China não é ameaça aos EUA — ao menos não no campo econômico, diz Stuhlberger, da Verde Asset
O sócio-fundador da Verde Asset foi um dos painéis do CEO Conference Brasil de 2024, do BTG Pactual

O mundo pós-pandemia de covid-19 sofreu uma reorganização na cadeia de distribuição global. Esse novo cenário levantou a possibilidade de a China superar os Estados Unidos como principal economia do planeta.
Mas passados quase quatro anos desde o início da emergência sanitária, o panorama mudou bastante. “Em termos de geopolítica, os EUA estão a léguas da ameaça da China no campo econômico”, diz Luís Stuhlberger, sócio-fundador da Verde Asset, em um dos painéis do CEO Conference Brasil de 2024, do BTG Pactual.
Coordenando a mesa — que contava com a presença de André Jakurski, sócio-fundador do JGP e Rogério Xavier, sócio-fundador da SPX Capital — estava André Esteves, presidente do BTG.
Entre os diversos assuntos, Stuhlberger destaca o cenário da corrida eleitoral dos Estados Unidos e onde o país se situa no campo econômico. Para ele, o setor imobiliário chinês está “sobrevalorizado” e é o principal fator que impede a ultrapassagem da segunda maior economia do mundo.
Crescimento da China e crise do modelo
O gestor do Verde destaca que as preocupações envolvendo o crescimento menor do país passam pelo que ele chama de “crise no modelo”, que enfraquece o país no curto prazo.
Do outro lado, os EUA continuam com um “dinamismo econômico espetacular”, destacando o forte mercado de trabalho, apesar dos juros elevados.
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Mas as preocupações de uma nova etapa da guerra comercial não devem ser voltadas para os EUA e sim para a Europa, onde a China começa a ter uma penetração relevante nos mercados. Em especial o setor automobilístico alemão com a entrada dos populares — e mais baratos — carros chineses, como o BYD.
O efeito positivo dessa entrada dos chineses é a exportação da deflação, que já vem acontecendo em alguns países. “A deflação de bens vai influenciar em juros mais baixos, inflação mais baixa e, consequentemente, um crescimento maior”, diz Stuhlberger.
Eleições nos Estados Unidos
O cenário eleitoral foi outro ponto para o qual o chefe do Verde chamou a atenção. Donald Trump, candidato Republicano, é um dos preferidos do eleitorado, enquanto Joe Biden, democrata, luta contra uma imagem desgastada nos EUA.
Seja como for, um tema persistente na campanha de ambos é a imigração, e Stuhlberger traz o exemplo da Inglaterra. “Sabe por que 70% das pessoas que votaram a favor do Brexit estão arrependidas? Porque é o imigrante que faz o trabalho que o inglês não quer fazer”.
O exemplo é oportuno, tendo em vista que o número de pessoas sendo presas na fronteira com os EUA saiu de 25 mil por mês para 200 mil por mês durante o governo Biden.
“Ele [o presidente dos EUA] fez um novo recorde de apreensões ilegais na fronteira e deve usar isso durante a eleição”.
Do outro lado, Trump também deve voltar com a retórica de construir o muro e afastar o imigrante. Mas, na visão do chefe do Verde, deve ser apenas uma retórica eleitoral que não será colocada em prática.
China, EUA… e Brasil
“A taxa de juros está um absurdo no Brasil”, disse Rogério Xavier, sócio da SPX Capital. “Mas não dá pra dizer que eles não fizeram um bom trabalho, colocaram a inflação dentro da meta de 2023”.
Stuhlberger concorda, e ainda diz, taxativo sobre o cenário atual no país: “Os ativos no Brasil são baratos. Bolsa, câmbio, a gente está no melhor dos mundos e vai melhorar”.
Ele ressalta que o déficit de 1% do PIB e outros indicadores econômicos colocam o Brasil em uma posição favorável para os próximos anos. “A gente é otimista, mas”, continua, “por sermos um país emergente, somos sempre vítimas da descontinuidade eleitoral”.
Para ele, o risco futuro do país são as eleições presidenciais de 2026, o que pressiona a curva de juros longos. “Qual o preço que o PT cobrará do país no ano eleitoral?”, diz ele, destacando na sequência que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pode ser um empecilho para o partido não “cometer nenhum exagero”.
Por fim, o sócio-fundador da Verde Asset destaca que o Brasil pode chegar a uma taxa de juros de até 8% neste ano, mas que o Banco Central deve optar por deixar a Selic em 9% para evitar errar como no passado.
Na mais recente edição do Boletim Focus da autoridade monetária, a Selic terminaria 2024 no nível de exatos 9,00%.
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