Colecionador de desafetos: alto escalão do governo retoma pressão sobre Campos Neto
Sinalização do Copom na última reunião de juros deixou os investidores desconfiados e levou membros do governo a criticarem Campos Neto (de novo)
As críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao chefe do Banco Central, Roberto Campos Neto, são públicas e notórias e datam de antes de sua vitória nas eleições de 2022.
O motivo é o elevado nível da taxa básica de juros no Brasil.
Na sexta-feira (22), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, engrossaram o coro de Lula na campanha para reduzir a taxa Selic mais rapidamente.
Enquanto Haddad dava entrevista em São Paulo, após a divulgação em Brasília do relatório bimestral de despesas e receitas, Alckmin - que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços - participava de inauguração de um centro de inovação no Rio.
Mas o discurso foi o mesmo: o Banco Central (BC) precisa aumentar a velocidade do corte da Selic.
- Receba matérias especiais do Seu Dinheiro + recomendações de investimentos diretamente em seu WhatsApp. É só clicar aqui e entrar na In$ights, comunidade gratuita.
O que Campos Neto sinalizou na última reunião do Copom
No último comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgado na quarta-feira, 20, a autoridade monetária sinalizou a possibilidade de mudar o atual ritmo de corte dos juros, ao referendar uma nova redução de 0,5 ponto porcentual apenas para a reunião de maio.
Apesar disso, o ministro Fernando Haddad se disse "otimista" em relação à possibilidade de continuidade nos cortes da Selic, ainda que o comunicado do BC não tenha se comprometido com o atual ritmo.
Leia Também
O BC fez cortes de 0,50 ponto porcentual nas últimas seis reuniões. Com isso, a taxa básica de juros atualmente encontra-se em 10,75% ao ano.
"Eu acredito que ele (Banco Central) resolveu aguardar junho para tomar uma decisão", disse Haddad, ao ser questionado sobre o comunicado mais recente do Copom.
Haddad se diz otimista
"Ele não falou que vai aumentar para 0,75 (ponto porcentual), nem que vai manter meio ponto, nem diminuir para 0,25 (ponto porcentual). Eu vou tirar o plural para ter liberdade de tomar decisão à luz do que estiver acontecendo no mundo. E eu sou otimista com relação ao que estará acontecendo no mundo até lá", disse o ministro.
Ao citar o termo "plural", ele se refere ao fato de o comunicado do Copom mencionar que deve realizar outro corte de 0,50 ponto porcentual na próxima reunião (em maio), mas sem deixar claro que os cortes continuarão na mesma proporção nas reuniões seguintes.
Haddad repetiu que espera em meados deste ano o início de um ciclo de cortes de juros nos Estados Unidos e na Zona do Euro, e que este cenário é baseado tanto no que o próprio mercado prevê quanto em conversas com as autoridades monetárias dessas regiões.
"Se isso acontecer, desanuvia o ambiente econômico internacional. Como a nossa inflação está mais bem comportada do que a de nossos pares e até que a de alguns países desenvolvidos, não vejo razão para este ciclo não continuar", afirmou.
Alckmin também pressionou Campos Neto
No Rio, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, afirmou que "o juro alto é uma das piores coisas que temos para a economia". Ele ressaltou que o ritmo de queda da taxa deveria ser mais acelerado.
"O juro ainda é alto, mas está em queda, caindo 0,5 ponto porcentual em cada encontro. Deveria ser mais rápido."
"Estamos começando um novo ano com um quadro interessante", disse, frisando a queda do risco país, do câmbio, do desemprego e da inflação, além do avanço do PIB.
"O câmbio - de R$ 5 a R$ 4,90 - está variando pouco e está competitivo, ajuda exportação e turismo."
A importância da reforma tributária
O vice-presidente afirmou ainda que, conforme um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em 15 anos, a reforma tributária pode fazer o Produto Interno Bruto (PIB) crescer 12% porque traz eficiência econômica. "A reforma fiscal desonera investimento e exportação."
Alckmin participou ontem da inauguração do Cápsula, Centro de Inovação Senac RJ, no centro do Rio.
O local oferecerá laboratórios, estúdios, espaços para prototipagem de serviços, áreas de uso compartilhado para coworking, salas multiuso e para cursos de extensão, auditório e espaços de eventos.
O presidente da Fecomercio-RJ, Antonio de Queiroz Junior, declarou que o Brasil sofre de desemprego estrutural, com vagas abertas e sem profissionais capacitados para ocupar os postos abertos.
*Com informações do Estadão Conteúdo.
Polícia Federal: general preso imprimiu plano de execução de autoridades no Palácio do Planalto
PF divulgou que o general reformado Mário Fernandes deu o nome de Planejamento ao arquivo impresso
O que se sabe até agora sobre o complô dos ‘Kids Pretos’ para matar Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes — e que teria a participação do vice de Bolsonaro
A ideia de envenenamento, de acordo com o plano do general, considerava a vulnerabilidade de saúde e a ida frequente de Lula a hospitais
É hora de taxar os super-ricos? G20 faz uma proposta vaga, enquanto Lula propõe alíquota que poderia gerar US$ 250 bilhões por ano no mundo
Na Cúpula do G20, presidente Lula reforça as críticas ao sistema tributário e propôs um número exato de alíquota para taxar as pessoas mais ricas do mundo
Acaba logo, pô! Ibovespa aguarda o fim da cúpula do G20 para conhecer detalhes do pacote fiscal do governo
Detalhes do pacote já estão definidos, mas divulgação foi postergada para não rivalizar com as atenções à cúpula do G20 no Rio
Felipe Miranda: O Brasil (ainda não) voltou — mas isso vai acontecer
Depois de anos alijados do interesse da comunidade internacional, voltamos a ser destaque na imprensa especializada. Para o lado negativo, claro
O primeiro dia do G20 no Rio: Biden, Xi e Lula falam de pobreza, fome e mudanças climáticas à sombra de Trump
As incertezas sobre a política dos EUA deixaram marcas nos primeiros debates do G20; avanços em acordos internacionais também são temas dos encontros
O tamanho do corte que o mercado espera para “acalmar” bolsa, dólar e juros — e por que arcabouço se tornou insustentável
Enquanto a bolsa acumula queda de 2,33% no mês, a moeda norte-americana sobe 1,61% no mesmo intervalo de tempo, e as taxas de depósito interbancário (DIs) avançam
O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil
Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias
Agenda econômica: balanço da Nvidia (NVDC34) e reunião do CMN são destaques em semana com feriado no Brasil
A agenda econômica também conta com divulgação da balança comercial na Zona do Euro e no Japão; confira o que mexe com os mercados nos próximos dias
No G20 Social, Lula defende que governos rompam “dissonância” entre as vozes do mercado e das ruas e pede a países ricos que financiem preservação ambiental
Comentários de Lula foram feitos no encerramento do G20 Social, derivação do evento criada pelo governo brasileiro e que antecede reunião de cúpula
Milei muda de posição na última hora e tenta travar debate sobre taxação de super-ricos no G20
Depois de bloquear discussões sobre igualdade de gênero e agenda da ONU, Milei agora se insurge contra principal iniciativa de Lula no G20
Nova York naufragou: ações que navegavam na vitória de Trump afundam e bolsas terminam com fortes perdas — Tesla (TSLA34) se salva
Europa também fechou a sexta-feira (15) com perdas, enquanto as bolsas na Ásia terminaram a última sessão da semana sem uma direção comum, com dados da China e do Japão no radar dos investidores
A arte de negociar: Ação desta microcap pode subir na B3 após balanço forte no 3T24 — e a maior parte dos investidores não tem ela na mira
Há uma empresa fora do radar do mercado com potencial de proporcionar uma boa valorização para as ações
Está com pressa por quê? O recado do chefão do BC dos EUA sobre os juros que desanimou o mercado
As bolsas em Nova York aceleraram as perdas e, por aqui, o Ibovespa chegou a inverter o sinal e operar no vermelho depois das declarações de Jerome Powell; veja o que ele disse
A escalada sem fim da Selic: Campos Neto deixa pulga atrás da orelha sobre patamar dos juros; saiba tudo o que pensa o presidente do BC sobre esse e outros temas
As primeiras declarações públicas de RCN depois da divulgação da ata do Copom, na última terça-feira (12), dialogam com o teor do comunicado e do próprio resumo da reunião
Um passeio no Hotel California: Ibovespa tenta escapar do pesadelo após notícia sobre tamanho do pacote fiscal de Haddad
Mercado repercute pacote fiscal maior que o esperado enquanto mundo político reage a atentado suicida em Brasília
Você precisa fazer alguma coisa? Ibovespa acumula queda de 1,5% em novembro enquanto mercado aguarda números da inflação nos EUA
Enquanto Ibovespa tenta sair do vermelho, Banco Central programa leilão de linha para segurar a alta do dólar
Voltado para a aposentadoria, Tesouro RendA+ chega a cair 30% em 2024; investidor deve fazer algo a respeito?
Quem comprou esses títulos públicos no Tesouro Direto pode até estar pensando no longo prazo, mas deve estar incomodado com o desempenho vermelho da carteira
Lula ainda vence a direita? Pesquisa CNT/MDA mostra se o petista saiu arranhado das eleições municipais ou se ainda tem lenha para queimar
Enquanto isso, a direita disputa o espólio de Bolsonaro com três figuras de peso: Tarcísio de Freitas, Michelle Bolsonaro e Pablo Marçal
Quantidade ou qualidade? Ibovespa repercute ata do Copom e mais balanços enquanto aguarda pacote fiscal
Além da expectativa em relação ao pacote fiscal, investidores estão de olho na pausa do rali do Trump trade