Rali do Trump Trade acabou? Bitcoin (BTC) se estabiliza, mas analistas apontam eventos-chave para maior criptomoeda do mundo chegar aos US$ 200 mil
Mercado de criptomoedas se aproxima de uma encruzilhada: rumo ao topo ou a resultados medianos? Governo Trump pode ter a chave para o desfecho.
As criptomoedas passaram por uma “certa normalização” na última semana. Após um rali impressionante, atingindo a marca histórica dos US$ 93.265, o bitcoin (BTC) sofreu uma leve queda e subsequente estabilização. No entanto, o mercado ainda não parece satisfeito e o caminho segue aberto para uma possível valorização que possa alcançar a casa dos US$ 100.000 e até dos US$ 200.000.
A desaceleração desta semana aconteceu após o bitcoin entrar em fase de realização de lucros. Muitos investidores liquidaram suas posições não apenas em BTC, mas no mercado de criptomoedas como um todo. O ethereum (ETH), por exemplo, observou uma queda 3,50% nos últimos 7 dias.
O momento de ‘calmaria’ é natural: investidores compraram na baixa e agora vendem na alta. Após meses eletrizantes com as eleições norte-americanas, a alta histórica no mercado de criptomoedas já satisfez um grande número de investidores que agora aproveitam para recolher suas fichas.
Porém, a espinha dorsal do Trump Trade são as medidas que o novo governo norte-americano implementará — e ele ainda nem começou. O republicano toma posse apenas em 20 de janeiro, mas já mexe seus pauzinhos com indicações e indicações de que vai cumprir suas promessas de campanha.
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Bitcoin na Casa Branca
Grandes defensores do bitcoin já foram indicados para cargos de alto escalão para o governo dos Estados Unidos, a exemplo de Robert F. Kennedy Jr. (Saúde) e Pete Hegseth (Defesa).
Mas as indicações mais importantes ainda estão por vir: o presidente da Comissão de Valores Mobiliários (SEC) e o secretário do Tesouro dos Estados Unidos. Scott Bessenet, investidor e gestor de fundos de Hedge, e Howard Lutnick, CEO da Cantor Fitzgerald, são os cotados.
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Outro nome de destaque é Elon Musk, que deve chefiar o “Departamento de Eficiência Governamental” (DOGE, na sigla em inglês).
Ainda não se sabe exatamente o nível de influência que esse departamento terá sobre o governo republicano; porém, seu objetivo será o corte de gastos públicos.
Para além das indicações, o discurso de campanha de Trump já está começando a sair do papel.
A senadora Cynthia Lummis, do Partido Republicano, já apresentou um rascunho do projeto de lei Bitcoin Act, que propõe a adoção de uma reserva nacional de bitcoin, incluindo um plano para que os Estados Unidos adquiram até 5% do suprimento total da moeda digital ao longo de cinco anos — o equivalente a quase US$ 100 bilhões aos preços atuais.
O presidente eleito também demonstra um grande interesse em uma regulamentação favorável ao mercado de criptomoedas. Uma de suas promessas é transformar os Estados Unidos na potência mundial de mineração de criptomoedas.
Os riscos legais e regulatórios que afastavam investidores agora se tornaram menores e a expectativa é de que uma parcela maior do mercado se interesse por esse segmento.
TRUMP ELEITO: E agora, o que será da maior economia do mundo?
Crescimento e expectativas em alta
A última semana pode ter sido de desaceleração ou até mesmo queda nos valores das maiores moedas criptografadas, porém o mercado não deixou de crescer.
O bitcoin atraiu US$ 1,48 bilhão em entradas, enquanto o ethereum se recuperou com entradas de US$ 646 milhões.
Dando um passo para trás, o ano se mostra extraordinário para as criptomoedas, são US$ 33,5 bilhões, com os ativos sob gestão (AuM) atingindo um novo pico de US$ 138 bilhões.
Se a confiança no bitcoin se mantiver na média histórica, podemos observar uma correção de valor que se estabilize a médio e longo prazo, entre US$ 86.100 e US$ 81.680, segundo Ana de Mattos, Analista Técnica e Trader parceira da Ripio.
Contudo, “caso entre fluxo comprador superando seu topo histórico, o preço do bitcoin poderá atingir patamares ainda maiores, buscando as faixas de US$ 100.000 a US$ 105.000”.
Já analistas liderados por Gautam Chhugani, Diretor Executivo e Analista Sênior de Ativos Digitais Globais na AB Bernstein, avaliaram um caminho ainda mais ambicioso em uma nota enviada aos clientes na segunda-feira.
"Estamos entrando em uma fase em que esperamos que a curiosidade se transforme em dor para os pessimistas do Bitcoin", disseram.
A Bernstein estabeleceu sua meta mais recente para o Bitcoin em junho, quando o preço estava em torno de US$ 66.000.
"Bitcoin a US$ 100.000 parece estar ao virar da esquina, e nossa meta de US$ 200.000 para o bitcoin [até o final de] 2025 agora parece menos ilusória", revelaram os analistas.
*Com informações do The Block
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