🔴 SAVE THE DATE – 25/11: MOEDA COM POTENCIAL DE 30.000% DE VALORIZAÇÃO SERÁ REVELADA – VEJA COMO ACESSAR

O paradoxo do conservadorismo necessário: para que os juros caiam depois, é preciso mantê-los elevados agora

Manter os juros altos agora não apenas ajudaria a reancorar as expectativas de inflação, mas também permitiria uma política monetária mais flexível no futuro

18 de junho de 2024
6:33 - atualizado às 9:58
campos neto juros selic
Imagem: Flickr/Wikimedia Commons - Montagem: Giovanna Figueredo

Após a confusão gerada pelo último Comitê de Política Monetária (Copom) devido à comunicação de sua decisão, é natural que haja maior ansiedade e precaução em relação à reunião desta semana.

O Copom começa hoje e será concluído amanhã, após o fechamento do pregão.

Mais do que a decisão em si, o mercado espera um comunicado claro e assertivo, que não dê margem a múltiplas interpretações.

O Brasil atravessa um período de grande estresse.

O antigo arcabouço fiscal não mais se sustenta.

As normas fiscais apresentavam inconsistências desde o início e sua duração surpreendentemente curta evidenciou suas falhas.

Ao que tudo indica, o ajuste fiscal baseado no aumento de arrecadação atingiu seu limite.

Leia Também

Empresários se mobilizaram e o Congresso percebeu a urgência da situação.

Todos agora enfatizam a necessidade de revisar os gastos públicos.

O mercado manifestou seu desconforto com os níveis de preços dos ativos, com o real sendo uma das moedas de pior desempenho global em 2024, além da queda na Bolsa de Valores.

Diante da inviabilidade do modelo atual, precisamos mudar, mesmo que sejam apenas pequenos ajustes no curto prazo.

Sem espaço para aumentar receitas, enfrentamos uma escolha crítica: ou reduzimos os gastos, ou abandonamos qualquer tentativa de ajuste fiscal.

Estamos justamente no momento de decidir qual caminho seguir.

Por isso, a crescente incerteza fiscal e a deterioração dos ativos domésticos, especialmente o real, devem elevar a cautela entre os membros do Copom.

O Banco Central (BC) corre o risco de entrar em um novo ciclo vicioso, especialmente com a predominância de indicados pelo presidente Lula no Copom até o final do ano.

Credibilidade do Copom é questionada

A configuração dos votos no último encontro do Copom foi problemática, pois os quatro votos a favor de um corte de 50 pontos-base nos juros vieram dos diretores indicados pelo governo Lula.

Embora fosse possível justificar um corte de 0,50 ponto percentual, a comunicação precisava ser mais precisa e acertada.

Com consequência, a credibilidade do BC foi questionada após a votação dividida na reunião de maio, o que reforça a importância de uma decisão unânime agora. Ou seja, além de ser conservadora, a decisão precisa ser de comum acordo.

Copom vai repetir erros do passado?

Há uma preocupação no mercado financeiro sobre a possível repetição dos problemas enfrentados durante a administração de Dilma Rousseff.

Naquela época, uma série de reduções na taxa de juros levou a expectativas inflacionárias que ultrapassaram as metas estabelecidas.

Nesse contexto, é apropriado falar em "crise" de credibilidade atualmente, e o BC não pode ser eximido de sua parcela de responsabilidade.

A unanimidade entre os membros do Comitê de Política Monetária (Copom) para manter a taxa Selic em 10,50% na reunião de quarta-feira poderia marcar um passo importante na recuperação da confiança na instituição.

Pausar o ciclo de reduções na taxa de juros agora poderia responder eficazmente ao desalinhamento das expectativas inflacionárias e às incertezas do mercado sobre o compromisso da futura administração do Banco Central com a meta de inflação.

Não me leve a mal

É fundamental não interpretar mal minha posição: acredito que haverá novas reduções nas taxas de juros, mas estas devem ocorrer mais adiante, e não de imediato.

Para que essa medida seja viável, é necessário que ocorra uma redução nas taxas de juros nos Estados Unidos, o que é esperado para o segundo semestre deste ano, além de uma política fiscal mais coerente e minimamente responsável.

