🔴 GANHOS DE ATÉ R$ 1.000 POR HORA? ESTE MÉTODO PODE GERAR RENDA DE 7 DÍGITOS POR MÊS – CONHEÇA

Campos Neto e Powell navegam em águas incertas: o que esperar dos próximos passos dos banqueiros centrais para os juros

A trajetória das taxas de juros no Brasil e nos EUA será decisiva para as expectativas dos investidores e a direção dos ativos de risco

27 de fevereiro de 2024
6:29 - atualizado às 10:17
Roberto Campos Neto e Jerome Powell, presidentes dos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos
Campos Neto e Powell aguardam dados fundamentais para próximas decisões de juros. - Imagem: Divulgação

Esta semana é crucial tanto no cenário internacional quanto no brasileiro para a divulgação de indicadores econômicos chave.

Internacionalmente, a atenção se volta para quinta-feira, quando será divulgado o índice de Preços de Despesas de Consumo Pessoal (PCE) de janeiro, o indicador preferencial do Federal Reserve (Fed) para aferir a inflação.

Esse anúncio sucede a publicação do Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre, prevista para quarta-feira, após um período de volatilidade marcado por leituras alarmantes dos índices de preços ao consumidor e ao produtor, que incitaram uma postura mais defensiva por parte do Fed.

O resultado do PCE pode, dependendo de sua natureza, tranquilizar ou causar apreensão sobre os investidores.

Quando o Fed vai cortar os juros?

Uma leitura acima do esperado pode intensificar as preocupações com a persistência da inflação, potencialmente atrasando ainda mais a redução da taxa de juros básica dos EUA, que muitos antecipavam poder começar a ocorrer no primeiro trimestre.

Apesar das especulações sobre cortes de juros em março, nunca me convenci dessa possibilidade.

Leia Também

Os investidores, influenciados pelo otimismo entre novembro e dezembro do último ano, parecem ter sido levados por uma comunicação equivocada do Fed, que insinuou a possibilidade de reduções na taxa já em março, condicionada, porém, a uma melhoria dos indicadores econômicos.

Ninguém se lembrava desse condicionamento, mas ele ocorreu.

No entanto, os dados econômicos apresentados desde o início do ano revelaram uma economia americana mais robusta do que o previsto, acompanhada de uma inflação acima das expectativas, com uma qualidade ruim dos índices de preços.

Como resultado, a taxa de juros de longo prazo nos EUA, especificamente a dos títulos de 10 anos, aumentou de 3,80% para 4,30%, afetando negativamente os ativos de risco.

Essa tendência não impactou significativamente os ativos americanos, impulsionados pela empolgação com a inteligência artificial, mas exerceu pressão sobre os mercados emergentes, mais vulneráveis às variações nas taxas de juros.

Leia também

O Brasil é um exemplo dessa dinâmica em 2023.

A correlação entre o índice MSCI Brazil e os títulos de 10 anos dos EUA atingiu seu ponto mais alto em duas décadas, indicando uma movimentação conjunta.

Isso implica que, com o aumento dos juros, os preços dos títulos caem, arrastando consigo o valor dos ativos de risco brasileiros.

Fonte: Santander.

Em fevereiro, o Ibovespa até recuperou marcas significativas, atingindo os 130 mil pontos, mas o mercado local ainda aguarda uma decolagem efetiva, influenciado fortemente por investimentos estrangeiros, dada a contenção do investimento local.

Esta contenção se deve, em parte, à persistência, embora reduzida, dos resgates na indústria de fundos.

A estabilização e possível reversão dos resgates de fundos estão atreladas a uma redução na taxa de juros, que ainda enfrenta desafios devido à competição com produtos incentivados.

A taxa de juros no Brasil, por sua vez, já iniciou sua trajetória de queda, com potencial para mais reduções.

Contrariamente, as expectativas de redução das taxas nos EUA foram adiadas, agora previstas entre maio e junho, estreitando o diferencial de juros entre os dois países.

Isso repercute diretamente no câmbio, com o dólar fortalecendo-se globalmente e frente ao real, aproximando-se dos R$ 5.

Próximos dados de inflação serão decisivos para os juros

Este cenário realça a importância dos próximos dados de inflação, que orientarão as expectativas dos investidores sobre a direção das taxas de juros para o ano corrente, além de aguçar o interesse nas declarações dos membros do Fed por pistas sobre a trajetória futura dos juros.

No cenário local, a antecipação do IPCA-15 de fevereiro sugere um aumento, impulsionado pelo reajuste das mensalidades escolares e os ajustes no ICMS sobre combustíveis.

Embora uma prévia do índice inflacionário acima do esperado não deva alterar imediatamente a estratégia de corte de juros pelo Banco Central, pode ajustar as expectativas para o ritmo de redução da Selic no segundo semestre e influenciar a projeção para a taxa de juros final.

Espera-se a continuação da política de corte de juros, mas sem o forward guidance do Banco Central, indicando uma possível moderação no ritmo de flexibilização monetária a partir de junho, dependendo dos índices de inflação.

Isso poderia desacelerar, mas não cessar, os cortes de juros, mantendo uma âncora para as expectativas enquanto se aguarda a redução das taxas pelo Fed.

Tal cenário poderia pressionar negativamente os ativos de risco no curto prazo.

Ainda, um resultado inflacionário particularmente adverso poderia revisar para cima as expectativas para a Selic ao final deste ciclo, potencialmente de 8,5% para 9,5%.

A situação permanece fluida, dependente de novos dados, especialmente no período entre março e maio. Mesmo assim, mantenho uma visão otimista para os ativos de risco para o ano, apesar da volatilidade a curto prazo.

  • Mantenha sua carteira sempre atualizada e aproveite as oportunidades que surgem por pouco tempo no mercado: entre na In$ights, a comunidade do WhatsApp em que notícias e dicas de investimentos são enviadas todos os dias gratuitamente. É só clicar aqui.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O ASTRO DO TESOURO DIRETO

Tesouro IPCA+ é imbatível no longo prazo e supera a taxa Selic, diz Inter; título emitido há 20 anos rendeu 1.337%

22 de novembro de 2024 - 7:07

Apesar de volatilidade no curto prazo, em janelas de tempo maiores, título indexado à inflação é bem mais rentável que a taxa básica

AGORA VAI?

China de olho na artilharia de Trump: conselheiros de Xi Jinping defendem crescimento de 5% para 2025, mas querem calibre maior de estímulos

21 de novembro de 2024 - 19:55

Fontes de dentro do governo chinês ouvidas pela Reuters mostram divisão sobre a meta de expansão da segunda maior economia do mundo no ano que vem; uma decisão só será tomada em março

RANKING DE PROVENTOS

Vale (VALE3) é a nova queridinha dos dividendos: mineradora supera Petrobras (PETR4) e se torna a maior vaca leiteira do Brasil no 3T24 — mas está longe do pódio mundial

21 de novembro de 2024 - 17:59

A mineradora brasileira depositou mais de R$ 10 bilhões para os acionistas entre julho e setembro deste ano, de acordo com o relatório da gestora Janus Henderson

Conteúdo EQI

Brasil vai estourar a meta de inflação? Projeções sobem em 2024, 2025 e 2026, mas renda fixa que paga até IPCA +10% pode ‘surfar’ cenário

21 de novembro de 2024 - 17:00

Incertezas econômicas ainda rondam o mercado e estimativas do IPCA nos próximos anos se afastam da meta de inflação – como buscar lucros com a renda fixa agora?

MAS VOCÊ NÃO É TODO MUNDO...

Regulação do mercado de carbono avança no Brasil, mas deixa de lado um dos setores que mais emite gases estufa no país

21 de novembro de 2024 - 16:53

Projeto de Lei agora só precisa da sanção presidencial para começar a valer; entenda como vai funcionar

A FAVORITA DO BANCO

‘O rali ainda não acabou’: as ações desta construtora já saltam 35% no ano e podem subir ainda mais antes que 2024 termine, diz Itaú BBA

21 de novembro de 2024 - 15:10

A performance bate de longe a do Ibovespa, que recua cerca de 4% no acumulado anual, e também supera o desempenho de outras construtoras que atuam no mesmo segmento

PÉ NO CHÃO

“Minha promessa foi de transformar o banco, mas não disse quando”, diz CEO do Bradesco (BBDC4) — e revela o desafio que tem nas mãos daqui para frente

21 de novembro de 2024 - 13:19

Na agenda de Marcelo Noronha está um objetivo principal: fazer o ROE do bancão voltar a ultrapassar o custo de capital

GUERRA DOS MIL DIAS

A arma mais poderosa de Putin (até agora): Rússia cruza linha vermelha contra a Ucrânia e lança míssil com capacidade nuclear

21 de novembro de 2024 - 13:04

No início da semana, Kiev recebeu autorização dos EUA para o uso de mísseis supersônicos; agora foi a vez de Moscou dar uma resposta

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote

21 de novembro de 2024 - 8:23

Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa

DE COADJUVANTE A PROTAGONISTA

Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente

21 de novembro de 2024 - 6:09

Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade

PAPEL ATRAENTE

É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA

19 de novembro de 2024 - 18:17

O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025

EM ROTA DE COLISÃO?

Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo

19 de novembro de 2024 - 14:28

O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente

O CÉU É O LIMITE?

Rali do Trump Trade acabou? Bitcoin (BTC) se estabiliza, mas analistas apontam eventos-chave para maior criptomoeda do mundo chegar aos US$ 200 mil

18 de novembro de 2024 - 17:16

Mercado de criptomoedas se aproxima de uma encruzilhada: rumo ao topo ou a resultados medianos? Governo Trump pode ter a chave para o desfecho.

PÉ NO ACELERADOR

Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação

18 de novembro de 2024 - 13:31

Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa

DESTAQUES DA BOLSA

Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial

18 de novembro de 2024 - 12:27

O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil

18 de novembro de 2024 - 8:07

Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias

ANOTE NO CALENDÁRIO

Agenda econômica: balanço da Nvidia (NVDC34) e reunião do CMN são destaques em semana com feriado no Brasil

18 de novembro de 2024 - 7:03

A agenda econômica também conta com divulgação da balança comercial na Zona do Euro e no Japão; confira o que mexe com os mercados nos próximos dias

ANTES DA CÚPULA

No G20 Social, Lula defende que governos rompam “dissonância” entre as vozes do mercado e das ruas e pede a países ricos que financiem preservação ambiental

16 de novembro de 2024 - 15:56

Comentários de Lula foram feitos no encerramento do G20 Social, derivação do evento criada pelo governo brasileiro e que antecede reunião de cúpula

NÃO TEVE B3, MAS OS GRINGOS OPERARAM

Nova York naufragou: ações que navegavam na vitória de Trump afundam e bolsas terminam com fortes perdas — Tesla (TSLA34) se salva

15 de novembro de 2024 - 18:10

Europa também fechou a sexta-feira (15) com perdas, enquanto as bolsas na Ásia terminaram a última sessão da semana sem uma direção comum, com dados da China e do Japão no radar dos investidores

DO ROXO AO VERMELHO

Warren Buffett não quer o Nubank? Megainvestidor corta aposta no banco digital em quase 20% — ação cai 8% em Wall Street 

15 de novembro de 2024 - 18:01

O desempenho negativo do banco digital nesta sexta-feira pode ser explicado por três fatores principais — e um deles está diretamente ligado ao bilionário

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar