🔴 SAVE THE DATE – 25/11: MOEDA COM POTENCIAL DE 30.000% DE VALORIZAÇÃO SERÁ REVELADA – VEJA COMO ACESSAR

Felipe Miranda: A destruição criativa chega também ao bull market

Em termos práticos, os dois grandes inimigos dos ativos de risco brasileiro desde o momento ruim iniciado em julho de 2021 vinham sendo os juros muito altos no exterior e o interesse quase exclusivo na temática da inteligência artificial, da qual estamos basicamente alijados

12 de agosto de 2024
20:03 - atualizado às 18:00
Touro e urso nos mercados financeiros
Touro e urso nos mercados financeiros - Imagem: DALL-E/ChatGPT

Ray Dalio talvez seja o maior propagador da ideia de mudanças de paradigma entre os financistas.

Ele costuma usar esse arcabouço mental para descrever sua “Nova Ordem Mundial”, em que alerta para ascensões e quedas de impérios ao longo da História, e também para identificar tendências quase seculares entre os ativos financeiros e os mercados de capitais — a cada dez anos aproximadamente, mudam-se os líderes dos rankings das grandes multiplicações e aquilo que funcionou na década anterior deixa de ser adequado para o momento subsequente.

A expressão não é nova, claro. Lá por 1962, Thomas Kuhn formalizou longa argumentação para as mudanças de paradigma no clássico “Estrutura das Revoluções Científicas”, com foco nas grandes alterações de abordagem e conceituação dentro da comunidade científica.

Busco evitar superlativos e certa inclinação a exageros. O Brasil da mediocridade poda adjetivações histriônicas.

Desconfio, porém, estarmos penetrando um novo paradigma para os investimentos. Aquilo que funcionou desde julho de 2021 pode subitamente cair em desuso.

Já as coisas largadas e desprezadas há três anos emergem como candidatas a estrela em uma nova ordem ditada por juros internacionais menores e pela percepção de que a concentração nas big techs norte-americanas é uma parada meio cringe. 

Leia Também

  • Quer saber qual é a carteira ideal para você? Ferramenta simula carteira de acordo com seu perfil, objetivo e valor inicial. Confira aqui

O novo bull market

Na semana passada, uma notinha de Louis Gave, da Gavekal, me chamou bastante atenção.

Um resumo do argumento é mais ou menos este: “daqui pra frente, parece provável que o Fed vá mesmo cortar a taxa básica de juro, e isso deve levar a um enfraquecimento do dólar frente às principais moedas.

Conforme o dólar se enfraquece, o bastão será passado para outras economias para guiar o crescimento global e para outros mercados para liderar um novo bull market.

Como no estouro da bolha pontocom entre 2000 e 2001, o fim do bull market nas bolsas norte-americanas e a potencial desaceleração do crescimento do PIB dos EUA não significam necessariamente o fim do mundo. Muito ao contrário, podem simplesmente representar portas se abrindo para outras oportunidades.”

A Gavekal defende que, quando um bull market se encerra, um novo surge necessariamente em outro lugar.

Se há, ao menos na margem, menor interesse nas big techs norte-americanas frente ao observado nos meses anteriores, seria inapropriado insistir na pergunta de quando as big techs voltarão a liderar o movimento de alta. A questão mais pertinente deveria ser qual o novo bull market.

Em termos práticos, os dois grandes inimigos dos ativos de risco brasileiro desde o momento ruim iniciado em julho de 2021 vinham sendo os juros muito altos no exterior e o interesse quase exclusivo na temática da inteligência artificial, da qual estamos basicamente alijados.

Com juros caindo nos EUA, aumenta o apelo da periferia. E se é hora de comprar ativos mais sensíveis à flexibilização da política monetária, as big techs norte-americanas perdem parte do apelo, sobretudo quando o nível de capex da espécie de corrida armamentista em torno da IA alimenta preocupações de que pode sobrar menos fluxo de caixa para os acionistas.

Um novo paradigma?

Espremidos entre os juros muito altos nos EUA e o medo de recessão iminente por lá, entre a ditadura woke e a transcendência neopentecostal, entre as críticas ao Copom e a sanha arrecadatória, nos esquecemos de que ações ainda são pedaços de empresa.

E também daquela famigerada frase do jovem promissor de Omaha: “se os negócios vão bem, no final as ações acabam seguindo.”

Felizmente, a quase encerrada temporada de resultados relativos ao segundo trimestre tem nos lembrado isso. Abundam exemplos de empresas cujos desempenhos mostram sólido crescimento de lucros, balanços fortes e performances acima das expectativas.

Com efeito, os lucros corporativos se expandem, na média, algo como 15%/20%. Algumas companhias preservam poder de mercado e remarcam preços. Outras fizeram um dever de casa intenso nos últimos anos para controlar custos e despesas operacionais.

E, para todas, os juros são agora menores — não temos a Selic caminhando para 8% como se especulou no começo do ano, mas 10,50% já é bem diferente de 13,75%.

Um fenômeno capaz de desafiar a aritmética elementar dos valuations se manifesta no universo da renda variável nacional.

Pense rapidamente sobre a mais simples métrica de avaliação das companhias: a relação Preço sobre Lucro (P/L). Do parágrafo anterior, inferimos que os lucros estão subindo. Portanto, para o mesmo preço das ações, o múltiplo P/L, que já era baixo, cai.

Ao mesmo tempo, juros menores deveriam significar expansão dos múltiplos. Se o custo de oportunidade do capital naquela economia é menor, por arbitragem, os retornos de todo mercado deveriam cair.

O investidor toparia pagar mais pelo mesmo lucro. É o chamado re-rating, uma reavaliação para cima no preço das ações típica de situações de juros para baixo. 

Em resumo, os lucros estão subindo com vigor e os múltiplos deveriam se expandir. Por construção, pela atuação dessas duas forças, os preços das ações deveriam estar subindo. Seja para simplesmente acompanhar os lucros, seja pelo necessário re-rating para o ambiente de juros menores (ou, claro, por uma combinação entre as duas coisas). 

Enquanto isso na sala da injustiça, o Ibovespa ainda cai 2,66% no ano. O SMAL11 recua 7,95%. Um novo paradigma pode estar a caminho.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
BOM, PORÉM…

Nvidia (NVDC34) vê lucro mais que dobrar  no ano — então, por que as ações caem 5% hoje? Entenda o que investidores viram de ruim no balanço

21 de novembro de 2024 - 11:22

Ainda que as receitas tenham chegado perto dos 100% de crescimento, este foi o primeiro trimestre com ganhos percentuais abaixo de três dígitos na comparação anual

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote

21 de novembro de 2024 - 8:23

Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa

FÁBRICA DE BILIONÁRIOS

Que crise? Weg (WEGE3) quer investir US$ 62 milhões na China para aumentar capacidade de fábrica

21 de novembro de 2024 - 8:22

O investimento será realizado nos próximos anos e envolve um plano que inclui a construção de um prédio de 30 mil m², com capacidade para fabricação de motores de alta tensão

DE COADJUVANTE A PROTAGONISTA

Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente

21 de novembro de 2024 - 6:09

Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade

PAPEL ATRAENTE

É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA

19 de novembro de 2024 - 18:17

O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025

SD Select

Em busca de dividendos? Curadoria seleciona os melhores FIIs e ações da bolsa para os ‘amantes’ de proventos (PETR4, BBAS3 e MXRF11 estão fora)

19 de novembro de 2024 - 15:47

Money Times, portal parceiro do Seu Dinheiro, liberou acesso gratuito à carteira Double Income, que reúne os melhores FIIs, ações e títulos de renda fixa para quem busca “viver de renda”

HIDRELÉTRICAS

R$ 4,1 bilhões em concessões renovadas: Copel (CPLE6) garante energia para o Paraná até 2054 — e esse banco explica por que você deve comprar as ações 

19 de novembro de 2024 - 15:12

Companhia paranaense fechou o contrato de 30 anos referente a concessão de geração das usinas hidrelétricas Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias

EM ROTA DE COLISÃO?

Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo

19 de novembro de 2024 - 14:28

O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente

Conteúdo BTG Pactual

Equatorial (EQTL3) tem retorno de inflação +20% ao ano desde 2010 – a gigante de energia pode gerar mais frutos após o 3T24?

19 de novembro de 2024 - 14:00

Ações da Equatorial saltaram na bolsa após resultados fortes do 3º tri; analistas do BTG calculam se papel pode subir mais após disparada nos últimos anos

SD Select

‘Mãe de todos os ralis’ vem aí para a bolsa brasileira? Veja 3 razões para acreditar na disparada das ações, segundo analista

19 de novembro de 2024 - 10:29

Analista vê três fatores que podem “mudar o jogo” para o Ibovespa e a bolsa como um todo após um ano negativo até aqui; saiba mais

ANOTE NO CALENDÁRIO

A B3 vai abrir no dia da Consciência Negra? Confira o funcionamento da bolsa, bancos e Correios na estreia do novo feriado nacional

19 de novembro de 2024 - 7:02

É a primeira vez que o Dia da Consciência Negra consta no calendário dos feriados nacionais. Como de costume, as comemorações devem alterar o funcionamento dos principais serviços públicos

COMPRAR OU VENDER

Grupo Mateus: Santander estabelece novo preço-alvo para GMAT3 e prevê valorização de 33% para as ações em 2025; saiba se é hora de comprar

18 de novembro de 2024 - 17:42

O banco reduziu o preço-alvo para os papéis da varejista de alimentos em relação à 2024, mas mantém otimismo com crescimento e parceria estratégica

PÉ NO ACELERADOR

Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação

18 de novembro de 2024 - 13:31

Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa

DESTAQUES DA BOLSA

Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial

18 de novembro de 2024 - 12:27

O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada

EM MINAS GERAIS

Cemig (CMIG4) e Copasa (CSMG3) voltam a ficar no radar das privatizações e analistas dizem qual das duas tem mais chance de brilhar

18 de novembro de 2024 - 10:31

Ambas as empresas já possuem capital aberto na bolsa, mas o governo mineiro é quem detém o controle das empresas como acionista majoritário

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil

18 de novembro de 2024 - 8:07

Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias

RESULTADOS FINAIS

Lucro dos bancos avança no 3T24, mas Selic alta traz desafios para os próximos resultados; veja quem brilhou e decepcionou na temporada de balanços 

18 de novembro de 2024 - 6:01

Itaú mais uma vez foi o destaque entre os resultados; Bradesco avança em reestruturação e Nubank ameaça desacelerar, segundo analistas

NÃO TEVE B3, MAS OS GRINGOS OPERARAM

Nova York naufragou: ações que navegavam na vitória de Trump afundam e bolsas terminam com fortes perdas — Tesla (TSLA34) se salva

15 de novembro de 2024 - 18:10

Europa também fechou a sexta-feira (15) com perdas, enquanto as bolsas na Ásia terminaram a última sessão da semana sem uma direção comum, com dados da China e do Japão no radar dos investidores

DO ROXO AO VERMELHO

Warren Buffett não quer o Nubank? Megainvestidor corta aposta no banco digital em quase 20% — ação cai 8% em Wall Street 

15 de novembro de 2024 - 18:01

O desempenho negativo do banco digital nesta sexta-feira pode ser explicado por três fatores principais — e um deles está diretamente ligado ao bilionário

OS PLANOS DO BB

Banco do Brasil (BBAS3) de volta ao ataque: banco prevê virada de chave com cartão de crédito em 2025 

15 de novembro de 2024 - 17:02

Após fase ‘pé no chão’ depois da pandemia da covid-19, a instituição financeira quer expandir a carteira de cartão de crédito, que tem crescido pouco nos últimos dois anos

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar