Petrobras (PETR4) vai de alta de 2% a queda de mais de 1% com rumores sobre dividendos e Mercadante como CEO
Os papéis repercutem rumores de indicação de Aloizio Mercadante ao comando da estatal e o pagamento dos dividendos extraordinários congelados
As ações da Petrobras (PETR4) têm um pregão praticamente imprevisível nesta quinta-feira (4). Em questão de minutos, os papéis da estatal saíram de uma alta de mais de 2% para uma queda superior a 1%, para logo depois voltarem ao azul na B3.
O dia começou favorável para a Petrobras (PETR4), com as discussões sobre o pagamento de dividendos extraordinários de volta ao radar dos investidores após declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Mas ainda pela manhã o cenário mudou rapidamente, e não por culpa da queda do petróleo no mercado internacional.
Às 12h10, as ações preferenciais da Petrobras (PETR4) operavam em queda de 1,38%, a R$ 37,89.
O mercado reagiu a possíveis mudanças no comando da estatal. Mais especificamente a notícias de que Aloizio Mercadante, hoje presidente do BNDES, poderá ocupar a cadeira de CEO no lugar de Jean Paul Prates.
Vale lembrar que Mercadante chegou a ter várias reuniões com a Federação Única dos Petroleiros (FUP) durante o período de transição do governo, no final de 2022, tendo a Petrobras como pauta;
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Segundo fontes do Palácio do Planalto à CNN Brasil, a demissão do atual presidente da petroleira, Jean Paul Prates, deve acontecer em breve. Ele deve se reunir com o presidente Lula nesta sexta-feira (5).
Mas as ações da Petrobras não ficaram muito tempo no vermelho. Depois de novas notícias de que já haveria um acordo com o governo para o pagamento de parte dos dividendos extraordinários, os papéis voltaram ao azul.
Por volta das 12h30, as ações da estatal (PETR4) subiam 3,31%, a R$ 40,60 Mas é possível que no momento em que você esteja lendo esta notícia os papéis estejam de novo em queda, dependendo da evolução do noticiário. Siga os mercados.
- O que está acontecendo com a Petrobras? A equipe do Money Times, portal parceiro do Seu Dinheiro, investigou a fundo o que está rolando com a estatal em meio à interferência política e à retenção de dividendos; leia mais
Crise entre governo e Prates
O imbróglio entre o governo e Jean Paul Prates não é de hoje.
Há meses, a saída do ex-senador do comando da estatal tem sido ventilada em meio ao impasse entre Prates e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira — principalmente na questão sobre a política de preços praticada pela companhia.
Para o mercado, a eventual saída de Prates do comando da estatal é negativa.
"Primeiro, pois o mandatário vem se mostrando equilibrado e conduzindo Petrobras de modo a equilibrar seus anseios corporativos e políticos. Segundo pois, se a sua saída se concretizasse, dificilmente teríamos um substituto com a expertise e know-how do atual CEO", na visão da Ativa Investimentos.
Para além do mercado financeiro, a FUP critica os rumores de demissão de Jean Paul Prates. Em nota à imprensa, a instituição afirmou que o CEO da Petrobras "está sofrendo um processo de espancamento público".
Por fim, Jean Paul Prates ironizou sobre a eventual saída do cadeira de comando na rede social X (antigo Twitter), por volta das 15h30 (horário de Brasília):
Petrobras (PETR4): Dividendos extraordinários
A despeito da indicação de Mercadante ou não à presidência da companhia, os dividendos extraordinários da Petrobras — que é uma das maiores pagadoras de proventos no mundo — também voltaram às discussões nesta quinta-feira (4).
Os dois temas garantem a montanha-russa dos papéis da companhia.
Segundo o jornal O Globo, o governo decidiu descongelar os pagamentos dos dividendos extraordinários do quarto trimestre, após uma reunião entre os ministros da Fazenda, Fernando Haddad; de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e da Casa Civil, Rui Costa. O encontro ocorreu nesta quarta-feira (3).
Ontem (3), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a diretoria da Petrobras é quem vai definir a distribuições de proventos aos acionistas, mas sem deixar de lado o plano de investimentos.
“Toda questão debatida pela diretoria e conselho (sobre distribuição de dividendos) é se vão faltar recursos para plano de investimentos”, disse o ministro aos jornalistas.
Haddad afirmou que não há ainda um cronograma definido. Segundo ele, o governo aguarda uma posição da diretoria, com informações detalhadas sobre o caixa, após provocações feitas pelo Conselho da estatal.
Em meio aos rumores desta quinta-feira (4), o presidente Lula solicitou cálculos exatos sobre quanto a estatal pode distribuir de dividendos em abril, por meio de auxiliares à Petrobras — sem que os recursos comprometam o plano de investimentos. As informações são do Estadão.
Apenas com esses números em mãos, Lula deve chancelar ou não a distribuição dos proventos em questão.
Em seguida, o tema deve ser discutido em reunião extraordinária com integrantes do Conselho da Petrobras prevista para esta sexta-feira (5).
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*Com informações de CNN Brasil, O Globo e Estadão.
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