🔴 ELEIÇÕES 2024 – COMO A DISPUTA MUNICIPAL PODE MEXER COM OS SEUS INVESTIMENTOS? SAIBA AQUI

Wake me up when september ends

Até aqui, setembro tem sido um mês desafiador para os FIIs. Quais lições e oportunidades podemos tirar do período?

29 de setembro de 2024
8:00 - atualizado às 15:45
Imagem mostrando casas de brinquedo enfileiradas, com uma seta vermelha que sobe e desce sobre os telhados. É um símbolo do desempenho dos fundos imobiliários (FIIs) | Dividendos RECR11 fundo imobiliário Maxi Renda MXRF11 KINP11 CPTS11 HCTR11
Fundos imobiliarios (FIIs) - Imagem: iStock

A famosa música do Green Day nunca representou tão bem o mercado de capitais em setembro. 

A sazonalidade negativa do mês já era conhecida, principalmente devido a periodicidade das discussões orçamentárias. Surpresas negativas envolvendo os gastos fiscais – tal como observado no último relatório bimestral de receitas e despesas – não são exceções no Brasil. 

Aliado a isso, tivemos a primeira elevação da taxa Selic, que agora está em 10,75% ao ano. No Boletim Focus, as projeções para final de ano apontam para 11,50% a.a., sendo que as principais casas sinalizam um término de ciclo entre 12,0% a 12,5% ao ano.

No contexto internacional, os sinais de desaceleração na China e Europa e o aumento das tensões geopolíticas no Oriente Médio também não ajudaram. A exceção foi nos Estados Unidos, onde tivemos o início do ciclo de cortes da taxa de juros pelo Federal Reserve. 

O ponto positivo, se é que ele existe, foi a recente divulgação do IPCA-15 de 0,13%, bem inferior às estimativas do consenso (0,28%). 

Ainda assim, não foi suficiente para recuperar o otimismo no mercado. Até aqui, o Índice de Fundos Imobiliários (Ifix) registra o maior recuo mensal desde outubro de 2022 e, consequentemente, inverteu os ganhos acumulados no ano.

Leia Também

Além dos segmentos imobiliários, outra categoria bastante penalizada em setembro foram os Fiagros. O clima seco e as queimadas devem apresentar desafios para o agronegócio.

Sem a ajuda das chuvas e com o preço das commodities em nível comedido, os produtores optaram por adiar parcialmente o plantio da soja – segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia (Imea), apenas 0,27% da semeadura prevista para a Safra 2024/25 foi concluída até dia 20 de setembro, sendo que no ano passado esse percentual era de 1,8%. 

Diante de um cenário de especulação, toda a cadeia é afetada. Os players em situação financeira delicada são os primeiros a levantar a mão: o pedido de recuperação judicial da Agrogalaxy, companhia com forte presença no mercado de revenda de insumos agrícolas, foi o evento de setembro, tendo em vista a presença em diversas carteiras de Fiagros. 

O preço dos grãos até esboçou reação em setembro, fundamentado pela oscilação na oferta brasileira, porém, a perspectiva de boa colheita nos EUA e a imprevisível demanda chinesa minimizam esse impacto. 

Com o cenário de crédito em território incerto, a cesta de Fiagros recuou 5% em setembro e o desconto sobre valor patrimonial retornou ao patamar mínimo histórico. 

O que o investidor deve fazer no quarto trimestre?

O movimento de alta dos juros já estava na conta do mercado, entretanto, setembro reservou um cenário ainda mais negativo para os ativos de risco. 

Foram raros os FIIs que registraram performance positiva no mês – o KNSC11, indicado na última coluna, foi um deles.

O curtíssimo prazo, especialmente outubro, ainda pode conferir aversão ao risco por parte do mercado, fundamentada na ausência de disciplina fiscal do governo. O controle de despesas públicas não tem sido efetivo, fazendo com que o os juros longos permaneçam em patamar restritivo. 

Se considerarmos o histórico dos últimos cinco anos, a média de retorno do Ifix para o último trimestre do ano é de aproximadamente 4,8%. 

Não sou muito fã do termo "senta na mão", que procura evitar movimentações desnecessárias.  Entendo que o portfólio deve ser ajustado ao risco com certa recorrência.

Ainda assim, com base no direcionamento apontado nas últimas colunas e no recuo das cotas deste mês, não vejo motivos para movimentos bruscos na carteira. Minha visão para Fiagros, inclusive, continua cética. 

É aguardar setembro terminar (ainda temos mais um dia útil) e, quem sabe, reavaliar a carteira nas semanas seguintes. 

VBI Prime Properties (PVBI11): uma opção para os mais corajosos

Representante do mercado de escritórios, o VBI Prime Properties (PVBI11) é um fundo composto por sete imóveis, localizados em regiões tradicionais de São Paulo (Itaim Bibi / Vila Olímpia / Jardins), totalizando uma área bruta locável (ABL) de cerca de 83 mil metros quadrados.

