🔴 SAVE THE DATE – 25/11: MOEDA COM POTENCIAL DE 30.000% DE VALORIZAÇÃO SERÁ REVELADA – VEJA COMO ACESSAR

A inteligência artificial está “sugando” recursos das bolsas — inclusive do nosso Ibovespa

No início dos anos 2000, se entendia que os mercados emergentes, de alguma forma, se aproximariam dos desenvolvidos

2 de abril de 2024
6:58 - atualizado às 8:26

O começo do ano foi desafiador para os investimentos no Brasil. O Ibovespa teve um recuo de 4,5% nos primeiros três meses, contrastando com o avanço dos índices americanos, que bateram recordes graças ao impulso de gigantes tecnológicas como Microsoft e Nvidia.

É curioso perceber que, no passado, o apelo dos mercados emergentes residia na promessa de crescimento acelerado, acima de mercados maduros, e oportunidades inéditas de negócios.

Atualmente, porém, o epicentro desse dinamismo é a terra do Tio Sam, lar das "Magnificent 7" – Nvidia, Apple, Microsoft, Amazon, Meta, Alphabet e Tesla –, que redefine as fronteiras da inovação, especialmente em inteligência artificial.

Em outras palavras, com a IA e outras tecnologias revolucionárias concentradas nas mãos de potências desenvolvidas, surge o questionamento sobre o real valor de aportar em mercados emergentes.

Mercados emergentes X Bolsas tradicionais

O sucesso das empresas americanas, como a Nvidia, e as expectativas de crescimento contínuo atraíram investidores de todo o mundo, fazendo com que a valorização dos emergentes parecesse ínfima frente ao S&P 500.

De fato, as ações dos mercados emergentes sofreram uma queda de 23% nos últimos três anos, em contraste com o aumento de 15% observado no índice MSCI ACWI, evidenciando um deslocamento de investimentos que também afetou o Brasil.

Leia Também

Após um final de ano animador, com a entrada de capital estrangeiro, os primeiros meses deste ano marcaram uma reversão dessa tendência, com a retirada líquida de mais de R$ 20 bilhões por parte dos investidores internacionais.

Embora o saldo dos últimos 12 meses ainda seja positivo, graças aos últimos dois meses de 2023, a continuidade dessa dinâmica é incerta, especialmente porque o investidor local não tem demonstrado força para impulsionar o mercado.

E o Ibovespa nessa história

O investidor de varejo brasileiro, desgastado após anos de baixa performance, e os institucionais, limitados por orçamentos restritos, refletem um cenário onde novas injeções de capital se tornam cada vez mais escassas.

Fonte: Itaú BBA.

Realmente, os EUA têm sido um dos principais catalisadores para o desânimo no mercado brasileiro recentemente, por motivos técnicos que levaram a uma alta nas taxas de juros, sugando a liquidez global.

A economia americana está forte, e a inflação teimosamente elevada, aliada aos preços altos do petróleo, levanta a possibilidade de que o Fed mantenha as taxas de juros elevadas por mais tempo. Essa possibilidade afeta negativamente os emergentes.

  • LEIA TAMBÉM: Casa de análise libera carteira gratuita de ações americanas pra você buscar lucros dolarizados em 2024. Clique aqui e acesse.

De volta ao passado

No início dos anos 2000, se entendia que os mercados emergentes, de alguma forma, se aproximariam dos desenvolvidos, com uma população em crescimento e maior produtividade do capital.

Esse conceito não estava distante da noção de “decoupling” dos mercados emergentes, que propunha um descolamento destes em relação às economias desenvolvidas, permitindo um desempenho positivo mesmo diante de uma desaceleração nos países avançados – uma expectativa que, no fim das contas, não se concretizou.

A teoria de “catch-up” é, em essência, o que atrai investidores para os mercados emergentes, pela perspectiva de maior risco, mas também de maior potencial de crescimento e valorização. No entanto, não existem garantias de que esse processo de convergência aconteça de forma concreta.

Realmente, quando olhamos para os motores de crescimento futuros, parece que estamos nos direcionando para um acentuado domínio dos Estados Unidos e um cenário corporativo onde prevalece a lógica do “vencedor leva tudo”.

Apesar dos Estados Unidos enfrentarem desafios significativos, como questões fiscais alarmantes, uma sociedade profundamente dividida e a falta de lideranças unificadoras, ainda mantêm uma vantagem considerável em relação aos demais.

O princípio de que o “vencedor leva tudo” é particularmente intenso neste contexto.

Onde a IA se encaixa nisso?

A tecnologia, intrinsecamente escalável e desafiadora de limites geográficos, deixa para trás aqueles que não conseguem inovar com rapidez ou manter a qualidade.

Tomemos como exemplo as placas de vídeo da Nvidia, atualmente sem paralelo em qualidade, destacando a companhia como uma força excepcional no mercado.

À medida que adentramos a era da inteligência artificial, que exige grandes investimentos, acesso abundante a dados, e extenso treinamento de algoritmos de aprendizado de máquina, as gigantes tecnológicas desfrutam de vantagens significativas e estruturais.

A escalada da Nasdaq é, por certo, impressionante.

No presente ano, o índice de tecnologia americano já acumula uma alta aproximada de 10%, e nos últimos 12 meses, a valorização ronda os 35%, atingindo seus picos históricos mesmo diante de altas taxas de juros.

Frequentemente, surgem comparações com bolhas do passado, como a “bolha pontocom” dos anos 1999 e 2000.

Contudo, não vejo uma analogia convincente entre os períodos.

Até agora, tudo bem

Embora possamos reconhecer que a revolução da inteligência artificial, em termos de seu potencial para impulsionar ganhos de produtividade, seja comparável ao impacto inicial da internet, a justificativa para os atuais valuations das ações é substancialmente mais sólida hoje em dia.

Embora as empresas estejam operando com múltiplos acima de suas médias históricas, elas ainda se distanciam dos extremos vistos em outros picos de mercado. 

Importante notar que elas se mantêm dentro de parâmetros razoáveis de lucratividade e geração de fluxo de caixa, mesmo com os juros em níveis mais elevados do que o comum.

Existe o risco palpável de que as corporações tecnológicas dos Estados Unidos absorvam uma parcela significativa da liquidez global, ao menos até que o Federal Reserve dê início ao processo de redução das taxas de juro.

De volta ao Ibovespa

Enquanto observamos a retirada de capital estrangeiro do Brasil, a Nasdaq alcança novos recordes e o bitcoin (BTC) experimenta uma valorização superior a 40% em um único mês.

O impacto dessa absorção de liquidez é crucial e não pode ser subestimado. Isso, porém, não significa o abandono da perspectiva positiva para os ativos brasileiros, mas talvez um adiamento para quando começar o ciclo de redução de juros nos EUA.

Durante essa espera, pode ser prudente manter uma parte do capital em grandes tecnológicas americanas e até em criptomoedas, que, apesar de serem consideradas voláteis, podem funcionar como proteção contra determinados riscos.

Mercado local: 2024 será um bom ano para o Ibovespa?

Quanto às ações brasileiras, especialmente após a correção no início de 2024, apresentam-se com preços bastante atrativos, negociando abaixo de seus valores usuais em termos de preço sobre lucro.

Há boas expectativas de crescimento de lucros, seja pela queda dos juros, seja por um aumento mais vigoroso do PIB, com previsões apontando para um crescimento em torno de 2% para este ano.

Mantemos a perspectiva de que 2024 será um ano favorável para os ativos de risco brasileiros, embora precisemos lidar com o desafio representado pela absorção de liquidez pelo sucesso das big techs e pela fascinação com a inteligência artificial.

As ações dos mercados emergentes deverão ganhar ímpeto quando houver maior clareza sobre o início do ciclo de redução de juros pelo Federal Reserve.

A paciência, mais uma vez, tende a ser recompensada.

VEJA TAMBÉM - A Nvidia é a culpada pelo fracasso do Ibovespa em 2024? Thiago Salomão responde

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
DE COADJUVANTE A PROTAGONISTA

Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente

21 de novembro de 2024 - 6:09

Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade

PAPEL ATRAENTE

É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA

19 de novembro de 2024 - 18:17

O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025

EM ROTA DE COLISÃO?

Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo

19 de novembro de 2024 - 14:28

O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente

O CÉU É O LIMITE?

Rali do Trump Trade acabou? Bitcoin (BTC) se estabiliza, mas analistas apontam eventos-chave para maior criptomoeda do mundo chegar aos US$ 200 mil

18 de novembro de 2024 - 17:16

Mercado de criptomoedas se aproxima de uma encruzilhada: rumo ao topo ou a resultados medianos? Governo Trump pode ter a chave para o desfecho.

PÉ NO ACELERADOR

Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação

18 de novembro de 2024 - 13:31

Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa

DESTAQUES DA BOLSA

Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial

18 de novembro de 2024 - 12:27

O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil

18 de novembro de 2024 - 8:07

Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias

ANOTE NO CALENDÁRIO

Agenda econômica: balanço da Nvidia (NVDC34) e reunião do CMN são destaques em semana com feriado no Brasil

18 de novembro de 2024 - 7:03

A agenda econômica também conta com divulgação da balança comercial na Zona do Euro e no Japão; confira o que mexe com os mercados nos próximos dias

ANTES DA CÚPULA

No G20 Social, Lula defende que governos rompam “dissonância” entre as vozes do mercado e das ruas e pede a países ricos que financiem preservação ambiental

16 de novembro de 2024 - 15:56

Comentários de Lula foram feitos no encerramento do G20 Social, derivação do evento criada pelo governo brasileiro e que antecede reunião de cúpula

NÃO TEVE B3, MAS OS GRINGOS OPERARAM

Nova York naufragou: ações que navegavam na vitória de Trump afundam e bolsas terminam com fortes perdas — Tesla (TSLA34) se salva

15 de novembro de 2024 - 18:10

Europa também fechou a sexta-feira (15) com perdas, enquanto as bolsas na Ásia terminaram a última sessão da semana sem uma direção comum, com dados da China e do Japão no radar dos investidores

DO ROXO AO VERMELHO

Warren Buffett não quer o Nubank? Megainvestidor corta aposta no banco digital em quase 20% — ação cai 8% em Wall Street 

15 de novembro de 2024 - 18:01

O desempenho negativo do banco digital nesta sexta-feira pode ser explicado por três fatores principais — e um deles está diretamente ligado ao bilionário

ALÍVIO NO BOLSO

Azeite a peso de ouro: maior produtora do mundo diz que preços vão cair; saiba quando isso vai acontecer e quanto pode custar

15 de novembro de 2024 - 17:31

A escassez de azeite de oliva, um alimento básico da dieta mediterrânea, empurrou o setor para o modo de crise, alimentou temores de insegurança alimentar e até mesmo provocou um aumento da criminalidade em supermercados na Europa

OS PLANOS DO BB

Banco do Brasil (BBAS3) de volta ao ataque: banco prevê virada de chave com cartão de crédito em 2025 

15 de novembro de 2024 - 17:02

Após fase ‘pé no chão’ depois da pandemia da covid-19, a instituição financeira quer expandir a carteira de cartão de crédito, que tem crescido pouco nos últimos dois anos

EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL

CEO da AgroGalaxy (AGXY3) entra para o conselho após debandada do alto escalão; empresa chama acionistas para assembleia no mês que vem

15 de novembro de 2024 - 16:16

Além do diretor-presidente, outros dois conselheiros foram nomeados; o trio terá mandato até a AGE marcada para meados de dezembro

BOLSA NA SEMANA

Ação da Americanas (AMER3) dispara 200% e lidera altas fora do Ibovespa  na semana, enquanto Oi (OIBR3) desaba 75%. O que está por trás das oscilações?

15 de novembro de 2024 - 13:21

A varejista e a empresa de telecomunicações foram destaque na B3 na semana mais curto por conta do feriado de 15 de novembro, mas por motivos exatamente opostos

VAI CORTAR A LINHA?

Oi (OIBR3) dá o passo final para desligar telefones fixos. Como ficam os seis milhões de clientes da operadora?

15 de novembro de 2024 - 10:04

Como a maior parte dos usuários da Oi também possui a banda larga da operadora, a empresa deve oferecer a migração da linha fixa para essa estrutura*

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A arte de negociar: Ação desta microcap pode subir na B3 após balanço forte no 3T24 — e a maior parte dos investidores não tem ela na mira

15 de novembro de 2024 - 9:32

Há uma empresa fora do radar do mercado com potencial de proporcionar uma boa valorização para as ações

SEXTOU COM O RUY

Na lista dos melhores ativos: a estratégia ganha-ganha desta empresa fora do radar que pode trazer boa valorização para as ações

15 de novembro de 2024 - 8:00

Neste momento, o papel negocia por apenas 4x valor da firma/Ebitda esperado para 2025, o que abre um bom espaço para reprecificação quando o humor voltar a melhorar

DAS TELAS PARA A VIDA REAL

O robô humanoide da Nvidia (NVDC34) vem aí: conheça o Jetson Thor, a novidade da gigante de chips prevista para o 1S25

14 de novembro de 2024 - 19:20

Agora, a Nvidia tem como alvo um mercado fragmentado de centenas de milhares de fabricantes de robôs, em contraste com o mercado concentrado de smartphones dominado por grandes players

MUITA CALMA NESSA HORA

Está com pressa por quê? O recado do chefão do BC dos EUA sobre os juros que desanimou o mercado

14 de novembro de 2024 - 18:40

As bolsas em Nova York aceleraram as perdas e, por aqui, o Ibovespa chegou a inverter o sinal e operar no vermelho depois das declarações de Jerome Powell; veja o que ele disse

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar