🔴 NOVO APP QUE PODE GERAR GANHOS DE ATÉ R$680 POR DIA COM 3 CLIQUES – CONHEÇA

Larissa Vitória
Larissa Vitória
É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo portal SpaceMoney e pelo departamento de imprensa do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).
MISTÉRIO NA BOLSA

Por que um fundo imobiliário que paga dividendos acima da Selic negocia com 50% de desconto na bolsa? O gestor do BROF11 explica

De acordo com o gestor, a diferença acentuada entre o valor patrimonial e o preço de tela não está ligada a um motivo operacional, mas sim às próprias origens da base de cotistas do FII

Larissa Vitória
Larissa Vitória
28 de junho de 2024
15:35 - atualizado às 14:56
Miniatura de casa e moedas sobe uma balança sustentada pelo símbolo da porcentagem para representar o equilíbrio entre os dividendos, juros e fundos imobiliários
Imagem: Phiwath Jittamas/iStock

Com pouco mais de um ano de existência, o BR Properties Corporate Offices (BROF11) registra um feito notável no mercado: o fundo imobiliário distribui dividendos fartos com um yield acima da taxa Selic, mesmo que a criação do FII tenha coincidido justamente com o período de juros altos.

No último mês, por exemplo, o BROF11 pagou R$ 0,54 por cota, o que representa um dividend yield — o indicador que mede o retorno de um ativo a partir do pagamento de proventos — anualizado de 11,3%. Para efeito de comparação, a taxa básica de juros brasileira foi mantida em 10,5% ao ano neste mês. 

Apesar do patamar elevado dos dividendos — que são isentos de Imposto de Renda, vale ressaltar —, as cotas do fundo imobiliário são negociadas com um forte desconto na bolsa de valores.

Nesta sexta-feira (28), por exemplo, o FII operava a R$ 51,59, cifra mais de 51% inferior ao valor patrimonial das cotas, uma medida do que seria o “valor justo” para o BROF11 e calculada de acordo com os ativos reais que compõem seu portfólio.

Mas, de acordo com Gabriel Barcelos, sócio-fundador da BGR Asset Management, a gestora do fundo, a diferença acentuada entre o valor patrimonial e o preço de tela não está ligada a um motivo operacional, mas sim às próprias origens da base de cotistas.

Base de cotistas herdada provoca queda nas cotas do fundo imobiliário

Barcelos, que foi diretor da BR Properties por 12 anos e deixou o cargo após a GP Investimentos comprar a companhia e fechar o capital no ano passado, contou, durante participação em evento do setor promovido pela Fincare Investimentos nesta sexta-feira (28), que a BGR e o FII nasceram a partir da reestruturação da empresa.

Portanto, boa parte dos cotistas são os antigos acionistas da BR Properties que ganharam cotas do BROF11 durante a cisão da companhia  — incluindo muitos investidores institucionais e estrangeiros.

“O portfólio do fundo está todo locado e pagamos um dividendo alto. O grande problema é que alguns desses ex-acionistas não podem e nem devem carregar cotas de FIIs, então quando há janelas de mercado nós temos movimentos de saída”, afirmou o gestor.

Portanto, o grande desafio do BROF11 hoje é migrar de uma base institucional para pessoas físicas. Mas Barcelos destaca que o número de CPFs tem crescido e já ultrapassa os dez mil.

Qual é a estratégia da gestão do BROF11?

Outra cifra significativa para o fundo é o tamanho do portfólio: com apenas dois imóveis, também “herdados” da BR Properties, o fundo imobiliário registra um patrimônio líquido de mais de R$ 1,2 bilhão.

Mas esse número pode mudar em breve. “Não somos colecionadores de ativos, então nós adotamos uma gestão ativa”, diz Barcelos.

O gestor conta que a gestão estuda vender uma fatia de um dos dois ativos para destacar o valor patrimonial do portfólio e “mostrar para o mercado que o fundo existe, é bem gerido e há um grande desconto”.

Compartilhe

MERCADOS HOJE

Euro a preço de ouro: moeda vai a R$ 6,00 e dólar segue na casa de R$ 5,60 no primeiro dia de julho

1 de julho de 2024 - 15:40

A valorização do euro veio na esteira das eleições legislativas na França, com um avanço expressivo da extrema-direita

NOVA INADIMPLÊNCIA

Mais um fundo imobiliário da B3 diz ter levado calote da WeWork; confira o impacto da inadimplência nas receitas do VINO11

1 de julho de 2024 - 12:08

O contrato com a empresa representa cerca de 4% da área bruta locável e aproximadamente 5% das receitas totais do FII

DESTAQUES DA BOLSA

Ações da Moura Dubeux (MDNE3) abrem a semana em disparada; Santander vê espaço para alta de mais de 50% dos papéis e dividendos

1 de julho de 2024 - 11:27

O banco reforçou a recomendação de compra para os papéis e elevou também as estimativas e o preço-alvo da construtora

ONDE INVESTIR

Dólar de volta a R$ 5,05 e retomada da bolsa brasileira: CEO da Bradesco Asset revela apostas para o 2º semestre

1 de julho de 2024 - 6:03

Ex-secretário do Tesouro, Bruno Funchal prevê a intensificação das turbulências no mercado local diante do risco fiscal, mas Ibovespa deve voltar a atrair a atenção em 2024

Anote na agenda

Privatização da Sabesp (SBSP3): período de reserva das ações começa nesta segunda-feira (1º); veja o cronograma

30 de junho de 2024 - 17:21

Interessados terão até 15 de julho para reservar ações da oferta; preço será fixado em 18 de julho

Potencial na bolsa

6 ações para comprar: BB Investimentos inicia a cobertura de Nubank (ROXO34), Raízen (RAIZ4) e outras 4 empresas com indicações de compra

30 de junho de 2024 - 15:00

Analistas do BB-BI destacam também Cury (CURY3), Rumo (RAIL3), Eletrobras (ELET3) e Vamos (VAMO3), esta última com potencial de alta de 110% até o fim de 2025

Altas e baixas

Liderados pela BRF (BRFS3), frigoríficos têm as maiores altas do Ibovespa no semestre, junto com Embraer (EMBR3); veja o ranking

29 de junho de 2024 - 17:56

Dólar em alta beneficiou exportadores, mas sacrificou companhias aéreas, como a Azul, que amargou o pior desempenho do índice no ano; veja as maiores altas e baixas do semestre

Saída do gringo

Menos R$ 42 bilhões: fuga de estrangeiros da bolsa brasileira no 1º semestre é a maior desde a pandemia e deve continuar

29 de junho de 2024 - 16:30

Juro alto nos EUA e aumento do risco fiscal doméstico enfraquecem o real e tornam a B3 menos atrativa para o gringo, que já retirou mais de R$ 42 bilhões da bolsa neste ano

Pressão no câmbio

Dólar à beira dos R$ 5,60: moeda americana tem maior avanço semestral desde a pandemia com juro alto nos EUA e declarações de Lula

29 de junho de 2024 - 15:15

Dólar terminou o primeiro semestre em R$ 5,58, maior cotação desde janeiro de 2022, e acumula ganho de 15,14% no período

MOVIMENTANDO O PORTFÓLIO

HGRU11 fecha acordo milionário e compra de 23 novos imóveis ocupados por varejista

28 de junho de 2024 - 14:17

Novo contrato prevê a aquisição de todas as ações de uma sociedade de propósito específico (SPE), pelo valor de R$ 223 milhões

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar