Campos Neto em Londres: PIX por aproximação, crítica à moeda dos Brics e necessidade de choque fiscal positivo; veja o que disse o presidente do Banco Central
Em evento, o presidente do Banco Central aborda também a queda de produtividade mundial, open finance e o avanço dos meios de pagamento instantâneo; veja os destaques
A poucos meses de deixar a presidência do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto tem participado de diversos eventos. Desta vez, o dirigente foi para Londres participar de evento organizado pelo LIDE (Grupo de Líderes Empresariais).
O presidente do BC falou sobre o cenário dos juros no Brasil, sobre novidades no PIX e também sobre os projetos de moeda comum para o Brics e para a América Latina.
Campos Neto também abordou a queda de produtividade na maioria dos países. Ele defendeu que reformas econômicas de oferta seriam a solução ideal para superar três problemas: envelhecimento da população, pagamento dos custos da pandemia e alto endividamento global.
Não dá para baixar a Selic se não ajustar a política fiscal? É o que pensa Campos Neto
Falando mais sobre a política monetária brasileira, Campos Neto afirmou que é muito difícil trabalhar com um nível de juro mais baixo, sem que haja um choque positivo vindo da política fiscal.
O presidente do BC relembrou que, desde a implementação do Plano Real, todas as vezes que foi possível baixar os juros foram acompanhadas de um choque fiscal "positivo", como quando houve aprovação da regra do teto de gastos no governo Michel Temer.
"Quando metas físicas foram mudadas começou a desancoragem nessa parte fiscal", frisou o banqueiro central.
Leia Também
Em relação à situação atual do Brasil, Campos Neto pontuou que a inflação parou de convergir no curto prazo e que as expectativas à frente estão desancoradas, o que tem preocupado o BC. "Porque o modelo de metas é baseado em expectativas", reforçou.
Ele também relembrou que o Brasil é o único país do mundo que tem precificação de alta dos juros na curva. Enquanto isso, grande parte do mundo tem ciclos de afrouxamento monetário precificados. "O Brasil também foi o primeiro a subir os juros, depois foi um dos primeiros a começar a queda também", afirmou.
Campos Neto apontou ainda que o nível da dívida bruta do Brasil é hoje o mais alto entre os países emergentes e que, por diferentes métricas, o País tem também um dos níveis mais altos de juro real.
"Mas quando a gente pega a parte de primário, que é o esforço que o governo está fazendo, vamos dizer, no momento corrente, o Brasil não é muito diferente dos outros países", acrescentou.
Inovação do Banco Central: PIX por aproximação e open finance
Durante o evento, o presidente do BC também disse que, a partir da semana que vem, será possível fazer pagamentos com Pix por aproximação a partir do aplicativo "Wallet", do Google.
"Do mesmo jeito que você tem hoje no Wallet do Google seus cartões de crédito, você vai começar a poder fazer isso com o Pix a partir da semana que vem", detalhou.
Campos Neto pontuou ainda que o sistema open finance do Brasil é "o mais aberto do mundo", o que avançou mais rapidamente e oferta o maior número de serviços aos usuários hoje.
Ainda sobre a agenda de inovação do BC, o banqueiro central disse que mantém a expectativa de que o Superapp que irá reunir funcionalidades do open finance seja lançado até o ano que vem.
Moedas comuns: “A gente não precisa de nada disso”, diz Campos Neto
Campos Neto se mostrou contra a criação de moedas comuns, seja para os países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) ou para a América Latina, dizendo que “a gente não precisa nada disso.”
Para o presidente, o avanço dos métodos de pagamentos instantâneos ao redor do mundo já “resolve” essa problemática.
"Se a gente imaginar que todos os países vão ter um sistema de pagamento instantâneo de clientes, e se a gente conseguir conectar o sistema de pagamento de forma instantânea, não tem mais relevância esse debate de blocos de moeda", afirmou.
* Com informações do Estadão Conteúdo.
A primeira Super Quarta de 2025: Brasil e EUA em rotas divergentes
Lá, o Federal Reserve deve manter os juros inalterados até maio pelo menos; por aqui, a Selic está contratada para subir 1 ponto
Felipe Miranda: Erro de diagnóstico
A essência do problema da conjuntura brasileira reside na desobediência às sinalizações do sistema de preços, que é um dos pilares do bom funcionamento do capitalismo
Avaliação negativa sobre Lula aumenta e polêmica com Pix ainda pressiona o governo – mas não é único motivo para desaprovação, indica pesquisa Genial/Quaest
Aprovação do presidente Lula diminui e maiores quedas são vistas na base eleitoral do governo – além de que tentativas de reverter o cenário têm sido mal avaliadas pela população
A semana vai pegar fogo: Maré vermelha nas bolsas emperra largada do Ibovespa em semana de Copom e Fed
Do Nasdaq Futuro às criptomoedas, investidores reagem mal a avanços anunciados por empresas chinesas no campo da inteligência artificial
IPCA-15 desacelera e retorna à margem de tolerância da meta de inflação, mas um detalhe preocupa mais do que os preços dos alimentos
Prévia da inflação oficial desacelerou a +0,11% na passagem de dezembro para janeiro e a +4,50% no acumulado em 12 meses; no entanto, resultado do IPCA-15 ficou acima das projeções dos analistas
Não se esqueça: Ibovespa tenta reação em dia de IPCA-15 e reunião ministerial para discutir inflação dos alimentos
IBGE divulga hoje a prévia da inflação de janeiro; em Brasília, Lula reúne ministros para discutir alta dos preços dos alimentos
Se cuida, Powell: Trump coloca o Fed na panela de pressão e fala pela primeira vez de inflação e juros depois da posse
Mercado reajusta posição sobre o corte de juros neste ano após as declarações do republicano no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça; reunião do Fomc está marcada para a semana que vem
Todo vazio será ocupado: Ibovespa busca recuperação em meio a queda do dólar com Trump preenchendo o vácuo de agenda em Davos
Presidente dos Estados Unidos vai participar do Fórum Econômico Mundial via teleconferência nesta quinta-feira
Rodolfo Amstalden: A alegria de um banqueiro central seria o silêncio
Estamos nos aproximando da perigosa zona de dominância fiscal; ninguém sabe onde fica a fronteira exatamente, mas, marchando à frente de olhos vendados, são crescentes as chances de nos enroscarmos em uma cerca de arame farpado
Quando o sonho acaba: Ibovespa fica a reboque de Wall Street em dia de agenda fraca
Investidores monitoram Fórum Econômico Mundial, decisões de Donald Trump e temporada de balanços nos EUA e na Europa
Deixando R$ 100 mil na mesa: abrir mão da liquidez diária na renda fixa conservadora pode render até 40% a mais no longo prazo
Simulação do banco Inter com CDBs mostra quanto é possível ganhar a mais, no longo prazo, ao se optar por ativos sem liquidez imediata, ainda que de prazos curtos
O fim do ‘sonho grande’ da Cosan (CSAN3): o futuro da empresa após o fracasso do investimento na Vale e com a Selic em 15%
A holding de Rubens Ometto ainda enfrenta desafios significativos mesmo após zerar a participação na Vale. Entenda quais são as perspectivas para as finanças e as ações CSAN3 neste ano
Golpes por Pix: perdas financeiras no Brasil devem chegar a R$ 11 bilhões em 2028, segundo estudo; confira 10 dicas para se proteger
Projeções apontam que os Estados Unidos devem liderar ranking global de golpes, com R$ 12,46 bilhões em perdas financeiras por meios de pagamento instantâneos
Metralhadora giratória: Ibovespa reage às primeiras medidas de Trump com volta do pregão em Nova York
Investidores ainda tentam mensurar os efeitos do retorno de Trump à Casa Branca agora que a retórica começa a se converter em ações práticas
O Bradesco (BBDC4) vai atravessar a correnteza? Para o BTG, recuperação será um processo demorado. Saiba se vale a pena comprar a ação agora
Em meio ao aumento da Selic, os analistas esperam um posicionamento ainda mais cauteloso do Bradesco, com a desaceleração do crescimento dos empréstimos em 2025
Donald Trump 2T1E: Ibovespa começa semana repercutindo troca de governo nos EUA; BC intervém no dólar pela primeira vez em 2025
Enquanto mercados reagem à posse de Trump, Banco Central vende US$ 2 bilhões em dois leilões de linha programados para hoje
Trump 2.0 será “imparável em uma extensão que nunca vimos antes”, diz presidente da Eurasia
O republicano toma posse nesta segunda-feira (20). O Seu Dinheiro conversou com o cientista político e presidente da Eurasia, Ian Bremmer, sobre essa volta à Casa Branca, e ele deu pistas do que vem por aí.
A polêmica continua: 67% da população acredita que Pix ainda pode ser taxado – e a culpa da confusão é do governo, indica pesquisa Quaest
De acordo com o diretor da Quaest, a confusão sobre taxação do Pix gerou desconfiança da população em relação ao governo
Entre a paciência e a ansiedade: Ibovespa se prepara para posse de Trump enquanto investidores reagem a PIB da China
Bolsas internacionais amanhecem em leve alta depois de resultado melhor que o esperado da economia chinesa no quarto trimestre de 2024
Após revogar norma sobre o Pix, governo tenta desfazer confusão sobre “taxação”: cobrança adicional de taxa por transação está proibida; entenda
Segundo medida provisória, governo considera cobrança adicional como prática abusiva e infrator pode ser punido