande eficiência. A gente vê, por exemplo, nas últimas reuniões do Copom que foram unânimes. Há quatro membros indicados pelo governo que têm votado de forma unânime, que têm entendido que a missão do Banco Central é fazer a inflação convergir para a meta, sempre com estabilidade financeira, atendo também ao mandato secundário de fomento ao emprego", disse Campos Neto.

Esqueça o dólar, os juros e a inflação: a vida de RCN após o BC

Deixando o dólar, os juros e a inflação de lado, RCN voltou a dizer que não tem interesse político para além do seu mandato no comando da autoridade monetária, que acaba no final do ano, e que está tranquilo sobre a condução do seu trabalho e averiguação de patrimônio.

Campos Neto havia sido questionado sobre a evolução do seu patrimônio e inquirido sobre o montante que possuía antes de presidir o BC e quanto tem agora.

"Em relação às outras perguntas, perguntas do âmbito pessoal, honestamente, acho que a gente está aqui para fazer um debate mais construtivo. Tudo que eu tenho já foi examinado pelo Comitê de Ética, já foi apresentado. Todos os relatórios foram apresentados. Estou muito tranquilo. O Comitê de Ética, se quiser olhar de novo, olhe”, afirmou. 

“Tudo que eu fiz ao longo do meu caminho aqui foi para o bem da sociedade, para o bem do governo, foi uma experiência interessante. Não tenho interesse político quando sair daqui, ao contrário do que muitos imaginam. O que é importante para mim é o que o Banco Central fez e quais são as entregas que eu participei", acrescentou.

*Com informações do Estadão Conteúdo

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A véspera do dia mais importante do ano: investidores se preparam para a Super Quarta dos bancos centrais

17 de setembro de 2024 - 8:01

Em meio a expectativa de corte de juros nos EUA e alta no Brasil, tubarões do mercado local andam pessimistas com o Ibovespa

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Fed corta os juros? Copom eleva a Selic? Saiba o que esperar de mais uma Super Quarta dos bancos centrais

17 de setembro de 2024 - 7:01

Enquanto o Fed se prepara para iniciar um processo de alívio monetário, Brasil flerta com juros ainda mais altos nos próximos meses

REPORTAGEM ESPECIAL

O que pensam os “tubarões” do mercado que estão pessimistas com a bolsa — e o que pode abrir uma nova janela de alta para o Ibovespa 

17 de setembro de 2024 - 6:04

Após o rali em agosto, grandes gestoras do mercado aproveitaram para mexer nas posições de seus portfólios — e o sentimento negativo com a bolsa brasileira domina novas apostas dos economistas

ESTADOS UNIDOS

BTG eleva projeção para o S&P 500 em 2024 e elege as 20 melhores ações americanas para investir em setembro

16 de setembro de 2024 - 19:50

Apesar das expectativas para o cenário de juros e as eleições nos EUA, o cenário macro para as ações continua forte e com oportunidades

AUMENTA A FACA

Corte de 0,25 p.p. ou 0,50 p.p.? Nada disso: senadores democratas pedem diretamente para o chefe do BC dos EUA que Fed corte juros em 0,75 p.p.

16 de setembro de 2024 - 16:28

As autoridades dos EUA acrescentam que “claramente” chegou a hora de reduzir as taxas, diante da desaceleração dos preços e de dados indicando o arrefecimento do emprego

MERCADOS HOJE

Dólar cai e se aproxima dos R$ 5,50 mesmo com ‘puxadinho’ de Flávio Dino no Orçamento — e a ‘culpa’ é dos EUA

16 de setembro de 2024 - 15:01

Real tira proveito da queda do dólar nos mercados internacionais diante da expectativa de corte de juros pelo Fed

VOLATILIDADE ATACA

‘Crise de depreciação’ do real tem dois ‘vilões’, segundo o BIS – mas a moeda brasileira não é a única a perder para o dólar

16 de setembro de 2024 - 14:40

O ‘banco central dos bancos centrais’ defende que as incertezas na economia dos Estados Unidos impactaram os ativos financeiros de países emergentes nos últimos meses

A PREÇO DE…

Ouro nas máximas históricas: tem espaço para mais? Goldman Sachs dá a resposta e diz até onde metal deve ir

16 de setembro de 2024 - 12:20

“Nossos analistas veem uma alta potencial de cerca de 15% nos preços do ouro com o aumento das sanções norte-americanas, igual àquele visto desde 2021”, destaca o relatório

REBAIXAMENTO

Perdeu o sabor? Dólar alto e falta de espaço para reajuste de preços levam bancão a rebaixar M.Dias Branco (MDIA3)

16 de setembro de 2024 - 10:08

M.Dias Branco atravessa o pior momento entre as representantes do setor alimentício com capital aberto cobertas pelo JP Morgan

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Não tem como fugir da Super Quarta: bolsas internacionais sentem baixa liquidez com feriados na Ásia e perspectiva de juros em grandes economias

16 de setembro de 2024 - 8:09

Enquanto as decisões monetárias da semana não saem, as bolsas internacionais operam sem um único sinal

ANOTE NO CALENDÁRIO

Agenda econômica: Decisões de juros no Brasil e nos EUA são destaque em “Super Semana” de decisões de política monetária

16 de setembro de 2024 - 6:37

Além das decisões dos juros das principais economias globais, a agenda econômica também aguarda índices de inflação no Reino Unido, Zona do Euro e Japão

MAIS CARO

Fazenda atualiza estimativas e eleva previsão para inflação em 2024; veja quais são os ‘vilões’ do IPCA

13 de setembro de 2024 - 20:00

Segundo o boletim macrofiscal, a expectativa da Fazenda é de que a inflação volte a cair no acumulado em doze meses após outubro

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O tamanho que importa: Ibovespa acompanha prévia do PIB do Brasil, enquanto mercados internacionais elevam expectativas para corte de juros nos EUA

13 de setembro de 2024 - 8:19

O IBC-Br será divulgado às 9h e pode surpreender investidores locais; lá fora, o CME Group registrou aumento nas chances de um alívio maior nas taxas  de juros norte-americanas

VISÃO DO GESTOR

O Ibovespa vai voltar a bater recordes em 2024? Na contramão, gestora com R$ 7 bi em ativos vê escalada da bolsa a 145 mil pontos e dólar a R$ 5,30

13 de setembro de 2024 - 6:11

Ao Seu Dinheiro, os gestores Matheus Tarzia e Mario Schalch revelaram as perspectivas para a bolsa, juros e dólar — e os principais riscos para a economia brasileira

EXPECTATIVA PARA OS JUROS

‘O BC falou muito grosso e, ao meu ver, ajoelhou tem que rezar’: economista diz que Copom não tem escapatória e deve elevar a Selic para 11% ao ano

12 de setembro de 2024 - 19:10

O aumento de 50 pontos serviria para fazer jus a posicionamentos recentes de dirigentes do Banco Central

SOBE E DESCE

Itaú revisa projeção para Selic e agora vê juros a 12% em janeiro de 2025, mas espera dólar (um pouco) mais barato

12 de setembro de 2024 - 12:26

Relatório do banco aponta ciclo de alta da Selic até atingir certa desaceleração da economia, podendo voltar a cair no final do ano que vem

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Disclaimer nas bolsas: Wall Street ganha uma ajudinha da inteligência artificial, enquanto mercado aguarda corte de juros na Europa

12 de setembro de 2024 - 8:10

Durante o pregão regular de ontem (11), a Nvidia, joia da coroa do setor, chegou a saltar mais de 8% e animou os índices internacionais nesta quinta-feira

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: A afirmação seguinte é verdadeira, e a anterior é falsa

11 de setembro de 2024 - 20:00

No início da semana, o Focus – que andava dormente em relação à Selic – trouxe um salto repentino de 10,50% para 11,25% ao final de 2024

REAÇÃO

‘Efeito Kamala’ faz bitcoin (BTC) cair após debate com Donald Trump, mas dado de inflação salva criptomoedas hoje

11 de setembro de 2024 - 14:45

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos avançou 0,2% em agosto, em linha com as previsões

ELEIÇÕES NOS EUA

Kamala Harris domina debate, e Donald Trump demonstra pouco preparo, afirma analista Nate Silver – mas ele ainda enxerga disputa acirrada pela Casa Branca

11 de setembro de 2024 - 14:12

O bom desempenho de Kamala Harris durante o debate contra Donald Trump abre oportunidades para novos eventos. Democratas ainda enfrentam obstáculos na corrida eleitoral pela presidência dos EUA

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar