Trump ou Kamala? Resultado das eleições nos EUA pode sair só em dezembro — e UBS diz o que esperar da bolsa
Para quem investe, saber o quanto antes o nome do comandante-em-chefe da maior economia do mundo pode fazer toda a diferença — mas adiar os planos de investimento até lá também pode implicar em mais riscos e custos diante de uma espera potencialmente longa
Os norte-americanos começaram a escolher o novo presidente dos EUA quase um mês antes do dia oficial da eleição, marcada para 5 de novembro. A votação antecipada, no entanto, não significa agilidade na apuração — recontagens e disputas legais podem fazer com que o vencedor seja conhecido após 11 de dezembro, prazo para os estados declararem os votos no colégio eleitoral.
Para quem investe, saber o quanto antes o nome do comandante-em-chefe da maior economia do mundo pode fazer toda a diferença — mas adiar os planos de investimento até lá também pode implicar em mais riscos e custos diante de uma espera potencialmente longa.
“Recomendamos que os investidores permaneçam investidos, pois um plano de gestão de portfólio bem construído deve ser capaz de suportar a volatilidade do mercado em torno de uma eleição acirrada”, dizem os analistas do UBS.
Segundo eles, os investidores podem se proteger se estiverem particularmente preocupados com os resultados das eleições nos EUA, incluindo estratégias de preservação de capital, notas estruturadas e exposição a fundos de hedge e ouro.
Fugir ou ficar na bolsa dos EUA?
As ações dos EUA estão em níveis recordes à medida que as bolsas entram nas últimas duas semanas antes da eleição presidencial dos EUA.
O S&P 500, por exemplo, chegou à 47ª máxima histórica este ano na sexta-feira (18), após obter ganhos por seis semanas consecutivas — a mais longa sequência de vitórias este ano.
Leia Também
Mas se a recomendação é não esperar para ver quem vai vencer a eleição presidencial dos EUA — a democrata Kamala Harris ou o republicano Donald Trump — o que fazer então?
“Como nenhum dos partidos detém uma vantagem clara em nenhum dos principais estados indecisos que podem definir o resultado da eleição, a corrida continua muito acirrada para prever. Esperamos que a volatilidade aumente nas próximas semanas em meio à incerteza elevada”, diz o UBS.
Na visão do banco, essa volatilidade potencial dificilmente prejudicará os fundamentos positivos das ações e “os investidores de não fazer mudanças drásticas no portfólio com base nos resultados esperados das eleições norte-americanas”.
OS EUA NÃO ESTÃO NEM AÍ PARA O BRASIL
Eleição com recorde na bolsa e economia em crescimento
É importante lembrar, de qualquer forma, que a eleição presidencial nos EUA está ocorrendo em um cenário de crescimento saudável de lucros e sólido momento econômico.
As empresas que representam cerca de 15% da capitalização de mercado do S&P 500 já apresentaram os resultados do terceiro trimestre, com quase 80% delas superando as estimativas de lucros e mais de 60% ultrapassando as projeções de vendas.
“As equipes de gestão do banco estão otimistas sobre a economia em geral e confiantes na atividade dos mercados de capitais, enquanto os gastos do consumidor permanecem estáveis”, dizem os analistas do UBS.
Com o Federal Reserve (Fed) sinalizando mais cortes de juros em meio a uma economia resiliente, o banco prevê que os lucros do S&P 500 crescerão 11% este ano e 8% em 2025.
“Reduzir a exposição acionária após um resultado eleitoral ‘decepcionante’ provavelmente será contraproducente em longo prazo — dados que remontam a 1928 mostram que as ações norte-americanas tendem a subir nas eleições presidenciais dos EUA e depois”, acrescenta o UBS.
- A carteira de investimentos ideal existe? BTG Pactual quer ajudar investidores a montar carteira personalizada para diferentes estratégias; saiba mais
Implicações políticas para a bolsa
As potenciais implicações políticas para a bolsa precisarão ser vistas no contexto da implementação real das medidas prometidas, segundo o UBS.
“Acreditamos, por exemplo, que a reação automática do mercado a uma vitória de Donald Trump pode ser positiva, pois o risco de aumento de impostos ou maior regulamentação é precificado. Mas os mercados provavelmente logo passariam a considerar potenciais riscos de tarifas e déficit, o que poderia moderar qualquer alta”, dizem os analistas.
Vale lembrar que o corte de impostos corporativos só será possível se os republicanos controlarem as duas casas do Congresso — e os cortes só podem ser introduzidos após as tarifas comerciais potenciais entrarem em vigor. “[Isso] poderia ter implicações mais negativas no mercado macro e de ações”, afirma o UBS.
“Da mesma forma, embora os mercados possam inicialmente mostrar preocupação sobre alguns dos aspectos fiscais, antitruste e regulatórios da plataforma política de Kamala Harris, muitos provavelmente não serão aprovados. Em nossa opinião, as chances de ela ganhar a presidência junto com o controle do Congresso permanecem uma possibilidade remota”, acrescentam os analistas.
Felipe Miranda: Alguém está errado
A notícia sobre falas de Gleisi Hoffman sobre Gabriel Galípolo e o futuro das taxas de juros no Brasil em 2025 levanta dois problemas alarmantes — e uma série de inconsistências
Ainda é possível ser otimista com varejistas? Analista acredita que sim, mas descarta Magazine Luiza (MGLU3) e Casas Bahia (BHIA3)
Investidores de Magazine Luiza (MGLU3) e Casas Bahia (BHIA3) devem manter as expectativas baixas para os resultados trimestrais das companhias. Na visão do analista de ações da Empiricus Research Henrique Cavalcante, essas empresas de e-commerce ainda devem ver números calejados em um setor pressionado pela inflação e competitividade. Nesta segunda-feira (21), o Giro do Mercado, […]
Reviravolta na Hypera (HYPE3): EMS propõe fusão e oferta pelas ações dos minoritários; papéis revertem queda na B3
Ações da Hypera reverteram a trajetória de forte queda após site Brazil Journal revelar proposta de combinação de negócios entre as rivais do segmento de saúde
Qual ação de energia vai brilhar no 3T24? O JP Morgan aponta a Eletrobras (ELET3) como a ‘vencedora’ em meio ao clima seco e bandeira vermelha na tarifa
Para os analistas, as perspectivas ainda são fortes para a distribuição de energia, com uma melhora de cenário para o segmento de geração de eletricidade
Hypera (HYPE3) desaba na B3 após nova estratégia operacional desagradar o mercado — e analistas revelam o que esperar das ações da farmacêutica
O Itaú BBA rebaixou a recomendação para as ações HYPE3 para “market perform”, correspondente a neutro, e cortou o preço-alvo para o ano que vem
Interpretando a bolsa com Djavan: as recomendações para o fim de 2024 e balanços dominam mercados hoje
Com a agenda relativamente mais esvaziada, os investidores precisam ficar atentos à temporada de resultados e indicadores desta semana
Subsidiária da MSC ‘atravessa’ concorrência e vai pagar R$ 4,35 bilhões pelo controle da Wilson Sons (PORT3)
Controladora da Wilson Sons vinha negociando a venda da operação havia mais de um ano; preço por ação ficou 2% abaixo do fechamento de sexta-feira
“A Petrobras (PETR4) continua uma pechincha”: gestor da Inter Asset revela 5 ações para investir na bolsa até o fim de 2024
Para Rafael Cota, as ações PETR4 continuam “muito baratas” — mesmo que a companhia seja hoje avaliada em mais de R$ 500 bilhões
Em crise, Boeing vende subsidiária de defesa para multinacional francesa enquanto tenta reforçar as finanças
A Digital Receiver Technology, que fabrica equipamentos para os militares dos EUA, será vendida para a Thales Defense & Security, divisão da maior empresa de defesa da Europa
Sem chance de virada para o real? Os três fatores que devem manter o dólar em alta até o fim de 2024, segundo o mercado
Para participantes do mercado, a pressão tende a elevar as projeções de câmbio para o fim de 2024 — ainda que possa haver um alívio em relação aos níveis atuais
Oi (OIBR3) fecha venda de torres e imóveis para ATC por R$ 41 milhões; entenda a operação
A Oi vai transferir de torres de celular e imóveis como forma de pagamento parcial de créditos do credor no plano de recuperação judicial
O que acontece com a Hypera (HYPE3)? Com dívidas altas e ações em queda, farmacêutica anuncia nova estratégia de capital, interrompe guidance e vai recomprar ações na B3
A estratégia de otimização de capital de giro inclui a redução do prazo de pagamento concedido aos clientes; entenda os detalhes do processo
Marfrig (MRFG3) sobe 14% na B3 e lidera ganhos da semana com otimismo renovado do mercado — enquanto ação da PetroReconcavo (RECV3) cai quase 6%
O impulso das ações da Marfrig na B3 tomou força no pregão da última sexta-feira (18), quando o Goldman Sachs iniciou a cobertura dos papéis com recomendação de compra
O que falta para o gringo voltar a investir no Brasil? Só a elevação do rating pela Moody’s não é o suficiente, diz chairman da BlackRock no país
À frente da divisão brasileira da maior gestora de investimentos do mundo, Carlos Takahashi falou sobre investimento estrangeiro, diversificação e ETFs no episódio desta semana do podcast Touros e Ursos
Com caixa reforçado após o follow-on, Eneva (ENEV3) está pronta para aquisições — e BofA agora vê potencial de alta de 24,8% para as ações
O Bank of America manteve recomendação de compra para os papéis e elevou o preço-alvo a R$ 18, o que implica em uma valorização de 24,8% frente ao último fechamento
Ação da Marfrig (MRFG3) está “no ponto” de compra, diz Goldman Sachs — e revela três motivos por trás do otimismo com a dona da BRF
A visão otimista é sustentada por uma tríade de fatores: um desempenho melhor no mercado de carne bovina nos EUA, um portfólio mais forte na América do Sul e a melhora do balanço patrimonial
Light (LIGT3) recebe luz verde de credores no Reino Unido para proposta de reestruturação de dívidas; ação sobe mais de 3% na B3
Segundo a companhia de energia, 99,4% dos bondholders aprovaram o acordo, que será confirmado pela Corte Inglesa em audiência no dia 28 de outubro
Vale virar a chavinha? Em dia de agenda fraca, Ibovespa repercute PIB da China, balanços nos EUA e dirigentes do Fed
PIB da China veio melhor do que se esperava, assim como dados de vendas no varejo e produção industrial da segunda maior economia do mundo
Ações da Wilson Sons (PORT3) sobem forte com negociações para venda — e anúncio de outro potencial interessado na operação
Gestora I Squared avalia lançar uma possível oferta voluntária para aquisição de controle (e até 100%) da companhia; MSC seria a outra interessada, segundo jornal
Ação da Casas Bahia (BHIA3) pode subir 50% até o fim de 2025 — mas o risco não compensa os ganhos, segundo BB Investimentos
No banco, a recomendação hoje é manter distância das ações da gigante do varejo: os analistas mantiveram recomendação de venda para BHIA3