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Renan Sousa
Renan Sousa
É repórter do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP) e já passou pela Editora Globo e SpaceMoney. Twitter: @Renan_SanSousa
ONDE INVESTIR NO 2º SEMESTRE

Bitcoin (BTC) vai renovar máximas históricas de novo? Analistas veem criptomoedas apenas no início de um ciclo de novas altas

Conheça também três setores e três moedas virtuais que podem se valorizar no segundo semestre de 2024

Renan Sousa
Renan Sousa
4 de julho de 2024
6:15 - atualizado às 13:05
Imagem: Adobe Firefly

A metade de 2024 já passou e os investidores agora fazem um balanço do que foi o ano até agora e o que esperar daqui para frente. Para aqueles que apostaram no bitcoin (BTC) e outras criptomoedas, além das bolsas dos Estados Unidos, não há muito do que reclamar. 

Nos primeiros meses do ano, o BTC renovou as máximas históricas, a US$ 73.750,07 em março. Desde então, a maior moeda virtual do mundo ronda o patamar acima dos US$ 60 mil, ainda que tenha furado esse suporte pontualmente.

Notícias boas não faltaram para o mundo cripto. A aprovação dos primeiros fundos de índice (ETFs, em inglês) de bitcoin à vista (spot) nos Estados Unidos ajudaram a impulsionar as cotações. Até mesmo o ethereum (ETH) ganhou o seu próprio.

Na visão de Pedro Lapenta, head de research da Hashdex, não é exagero dizer que esse é o maior lançamento de ETFs da história.

Os números não o deixam mentir: em uma semana, o saldo líquido de aporte desses produtos chegaram aos US$ 1,2 bilhão.

Gestoras trilionárias, como a BlackRock e Fidelity, estão por trás desses lançamentos, dando um “novo ar” ao mercado cripto como um todo. 

Além disso, o halving, evento mais esperado do ano no universo das criptomoedas, também aconteceu.

O halving reduziu a oferta de BTCs no mercado, tornando o ativo cada vez mais escasso — o que, em linhas gerais, tende a gerar uma valorização dos preços.

Esta matéria faz parte de uma série especial do Seu Dinheiro sobre onde investir no segundo semestre de 2024. Eis a lista completa:

No começo do ano, analistas com quem conversei afirmaram que o bitcoin poderia, sim, chegar a um patamar de preços entre US$ 70 mil e US$ 80 mil.

Os mais otimistas dobraram a aposta, avaliando que as cotações poderiam superar os US$ 100 mil e atingir os US$ 150 mil até o fim de 2024.

A pergunta que fica é: há espaço para uma valorização desse tamanho ainda? Confira a seguir o que os especialistas desse mercado esperam para o segundo semestre de 2024: 

Bitcoin: onde estamos e para onde vamos

Para Marcello Cestari, analista e trader responsável por todos os fundos de cripatoativos na Empiricus Gestão, existe um gráfico em específico que vale a pena ficar de olho para o segundo semestre. 

Ele explica que o número de criptomoedas em posse de carteiras privadas (wallets) está maior do que aquele nas corretoras de cripto (exchanges), o que sinaliza que podemos estar “no começo para o meio do ciclo” do bull market — isto é, o período de valorização. 

Fonte: CryptoQuant. Reservas de bitcoin nas exchanges desde o último ciclo de bull market.

Isso porque existe uma facilidade maior em vender bitcoin e outras criptomoedas dentro das exchanges. Assim, em períodos de baixa nos preços ou de realização de lucros, o fluxo para as corretoras tende a ser maior.

Do outro lado, quando há um acúmulo nas wallets, a tendência é de maior estabilidade e formação de preços. Nos atuais níveis, que se assemelham àqueles vistos no bull market de 2021, há uma forte sinalização de que o bitcoin ainda está longe do fim do ciclo de alta.

Até onde vai o preço do BTC

Se o cenário base se concretizar, Cestari, da Empiricus, acredita ser “bem factível” que o preço do bitcoin possa atingir os US$ 100 mil ou US$ 120 mil. O chefe de research da Hashdex concorda, mantendo sua previsão na faixa de US$ 100 mil.

Na visão dos analistas, o efeito do halving do começo do ano deve ser sentido no médio e longo prazo e que eles podem começar a ser sentidos em breve. “A inflação do ouro hoje é de 1%, maior que a do BTC, que está em torno de 0,8%”, explica Cestari.

Lapenta, da Hashdex, mostrou uma série de gráficos sobre o momento do BTC. Ele explica que nos três ciclos anteriores, o bitcoin apresentou uma forte valorização no período entre 360 e 500 dias (isto é, algo entre 11 e 16 meses) após o halving.

Fonte: Hashdex.

No momento, o mercado se encontra em algo próximo a 60 a 70 dias após o halving. “Naturalmente, durante esse período, há uma grande volatilidade de preços, mas a tendência é de valorização”, explica.

Além disso, ele afirma que a tecnologia do bitcoin ainda está em adoção e que a valorização deve se dar no longo prazo. “Faz parte do desenvolvimento até ficar gigante”, diz.

Em outras palavras, o bitcoin poderia se consolidar como uma reserva de valor, tendo em vista que há uma entrada ainda maior de investidores institucionais — que tendem a comprar aos montes

Além do bitcoin: outras narrativas para o mercado de criptomoedas

Para aqueles investidores que querem ter uma carteira mais arrojada, Cestari dá dicas de setores para ficar de olho ainda em 2024. Na sequência, você confere as criptomoedas desses segmentos. São eles:

Restaking

O restaking é uma estratégia dentro do mundo das criptomoedas que permite aos usuários ganhar recompensas adicionais ao colocar seus tokens em um protocolo de recompensas — staking ou lending.

No staking tradicional, os tokens são travados (bloqueados) em um protocolo, que paga uma espécie de “dividendo” para o investidor. No restaking, é possível reutilizar essas mesmas criptomoedas em outros protocolos, maximizando os ganhos.

Porém, ao estar exposto a mais de uma rede, aumentam os riscos envolvendo esse tipo de investimento. 

Real World Assets (RWA) ou Tokenização

A tokenização de ativos reais (real world assets ou RWAs, em inglês) consiste na representação digital de ativos físicos.

Segundo a McKinsey, empresa de consultoria global, esse segmento pode valer algo entre US$ 1,5 bilhão e US$ 2 bilhões só em 2024. Esse número pode saltar para US$ 2 trilhões até o fim de 2030.

Em linhas gerais, ela torna ativos como imóveis, obras de arte ou commodities, em tokens na blockchain. Inclusive, um setor bastante penalizado nos últimos anos, o dos NFTs — tokens não fungíveis — pode se beneficiar desse novo cenário.

Os RWA podem ser utilizados para diversos fins, como participação em direitos de propriedade ou até mesmo fracionar um ativo em diversas partes, democratizando seu acesso.

As vantagens da tokenização incluem maior transparência e segurança, tendo em vista que as negociações acontecem na “caixa de vidro” que é a blockchain.

Redes de Infraestrutura Descentralizadas (DePin)

DePin é a sigla para Redes de Infraestrutura Física Descentralizadas. Ela visa otimizar a forma como a infraestrutura física é utilizada.

Entre outras coisas, é possível utilizar a capacidade física de uma máquina ou aplicativo em outro serviço, de maneira mais eficiente e descentralizada.

O DePin ainda visa otimizar o uso de dispositivos conectados ao conceito de Internet das Coisas (IoT) — em outras palavras, máquinas poderiam realizar compras ou vender serviços de maneira autônoma e automatizada, por exemplo.

Inteligência Artificial (IA)

A inteligência artificial (IA) está transformando o mundo das criptomoedas de diversas maneiras, sendo utilizada, por exemplo, para desenvolver novos protocolos de consenso, melhorar a segurança das exchanges, automatizar a análise de mercado e criar ferramentas de negociação mais eficientes.

Além disso, a IA também abre caminho para novas aplicações descentralizadas (DApps).

O uso da IA em criptomoedas ainda está em estágio inicial e existem muitos projetos bonitos por fora, mas sem nada por dentro. Mesmo assim, o potencial desse segmento é enorme, como se demonstrou com a Nvidia.

E as criptomoedas desses setores

Para os investidores que querem diversificar suas carteiras, há algumas recomendações de criptomoedas nesses segmentos.

Vale destacar que o investimento em ativos digitais é altamente especulativo e que não é recomendado alocar uma parcela muito grande dos seus recursos nesse tipo de produto. Confira:

Render (RNDR) — Inteligência Artificial / DePin

A Render Network permite que os criadores de conteúdo enviem trabalhos de renderização para a rede. Em troca, são pagos com tokens RNDR.

Acontece que o trabalho de renderização exige muito poder computacional (ou GPU, no jargão). Assim, a Render Network permite que os usuários contribuam com GPU de forma descentralizada para a realização dessas atividades.

O modelo de preços da rede é dinâmico — ou seja, a depender da complexidade ou urgência do trabalho, bem como dos recursos disponíveis naquele momento. Sendo assim, o valor pode variar bastante.

Maker (MKR) — Real World Assets

Maker (MKR) é uma plataforma de finanças descentralizadas (DeFi) na rede ethereum que permite a criação da stablecoin DAI (DAI), a primeira criptomoeda descentralizada desse gênero.

O MKR é o token de governança do MakerDAO, a organização descentralizada do protocolo. Os detentores de MKR podem votar em propostas de mudanças no sistema, como ajustes nas taxas de estabilidade e nas políticas de colateralização do DAI.

Do mesmo modo, o MKR também é usado para recapitalizar o sistema automaticamente caso o DAI perca a paridade com o dólar.

Pendle (PENDLE) — Real World Assets

De acordo com um relatório da Empiricus de junho deste ano, a Pendle (PENDLE) é um protocolo de finanças descentralizadas (DeFi) que permite a tokenização de ativos e seus rendimentos futuros.

Existe um token principal (PT), que representa o valor principal do ativo, e existe o token de rendimento (YT), que representa o direito de receber rendimentos futuros do ativo. Em linhas gerais, enquanto o primeiro (PT) representaria, por exemplo, o valor de um imóvel, o segundo (YT), é equivalente ao aluguel pago por ele.

Os usuários podem, então, negociar os tokens PT e YT no mercado aberto.

Bônus: Novas aplicações para o bitcoin

Por fim, para o segundo semestre, os investidores devem permanecer atentos também ao desenvolvimento de novas tecnologias dentro da blockchain do bitcoin.

O polêmico protocolo Ordinals foi o início desse tipo de inovação — ainda que tenha causado alguns congestionamentos na rede, deixando uma série de investidores de nariz torcido para quaisquer novidades na blockchain do BTC.

Porém, novos projetos estão sendo desenvolvidos na rede do bitcoin, em especial protocolos que permitem a programabilidade de tokens dentro da blockchain, novos projetos de finanças descentralizadas (DeFi) e identidade digital (digital ID).

Todos são bastante incipientes, mas vale a pena acompanhar. 

Mas atenção, investidor! Fatores que influenciam o preço do bitcoin

Apesar das perspectivas positivas, os investidores devem sempre levar em conta a possibilidade de as coisas darem errado.

Isso porque o mercado de criptomoedas ainda é muito recente e não chegou à sua maturação completa.

Ainda existem muitos projetos que prometem muito, mas não conseguem gerar valor ou resolver os problemas que se propõem.

Além disso, o segmento de criptomoedas é altamente volátil e com uma dinâmica pouco previsível.

Por isso, vale a pena alocar uma parcela pequena dos seus investimentos em ativos digitais, visando minimizar eventuais perdas.

Caso os juros nos Estados Unidos permaneçam nos mesmos patamares ou a troca de presidência no país mude para um linha anti-criptomoedas, os analistas preveem que as estimativas podem ir por água abaixo.

Portanto, os analistas recomendam posições responsáveis no mercado de criptomoedas.

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