É válido questionar os altos níveis dos juros no Brasil. No entanto, uma redução forçada da Selic poderia, paradoxalmente, resultar em taxas ainda mais altas no futuro.

Se as expectativas de inflação estão aumentando, os agentes econômicos antecipam o crescimento dos preços futuros, alimentando a inflação presente.

Aqui, o desafio não é apenas controlar a inflação corrente, mas também gerenciar as expectativas futuras.

A combinação de uma política fiscal excessivamente permissiva e uma política monetária que seja subserviente ou excessivamente arriscada leva à valorização do dólar.

Esse aumento afeta inicialmente os preços dos produtos importados e, posteriormente, se propaga ao restante da economia através do efeito da variação cambial.

Diante dessa situação, o Banco Central é compelido a responder, resultando eventualmente em um aumento das taxas de juros.

Recentemente, Fernando Haddad e Simone Tebet propuseram uma ampla revisão das despesas públicas, uma iniciativa que inicialmente foi recebida com otimismo, mas que rapidamente perdeu força com falas estranhas do presidente Lula e de seu partido.

Não podemos mais nos esconder: se quer corte de juros, precisa cortar gastos.

Para implementar políticas sociais eficazes, é essencial que as finanças públicas estejam organizadas.

Se nosso objetivo é alcançar taxas de juros mais baixas, é crucial garantir que o BC opere de maneira estritamente técnica e cautelosa.

Funciona paradoxalmente como um conservadorismo necessário.

Isso não apenas ajudaria a reancorar as expectativas inflacionárias, mas também permitiria uma política monetária mais flexível no futuro.

O caminho até lá, porém, apresenta desafios significativos.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
LAÇOS FORTALECIDOS

De agricultura e tecnologia nuclear à saúde e cultura: Brasil e China assinam 37 acordos bilaterais em várias áreas; confira quais

20 de novembro de 2024 - 14:32

Acordo assinado hoje por Xi Jinping e Lula abrange 15 áreas estratégicas e fortalece relação comercial entre países

OPERAÇÃO CONTRAGOLPE

Polícia Federal: general preso imprimiu plano de execução de autoridades no Palácio do Planalto

20 de novembro de 2024 - 13:45

PF divulgou que o general reformado Mário Fernandes deu o nome de Planejamento ao arquivo impresso

‘PUNHAL VERDE E AMARELO’

O que se sabe até agora sobre o complô dos ‘Kids Pretos’ para matar Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes — e que teria a participação do vice de Bolsonaro

19 de novembro de 2024 - 14:28

A ideia de envenenamento, de acordo com o plano do general, considerava a vulnerabilidade de saúde e a ida frequente de Lula a hospitais

IMPOSTO PARA RICOS

É hora de taxar os super-ricos? G20 faz uma proposta vaga, enquanto Lula propõe alíquota  que poderia gerar US$ 250 bilhões por ano no mundo

19 de novembro de 2024 - 14:19

Na Cúpula do G20, presidente Lula reforça as críticas ao sistema tributário e propôs um número exato de alíquota para taxar as pessoas mais ricas do mundo

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Acaba logo, pô! Ibovespa aguarda o fim da cúpula do G20 para conhecer detalhes do pacote fiscal do governo

19 de novembro de 2024 - 8:02

Detalhes do pacote já estão definidos, mas divulgação foi postergada para não rivalizar com as atenções à cúpula do G20 no Rio

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: O Brasil (ainda não) voltou — mas isso vai acontecer

18 de novembro de 2024 - 20:00

Depois de anos alijados do interesse da comunidade internacional, voltamos a ser destaque na imprensa especializada. Para o lado negativo, claro

ELE ESTÁ PRA CHEGAR…

O primeiro dia do G20 no Rio: Biden, Xi e Lula falam de pobreza, fome e mudanças climáticas à sombra de Trump

18 de novembro de 2024 - 19:20

As incertezas sobre a política dos EUA deixaram marcas nos primeiros debates do G20; avanços em acordos internacionais também são temas dos encontros

NA PONTA DO LÁPIS

O tamanho do corte que o mercado espera para “acalmar” bolsa, dólar e juros — e por que arcabouço se tornou insustentável

18 de novembro de 2024 - 13:22

Enquanto a bolsa acumula queda de 2,33% no mês, a moeda norte-americana sobe 1,61% no mesmo intervalo de tempo, e as taxas de depósito interbancário (DIs) avançam

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil

18 de novembro de 2024 - 8:07

Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias

ANOTE NO CALENDÁRIO

Agenda econômica: balanço da Nvidia (NVDC34) e reunião do CMN são destaques em semana com feriado no Brasil

18 de novembro de 2024 - 7:03

A agenda econômica também conta com divulgação da balança comercial na Zona do Euro e no Japão; confira o que mexe com os mercados nos próximos dias

ANTES DA CÚPULA

No G20 Social, Lula defende que governos rompam “dissonância” entre as vozes do mercado e das ruas e pede a países ricos que financiem preservação ambiental

16 de novembro de 2024 - 15:56

Comentários de Lula foram feitos no encerramento do G20 Social, derivação do evento criada pelo governo brasileiro e que antecede reunião de cúpula

EMBOLOU O MEIO DE CAMPO

Milei muda de posição na última hora e tenta travar debate sobre taxação de super-ricos no G20

16 de novembro de 2024 - 9:11

Depois de bloquear discussões sobre igualdade de gênero e agenda da ONU, Milei agora se insurge contra principal iniciativa de Lula no G20

NÃO TEVE B3, MAS OS GRINGOS OPERARAM

Nova York naufragou: ações que navegavam na vitória de Trump afundam e bolsas terminam com fortes perdas — Tesla (TSLA34) se salva

15 de novembro de 2024 - 18:10

Europa também fechou a sexta-feira (15) com perdas, enquanto as bolsas na Ásia terminaram a última sessão da semana sem uma direção comum, com dados da China e do Japão no radar dos investidores

ALÍVIO NO BOLSO

Azeite a peso de ouro: maior produtora do mundo diz que preços vão cair; saiba quando isso vai acontecer e quanto pode custar

15 de novembro de 2024 - 17:31

A escassez de azeite de oliva, um alimento básico da dieta mediterrânea, empurrou o setor para o modo de crise, alimentou temores de insegurança alimentar e até mesmo provocou um aumento da criminalidade em supermercados na Europa

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A arte de negociar: Ação desta microcap pode subir na B3 após balanço forte no 3T24 — e a maior parte dos investidores não tem ela na mira

15 de novembro de 2024 - 9:32

Há uma empresa fora do radar do mercado com potencial de proporcionar uma boa valorização para as ações

MUITA CALMA NESSA HORA

Está com pressa por quê? O recado do chefão do BC dos EUA sobre os juros que desanimou o mercado

14 de novembro de 2024 - 18:40

As bolsas em Nova York aceleraram as perdas e, por aqui, o Ibovespa chegou a inverter o sinal e operar no vermelho depois das declarações de Jerome Powell; veja o que ele disse

ANTES DA DESPEDIDA

A escalada sem fim da Selic: Campos Neto deixa pulga atrás da orelha sobre patamar dos juros; saiba tudo o que pensa o presidente do BC sobre esse e outros temas

14 de novembro de 2024 - 17:32

As primeiras declarações públicas de RCN depois da divulgação da ata do Copom, na última terça-feira (12), dialogam com o teor do comunicado e do próprio resumo da reunião

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Um passeio no Hotel California: Ibovespa tenta escapar do pesadelo após notícia sobre tamanho do pacote fiscal de Haddad

14 de novembro de 2024 - 8:19

Mercado repercute pacote fiscal maior que o esperado enquanto mundo político reage a atentado suicida em Brasília

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Você precisa fazer alguma coisa? Ibovespa acumula queda de 1,5% em novembro enquanto mercado aguarda números da inflação nos EUA

13 de novembro de 2024 - 8:09

Enquanto Ibovespa tenta sair do vermelho, Banco Central programa leilão de linha para segurar a alta do dólar

O QUE FAZER?

Voltado para a aposentadoria, Tesouro RendA+ chega a cair 30% em 2024; investidor deve fazer algo a respeito?

13 de novembro de 2024 - 6:03

Quem comprou esses títulos públicos no Tesouro Direto pode até estar pensando no longo prazo, mas deve estar incomodado com o desempenho vermelho da carteira

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar