“O dólar vai a R$ 4 ou menos, a bolsa sobe aos 200 mil pontos e os juros caem a 8,5% se Lula fizer isso”: CEO da AZ Quest conta o que pode levar o Brasil a ficar ‘irreconhecível’
Durante evento promovido pela Mirae Asset, Walter Maciel criticou medidas fiscais do governo Lula e apontou caminhos para a recuperação econômica do país

CEO de uma das maiores gestoras independentes do Brasil, Walter Maciel, da AZ Quest, não se considera pessimista. O executivo afirmou, durante evento promovido pela Mirae Asset nesta quarta-feira (4), que o Brasil tem tudo para ser irreconhecível daqui a cinco anos.
Mas antes precisa superar um desafio. “O Lula encontrou um país que tem um só problema: o fiscal. Só que é um problema grave. E o que o governo conseguiu fazer de lá para cá é um desastre absoluto”, disse ele.
Maciel conta que o mercado esperava que, em sua terceira passagem pelo Palácio do Planalto, Lula caminhasse mais ao centro, mas as medidas adotadas desde a posse não confirmaram essa expectativa.
Entre os principais vilões, o CEO da AZ Quest — que conta com mais de R$ 35 bilhões sob gestão — cita o reajuste do salário mínimo acima da inflação e a indexação da previdência e uma série de benefícios a ele, além do anúncio da isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.
“O Lula acredita que o fiscal não resolve e que gasto é vida. Mas se ele entregar hoje um ajuste de 1,5% do PIB, o que não é difícil de fazer, eu aposto com vocês que o dólar vai para R$ 4 ou menos, a bolsa sobe para 200 mil pontos e os juros caem para 8,5%”, afirmou.
Na leitura de Maciel, porém, daqui até 2026 nada deve mudar e devemos seguir em um cenário no qual o governo só reage quando o quadro piora. A partir daí, ele aposta em uma alternância de poder que deve aumentar as chances de uma solução para o problema fiscal.
Leia Também
Agenda econômica: últimos balanços e dados dos Estados Unidos mobilizam o mercado esta semana
“Não acredito em quebradeira. O crédito privado, especialmente as empresas high grade, continuam saudáveis e o carrego do real em relação a outras moedas deve melhorar.”
E no restante do mundo?
Além do Brasil, as tendências para o cenário macroeconômico da Europa e dos Estados Unidos também foram pauta durante o evento.
Daniel Celano, country head da Schroders no Brasil — multinacional de origem britânica com mais de 773 bilhões de libras sob gestão —, diz que as projeções atuais da casa indicam um crescimento de 1% e uma inflação de 2% no bloco.
“França e Alemanha, que sempre foram os motores da Europa, estão sub judice. No resumo da ópera, temos uma economia fraca, com a manufatura sendo colocada em cheque, competição com os chineses e a inflação resiliente na parte de serviços”, diz Celano.
No caso dos Estados Unidos, porém, a história é diferente. Daniel Popovich, portfólio manager na Franklin Templeton, diz que a gigante internacional, com US$ 1,68 trilhão sob gestão, está “overweight” — recomendação equivalente a de compra — em Estados Unidos.
“É uma das nossas principais posições. Mas não significa que é um investimento sem riscos”, afirmou ele.
Um desses riscos é o chamado “Trump Trade”, que inclui a expectativa de que, com o retorno de Donald Trump à Casa Branca, o governo americano deve expandir os gastos.
“Acreditamos que o governo está afim de gastar e não vai se preocupar tanto com a responsabilidade fiscal. E o mercado está olhando para isso, que impacta principalmente o investimento em renda fixa.”
Esporte radical na bolsa: Ibovespa sobe em dia de IPCA-15, relatório do Banco Central e coletiva de Galípolo
Galípolo concederá entrevista coletiva no fim da manhã, depois da apresentação do Relatório de Política Monetária do BC
Eletrobras (ELET3) e União dão mais um passo em acordo ao assinar termo que limita poder de voto dos acionistas a 10%
O entendimento ainda será submetido à assembleia geral de acionistas, a ser convocada pela companhia, e à homologação pelo Supremo Tribunal Federal
Lula firma acordos com Japão, mas frustração do mercado ajuda a derrubar as ações dos frigoríficos na bolsa
Em rara visita de Estado ao Japão, o presidente brasileiro e o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, firmaram nesta quarta-feira (26) dez acordos de cooperação em áreas como comércio, indústria e meio ambiente
Ato falho relevante: Ibovespa tenta manter tom positivo em meio a incertezas com tarifas ‘recíprocas’ de Trump
Na véspera, teor da ata do Copom animou os investidores brasileiros, que fizeram a bolsa subir e o dólar cair
Dólar atinge o menor patamar desde novembro de 2024: veja como buscar lucros com a oscilação da moeda
A recente queda do dólar pode abrir oportunidades estratégicas para investidores atentos; descubra uma forma inteligente de expor seu capital neste momento
Selic em 14,25% ao ano é ‘fichinha’? EQI vê juros em até 15,25% e oportunidade de lucro de até 18% ao ano; entenda
Enquanto a Selic pode chegar até 15,25% ao ano segundo analistas, investidores atentos já estão aproveitando oportunidades de ganhos de até 18% ao ano
Sem sinal de leniência: Copom de Galípolo mantém tom duro na ata, anima a bolsa e enfraquece o dólar
Copom reitera compromisso com a convergência da inflação para a meta e adverte que os juros podem ficar mais altos por mais tempo
Cuidado com a cabeça: Ibovespa tenta recuperação enquanto investidores repercutem ata do Copom
Ibovespa caiu 0,77% na segunda-feira, mas acumula alta de quase 7% no que vai de março diante das perspectivas para os juros
Inocentes ou culpados? Governo gasta e Banco Central corre atrás enquanto o mercado olha para o (fim da alta dos juros e trade eleitoral no) horizonte
Iminência do fim do ciclo de alta dos juros e fluxo global favorecem, posicionamento técnico ajuda, mas ruídos fiscais e políticos impõem teto a qualquer eventual rali
Felipe Miranda: Dedo no gatilho
Não dá pra saber exatamente quando vai se dar o movimento. O que temos de informação neste momento é que há uma enorme demanda reprimida por Brasil. E essa talvez seja uma informação suficiente.
Eles perderam a fofura? Ibovespa luta contra agenda movimentada para continuar renovando as máximas do ano
Ata do Copom, balanços e prévia da inflação disputam espaço com números sobre a economia dos EUA nos próximos dias
Juros nas alturas têm data para acabar, prevê economista-chefe do BMG. O que esperar do fim do ciclo de alta da Selic?
Para Flávio Serrano, o Banco Central deve absorver informações que gerarão confiança em relação à desaceleração da atividade, que deve resultar em um arrefecimento da inflação nos próximos meses
Co-CEO da Cyrela (CYRE3) sem ânimo para o Brasil no longo prazo, mas aposta na grade de lançamentos. ‘Um dia está fácil, outro está difícil’
O empresário Raphael Horn afirma que as compras de terrenos continuarão acontecendo, sempre com análises caso a caso
Não fique aí esperando: Agenda fraca deixa Ibovespa a reboque do exterior e da temporada de balanços
Ibovespa interrompeu na quinta-feira uma sequência de seis pregões em alta; movimento é visto como correção
Deixou no chinelo: Selic está perto de 15%, mas essa carteira já rendeu mais em três meses
Isso não quer dizer que você deveria vender todos os seus títulos de renda fixa para comprar bolsa neste momento, não se trata de tudo ou nada — é até saudável que você tenha as duas classes na carteira
Ainda sobe antes de cair: Ibovespa tenta emplacar mais uma alta após decisões do Fed e do Copom
Copom elevou os juros por aqui e Fed manteve a taxa básica inalterada nos EUA durante a Super Quarta dos bancos centrais
Renda fixa mais rentável: com Selic a 14,25%, veja quanto rendem R$ 100 mil na poupança, em Tesouro Selic, CDB e LCI
Conforme já sinalizado, Copom aumentou a taxa básica em mais 1,00 ponto percentual nesta quarta (19), elevando ainda mais o retorno das aplicações pós-fixadas
Copom não surpreende, eleva a Selic para 14,25% e sinaliza mais um aumento em maio
Decisão foi unânime e elevou os juros para o maior patamar em nove anos. Em comunicado duro, o comitê não sinalizou a trajetória da taxa para os próximos meses
A recessão nos EUA: Powell responde se mercado exagerou ou se a maior economia do mundo está em apuros
Depois que grandes bancos previram mais chance de recessão nos EUA e os mercados encararam liquidações pesadas, o chefe do Fed fala sobre a situação real da economia norte-americana
Decisão do Federal Reserve traz dia de alívio para as criptomoedas e mercado respira após notícias positivas
Expectativa de suporte do Fed ao mercado, ETF de Solana em Wall Street e recuo da SEC no processo contra Ripple impulsionam recuperação do mercado cripto após semanas de perdas