Na parte operacional, é inegável que o mercado de escritórios atravessa seu melhor momento dos últimos quatro anos. Além dos indicadores de preço e ocupação, ressalto as condições de negociação entre proprietários e inquilinos, que se tornaram mais equilibradas.

Não observamos mais, com frequência, concessões significativas de descontos nos aluguéis ou prazos de carência excessivamente longos. Esse fator é relevante para o rendimento dos fundos imobiliários.

O setor é, de longe, o mais descontado entre os tradicionais dos Ifix, com indicador P/VP (Preço sobre Valor Patrimonial) próximo das mínimas dos últimos cinco anos.

Apesar do cenário de recuperação evidente e dos descontos nas cotas, ainda não há motivos suficientes para um otimismo exacerbado no segmento. Por ser tradicionalmente vinculado ao crescimento econômico, a elevação das taxas de juros representa uma ameaça ao desempenho operacional da categoria. 

Entendo que é possível capturar valor com duas abordagens neste momento. A primeira, se trata de fundos com portfólios de alta qualidade posicionados nas regiões mais resilientes de São Paulo, no qual enxergamos potencial de elevação de aluguel.

Em teoria, o PVBI11 entraria neste caso. A composição do seu portfólio permanece com um alto nível de qualidade, contando apenas com ativos classificados como A+ e muito bem localizados, além de todos os edifícios performados contarem com certificação LEED Gold ou superior, o que aumenta significativamente a atratividade dos imóveis.

No primeiro semestre, o fundo realizou um movimento arrojado de aquisições, incorporando os edifícios Vera Cruz II, Cidade Jardim e The One ao seu portfólio. 

O PVBI11 sofreu queda significativa em setembro, diante de um ambiente macroeconômico desafiador e da perspectiva de recuo nos rendimentos de curto prazo – estimamos algo em torno de R$ 0,58 a R$ 0,60 por cota de distribuição mensal para o FII nos próximos 12 meses, o que confere um dividend yield médio de 8,4%.

Neste nível de preço (mínima dos últimos 12 meses), encontramos um potencial de valorização de 17% para as cotas do PVBI11, apoiada pela recuperação da ocupação dos seus ativos. 

Em função do recuo nos proventos, é possível que o curtíssimo prazo ainda apresente volatilidade nas cotas. Ainda assim, para quem tem um horizonte mais amplo de investimentos, me parece uma opção interessante.

Abraço,

Caio

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
ACABOU O OTIMISMO

BB Investimentos rebaixa CSN Mineração (CMIN3) para venda — e analistas revelam seis motivos para desconfiança com as ações 

27 de setembro de 2024 - 15:32

Para analistas, os papéis estão sendo negociados com prêmio de 36% sobre o múltiplo de valor de firma sobre Ebitda histórico e seguem com elevada volatilidade

APOSTAS DA GESTORA

A bolsa está barata: Gestora criada para administrar fortuna de Abilio Diniz revela cinco ações para lucrar na B3 hoje

27 de setembro de 2024 - 15:04

Para Priscila Araujo, responsável pelo portfólio de ações da O3 Capital, há oportunidades baratas e de qualidade para investir na bolsa brasileira

RECUPERAÇÃO DO AGRO

Otimismo no agro: SLC Agrícola (SLCE3) salta 6% com projeção de custos de produção menores – BTG e Empiricus dizem se é hora de investir

27 de setembro de 2024 - 13:52

A SLC Agrícola (SLCE3) divulgou as projeções para a safra 2024/25 e o mercado se animou com os custos de produção menores e a expansão da área plantada; veja o que dizem os analistas

MERCADOS HOJE

Euforia com a inflação dos EUA não dura e Ibovespa fecha em queda de 0,21%; dólar acompanha e baixa a R$ 5,4361

27 de setembro de 2024 - 12:03

De acordo com especialistas, a inflação segue na direção certa — embora haja risco no caminho —, só que outro dado é a prioridade do banco central norte-americano agora e ele preocupa

QUASE PLENO EMPREGO

Campos Neto não curtiu? Desemprego atinge o menor nível para agosto — mas parte dos economistas acha isso ‘ruim’

27 de setembro de 2024 - 11:42

Além da queda da taxa de desemprego próxima de uma situação de pleno emprego, o rendimento real dos trabalhadores cresceu

REVIRAVOLTA NOS CLÁSSICOS

No “Fla-Flu” dos bancos, Itaú (ITUB4) é referência, mas Bradesco (BBDC4) vira o jogo e hoje é a melhor pedida na bolsa, diz gestor da Ibiúna

27 de setembro de 2024 - 11:40

Para André Lion, o Bradesco atualmente está muito mais barato do que Itaú e deve vivenciar retomada da rentabilidade; veja outras apostas da gestora na bolsa

COMPRA CONFIRMADA

O que fez a Prio (PRIO3) pagar mais de R$ 10 bilhões por 40% de um campo de petróleo no Rio

27 de setembro de 2024 - 10:08

A Prio já havia confirmado que estava em negociações com a empresa chinesa Sinochem, que detinha controle de 40% das operações do campo de petróleo de Peregrino

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Um rolê no parquinho da bolsa: Ibovespa tenta reduzir perda acumulada em setembro em dia de Pnad e Caged, além de PCE nos EUA

27 de setembro de 2024 - 8:08

A dois pregões do fim do mês, Ibovespa acumula queda de 2,2% em setembro, mas ainda pode voltar para o alto da roda gigante

SEXTOU COM O RUY

A conta de energia aumentou e essa companhia será uma das grandes beneficiadas — vale a pena ficar de olho nessa ação

27 de setembro de 2024 - 6:06

Com o calor e a falta de chuvas, a Aneel mudou a bandeira tarifária para a cor vermelha – ruim para nós, que teremos que pagar mais caro pela conta de luz, mas tem quem se beneficie desse aumento de preços, e não é a empresa que leva a energia até a sua casa

Ranking do Tesouro Direto

Só os conservadores se salvaram: títulos públicos sofrem em setembro, mês que teve até greve do Tesouro Direto; veja as maiores altas e quedas

26 de setembro de 2024 - 19:30

Tesouro Selic foi o único título do Tesouro Direto a apresentar retorno positivo em mês marcado pelo início de um novo ciclo de alta na taxa básica de juros

TANQUE CHEIO?

A gasolina vai ficar mais barata? Presidente da Petrobras (PETR4) confirma chance de queda no preço dos combustíveis — com uma condição

26 de setembro de 2024 - 15:00

Magda Chambriard também anunciou que a estatal vai reduzir o preço do querosene de aviação (QAV) para as distribuidoras em quase 10% em outubro

ERROS POSSÍVEIS

Campos Neto errou? Presidente do BC responde sobre condução da taxa de juros após relatório de inflação

26 de setembro de 2024 - 14:41

Comentários de Campos Neto foram feitos durante entrevista coletiva para falar do Relatório Trimestral de Inflação

RALI ANTECIPADO?

Criptomoedas em alta: Saiba o que fez o bitcoin (BTC) saltar para os US$ 65 mil em poucas horas hoje

26 de setembro de 2024 - 14:30

Analistas do mercado atribuem o movimento de alta ao ajuste de posições em bolsas e criptomoedas, juntamente com os dados positivos do dia

RENDA FIXA

Banco BV lança CDB que rende até 136% do CDI e com resgate até nos finais de semana; veja como investir

26 de setembro de 2024 - 14:01

O novo título faz parte da ação que comemora os 36 anos do banco neste mês de setembro

A RECUPERAÇÃO DO GIGANTE

Xi Jinping dá cartada para tentar salvar a China de colapso imobiliário – veja o que dizem os analistas sobre o futuro da segunda maior economia do mundo

26 de setembro de 2024 - 12:42

Após banco central chinês divulgar pacote de estímulos para a economia, foi a vez de os líderes da China se manifestarem sobre a crise imobiliária

MERCADOS

Vale (VALE3) leva a melhor no cabo de guerra com a Petrobras (PETR4) e ajuda Ibovespa a fechar em alta; dólar recua a R$ 5,4447

26 de setembro de 2024 - 11:53

No mercado de câmbio, o dólar à vista opera em queda, mas longe das mínimas do dia

DESTAQUES DA BOLSA

Ação da Azul (AZUL4) salta mais de 14% com notícias de potencial acordo com arrendadores — mas queda na B3 ainda supera os 60% em 2024

26 de setembro de 2024 - 11:28

De acordo com a Exame IN, a companhia já fechou acordo com 90% dos arrendadores e pode concluir a negociação nos próximos dias

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Dia agitado na bolsa: Ibovespa reage a RTI, Campos Neto, PIB dos EUA, Powell e estímulos na China

26 de setembro de 2024 - 8:21

Relatório Trimestral de Inflação vem à tona um dia depois de surpresa positiva com o IPCA-15 de setembro

STARTUPS NO RADAR

Estas são as top 20 startups do país: Nomad, Alice, Food To Save, Caju e Gringo estão na lista – por que essas empresas se destacam?

25 de setembro de 2024 - 18:55

Ranking criado pelo LinkedIn reuniu as startups mais promissoras de 2024 tanto pelo crescimento do negócio quanto pelas oportunidades de trabalho

NEGÓCIO DE GIGANTES

Operação de R$ 7,5 bilhões entre Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3) foi aprovada pelo Cade, mas o órgão receitou alguns ‘remédios’ 

25 de setembro de 2024 - 16:18

A negociação da Marfrig e da Minerva já estava no radar do Cade há um ano e envolve 16 ativos na América do Sul – veja como ficou o acordo

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar