Agenda econômica: Semana pré-Natal tem dado crucial de inflação nos EUA e decisão de juros do Fed; ata do Copom e Boletim Focus são destaque por aqui
Na quarta-feira, o banco central norte-americano anuncia a última decisão do ano, que virá acompanhada da tradicional coletiva de imprensa de Jerome Powell

A semana que se inicia promete agitar os mercados. Se, por um lado, a proximidade da pausa de fim de ano tende a trazer volatilidade às bolsas internacionais, do outro, a agenda econômica dos próximos dias promete não deixar as coisas monótonas, tanto aqui quanto lá fora.
O foco estará na inflação dos Estados Unidos, medida pelo índice de preços para gastos pessoais (PCE, na sigla em inglês) — a medida preferida do Federal Reserve (Fed) para a inflação. O dado será divulgado pouco antes da última reunião de política monetária do banco central norte-americano.
Por aqui, a ata da mais recente reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e o Boletim Focus devem chamar atenção nos próximos dias. Isso porque o Banco Central elevou os juros em 100 pontos-base em seu último encontro, elevando a Selic para 12,25% ao ano, e deixou mais dois aumentos do mesmo calibre já contratados até março de 2025.
O aperto monetário por aqui pode se refletir nas expectativas do mercado financeiro na publicação do Boletim Focus, ainda que o documento seja publicado na segunda-feira (16) e a ata apenas na terça-feira (17).
Agenda econômica aqui e lá fora
Na segunda-feira está prevista a divulgação do índice dos gerentes de compras (PMI) composto de vários países, entre eles Alemanha e Reino Unido, além da Zona do Euro. O indicador serve para medir o desempenho dos setores de serviço e industrial.
Já na terça-feira serão publicados os dados de vendas no varejo e produção industrial de novembro dos Estados Unidos. No mesmo dia, o Japão também apresenta os números da balança comercial.
Leia Também
Na quarta-feira, a atenção se volta para a decisão de política monetária do Fed, acompanhada pela tradicional coletiva de imprensa do presidente da instituição, Jerome Powell. A Zona do Euro e o Reino Unido divulgam o índice de preços ao consumidor (CPI, em inglês).
Na quinta-feira é a vez de o Banco do Japão anunciar a decisão sobre os juros, enquanto o Brasil apresenta o Relatório Trimestral de Inflação — essencial para prever os próximos passos da política econômica brasileira. Nos Estados Unidos, a terceira leitura do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre será divulgada, trazendo mais dados sobre a força da maior economia do mundo.
Por fim, na sexta-feira, o PCE dos EUA e outros indicadores, como a confiança do consumidor no Brasil, serão importantes para avaliar a trajetória da inflação e o impacto das políticas monetárias sobre a economia global a partir do próximo ano.
Veja a agenda desta semana. Todos os horários são de Brasília:
Segunda-feira (16)
Hora | País | Indicador Econômico |
05h15 | Zona do Euro | Discurso de Christine Lagarde, Presidente do BCE |
05h30 | Alemanha | PMI Composto, industrial e de serviços em dezembro |
06h00 | Zona do Euro | PMI Composto, industrial e de serviços em dezembro |
06h30 | Reino Unido | PMI Composto, industrial e de serviços em dezembro |
08h25 | Brasil | Boletim Focus |
11h45 | Estados Unidos | PMI Industrial (Dez) |
16h00 | Argentina | PIB da Argentina (Anual) |
Terça-feira (17)
Hora | País | Evento |
04h00 | Reino Unido | Taxa de Desemprego |
07h00 | Alemanha | Índice ZEW de percepção econômica em dezembro |
07h00 | Zona do Euro | Balança Comercial de outubro |
08h00 | Brasil | Ata do Copom |
10h30 | Estados Unidos | Vendas no varejo em novembro |
11h15 | Estados Unidos | Produção industrial em novembro |
18h30 | Estados Unidos | Estoques de Petróleo Bruto Semanal API |
20h50 | Japão | Balança Comercial (Nov) |
Quarta-feira (18)
Hora | País | Evento |
04h00 | Reino Unido | Índice de preços ao consumidor (CPI, em inglês) em novembro |
04h00 | Reino Unido | Índice de preços ao produtor (PPI, em inglês) em novembro |
07h00 | Zona do Euro | Índice de preços ao consumidor (CPI, em inglês) em novembro |
14h30 | Brasil | Fluxo cambial estrangeiro |
16h00 | Estados Unidos | Decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed) |
16h30 | Estados Unidos | Coletiva de imprensa de Jerome Powell, presidente do Fed |
23h30 | Japão | Declaração de Política Monetária do BoJ |
Quinta-feira (19)
Hora | País | Evento |
00h00 | Japão | Decisão da taxa de juros |
03h30 | Japão | Coletiva de imprensa do Banco do Japão (BoJ) |
07h00 | Zona do Euro | Cúpula de líderes da União Europeia |
08h00 | Brasil | Relatório Trimestral de Inflação |
09h00 | Reino Unido | Decisão sobre a taxa de juros |
10h30 | Estados Unidos | Pedidos de auxílio-desemprego |
10h30 | Estados Unidos | PIB do terceiro trimestre dos EUA |
20h30 | Japão | Índice de preços ao consumidor (CPI, em inglês) em novembro |
22h00 | China | Taxa Preferencial de Empréstimo do BPC em dezembro |
Sexta-feira (20)
Hora | País | Evento |
04h00 | Reino Unido | Vendas no varejo em novembro |
04h00 | Zona do Euro | Índice de preços ao produtor (PPI, em inglês) em novembro |
08h00 | Brasil | Confiança do Consumidor FGV em dezembro |
10h30 | Estados Unidos | Índice de preços para gastos pessoais (PCE, em inglês) de novembro |
10h30 | Brasil | Receita Tributária Federal em novembro |
12h00 | Zona do Euro | Confiança do consumidor em dezembro |
17h00 | Argentina | Balanço Orçamentário em novembro |
*Este texto contou com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial
Nova York em queda livre: o dado que provoca estrago nas bolsas e faz o dólar valer mais antes das temidas tarifas de Trump
Por aqui, o Ibovespa operou com queda superior a 1% no início da tarde desta sexta-feira (28), enquanto o dólar teve valorização moderada em relação ao real
Nem tudo é verdade: Ibovespa reage a balanços e dados de emprego em dia de PCE nos EUA
O PCE, como é conhecido o índice de gastos com consumo pessoal nos EUA, é o dado de inflação preferido do Fed para pautar sua política monetária
Esporte radical na bolsa: Ibovespa sobe em dia de IPCA-15, relatório do Banco Central e coletiva de Galípolo
Galípolo concederá entrevista coletiva no fim da manhã, depois da apresentação do Relatório de Política Monetária do BC
Ato falho relevante: Ibovespa tenta manter tom positivo em meio a incertezas com tarifas ‘recíprocas’ de Trump
Na véspera, teor da ata do Copom animou os investidores brasileiros, que fizeram a bolsa subir e o dólar cair
Selic em 14,25% ao ano é ‘fichinha’? EQI vê juros em até 15,25% e oportunidade de lucro de até 18% ao ano; entenda
Enquanto a Selic pode chegar até 15,25% ao ano segundo analistas, investidores atentos já estão aproveitando oportunidades de ganhos de até 18% ao ano
Sem sinal de leniência: Copom de Galípolo mantém tom duro na ata, anima a bolsa e enfraquece o dólar
Copom reitera compromisso com a convergência da inflação para a meta e adverte que os juros podem ficar mais altos por mais tempo
Cuidado com a cabeça: Ibovespa tenta recuperação enquanto investidores repercutem ata do Copom
Ibovespa caiu 0,77% na segunda-feira, mas acumula alta de quase 7% no que vai de março diante das perspectivas para os juros
Inocentes ou culpados? Governo gasta e Banco Central corre atrás enquanto o mercado olha para o (fim da alta dos juros e trade eleitoral no) horizonte
Iminência do fim do ciclo de alta dos juros e fluxo global favorecem, posicionamento técnico ajuda, mas ruídos fiscais e políticos impõem teto a qualquer eventual rali
Felipe Miranda: Dedo no gatilho
Não dá pra saber exatamente quando vai se dar o movimento. O que temos de informação neste momento é que há uma enorme demanda reprimida por Brasil. E essa talvez seja uma informação suficiente.
Eles perderam a fofura? Ibovespa luta contra agenda movimentada para continuar renovando as máximas do ano
Ata do Copom, balanços e prévia da inflação disputam espaço com números sobre a economia dos EUA nos próximos dias
Agenda econômica: Ata do Copom, IPCA-15 e PIB nos EUA e Reino Unido dividem espaço com reta final da temporada de balanços no Brasil
Semana pós-Super Quarta mantém investidores em alerta com indicadores-chave, como a Reunião do CMN, o Relatório Trimestral de Inflação do BC e o IGP-M de março
Juros nas alturas têm data para acabar, prevê economista-chefe do BMG. O que esperar do fim do ciclo de alta da Selic?
Para Flávio Serrano, o Banco Central deve absorver informações que gerarão confiança em relação à desaceleração da atividade, que deve resultar em um arrefecimento da inflação nos próximos meses
Co-CEO da Cyrela (CYRE3) sem ânimo para o Brasil no longo prazo, mas aposta na grade de lançamentos. ‘Um dia está fácil, outro está difícil’
O empresário Raphael Horn afirma que as compras de terrenos continuarão acontecendo, sempre com análises caso a caso
Não fique aí esperando: Agenda fraca deixa Ibovespa a reboque do exterior e da temporada de balanços
Ibovespa interrompeu na quinta-feira uma sequência de seis pregões em alta; movimento é visto como correção
Deixou no chinelo: Selic está perto de 15%, mas essa carteira já rendeu mais em três meses
Isso não quer dizer que você deveria vender todos os seus títulos de renda fixa para comprar bolsa neste momento, não se trata de tudo ou nada — é até saudável que você tenha as duas classes na carteira
Warren Buffett enriquece US$ 22,5 bilhões em 2025 e ultrapassa Bill Gates — estratégia conservadora se prova vencedora
Momento de incerteza favorece ativos priorizados pela Berkshire Hathaway, levando a um crescimento acima da média da fortuna de Buffett, segundo a Bloomberg
Ainda sobe antes de cair: Ibovespa tenta emplacar mais uma alta após decisões do Fed e do Copom
Copom elevou os juros por aqui e Fed manteve a taxa básica inalterada nos EUA durante a Super Quarta dos bancos centrais
Rodolfo Amstalden: As expectativas de conflação estão desancoradas
A principal dificuldade epistemológica de se tentar adiantar os próximos passos do mercado financeiro não se limita à já (quase impossível) tarefa de adivinhar o que está por vir
Renda fixa mais rentável: com Selic a 14,25%, veja quanto rendem R$ 100 mil na poupança, em Tesouro Selic, CDB e LCI
Conforme já sinalizado, Copom aumentou a taxa básica em mais 1,00 ponto percentual nesta quarta (19), elevando ainda mais o retorno das aplicações pós-fixadas
Copom não surpreende, eleva a Selic para 14,25% e sinaliza mais um aumento em maio
Decisão foi unânime e elevou os juros para o maior patamar em nove anos. Em comunicado duro, o comitê não sinalizou a trajetória da taxa para os próximos meses