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Super Quarta: por que as entrelinhas podem dizer mais que a decisão de juros nos EUA e no Brasil

Embora ambas as instituições devam manter as taxas de juros inalteradas, suas comunicações deverão ser distintas

30 de julho de 2024
6:33 - atualizado às 10:15
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Imagem: Shutterstock

Esta semana é decisiva para a política monetária global, com importantes deliberações nos Estados Unidos (Fed), Japão (BoJ), Reino Unido (BoE) e Brasil (BCB).

Cada região possui suas próprias expectativas, e a "super quarta-feira" se destaca como o ponto alto, com anúncios do Fed americano e do BCB brasileiro. Embora ambas as instituições devam manter as taxas de juros inalteradas, suas comunicações deverão ser distintas.

Para o Japão, a expectativa é de que o BoJ possa novamente elevar suas taxas de juros, enquanto no Reino Unido, o BoE provavelmente manterá suas taxas inalteradas, pelo menos por enquanto.

Mas vamos por partes.

Por aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom) deve manter a taxa Selic em 10,50% ao ano. Frente aos desafios econômicos recentes, é esperado que o comitê adote uma postura firme e unânime no combate à inflação, buscando reancorar as expectativas do mercado.

Não se espera novos cortes na taxa de juros para este ano, sendo mais provável que ocorram apenas em 2025.

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Para que o Brasil recupere a confiança do mercado, é essencial que, além de uma política monetária dura, o governo implemente cortes significativos nos gastos e mantenha uma política monetária conservadora.

A pedra no sapato fiscal

Por falar nisso, há uma crescente preocupação com a situação fiscal. O início desta semana foi marcado por renovadas apreensões em relação ao déficit público. A relação dívida bruta sobre PIB subiu 1,1 ponto percentual em apenas um mês, alcançando agora 77,8% do PIB, refletindo os desafios fiscais enfrentados pelo país.

Fonte: BCB.

LEIA TAMBÉM: Uma rotação setorial está em andamento — e ela conversa com o ‘Trump Trade’

A situação fiscal do Brasil continua alarmante, com as despesas crescendo a um ritmo mais rápido que as receitas, em desacordo com as diretrizes do novo arcabouço fiscal. As medidas implementadas até agora não conseguiram corrigir essa tendência.

No último ano, os gastos aumentaram 8% acima da inflação, enquanto o novo modelo fiscal estipula que os gastos devem crescer a um ritmo inferior ao das receitas, com um limite anual de 2,5%.

Diante desse quadro crítico, é essencial acompanhar os detalhes do corte de R$ 15 bilhões em gastos públicos para 2024, que serão anunciados hoje. Uma ação coordenada entre o governo e o Congresso é necessária para reequilibrar as contas públicas, embora as eleições municipais deste ano possam dificultar avanços significativos.

Sem uma âncora fiscal efetiva, a política monetária precisa assumir um papel mais destacado. Isso, combinado com fatores externos como o fortalecimento do dólar, justifica a manutenção das atuais taxas de juros.

Embora a curva de juros sugira uma possível elevação, não acredito que a Selic aumentará. Manter a taxa atual até o próximo ano, com uma postura firme, deveria ser suficiente.

A expectativa para o Fed

Nos Estados Unidos, a abordagem será diferente.

A expectativa é que o Federal Reserve mantenha a taxa de juros entre 5,25% e 5,50% ao ano, o nível mais alto em duas décadas, mas a orientação futura deve indicar um possível corte.

Na semana passada, dados positivos sobre o crescimento econômico dos EUA levantaram preocupações inflacionárias. O modelo GDPNow do Fed de Atlanta projetou um crescimento do PIB de 2,83% no terceiro trimestre de 2024, enquanto o modelo do Fed de Nova York apontou para 2,70%.

No entanto, a relação usual entre crescimento econômico e inflação parece ter se enfraquecido, o que impulsionou as ações no final da semana passada.

O índice de gastos com consumo pessoal (PCE) mostrou um leve aumento de preços em junho, conforme esperado pelos economistas, mantendo o Federal Reserve no caminho para um possível corte nas taxas de juros em setembro.

Espera-se que essa possibilidade seja abordada na coletiva de imprensa de Jerome Powell após a reunião de quarta-feira.

A ferramenta FedWatch do CME Group indica que a probabilidade de um corte de 25 pontos-base em setembro é de 90%. As expectativas para o fim do ano situam a taxa entre 4,50% e 4,75%, com a possibilidade de três cortes de 25 pontos ao longo do ano.

Discordo dessa perspectiva. Acredito que o cenário mais provável seja de dois cortes de 25 pontos cada, um em setembro e outro em dezembro, estabilizando a taxa entre 4,75% e 5,00% ao final do ano, o que seria suficiente para acalmar o mercado. Além disso, a semana trará mais indicadores do mercado de trabalho, culminando com a divulgação dos dados de emprego de julho na sexta-feira.

Fonte: Bureau of Labor Statistics e Bloomberg

As autoridades estão empenhadas em controlar a inflação sem causar danos excessivos ao mercado de trabalho, evitando manter as taxas de juros elevadas por períodos prolongados. Este objetivo coloca em destaque o relatório mensal de empregos dos EUA, que será divulgado na sexta-feira, além de outras atualizações relevantes sobre o mercado de trabalho.

Resumidamente, portanto, espera-se que as taxas de juros se mantenham estáveis na iminente "super quarta-feira", embora com comunicações distintas. No Brasil, o tom deve ser conservador, refletindo uma deterioração do cenário econômico. Nos Estados Unidos, espera-se uma inclinação inicial para um possível corte de juros em setembro.

Essa abordagem pode resultar em um fortalecimento relativo, embora modesto, do real brasileiro. A decisão do Banco do Japão também será crucial, pois um possível aumento dos juros japoneses poderia afetar negativamente o real, já que o iene é frequentemente utilizado como moeda de financiamento em operações de carry trade. 

Além disso, deve-se esperar uma redução nas pressões sobre ativos mais sensíveis ao aperto monetário nos Estados Unidos, especialmente nos mercados emergentes, como visto no primeiro trimestre deste ano. Isso poderia abrir um segundo semestre mais promissor para as ações dessas regiões, especialmente no Brasil, que tem demonstrado grande sensibilidade às variações dos juros americanos.

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