A Selic não vai parar mais de subir? Campos Neto fala sobre o futuro dos juros no Brasil para a TV americana
RCN também comentou sobre a independência do Banco Central, ciclo político e da economia dos EUA; confira os principais pontos
O céu é o limite para a taxa de juros no Brasil? Segundo o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, quem vai determinar esse teto para a Selic é a inflação — e a autoridade monetária não medirá esforços para cumprir a meta para os preços.
"O mercado de trabalho estava muito apertado, nós começamos a ver um hiato do produto no campo positivo e, além disso, tanto as expectativas de inflação, como as projeções de inflação, começaram a desancorar", disse Campos Neto. "Então, achamos que é apropriado começar a endereçar essa questão neste momento."
Em entrevista para a rede de televisão norte-americana CNBC, RCN lembrou que o Brasil está em um ciclo de política monetária diferente do restante do mundo, tendo sido tanto o primeiro país a reduzir os juros, durante a pandemia, como o primeiro a voltar a elevar as taxas.
Para ele, a memória de inflação descontrolada no País torna importante reforçar o compromisso do BC com a meta.
Campos Neto disse, ainda, que os ciclos de política monetária do Brasil normalmente terminam com uma taxa Selic menor.
- A carteira de investimentos ideal existe? BTG Pactual quer ajudar investidores a montar carteira personalizada para diferentes estratégias; saiba mais
Além dos juros, a independência do BC
Durante a entrevista, o presidente do Banco Central voltou a defender a importância da independência da autoridade monetária, afirmando que dissociar o ciclo de política monetária do ciclo político fortalece a credibilidade das instituições.
Leia Também
"Quando você tem mais credibilidade, você tem menos prêmio de risco na curva de juros e você tem menos risco associado ao país. E, quando você tem isso, todas as outras políticas funcionam melhor", afirmou.
Campos Neto lembrou que o BC, depois de conseguir a autonomia, elevou a Selic em ano eleitoral.
"Esse foi o maior aumento de juros na história de mercados emergentes em um ano de eleições, e só foi possível porque tínhamos autonomia", afirmou ele, repetindo que o BC agiu com independência nas eleições.
Quando questionado sobre a própria imparcialidade, por ter sido criticado por ligações com a direita no Brasil, Campos Neto disse que é importante diferenciar "proximidade" de dependência.
"Uma coisa é ser próximo, e outra coisa é ter autonomia. Eu posso ser próximo de alguém e ter autonomia, ou posso ser distante e não ter autonomia", afirmou.
Os gringos desistiram do Brasil?
A economia dos EUA na visão de Campos Neto
Campos Neto não falou só de juros e política monetária brasileira. Ele também comentou sobre a economia norte-americana, afirmando que considera o cenário de soft landing (pouso suave) mais provável.
“Eu diria que a probabilidade do cenário de 'hard landing' diminuiu, e que a do cenário de 'no landing aumentou”, afirmou.
Segundo ele, o pouso suave da economia norte-americana seria importante para o restante do mundo, especialmente para países que estão calibrando as políticas monetárias.
Selic a 15% ao ano, inflação e fantasma fiscal: por que a Kinea está vendida na bolsa brasileira?
Responsável por mais de R$ 132 bilhões em ativos, a gestora afirma que “existem melhores oportunidades no exterior”; veja onde a Kinea investe hoje
Não deu tempo? Focus fica imune à reação do mercado ao pacote fiscal e mantêm projeções para dólar e juros
Enquanto as projeções para a inflação e o PIB subiram, as estimativas para o dólar e os juros permaneceram estáveis
Botafogo bota fogo na bolsa: semana cheia começa com investidores acompanhando fôlego do Trump Trade
Ao longo dos próximos dias, uma série de relatórios de empregos nos Estados Unidos serão publicados, com o destaque para o payroll de sexta-feira
Agenda econômica: Payroll, Livro Bege e discurso do presidente do Fed dominam a semana; no Brasil, PIB ganha destaque
Agenda econômica desta semana conta ainda com relatório Jolts nos EUA e PIB na Zona do Euro; no cenário nacional, pacote fiscal e dados da inflação do país ficam no radar
A Selic vai a 14%? Pacote de corte de gastos considerado insuficiente leva mercado a apostar em juros ainda mais altos
Mercado já começa a reajustar as estimativas para a taxa básica de juros e agora espera uma alta de 0,75 ponto percentual na próxima reunião do Copom
Dólar atinge R$ 6,10 e juros futuros disparam: nem fala do futuro presidente do Banco Central segurou os mercados hoje
Gabriel Galípolo tentou colocar panos quentes nos anúncios mais recentes do governo, afirmando perseguir a meta de inflação e sinalizar a continuidade do aperto da Selic
Um presente e um almoço: pregão espremido entre feriado e fim de semana deve trazer volatilidade para bolsa brasileira hoje
Em dia de pagamento da primeira parcela do décimo terceiro e Black Friday, investidor deve continuar a digerir o pacote apresentado por Haddad
Ranking do Tesouro Direto do mês: retorno dos títulos públicos vira para o vermelho na reta final de novembro com pacote de corte de gastos
Títulos prefixados e indexados à inflação caminhavam para fechar o mês em alta, mas viraram para queda após anúncio de Haddad
Tesouro IPCA+ volta a oferecer retorno de 7% acima da inflação em meio à disparada dos juros futuros e do dólar
A volatilidade vista no mercado que impulsiona os juros futuros e, consequentemente, as taxas dos títulos do Tesouro Direto, é provocada pela divulgação do aguardado pacote de corte de gastos do governo
Seu pacote chegou! Haddad confirma corte de R$ 70 bilhões, mas isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil deve pesar na bolsa hoje
O feriado do dia de Ação de Graças mantém as bolsas dos Estados Unidos fechadas por hoje e amanhã, o que deve aumentar a volatilidade global
Rodolfo Amstalden: Banda fiscal no centro do palco é sinal de que o show começou
Sequestrada pela política fiscal, nossa política monetária desenvolveu laços emocionais profundos com seus captores, e acabou por assimilar e reproduzir alguns de seus traços mais viciosos
Caos nos mercados? Dólar sobe a R$ 5,9135 e Ibovespa fecha na mínima, aos 127.668,61 pontos — o que mexeu com as bolsas aqui e lá fora
Nos EUA, uma enxurrada de indicadores refletiram o comportamento das bolsas antes do feriado. No Brasil, rumores sobre o pacote fiscal seguiram ditando o ritmo das negociações.
Nunca é tarde para diversificar: Ibovespa continua à espera de pacote em dia de revisão de PIB e PCE nos EUA
Haddad pretende começar hoje a apresentação do pacote fiscal do governo aos líderes do Congresso Nacional
Os juros vão parar de cair de vez? Os sinais do BC dos EUA aos investidores antes da última reunião do ano
A ata do encontro do Federal Reserve de novembro dá algumas pistas do que pode acontecer com a taxa referencial na maior economia do mundo antes de Trump chegar
Está mais caro comer fora ou em casa? Alimentação faz IPCA-15 estourar o teto da meta de inflação em novembro
Alimentação e bebidas representaram quase a metade da alta da inflação na passagem de outubro para novembro, de acordo com os números divulgados hoje pelo IBGE
Questão fiscal não é o único problema: esses são os 6 motivos que inibem retorno dos investidores gringos para o Brasil, segundo o BTG Pactual
Nos últimos meses, o cenário internacional continuou a se deteriorar para a América Latina, o que prejudica o panorama para investir na região, de acordo com os analistas
O pacote (fiscal) saiu para entrega: investidores podem sentir alívio com anúncio entre hoje e amanhã; bolsas tentam alta no exterior
Lá fora, a Europa opera em alta enquanto os índices futuros de Nova York sobem à espera dos dados de inflação da semana
Agenda econômica: IPCA-15 e dados do Caged são destaques no Brasil; no exterior, PIB e PCE dos EUA dominam semana com feriado
Feriado do Dia de Ações de Graças nos EUA deve afetar liquidez dos mercados, mas agenda econômica conta com dados de peso no exterior e no Brasil
Angústia da espera: Ibovespa reage a plano estratégico e dividendos da Petrobras (PETR4) enquanto aguarda pacote de Haddad
Pacote fiscal é adiado para o início da semana que vem; ministro da Fazenda antecipa contingenciamento de mais de R$ 5 bilhões
Tesouro IPCA+ é imbatível no longo prazo e supera a taxa Selic, diz Inter; título emitido há 20 anos rendeu 1.337%
Apesar de volatilidade no curto prazo, em janelas de tempo maiores, título indexado à inflação é bem mais rentável que a taxa básica